Nothing Is How Looks Like escrita por BabyMurphy


Capítulo 13
A Verdade


Notas iniciais do capítulo

OIE!

Espero que gostem deste capítulo. :D



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13

Como explicar um sentimento que você não conhece? Por que as pessoas se apaixonam por outras, assim, do nada? Por que todos dizem que para ser completamente feliz, é necessário ter alguém ao seu lado, que te ame? Eram muitas as perguntas que faziam a cabeça de Blaine girar.

O moreno sempre quis ter a sua pessoa, mas nunca conseguiu encontrar. Ele começou a pensar, nos últimos anos, que era impossível achar um homem que valesse a pena em Nova York. Porém, ele havia achado um, que era o homem mais complicado que ele poderia escolher. Mas é bem como dizem, não se deve discutir com as escolhas do coração.

– Blaine, você tem certeza? – Wes o encarava, enquanto o seu estômago revirava.

– Você me encorajou a isso, Wes. – Blaine o olhou sério.

– Eu sei, mas agora estou com medo. – O garoto baixou a cabeça. – Estou com medo de você se machucar de novo.

– Eu não vou. – O moreno sorriu para Wes e perdeu-se na multidão, procurando por Kurt.

Eles estavam na festa em comemoração ao sucesso do curta. Havia muita gente, muita bebida. Blaine ficou atordoado, pois mal conseguia caminhar naquele salão. Artie devia ter escolhido um lugar maior, mas acho que nem mesmo ele imaginava que o curta faria tanto sucesso.

Blaine ensaiou suas falas, tomou uma taça de champanhe no caminho. Ele estava nervoso, é claro que estava. Quem não fica nervoso em uma situação como essa? O nervosismo aumentou quando ele não conseguiu encontrar Kurt. Ele foi em todos os cantos do salão, e nada do castanho.

– Rachel, onde está Kurt? – A garota estava dançando no meio de vários outros rapazes.

– Eu não faço a menor ideia. – Sua voz estava enrolada.

Ele começou a procurar de novo, por todo o lugar. Subiu em uma cadeira, para ter uma visão superior e ver, se assim, encontrava Kurt. E ele encontrou. Desceu da cadeira e caminhou depressa. O coração estava a mil. Seus pés pararam a poucos passos de onde Kurt estava, e o sorriso em seu rosto se desfez. Ele estava com a última pessoa que Blaine queria que ele estivesse: Sebastian.

[%]

Kurt queria apenas aproveitar sua festa. Apesar de não estar no clima, ele não queria que as pessoas notassem que sua cabeça estava prestes a explodir. E que seus pensamentos eram mais confusos do que homens gays enrustidos. Ele queria ficar em paz.

Porém, sua paz foi interrompida. O castanho estava com uma taça em mãos, olhando as pessoas dançarem e se perguntando onde estaria Blaine. Estava cansado demais para sair e procurar pelo moreno, então ele desejou com toda a sua força que Blaine o encontrasse. E o engraçado foi que, no momento que Kurt pensou isso, ele viu Blaine em cima de uma cadeira.

– Com licença. – Kurt ouviu uma voz ao seu lado.

– O-O que faz aqui? – O castanho encarou os olhos verdes.

– Vim prestigiar o curta mais comentado do momento, e ver se teria a oportunidade de falar com você. – O homem parou em frente à Kurt, olhando em seus olhos.

– Sebastian, eu não tenho nada para falar com você. – Kurt pensou em sair, porém o médico segurou seu braço.

– Você não vai fugir de novo. – O castanho puxou seu braço e encarou Sebastian.

– Já disse, não tenho nada para falar com você. – Sebastian estava sério.

– Você tem, você tem que me explicar porque não. Você foi atrás de mim naquela boate. – O médico se aproximou de Kurt, tendo seus rostos muito próximos.

– Quando eu fui atrás de você, eu queria apenas uma ficada, Sebastian. Não queria um namoro. – Kurt ofegava. – E, eu não sei porque aceitei sair com você de novo. Acho que eu estava com medo.

– Medo do que? – O médico arqueou uma sobrancelha.

– De finalmente estar me apaixonando por alguém. – Kurt parou e observou as próprias palavras.

– Se você realmente estivesse apaixonado por outro, não teria ido para cama comigo. – Sebastian se aproximou ainda mais.

– E-Eu não sabia o que era estar apaixonado por alguém, eu nunca tinha sentido isso antes. – Kurt suspirou. – Depois que Rachel me explicou o que era estar apaixonado, eu percebi que eu o amo desde a primeira vez que o vi.

– E quem é? – Sebastian aumentou o tom de voz.

– Isso não te interessa. – Kurt foi em direção a multidão, antes que Sebastian tivesse tempo para segurá-lo novamente.

[%]

Blaine havia ido para a sacada, em busca de ar. O peso em seu peito era enorme, e ele tentava segurar as lágrimas. Então ele havia se machucado, e enganado, mais uma vez. Kurt e Sebastian estavam muito próximos, próximos o suficiente para se beijarem. E Blaine preferiu sair de lá antes que aquilo acontecesse.

O moreno ouviu a porta da sacada se abrir, e logo depois fechar. Ele não se virou, pois tinha medo de que a claridade vinda do salão revelasse seus olhos vermelhos. Ele continuou encarando a rua, as luzes da cidade. Viu alguém, pelo canto de olho, se juntar a ele.

– A vista daqui é muito bonita. – O coração de Blaine acelerou ao ouvir a voz de Kurt.

– Sim, é. – O moreno virou para o castanho. – Onde está Sebastian?

– V-Você viu Sebastian? – Kurt ficou surpreso, e olhou fundo nos olhos de Blaine.

– Sim. Estavam bem próximos. – O castanho começou a ficar nervoso. – Vi vocês saindo do hospital juntos esses dias também. Por que não me contou, Kurt?

– Eu não sei, estava com medo da sua reação quando soubesse que tive outro encontro com ele. – Kurt tinha o olhar baixo, envergonhado. – Sebastian me pediu em namoro.

– Oh. – Blaine esperava por qualquer coisa, menos por aquilo. Foi como se uma faca tivesse atravessado seu coração. – E você aceitou?

– Claro que não. – Kurt o olhou. – Eu não gosto de Sebastian.

– Graças a Deus, Kurt, se não quem se jogaria na frente de um carro seria eu. – Blaine forçou uma risada, e Kurt sorriu. – Você devia ter me contado.

– Você também devia ter me contado algumas coisa, como por exemplo, quem é James? – Blaine começou a rir, e Kurt não entendeu.

– Olhe. – O moreno pegou o celular e mostrou uma foto de si com James. – Este é James Puckerman, um dos meninos da ala infantil do hospital.

– Ah, certo. – Kurt sorriu.

Eles ficaram se encarando por longos minutos. Apenas aproveitando a presença um do outro. Kurt esqueceu sobre sua dor de cabeça, e a dor no peito de Blaine havia sumido. O moreno pensou em começar a falar, a contar tudo, porém foi interrompido, novamente.

– Droga, Sebastian está vindo para cá. – Kurt disse e Blaine olhou para o salão, onde o médico estava.

– Parece que ele não aceitou muito bem. – Kurt concordou com a cabeça. – Deixa que eu me resolvo com ele.

– Não! – Kurt segurou a mão de Blaine.

Kurt não pensou. Ele apenas puxou Blaine para si e o beijou. Ele pensou que poderia treinar um pouco de atuação, um beijo técnico. Mas quando a mão de Blaine passou pela sua cintura e o puxou, ele perdeu o controle de tudo em seu corpo. Sua boca abriu com um gemido, e ele se entregou completamente.

Blaine estava surpreso, mas era o que ele queria fazia tanto tempo. Sentir os lábios de Kurt. Ter o corpo do castanho colado ao seu. O gosto de champanhe na boca de Kurt era viciante, e Blaine queria cada vez mais. Um arrepio passou por todo o corpo de Blaine quando ele sentiu a língua de Kurt tocando a sua.

Sebastian olhava aquilo com raiva. Os dois homens que ele havia amado estavam se beijando.

Kurt colocou a mão na nuca de Blaine, aprofundando ainda mais o beijo. Blaine colocou suas duas mãos na cintura de Kurt, colando seus corpos com tanta força, que se fosse capaz, eles se tornariam um. A outra mão de Kurt apertava o bíceps de Blaine.

Parecia que o chão havia sumido, e ambos flutuavam.

E quando eles se separaram, apenas para olhar nos olhos um do outro, Kurt odiou a si mesmo. Ele odiou ser apenas mais um. Ele odiou ser um simples ser humano que se apaixona pelo melhor amigo.


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Notas finais do capítulo

hehe e.e

Gostaram?

Até sexta que vem,

xoxo'



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