Nothing Is How Looks Like escrita por BabyMurphy


Capítulo 15
Dia no Parque.


Notas iniciais do capítulo

Ai, ta difícil eu ter um dia de postagem.

To meio na correria com o final de semestre, e tive que organizar um evento na minha escola. Sorry, guys.

Enjoy!



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15

Blaine encarou Kurt por longos minutos, sem reação. Após o castanho ter fugido, ele esperava que Kurt nunca mais falasse com ele, por puro constrangimento. Mas ali estava ele, em frente a Blaine com um sorriso timido. O coração do moreno batia fora de ritmo, e sua voz parecia não saber como se manter estável.

– K-Kurt. – Foi a única coisa que ele foi capaz de dizer.

– Eu conheço você. – Os dois tiveram sua atenção voltada para o menino que observava os dois. – Te vi no hospital uma vez, estava com um curativo na testa.

– Oi. – Kurt sorriu para ele. – Você deve ser o James.

– Como sabe meu nome? – O menino olhou assustado para Blaine.

– Blaine falou sobre você. – James sorriu. – Falou muito bem.

– Como só estou com ele faz algumas horas, ele não teve a oportunidade de me falar sobre você. – Blaine sorriu e levantou-se.

– James, está ficando tarde e... – O menino não o deixou terminar.

– Está tarde e eu ainda posso brincar. – Ele disse gargalhando. – Vou deixar vocês terem a conversa de adulto.

James correu pelo parque até as crianças que ele estava falando antes. Por mais que ele tivesse sua atenção na brincadeira, ele olhava vez que outra para Blaine e Kurt, esperando para ver se eles estavam se falando. O menino tinha percebido a tensão entre os dois, a mesma tensão que ele sentia entre os pais quando tinham uma briga. Ele queria muito poder ajudar, só não sabia como.

– B-Bom, o que fa- O moreno foi interrompido novamente.

– Me desculpe pelo beijo. – Kurt disse sem respirar, e logo se tornou ofegante.

– Você está se desculpando pela coisa errada. – Blaine o olhou sério.

– E pelo que eu deveria me desculpar, então? – Kurt arqueou uma sobrancelha.

– Por ter fugido. – Kurt sentiu seu coração pesar, ele realmente se sentia culpado.

– Eu entrei em pânico, eu não devia ter feito aquilo. – O castanho tentou se explicar, e Blaine riu.

– Então você não queria? – A mágoa nos olhos de Blaine fizeram com que Kurt sentisse como se fosse a pior pessoa do mundo.

– Eu queria, mas eu estava com medo, Blaine. – Kurt o olhou fundo nos olhos e pegou sua mão. – Me desculpe.

– Medo do que? – O castanho olhou para o chão. – Se o medo era que eu não fosse corresponder, ou que eu ficaria magoado. Acredite, não tem como ficar magoado com algo tão magnífico quanto aquilo. – Ele levantou o rosto de Kurt para que pudesse olhar em seus olhos. – Kurt, eu estou apaixonado por você. E faz alguns dias já, talvez semanas. Eu sei que prometemos para nós mesmos que seríamos apenas amigos, mas esse é o final de qualquer amizade, um romance. Acho que nossas mentes se acostumam tanto com a presença daquela pessoa, que depois de um tempo os sentimentos se fundem e se tornam um só: amor. Eu não consegui impedir isso, e sinceramente? Eu não queria impedir. Nunca me senti tão seguro com alguém, tão bem.

– Você está apaixonado por mim? – Kurt deu um passo para trás.

– Eu não quero te assustar, não quero te perder. – Blaine deu um passo a frente, tentando diminuir a distância entre eles.

– Não é você que me assusta, é o sentimento. – Kurt baixou o olhar mais uma vez. – Conversei com Rachel sobre isso, e ela disse que não tenho que ter medo, mas eu não consigo simplesmente não ter.

– Acho que cabe a mim fazer você perder o medo. – Blaine deu mais um passo.

Eles ficaram a poucos centímetros de distância, sentindo a respiração um do outro, olhando nos olhos um do outro. Blaine colocou suas mãos em volta da cintura de Kurt, o abraçando. O castanho relaxou nos braços do moreno, sentindo o peso em suas costas se esvair.

– Eu espero que sim. – Disse Kurt, ainda com os olhos fixos na íris dourada.

Kurt passou a mão sobre os cachos de Blaine, tirando os rebeldes que tentavam cobrir aqueles olhos incríveis. O moreno fechou os olhos ao sentir o toque, e foi neste momento que Kurt se aproximou e depositou um beijo casto nos lábios de Blaine. Não era um beijo tão intenso quanto o anterior, era doce e calmo. Blaine abraçou Kurt ainda mais forte, enquanto o castanho passava os braços sobre seu pescoço.

Eles separaram-se e colaram suas testas. Nenhum estava com falta de ar, o beijo havia sido perfeito para o momento. O beijo que selou, finalmente, o acordo entre os dois para finalmente iniciar um romance. Um sorriso brotou nos lábios de Kurt, e Blaine assim que o viu, sorriu também. Era possível que finalmente coisas boas estavam acontecendo para o moreno?

– Vocês já terminaram aí? Estamos em um local público cheio de crianças. – Os dois ouviram uma voz fina e infantil.

– Oh, James. – Blaine logo virou para o pequeno, envergonhado.

– Não fique vermelho, já vi meus pais se beijando várias vezes, estou acostumado. – O menino fez um gesto com a mão para que ele deixasse para lá.

– Não achou estranho por sermos dois homens? – Kurt arqueou uma sobrancelha.

– O que tem de estranho nisso? É tão óbvio que vocês se gostam. – O menino sorriu para eles. – Só é nojento, como qualquer casal se beijando é.

Os três gargalharam, enquanto Blaine buscava as sacolas sobre o banco e retornava para o lado do menino. James estava com os olhos caídos, o cabelo sujo de terra e as mãos imundas. Blaine sabia que teria que dar um banho no menino, e precisava ser rápido, antes dele dormir.

[%]

Assim que os três chegaram ao apartamento de Blaine, o moreno correu para o banheiro com James, enquanto Kurt ficou sentado no sofá. O castanho observou o local, os violões pendurados nas paredes. As apostilas com partituras. Era tão óbvio que a verdadeira paixão de Blaine era a música, compor.

– Acho que ele vai dormir até amanhã. – Blaine entrou na sala, sorrindo.

– Ele está dormindo na sua cama? – Kurt perguntou.

– Por enquanto, sim. – Blaine sentou ao lado do moreno, logo pegando a sua mão. – Preciso comprar uma cama para ele, ajeitar um quarto. Tenho o quarto onde mantenho meus instrumentos, acho que ele vai gostar de ficar lá.

– Você está parecendo um pai. – O castanho sorriu, se aproxiamando.

– Bom, acho que eu sou um agora, pelo menos temporariamente. – Blaine passou seus braços pela cintura de Kurt, o envolvendo. Ele estava feliz de finalmente poder ter o castanho para si, do jeito que ele vinha imaginando fazia tantas semanas.


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Notas finais do capítulo

EU OUVI UM ALELUIA?

Então, um capítulo bem feliz e fofinho para vocês. O que acham que virá a seguir?

Então, deixem reviews, recomendem se quiser.

Até semana que vem, algum dia eu apareço.



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