Escolhas do coração escrita por Achyle Vieira
Eliza: O que vocês estão fazendo aqui? — perguntou com cara de poucos amigos
Eu não conseguir dizer nada, o que eu podia falar? Felipe tomou a frente e respondeu.
Felipe: Eu estava indo procurar a Vaiolet, Majestade e esbarrei com a Eshley. No momento que a senhora chegou estava desejando um bom dia a ela.
Minha mãe levantou a sobrancelha esquerda, acho que ela não acreditou muito no que ele falou. Ela olhou do Felipe pra mim novamente.
Eliza: A Vaiolet ainda está dormindo. Eshley venha comigo, você está atrasada.
Eu: Mas... Mãe, eu ainda não comi...
Ela virou de costas e começou a caminhar, fui atrás dela. Quando ela entrou no corredor à direita olhei para trás e Felipe ainda estava lá parado olhando para mim, antes de me virar novamente ele piscou o olho esquerdo para mim com um sorriso malicioso nos lábios e continuou a subir as escadas. Definitivamente ele é louco!
Virei à direita para continuar seguindo a minha mãe.
"Será que ela ouviu a minha conversa com o Felipe?" pensei.
Ela parou na terceira porta do corredor, que é onde fica a biblioteca. O que me deixou em pânico foi ela não ter entrado.
Eliza: O que você estava conversando com o príncipe Felipe?
Eu: Ele só estava me desejando um bom dia. Ele esbarrou comigo...
Eliza: E por isso decidiu segurar sua mão? — perguntou me interrompendo.
Ela viu! Meu Deus! Onde eu fui me meter?!
Eu: Ele... Só quiz ser gentil mamãe...
Eliza: Eu nunca vi ele ser gentil daquela forma com Vaiolet. Você está de castigo.
Eu: Mas, mãe eu não fiz nada...
Eliza: Mas ele fez. Não quero que o pior aconteça. Ele casará com a Vaiolet e você não estragará meus planos...
Eu: Mãe, isso não é junto...
Eliza: Quem diz o que é justo aqui sou eu. Cale-se! — Ela deu três passos e olhou para trás. — O que você está esperando? Uma princesa nunca deve chegar atrasada Eshley.
Entendi o recado e entrei na biblioteca. Jean Pierre, meu professor de francês estava em uma discursão com a senhorita Glades Glavard sobre qual aula eu teria primeiro. Quando parei em frente a eles, pararam de discutir e se direcionaram a mim.
Jean e Glades: Alteza! — Disseram em coro junto com uma reverencia.
Eu: Olá Jean, Glades.
Eu me direcionei até a minha mesa de estudos, que fica em frente a uma prateleira de livros do lado esquerdo da porta de entrada. Esses dois sempre viviam em é de guerra, na minha opinião, no fundo eles se amavam. Nunca vi eles brigando com outros professores, sempre eram apenas os dois.
Jean: Alteza... — Olhei para o lado e estavam os dois juntos, um ao lado do outro. — decidimos que é melhor a Srta. Escolher qual aula quer ter primeiro.
Eu: Não quero ser grossa, mas hoje não estou animada com nenhuma das matérias. Que tal vocês tirarem no "impar ou par"?
Glades: Hum... Pensando bem, é uma boa ideia.
Acabou que a Glades ganhou. No meio da aula dela uma das criadas da minha mãe bateu na porta e deixou um recado para Jean, que se aproximou de Glades e falou alguma coisa no ouvido dela.
Glades: Alteza, a rainha acrescentou mais trinta minutos a cada aula.
Então era isso... Ela não daria trégua para mim enquanto o casamento de Vaiolet e Felipe não acontecesse. Sabia que ia me meter em confusão com essa história.
***
Depois de duas horas trancada na biblioteca consegui sair de lá. Estava um dia abafado e eu queria muito um banho de água fria pra diminuir o calor, sem contar que estava morrendo de fome, pediria para marta levar alguma coisa para eu comer no quarto. Fui para o meu quarto e quando entrei Vaiolet estava sentada na cama.
Vaiolet: Até que em fim você chegou. — ela falou ficando de pé.
Eu: Vaiolet? O que você está fazendo aqui? — perguntei confusa.
Vaiolet: Não se faça de boba, a mamãe me contou.
Eu não acredito que a mamãe foi contar para a Vaiolet!
Eu: Vaiolet, só foi um mal entendido. Ele esbarrou comigo e quis ser gentil. Agora se você me der licença, eu vou tomar banho. — Falei indo em direção a porta e abrindo para que ela saísse. Ela se aproximou e pensei que ela fosse sair do quarto, mas parou na minha frente.
Vaiolet: Você não vai conseguir roubar ele de mim. — ela me segurou pelo braço. — Você me entendeu?
Eu: Vaiolet, você está louca? Você está me machucando. — livrei meu braço das mãos dela, o que ela pensa que estava fazendo? já cansei dessa história. — Sai do meu quarto Vaiolet ou eu vou conversar com a mamãe sobre seu comportamento.
Vaiolet: E você acha que ela vai te escutar? Ela me avisou sobre você e eu não vou ser idiota.
Eu: Já chega Vaiolet, você está passando dos limites. — segurei o braço dela e a empurrei para fora do meu quarto. Já fora do meu, me puxou para perto dela e de repente senti a mão dela no meu rosto. Cai no chão com o impacto da tapa. Olhei para cima ainda abalada e vi Vaiolet rindo, levei minha mão ao rosto e vi Felipe no inicio do corredor correndo na nossa direção.
Felipe: Você é louca? — Gritou para Vaiolet e se aproximou para me ajudar. — Você está bem? — perguntou já com as mãos no meu rosto.
Tudo isso era por causa do que minha mãe viu na escada. Tudo por causa dele. Minha mãe e minha irmã estavam contra mim por causa dele. Não aguentava mais guardar tudo pra mim, no final sempre carregava o mesmo sentimento de culpa.
Eu: Tudo isso é por causa de você! Me solta, eu sei me levantar sozinha. — Falei tirando as mãos dele de mim e me levantando.
Vaiolet: Meu amor, ela me agrediu primeiro. — Choramingou jogando os braços em volta do pescoço dele.
Eu: Você é muito sínica Vaiolet. Assume o que você fez.
Felipe: Vaiolet, eu vi tudo. E não me chame assim.
Ela continuou se fingindo de coitada, a raiva me subiu pelo corpo.
Eu: Chega! Não vou deixar isso ficar assim Vaiolet. — Comecei a andar. Sabia quem eu deveria procurar já que mamãe não faria nada.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Espero que tenham gostado!
Não se esqueçam de favoritar, comentar, acompanhar, compartilhar, etc.
Beijos amores,
A. Singer