Nothing Is How Looks Like escrita por BabyMurphy


Capítulo 14
Arrependimento.


Notas iniciais do capítulo

OI!

Desculpa não ter aparecido na semana passada, mas eu acabei ficando sem internet na sexta. Até foi bom, porque o número de favoritos quase dobrou.

Capítulo para a Mandy que deixou o maior comentário da fic.



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14

Kurt sabia que ele havia errado, mas ele não conseguiu se controlar. Ele tinha que fugir. Assim que percebeu no grande problema que ele havia se metido, assim que ele confirmou seus sentimentos por Blaine, ele correu. O mais rápido que conseguiu.

Ele não queria estar apaixonado, ele não podia. Principalmente por Blaine. Ele prometeu, logo quando conheceu o moreno, que eles seriam apenas amigos. Mas na noite passada, sem perceber, ele havia admitido para Sebastian que amava Blaine, e ele havia o beijado. E Deus, Blaine havia sido o melhor beijo do castanho até então.

– Kurt, por que você foi embora cedo? – Rachel sentou ao seu lado, ele estava no sofá, desde a noite passada.

Ele não dormiu, não conseguia. Seus pensamentos eram muitos, e rápidos demais para que ele conseguisse sequer pensar em carneiros e dormir. Seu coração pesava lembrando dos olhos dourados de Blaine, tão próximos. O brilho que havia neles revelava que o moreno estava surpreso, e a dilatação de sua pupila indicava que ele havia gostado.

Kurt leu sobre os sinais do corpo humano, e ele queria, neste momento, estar errado sobre os sinais que Blaine demonstrava.

– Eu beijei o Blaine. – Rachel o encarou, abriu sua boca e a fechou algumas vezes.

– Então vocês se acertaram? O que aconteceu? – Um sorriso surgiu em seus lábios.

– Eu não sei, eu saí correndo logo depois. – A voz do castanho estava trêmula. – Eu estou com medo. – Ele sussurrou.

– Querido, nós já conversamos sobre isso antes, você não tem que ter medo. – Ela o abraçou.

– Não é tão fácil assim, Rachel. Eu não posso simplesmente decidir não ter medo. – Sua voz estava rouca.

– Não é decidir não ter medo, é decidir que vale a pena arriscar. – Ela virou o rosto de Kurt para si. – Eu sou sua melhor amiga, a única que você teve em toda a sua vida, eu te conheço Kurt Hummel, eu sei que você nunca se apaixonou e a ideia de estar apaixonado agora te assusta.

– Você está errada. – Rachel ergueu uma sobrancelha. – Eu já me apaixonei antes.

– Como assim? – Os olhos de Kurt encheram-se de lágrimas, e então ele começou a falar.

[%]

Blaine passou todo o seu domingo deitado na sua cama, olhando para o teto e pensando no que ele poderia fazer. Kurt havia fugido. Será que ele não tinha gostado do beijo? Ou ele apenas queria assustar Sebastian, e quando percebeu as intenções do moreno, se assustou? Blaine não saberia as respostas se continuasse deitado, mas ele também não tinha forças para levantar.

– Blaine, ligaram para você. – Wes entrou no quarto e sentou na beira da cama.

– Era Kurt? – O moreno sentou em um pulo, encarando o amigo.

– Não. – O garoto viu o olhar de Blaine cair. – Era do hospital, James teve alta.

– Oh, eu deveria buscá-lo. – Blaine levantou-se e foi trocar de roupas.

Wes observou o amigo segui até o banheiro, voltar com o cabelo ainda bagunçado. Viu ele tirar o pijama e por uma roupa, uma camiseta e uma calça jeans. Um sapato e pegar suas chaves. O garoto seguiu Blaine pelo apartamento, o viu pegar um copo de água e não tomar o liquido, apenas o encarar.

– O que aconteceu ontem? – Blaine o olhou, cansado.

– Kurt me beijou. – O moreno viu um sorriso surgir no rosto de Wes. – E depois ele fugiu.

– Oh, e você conseguiu falar com ele depois disso? – Blaine largou seu copo de água, ainda cheio.

– Não. – Ele caminhou até a porta, abrindo-a.

– E está esperando o que? – Wes o encarou, e Blaine não sabia responder ao amigo.

[%]

Blaine foi até o hospital, finalmente o dia em que ele poderia levar James para a casa tinha chegado. Ele estava nervoso, claro que estava, agora ele seria responsável por uma criança, e não poderia ter dia pior para isso acontecer.

– Você só precisa assinar aqui. – A recepcionista disse.

– A avó de James virá em duas semanas buscá-lo. – Disse a médica que acompanhou todo o tratamento de James.

– Certo. – O moreno assinou o papel, que liberava a saída de James.

Após assinar os papeis, ela o levou até a ala infantil, onde um garotinho loiro esperava sentado em uma cadeira da sala, os pés balançando e a cabeça baixa. Blaine caminhou até ele, pegando sua mão e surpreendendo o menino. Os dois sorriram um para o outro, e Blaine entregou para James seu primeiro presente.

– Bom, eu não sei o seu gosto de roupas, então não tem problema se não gostar. – O garoto abriu a sacola.

– Minha mãe me ensinou como me vestir, e isso são roupas de criança, Blaine. – O moreno arqueou uma sobrancelha.

– Você tem cinco anos, James. – Blaine arqueou uma sobrancelha.

– E você tem vinte e um. – O menino o encarou – E se veste como um velho.

– Como sabe minha idade? – O moreno pegou James no colo, surpreso.

– Li a sua ficha aqui no hospital. Cursa música, é voluntário. – O menino apontava nos dedos o que falava. – Você por acaso é aqueles hippies que cantam em parques?

– Estou vendo que me meti em um problema. – Blaine gargalhou. – Não, eu componho músicas para Broadway.

– Legal. – O menino sorriu. – Podemos sair e comprar roupas que eu goste?

– Claro. – James levantou-se e correu até o banheiro, indo vestir as roupas que Blaine trouxe. Ele não tinha escolha, eram elas ou sair com a camisola do hospital. – Pronto. Podemos ir no parque depois? – Ele voltou e correu em direção a Blaine.

– Podemos, claro. – O moreno gargalhou com a animação do menino.

– Esse pé está finalmente curado, ele precisa de uns exercícios. – Os dois deixaram o hospital, sorrindo.

[%]

Kurt estava deitado em sua cama, Rachel estava ao seu lado. Ele nunca havia contado a história de como ele se apaixonou pela primeira vez para ninguém. E apenas contar, mencionar os acontecimentos, fizeram com que Kurt sentisse um mal estar.

– Kurt, por que nunca me contou? – A garota acariciava os cabelos do castanho.

– Eu nunca consegui contar, para ninguém. Era doloroso demais. – Kurt deu de ombros.

Ela o abraçou mais uma vez.

– Você não acha que deveria ir atrás de Blaine? – O castanho a olhou.

– Não sei se sou capaz disso. – Ele suspirou. – Esse foi o primeiro dia que não tomamos café juntos.

[%]

– James, olha quanto você me fez gastar. – O moreno olhava a nota da loja.

– Eu preciso de roupas para usar até que você busque as minhas na minha antiga casa. – O menino encarou ele.

– Antiga casa? – Blaine arqueou uma sobrancelha para ele.

– Sim, minha nova casa é a sua, não? – Blaine sorriu.

– Acredito que sim. – James sorriu também. – Porém, sua avó virá te buscar em algumas semanas.

– Eu não quero ir para Londres, lá é chato. – O moreno encarou o menino.

– Londres é linda. – James o olhou, entediado.

– Sim, é. Eu morei lá por seis meses com meus pais, mas é chata para uma criança. – Blaine o pegou no colo.

– Você admitiu ser uma criança. – Blaine zombou de James.

– Nunca disse que não era, só disse que não me visto como uma. – James cruzou os braços e os dois gargalharam.

Blaine estava feliz de estar se dando tão bem com James, e de o menino estar se adaptando e aceitando sua nova vida. Em nenhum momento ele mencionou o acidente, ou a falta dos pais. Ele falava como se os pais estivessem apenas em uma viagem. O moreno também notou que o menino não era um grande fã da avó, aparentemente, Jude nunca foi muito presente.

Os dois caminharam até o Central Park, para que o menino pudesse aproveitar o tempo bom e o ar livre. James corria por todos os lados, pulava de bancos e perseguia pássaros. Blaine apenas o observava e sorria. Uma ve que outra o menino vinha em sua direção, pedindo água ou ajuda com os sapatos.

– Não temos hora para ir embora, temos? – James pulava enquanto Blaine procurava um casaco entre as sacolas.

– Eu não devia te mimar, mas só hoje não temos hora para ir embora. – O menino deu um pulo ainda mais alto, pegando o casaco e correndo.

Ele sentiu-se como um verdadeiro pai, que observa e cuida do filho enquanto ele brinca. Em poucos minutos, James havia feito amizade com mais duas crianças, e Blaine não conseguia parar de sorrir. Ele conseguiu fazer com que a vida deste menino voltasse a ter cores.

Em um momento de distração, onde Blaine estava mexendo em seu celular, conversando com Wes, alguém se aproximou dele. Ele apenas percebeu quando a sombra atingiu seu rosto. Seu olhar subiu, e seu coração acelerou.

– Me disseram que você estaria aqui. – A voz do castanho falhava, e o coração de Blaine estava prestes a sair pela boca.


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Notas finais do capítulo

Ta, assim, eu não tenho o próximo escrito, e to sem tempo. Não sei quando eu vou conseguir postar, mas eu tentarei na próxima sexta.

Comentem. Recomendem. Favoritem.

Leitores fantasmas, apareçam, não deixem NIHLL morrer.

Até mais.



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