Nothing Is How Looks Like escrita por BabyMurphy


Capítulo 18
Nova Dieta.


Notas iniciais do capítulo

Oi, gente.

Não consegui postar na sexta-feira, me desculpem.

Capítulo para o João, pelo simples fato de ele ser um morzão.



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18

Kurt havia voltado para casa com um papel em mãos, uma rotina para uma boa alimentação. Segundo os médicos, o castanho perdeu a consciencia por estar com a glicose baixa, devido a falta de alimento em seu organismo. Com o estudo para as provas, ele acabou esquecendo, e também com o estresse perdeu o apetite.

– Por favor, nunca mais faça isso. – Blaine estava dirigindo o carro. – Sabe o susto que eu levei ao chegar naquele hospital e te ver em uma cama, com um tubo preso ao seu braço?

– Era apenas soro, Blaine. – Kurt o olhou.

O castanho ainda estava pálido e tinha marcas sob seus olhos de uma noite mal dormida. Eles passaram a noite inteira no hospital, pois é procedimento padrão que o paciente fique em observação, por no mínimo, 12hrs. Blaine havia pedido para que Wes cuidasse de James.

– Mesmo assim. – O carro parou. – Tome mais cuidado, tudo bem?

– Tudo bem, tenho desenhado tudo o que devo fazer. – Ele mostrou o papel. – Literalmente tudo desenhado.

Os dois se despediram com o beijo casto nos lábios. Rachel estava junto no carro, ela prometeu a Blaine que iria cuidar muito bem de Kurt. O moreno esperou que os dois entrassem no prédio para, enfim, ligar o carro. Seus pensamentos estavam a mil.

E as coisas não iriam melhorar quando ele chegasse em casa.

B

– Rachel, você não precisa ficar em cima de mim deste jeito. – Kurt resmugou para a amiga, que estava sentada em uma cadeira ao lado de sua cama.

– Kurt, você é meu melhor amigo, e tirando meus pais, você é a única pessoa que se estabilizou na minha vida. Eu fiquei muito assustada que poderia te perder. – Ela baixou a cabeça, a respiração pesada.

– Eu apenas passei mal por conta da minha alimentação. – Ele sentou na cama, olhando para a amiga. – Estou bem, juro.

– Ficarei mais tranquila quando os outros exames saírem. – Kurt rolou os olhos.

– Tudo bem, pode me dar um remédio para dor? Minha cabeça parece que vai explodir. – Ele colocou a mão na testa e fechou os olhos.

– Ai meu deus! – Ela correu e lhe entregou o comprimido.

– É apenas porque não dormi durante a noite passada, Rachel. – Ele sorriu fraco para a amiga.

Assim que o remédio já estava em seu organismo, Kurt deitou e fechou os olhos, esperando para que o efeito lhe livrasse daquela dor. Ele tentava acalmar a amiga e Blaine, mas também tentava acalmar a si mesmo. Somente ele sabia há quanto tempo essas dores e tonturas estão acontecendo, mas até a noite passada parecia bobeira.

B

Era um pesadelo atrás de outro.

Wes havia ido para o apartamento de Blaine com James, pois Melissa precisava descansar e a criança estava pulando e querendo brincar o tempo todo, fora os comentários que o menino largava sobre a decoração ou comida eu lhe era dada.

– Blaine deve ter muita paciência para te aturar 24hrs por dia. – Wes resmungou no carro.

– Wes, eu tenho cinco anos. Já vou ao banheiro sozinho. Já como sozinho. Já sei ir dormir sozinho. – O menino listou, contando nos dedos. – O bebê que vai sair da sua esposa não vai saber de nada disso, fora que ele irá chorar 24hrs por dia, nos sete dias da semana.

– Você é muito inteligente para a sua idade. – Wes virou para olhar o menino, que estava na cadeira no banco traseiro.

– Eu puxei a minha mãe. Ela foi a primeira da classe dela em Yale. – O menino disse com orgulho.

– Como era o nome dela? – Wes perguntou, o menino parou por um estante e então respondeu um pouco triste.

– Quinn Fabray. – Ele baixou o olhar. – Ela era uma verdadeira Rainha.

– Ei, sinto muito. – O moreno parou o carro. – Você sente muita falta dela?

– Não só dela, do meu pai e minha irmã também. – O menino baixou a cabeça mais uma vez.

– Irmã? – Wes arqueou uma sobrancelha. Nunca havia sido mencionado uma segunda criança, o moreno achava que nem mesmo Blaine sabia disso.

– Sim, Anna. – Ele sorriu fraco. – Como acha que sei tanto sobre bebês? Ela tinha apenas oito meses quando sofremos o acidente. – O menino soltou o cinto do carro. – Ela já teria completado um ano agora.

Wes não disse mais nenhuma palavra. Apenas subiu para o apartamento com o menino. Não faziam nem duas horas que eles estavam lá e uma mulher surgiu à porta. Wes não a conhecia, mas pelas feições saberia advinhar. Ele a deixou entrar.

– James, venha me dar um abraço. – Jude abriu os braços e se ajoelhou, esperando o menino.

James não deu nem um passo em direção a mulher. Ele apenas a encarou, assustado. O menino sabia que sua avó viria buscá-lo, mas não sabia que seria tão cedo. E durante todo este tempo com Blaine, o menino começou a fantasiar que sua avó iria mudar de ideia e não iria buscá-lo, ou que resolveria fazer mais uma viajem.

– Por favor, James. – A mulher se aproximou, os olhos piedosos.

– Quando ela estava toda machucada naquela cama, cheia de curativos e tubos grudados nela, você não apareceu. Quando o hospital te ligou, você disse que não poderia comparecer. – Jude arregalou os olhos. – Eu ouvia tudo o que os médicos diziam, ou cochichavam, aquelas enfermeiras sentiam muita pena de mim e sempre comentavam sobre o estado dos meus pais quando elas achavam que eu estava dormindo. – Ele deu um passo em direção a ela. – Eu até mesmo fugi para vê-los, sabia? E depois eles me ataram a cama, porque devido a corrida que dei, acabei me machucando ainda mais. Eu não quero ir com você. Você não é minha avó. Eu te odeio.

O menino correu para o quarto de Blaine e fechou a porta, ele não a bateu, apenas a fechou. Wes olhava pasmo para a situação. James podia ser ainda mais inteligente e esperto do que ele imaginava. Jude sentou no chão, frustada com o ocorrido.

– Envergonhoso isso, não? – Ela olhou para o moreno. – Você é o Blaine?

– Não, sou um amigo dele. Wes. – Ele se apresentou. – Blaine deve uma emergência, e como James passou muito tempo no hospital, ele achou melhor não o levar junto.

– Oh. – Jude levantou-se e foi em direção ao sofá. – Quando ele retorna?

– Agora. – Disse o moreno da porta. – Boa tarde, Jude.

– Ah, olá Blaine. – Ela virou-se e o cumprimentou. – Há quanto tempo está aí?

– Tempo suficiente para ver James demonstrar seu afeto por você. – Blaine fechou a porta do apartamento e largou sua bolsa e chaves sob a mesa de centro.

– Não passamos muito tempo juntos, mas isso irá melhorar com o tempo. – Jude disse, sentando-se no sofá.

– Desculpe, Jude, mas não vou deixar James ir com você depois disto. – Blaine disse sério, e encarou a mulher.

– Eu sou a avó dele, Blaine. Eu tenho a guarda dele. – Ela disse. – Você não pode levar uma birra de criança a sério.

– Não é uma birra, mas sim uma mágoa. James é uma criança com personalidade, e se ele não quiser ficar com você, ele irá manisfestar por isso. – O moreno parou na frente do sofá, olhando para Jude. – Isso pode prejudicar a saúde e bem estar dele, e eu não posso permitir isso.

– Eu tenho a guarda dele, eu sou a família dele. – A mulher disse, se pondo de pé em frente de Blaine.

– Eu peço que se retire da minha casa, Jude. – Blaine apontou para a porta. – James não irá com você.

– Isso pode lhe gerar um processo, garoto. – A mulher pegou sua bolsa.

– Então nos vemos no tribunal. – Blaine abriu a porta e sinalizou para que ela saísse.

James havia se tornado a coisa mais preciosa que Blaine tinha, além de Kurt. Ele nunca havia visto o menino alterado daquele modo e ele sabia o quão temperamental ele era, e que ele seria capaz de fazer muitas coisas para não ficar com a avó. Ele não queria o menino em perigo.

B

Kurt havia passado o dia anterior inteiro descansando. Trocou mensagens com Blaine durante a tarde, onde ficou sabendo sobre a avó de James. O resto do tempo ele dormiu, ou leu algum livro e voltou a dormir. Seguiu a dieta passada pela nutricionista, rica em proteínas e carboidratos.

Rachel acordou já se preparando para ir com Kurt até o hospital, onde o resultado de seus exames de sangue estariam prontos. Blaine, obviamente iria acompanhar os dois. No horário marcado, o moreno estava em frente ao prédio de Kurt, o esperando.

– Oi, Kurt. – Disse James, assim que viu o castanho entrando.

– Olá, James. Como você vai? – Kurt sorriu para o menino e virou para trás, para lhe dar um beijo.

Blaine dirigiu até o hospital, ouvindo Rachel e James conversarem. A menina tentou evitar falar sobre os pais do menino, mas ele acabou tocando no assunto. Os três adultos perceberam que ele falava sem se abalar, e que isso era uma grande evolução para James.

Quando eles chegaram no hospital, James começou a fazer caras feias. Rachel disse que iria levar ele a um parque que havia perto do hospital enquanto Kurt e Blaine iriam ver os resultados. Alguns minutos na sala de espera e o médico logo chamou pelo nome do Hummel.

– Boa tarde, rapazes. – Disse o Dr.

– Boa tarde, Dr. Roger. – Kurt disse, e logo sentou-se na frente da mesa do médico, ao lado de Blaine. – Podemos fazer isso sem rodeios?

– Claro. – O médico sorriu sem jeito. – Kurt, eu tenho uma pergunta muito importante para lhe fazer.

– O que seria? – O castanho estava com o coração acelerado, e Blaine pegou sua mão.

– Quando você desmaiou, o que sentiu exatamente? – Ele abriu uma pasta, tirando dela o que seriam os exames de Kurt.

– Minha visão ficou turva, eu perdi os sentidos. Era como se eu estivesse prestes a flutuar, como se a gravidade não se aplicasse a mim naquele momento. – Kurt o olhou e fez uma pausa. – Minhas pernas ficaram bambas e minha cabeça começou a latejar.

– Certo. – O Dr. olhou os papeis e uma lâmina que parecia ser uma tomografia. – Outra pergunta, nos últimos meses, você teve algum tombo ou algum ocorrido que fizesse com que você batesse com a cabeça?

– Kurt é muito desastrado, mas ele nunca caiu a ponto de se machucar sério, caso o senhor esteja sugerindo isso. – Blaine disse, e apertou a mão de Kurt.

– Sim. – O olhar do médico e de Blaine focaram em Kurt. – No dia em que nos conhecemos, quando aquele carro bateu em mim, eu bati com a cabeça no chão. Mas não foi nada muito forte, nada demais. – O castanho olhou para o médico.

– Quando se trata de nossa cabeça, mente e cérebro, Kurt, não existe nada demais. – Dr. Roger se curvou sobre a mesa. – Você está um uma lesão no lado esquerdo do seu cérebro, ainda não conseguimos destinguir as sequelas ou sintomas que se darão. Esta lesão está se mostrando aos poucos, como esta tontura que você teve que levou ao desmaio. Vamos precisar de mais uma bateria de exames para analisarmos melhor.

– Eu devia ter lhe levado ao hospital naquele dia. – Blaine disse, a voz embargada. – Eu pedi para lhe trazer ao hospital. Eu devia ter insistido mais.

– Não há motivos de alarde. – O médico disse. – Por enquanto, é uma lesão pequena, o tratamento irá começar cedo e as chances de total recuperação são grandes.

– Como você diz que uma lesão cerebral não é motivo de alarde? – Blaine levantou o tom de voz.

– Porque eu conheço o cérebro humano, Sr, e posso lhe afirmar que a área atingida pode gerar apenas duas sequelas. – O Dr. encarou Blaine.

– E quais são elas? – Kurt perguntou, um nó na garganta temendo a resposta.


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Notas finais do capítulo

Sim, eu fiz de novo.

Quem lembra do primeiro capítulo e.e

O que vocês acham que é? Ai meu deus, Kurt.

Até a próxima semana, ma belles.