Escolhas do coração escrita por Achyle Vieira


Capítulo 3
Capítulo 3 - Explosão de sentimentos


Notas iniciais do capítulo

Plágio é crime!
Ao invés de copiar as história dos outros, use a imaginação e crie sua própria história.



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Pela manhã, Vaiolet entrou no meu quarto — sem nem ao menos bater na porta — falando que precisava da minha ajuda porque tinha feito algo errado.

Eu: Vaiolet, não estou disposta para os seus escândalos.

Vaiolet: Você vai me ouvir. Beijei o príncipe Felipe ontem e ele ficou com uma cara de quem viu um fantasma. Será que ele acha que eu beijo mal?

Eu: E você vem me perguntar? Não tenho experiência com beijos, peça ajuda a mamãe, tenho certeza que ela irá te ajudar.

Vaiolet: Mas você estava conversando com ele ontem. Talvez possa perguntar a ele.

Eu: você está tentando me usar para saber o que o príncipe acha do seu beijo?!

Vaiolet: Entenda como quiser. Só preciso que fale com ele.

Levantei-me da cama e fui em direção à porta, não estava disposta para a Vaiolet.

Eu: Saia do meu quarto.

Vaiolet: você não...

Eu: você tem que parar de querer tudo aos seus pés. Se não consegue com seu noivo para perguntar o que quer saber, como vai manter seu casamento? — Falei interrompendo-a. — Saia do meu quarto, preciso me trocar.

Ela saiu batendo o pé, com raiva.

Pela tarde fui para o jardim, para o chá da tarde. Minha mãe e a rainha Charlote estavam falando de vestidos quando Vaiolet e Felipe chegaram perto de nós.

Vaiolet: Eshley, você não quer dar uma volta com o Felipe? Preciso falar com a mamãe. O Felipe vai te acompanhar.

Sabia por que a Vaiolet estava fazendo aquilo, mas não iria fazer o que ela queria. Aceitei caminhar com o Felipe, mas só isso.

Enquanto caminhava com ele não percebi que estávamos indo em direção ao estábulo. Acabamos encontrando o Pedro, que parecia assustado ao nos ver. Apenas acenei com a cabeça para Pedro, depois sai andando sem perceber que estava praticamente correndo.

Felipe: Princesa Eshley, espere por favor.

Diminui o passo para que ele pudesse me acompanhar.

Felipe: O que aconteceu? Está se sentindo mal?

Eu: Perdoe-me, apenas estou indisposta para caminhar.

Enchi os olhos de lágrimas ao lembrar que perdi o que nem era meu.

Felipe: Por isso que está com os olhos assim: Quem é aquele rapaz?

Eu: meu professor de montaria.

Felipe: Não foi isso que eu quis dizer... Ele é seu amigo?

Eu: Sim, nos conhecemos desde pequenos.

Felipe: Então... Ele é o sortudo?

Meu corpo paralisou quando ele disse isso. Fiquei sem saber o que falar. E ele ficou esperando uma resposta minha.

Eu: não... Não entendi.

Felipe: Tenho que ser mais direto?... Você o ama?

Eu: Na-não. Vo-você acha que eu amo ele?

Felipe: Só um tolo não perceberia.

Eu: Você está errado, nem me conhece.

Felipe: Posso não conhecer totalmente, mas sei que você é o oposto da sua irmã. — Ele colocou a mão no meu rosto. — Sei conhecer quando uma pessoa se deixa levar pelos sentimentos.

Não entendi aquele ato de afeto, ele era noivo da minha irmã, deveria ter aquele tipo de intimidade com ela, foi ela que o beijou e não eu.

Eu: O que está fazendo? — Falei me afastando da mão dele.

Felipe: Nada. — falou recolhendo a mão. — me desculpe!

Eu: Gostaria de ficar um pouco sozinha. Se você encontrar minha mãe, por favor, diga a ela que eu passei mal e fui para o meu quarto. — Nem esperei pela resposta dele, comecei a caminhar.

Fui diretamente para o estábulo, nem me em conferir se o Pedro ainda estava lá. Precisava de uma coisa que sentia muita falta. Procurei a minha sela coloquei no Zangado, montei ele e ele correu com toda velocidade. Sentir o vento bater no meu rosto fez me sentir um pássaro. Fui em direção à cachoeira, ao meu esconderijo.

Amarrei o Zangado em uma árvore e nem pensei duas vezes, apenas tirei o vestido e mergulhei no riacho. Era disso que eu estava precisando, me libertar das roupas apertadas, das posturas certas, da maquiagem e dos banhos com produtos caros. Precisava me libertar de tudo ao meu redor e ser uma pessoa normal.

Depois de um demorado mergulho, vesti meu vestido e voltei para o estábulo com o Zangado, por sorte ainda não tinha ninguém lá. Quando estava saindo alguém falou comigo, e eu conhecia muito bem aquela voz.

Pedro: Teve um bom passeio alteza?

Virei-me e lá estava ele, alisando o Zangado. Tudo o que eu não queria lembrar voltou, principalmente a imagem da Emma acariciando o rosto dele.

Eu: Sim, o Zangado meu ajudou com isso.

Pedro: Não é do passeio com o Zangado que eu estou falando. Estou falando do príncipe, do seu cunhado.

Eu: Aaah, foi bom também.

Pedro: Pensei que ele estava noivo da sua irmã.

Eu: Ele está, e acho que você sabe muito bem disso.

Pedro: Não era o que parecia quando ele estava com a mão no seu rosto.

Eu: Está insinuando que...

Nessa hora eu explodi. O que ele pensa que eu sou? Não estava dando em cima do meu futuro cunhado. E quem ele pensa que é pra falar assim comigo?

Eu: Olha, não estava dando em cima dele, se é isto que você está insinuando. E quem é você pra falar comigo assim. Por acaso não foi a Emma que estava aqui fazendo o mesmo ontem?!

Pedro: Calma! Eu só estava brincando...

Eu: Não pareceu uma brincadeira, se é o que você quer saber. — Falei interrompendo ele. — E se foi, foi de muito mau gosto.

Pedro: Desculpe-me, tá bom? O que você tem?

Eu: O que eu tenho?! — Me descontrolei nessa hora. — Eu estou cansada, cansada de ser invisível, cansada de ser uma boneca para as pessoas brincarem. Todo mundo é falso comigo, só se aproximam porque eu sou uma princesa. Até você é falso comigo, me enganou, apunhalou pelas costas tudo o que podia existir. — Nessa hora comecei a chorar e me sentei em sacos de palhas. Porque aquilo estava acontecendo?

Foi quando me dei conta de que falei de mais, não devia ter agido daquela forma, não deveria me deixar levar pelas emoções.

Pedro: O que eu fiz pra você de tão ruim? — Falou confuso. — E como você sabe sobre a Emma?

Já era tarde demais pra voltar as palavras que tinha dito. Se eu falasse pra ele o que sentia talvez a nossa amizade acabasse por causa disso. Então resolvi fingir ser a amiga magoada por ele esconder as coisas de mim.

Eu: Vo-você... Não me contou sobre a Emma, ela é sua amiga... E você nem me contou isso...

Pedro: É isso? É por isso que está tão magoada? — Falou mostrando um sorriso no canto dos lábios.

Eu: Eu sou sua melhor amiga... Você não me falou que tinha outra amiga.

Pedro: Desculpa não ter te contado, mas ela é minha amiga. Ela vem aqui todos os dias bem cedo, inclusive hoje...

Ele continuou falando, mas não prestei atenção no que ele continuou falando, aquilo já era o bastante. Se ela veio aqui hoje é porque algo aconteceu entre eles ontem, e se algo aconteceu é porque eles estão juntos...

Pedro: Eshley, tá me ouvindo? — Falou balançando as mãos na frente dos meus olhos.

Eu: Ela veio aqui hoje?

Pedro? Veio. Mas pra on...

Eu: Vocês estão juntos? — Falei interrompendo ele.

Pedro: Porque isso agora? — Falou confuso.

Eu: Eu vim aqui ontem de manhã e ela estava com você, com a mão no seu rosto... Vocês estão juntos?

Pedro: Talvez, eu não sei, é meio complicado. — Falou colocando uma das mãos na nuca.

Eu: Eu preciso ir. Retire a sela do Zangado, por favor. — Falei me levantando e saindo do estábulo

Pedro: Eshley, o que...

Ele continuou falando, mas a dor que me consumia, estava muito forte para me deixar ouvir o que estava ao meu redor.

Fui para o castelo e entrei pelos fundos para não encontrar com minha mãe. Subi as escadas e fui para o meu quarto. Por sorte não tinha ninguém no meu quarto. Entrei no banheiro, sentei no chão e deixei aquela dor consumiras últimas gotas de esperança que tinham acabado de ir embora junto com aquelas palavras que ele tinha me dito.


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Notas finais do capítulo

Olá amores!
Espero que tenham gostado do capítulo. Caso tenham gostado não esqueçam de comentar, favoritar, acompanhar, etc.
Bjs,
A. Singer