– Eu já volto. - disse-lhe.

Me arrumei e coloquei um chambre, apenas. Voltei para o quarto, Hans estava olhando para o reino da janela, eu não disse nada mas ele me notou ali mesmo assim.

– Às vezes me pergunto se mereço estar aqui, com você, neste castelo, neste reino. Porque... - eu tapei sua boca.

– Você faz perguntas demais.

Envolvi minhas mãos em seu pescoço e puxei-o para mais perto. Ele segurou minha cintura e nos beijamos demorademente. Hans pegou-me no colo e deitou com cuidado na cama. Sussurrei em seu ouvido:

– Você é a última pessoa para quem eu imaginava dizer isso, mas como a vida é cheia de surpresas: Eu te amo. - ele riu de leve.

– Igualmente, majestade.

– Você... Tiraria as costeletas por mim? - ele empalideceu.

– S-sim. - eu ri.

– Não quero que faça isso, só perguntei. Eu gosto das suas costeletas.

– Só delas?

– Tem muitas coisas que eu gosto em você, Hans. Como os seus lábios. - nos beijamos novamente.

– Algo a acrescentar? - neguei.

– Vamos compensar aquele beijo.

– Então prepare-se, porque eu não prentendia pará-lo tão cedo.

– Não é um problema.

Hans me beijou daquela forma novamente, senti tudo de novo, amor, desejo e necessidade. Seu corpo me transmitia calor, um calor agradável, era como se o gelo dentro de mim derretesse, ou melhor, queimasse. Olhei para os seus olhos esmeralda, me deixavam completamente hipnotizada, esquecia tudo a minha volta, por um momento, éramos só nós dois. Eu seria dele e ele seria meu, finalmente não havia nada contra nós, depois de tantas coisas tentarem nos separar, merecíamos ser felizes. Era assim que eu queria viver agora, ao lado dele, dormir e acordar olhando para a sua face, um dia ter filhos e netos, e continuar a mesma mulher apaixonada.

– Por que tudo sempre tem que ser da forma mais difícil, para nós?

– Não é isso que melhora? As coisas podem demorar mais para acontecer, mas quando acontecem, a felicidade é em dobro. - eu sorri.

– Acho que sim. - acariciei seu rosto - Hans Westerguard, eu prometo que de agora em diante nada mais atrapalhará a nossa felicidade, nunca.

– Elsa, não prometa coisas que não pode decidir sozinha...

– Posso não decidir sozinha, mas o que eu puder fazer, farei. Isso inclui não permitir que ninguém atrapalhe nosso amor, e consertar a sua relação com a sua família.

– Tenha sorte com essa tarefa. Já aviso que não vai ser fácil.

– Você não acabou de dizer que o jeito mais difícil acaba compensando?

– É, pode ser. Mas eu não quero falar deles nesse momento nem depois, minha família agora é você.

– Essa é uma das coisas mais lindas que você já me disse...

– Eu falo tanta bobagem assim?

– Não, mas de todas as coisas lindas, essa foi uma das melhores.

– Posso perguntar qual foi a melhor?

– Alguma dúvida? "Eu te amo", claro.

– Essa sim é a maior verdade do mundo, preciso provar?

– Bem... Você não precisa, mas eu quero. - Hans sorriu.

Aproximou seus lábios de meu pescoço e beijou-me até o braço.

– Não vai ser nada difícil.

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