New Feelings escrita por Vtmars


Capítulo 11
Capítulo 10 - Vale das Rochas Vivas


Notas iniciais do capítulo

Olá! Bem, eu sei que estou meio sumida (tem alguém aí?), mas apareci, não foi? Sem mais nada a acrescentar, nos vemos lá embaixo.



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Na manhã seguinte, acordei pronta para voltar a trabalhar, mesmo que houvesse centenas de papéis, o importante é que estava de volta a Arendelle. Mesmo assim, agradeci por Hans estar me ajudando.

– Convite de casamento.

– Diga que lamento não poder ir e mande felicidades aos noivos. Não pretendo sair de Arendelle novamente tão cedo.

– Pedido de parceria comercial com Corona.

– Nós já não éramos parceiros?

– Aparentemente, a parceria era com os seus pais, depois que eles morreram se tornou inválida.

– Me dê aqui, vou assinar. - Hans me alcançou o documento e eu assinei - Ainda faltam quantos?

– Uns duzentos. - disse enquanto olhava para a pilha - Não acredito que eu queria mesmo ser rei, isso não era bem o que eu esperava.

– Nada é como as pessoas esperam. - Anna entrou apressada na sala.

– O quê vocês estão fazendo aí? Deixem isso pra depois! Kristoff vai até o Vale das Rochas Vivas e convidou vocês para irem junto.

– Nós? Por que?

– Tem alguma coisa a ver com o Vovô Pabbie.

– Certo... Mas tem quer ser agora?

– Elsa! - falou num tom mandão.

– Eu acabei de chegar! Ainda tenho muito trabalho pela frente, não posso sair antes de terminar!

– Não se preocupe com isso, vocês terminam depois. É bom fazer uma pausa. Ah! Tem mais uma coisa, quase esqueci! Sei que está um pouco atrasado, mas é tarde demais para dar um presente de casamento a vocês?

– Você nos deu um presente de casamento. Você, Kristoff e Olaf, aliás.

– Não se lembra? O coração feito de gelo, com nossos nomes gravados. - disse Hans.

– Eu quis dizer um presente decente. Só dei aquilo porque o Kristoff insistiu em dar algo que ele mesmo tivesse feito, e porque eu não podia deixar vocês sem presente enquanto o verdadeiro ficava pronto.

– Verdadeiro? - perguntei.

– Elsa, prepare-se para a maior obra de arte que seus olhos irão ver! Podem trazer!

Criados entraram na sala segurando algo grande e retangular coberto por um pano vermelho. Anna retirou o plano e exclamou:

– Tcharam! Surpresa!

Nossos queixos caíram, era uma pintura tão perfeita que era digna de uma fotografia. Um quadro meu e de Hans, no dia de nosso casamento.

– Anna, como...?

– Eu peguei uma fotografia e mandei para um artista pintar. Só demorou para ficar pronto porque ele tem muitos pedidos e mora em Oslo.

– Anna, está lindo! Perfeito! Muito obrigada! - eu abracei-a - Esse é o melhor presente de casamento que eu poderia desejar!

– Ah, Elsa, não exagera, eu só... Brincadeira! Está perfeito, eu sei! Você gostou mesmo?

– Claro! Hans, diz se não está perfeito! - ele levantou e aproximou-se para observar melhor a obra.

– Bem, é bastante... Detalhada. Eu não sabia que eu ficava tão estranho com farda.

– Estranho? Está brincando?

– Você é lindo! - nós olhamos para Anna - Quero dizer, você estava lindo! Não, quero dizer... Está ótimo!

– De qualquer forma, é um presente incrível, Anna. Obrigado.

– Não foi nada, agora, acho melhor a gente ir andando, o Kristoff já deve estar perdendo a paciência.

Concordamos e fomos pegar nossos cavalos para partir. O Vale das Rochas Vivas ficava no meio da floresta, era bem complicado de se achar, apenas Kristoff sabia com precisão onde ficava. A última vez que eu tinha ido lá fora no casamento de Anna e Kristoff, há cerca de um ano, porque os trolls insistiram em também fazer uma cerimônia para eles. Hans estava bem desconfiado de tudo, nós já havíamos contado a ele sobre os trolls, mas algo me diz que ele não levou muito a sério.

– Chegamos, deixem os cavalos aqui. - nós fizemos como Kristoff disse e o seguimos até o meio das pedras. - Vovô Pabbie, Bulda! Onde estão vocês?

Eu e Anna já estávamos acostumadas, mas Hans ficou achando que éramos todos loucos, ou que era algum tipo de brincadeira de mau gosto. De repente, o chão começou a tremer e os trolls apareceram.

– Que diabos é isso?! - gritou Hans.

– Calma, são só trolls. - disse Kristoff calmamente.

trolls?! - o loiro gesticulou para que ele fizesse silêncio.

Vovô Pabbie rolou até Kristoff e sorriu ao ver-nos.

– Kristoff, Anna e Elsa! O quê posso fazer por vocês?

– É o que gostaríamos de saber, Vovô Pabbie. O senhor que me pediu para trazê-los aqui.

– Sim, sim. Mas eu pedi que trouxessem o marido de Elsa também.

– Ele está ali. - Kristoff apontou para Hans, que estava longe, atrás de todo mundo.

Vovô Pabbie rolou até ele, que entrou em pânico.

– Não me mate, por favor! - Hans ajoelhou-se diante do troll - Eu não sou mais a mesma pessoa!

– Não seja ridículo! Ele não vai te matar, se eu quisesse que você morresse já teria feito isso há muito tempo.

– Ah, bem... Desculpe. - disse Hans sem jeito, endireitando-se.

– Então você é o príncipe das Ilhas do Sul? Não se preocupe, Hans, não vou te fazer mal. Mas se me permitir, gostaria de pegar emprestadas as suas lembranças por um tempinho.

– Desde que não vá pegar as boas, pode até ficar com elas para você. - o troll achou graça.

– Não, Hans. Todos temos lembranças ruins, algumas são verdadeiros fardos para se carregar, mas são elas que nos fazem crescer e aprender com nosso erros. Agora, com licença.

Vovô Pabbie fez algo que me lembrou do incidente com Anna anos atrás. Puxou as lembranças de Hans e elas ficaram visíveis. Pudemos ver quando ele fora criança, e como era ignorado pelos pais e irmãos, exceto por Yran, que aparecia em todos as lembranças em que Hans sorria. Vovô Pabbie guardou-as de volta e começou a falar:

– Muito bem, Hans das Ilhas do Sul, você é o filho mais novo de treze. Foi ignorado pelos pais e irmãos, criou um ódio enorme dentro de si, uma vontade de provar que podia ser melhor e mostrar que não precisava dos irmãos que tanto o desprezaram. Mas você tinha o seu irmão mais velho, Yran. O quê aconteceu com vocês? - Hans suspirou.

– Enquanto Yran esteve ao meu lado, ele sempre me impediu de fazer alguma loucura, dizia que eu iria superar, que eu tinha que ser forte, que ele também passara por aquilo e aguentara. Mas quando ele se casou, perdemos um pouco o contato, e eu não parei mais de ouvir as pessoas me dizerem que eu nunca seria feliz, nunca faria nada que prestasse, que não merecia ser irmão deles, que até Yran ainda era útil e eu não. Então... Eu tomei medidas drásticas. Resolvi me tornar rei de qualquer jeito, e quando surgiu a oportunidade em Arendelle...

– Sim. Você fez coisas terríveis, tornou-se um monstro com um coração congelado, mas se arrependeu. Foi perdoado, e até se casou. Agora, Hans, eu tenho que te perguntar: Você está feliz? - ele ficou pensativo por um tempo.

– Sim, estou feliz. Tem muitas coisas que motivam minha felicidade, mas... Para ela ser completa, ainda me falta ver minha família unida, e... Que Yran me perdoe. - ele baixou a cabeça.

– Você foi perdoado por aqueles à quem fez mal, mas não pelo irmão, que se sentiu traído, envergonhado. A confiança que tinham foi quebrada. Mas não se preocupe com isso, fez a sua parte, agora não depende de você. É ele quem tem que abrir a mente e o coração para poder te perdoar. - Hans sorriu de leve - Bem, sem mais perda de tempo, eu chamei vocês aqui por um motivo maior.

– Qual seria? - eu finalmente me manifestei.

– Quero abençoar o seu casamento.

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Notas finais do capítulo

Para mim é importante que vocês digam-me o que estão achando, porque só assim eu posso saber o que está bom e o que não está e melhorar a história, então, peço-lhes que comentem. Feliz Páscoa e até logo (espero)!