Escolhas do coração escrita por Achyle Vieira


Capítulo 10
Capítulo 10


Notas iniciais do capítulo

Meus amores, eu iria postar a dois dias atrás, mas infelizmente a internet me deixou na mão. Mas agora, aqui estoy yo com mais um cap. pra vocês, espero que gostem.
Boa leitura!



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Abro os olhos, minha vista está um pouco embaçada. Olho não redor e percebo que o quarto em que estou não é o meu. Tento levar minha mão aos olhos, mas ao puxar a mão direita vejo que estou com uma intravenosa no pulso direito. Gemo com a dor. Minha vista vai desembaçando aos poucos e vejo papai levantar-se da poltrona que está a um metro da cama onde estou.

Robert: Querida, você está bem? Está sentindo alguma dor?

Eu: Acho que estou bem, mas meu pulso está doendo um pouco.

Robert: Vou chamar o Dr. Neilan. Não se mexa.

Assenti com a cabeça.

Como eu tinha ido parar ali?

Lembro-me do rosto de papai ao entrar no quarto e de sentir as pernas bambas... Ah! Claro, a dor no estômago e as náuseas, foi isso que me fez desmaiar.

Olho ao redor novamente, não tem nada no quarto além de um relógio de parede, um pequeno armário branco no canto do quarto, um criado-mudo ao lado da cama e uma poltrona. Estou na enfermaria do palácio.

Papai volta ao quarto com o Dr. Neilan logo atrás.

Neilan: Alteza, como se sente?

Eu: Normal, eu acho... Só senti dor no pulso quando tentei levar a mão até a cabeça.

Neilan: Imagino que tenha sido por causa da agulha. — Sugeriu pegando meu pulso. — Não sente mais nenhuma dor?

Eu: Só um pouco de dor na cabeça.

Neilan: Não sente nada no estômago?

Eu: Não.

Robert: Então Dr. Neilan, quando vai chegar o resultado dos exames?

Neilan: Majestade, o laboratório entregará amanhã. Mas acredito que o que causou o vômito foi a falta de nutrientes no corpo. Pois como o senhor falou, ela não se alimentou bem durante todo o dia.

Eu: E a dor no estômago? Eu senti dor no estômago antes de vomitar e antes de desmaiar.

Dr. Neilan esfregou o dedo indicador no queixo algumas vezes e depois se voltou para mim.

Neilan: Quanto tempo exatamente a senhorita ficou sem comer alteza?

Eu: Não sei exatamente, mas só comi ontem pela manhã.

Dr. Neilan se voltou para o meu pai e Falou:

Neilan: Majestade, talvez a dor tenha sido causada pelo ácido clorídrico presente no estômago. Vamos esperar para ver o resultado dos exames.

Robert: Deixe-nos a sós, por favor.

Neilan: Sim majestade. — respondeu. — Alteza, se por acaso sentir dores ou tonturas toque a campainha que a enfermeira virá ajudá-la. — Disse indicando um botão que estava grudado na cabeceira da cama.

Assenti e ele seguiu para a porta dando uma rápida reverencia. Saiu do quarto nos deixando a sós. Papai arrastou a poltrona para perto da cama e sentou-se. Pegou uma das minhas mãos e deu um suave beijo nela.

Robert: É tão bom ver você acordada... Morri mil mortes quando entrei no quarto e vi você desmaiando.

Eu: Sinto muito papai, não queria lhe deixar preocupado.

Robert: Prometo não fazer mais isso. — Jurei levantando a mão que não estava com a intravenosa.

Ele sorriu, mas ainda pude notar algumas rugas de preocupação em seu rosto. E sem querer comecei a imaginar o que mamãe estaria fazendo agora.

Eu: Pai, onde está mamãe?

Robert: Ela não pôde vir querida. Você sabe... As visitas.

Claro! Ela nunca deixaria as visitas esperando, nem mesmo se fosse para o meu funeral.

Rapidamente me perguntei por quando tempo estava ali. Será que fiquei inconsciente por muito tempo?

Eu: Por quanto tempo eu fiquei desmaiada?



Robert: O dia todo. Basicamente doze horas.

Eu: E o senhor ficou o tempo todo comigo?

Robert: Claro que sim! Quando vai perceber que você é importante pequena Esh? Principalmente pra mim, que sou seu pai...

Aquelas palavras encheram meu coração de alegria. Meu pai me amava e aquilo era suficiente. Eu não precisava de mais nada.

Ele se pôs de pé, aproximou-se e beijou minha testa.

Robert: Agora que eu tenho certeza de que você está bem, vou subir e ir para o escritório. Estava no meio de uma reunião com os conselheiros quando fui informado pela sua criada que você estava passando mal. — Ele falou alisando minha cabeça.

Eu: Desculpe. Não queria ter atrapalhado uma coisa importante.

Robert: Nada é mais importante do que minha família. — Beijou novamente minha testa. — Agora descanse.

Eu: Só se você me prometer que vai descansar também.

Robert: Prometo. — Afirmou e saiu do quarto.

Olhei para o relógio na parede e vi que ele marcava 22:30h. Nossa! Passei bastante tempo desacordada. Será que todos já sabiam o que tinha acontecido comigo? Provavelmente sim, pensei.

Senti-me cansada, muito cansada apesar de todo o tempo que passei desacordada. Ajeitei-me na cama e deixei o sono me levar.

Fui acordada pela enfermeira para tomar meu café da manhã e para retirar a intravenosa. Finalmente tirei aquilo.Eu queria sair da cama, mas ela disse que tinha ordens para não me deixar sair do repouso. Aposto que foi papai que deu essas ordens a ela.

Depois que eu terminei de comer meu café da manhã, ela entrou no quarto dizendo que eu tinha visitas. Papai entrou no quarto e percebi que ele tinha feito o que eu tinha pedido. Ele estava com os cabelos molhados e sem olheiras.

Robert: Bom dia minha pequena! — Ele estava com um sorriso radiante nos lábios.

Eu: Bom dia pai! — Retribui seu sorriso.

Robert: Como está se sentindo hoje?

Eu: Novinha em folha. — Respondi mostrando os braços para parecer forte.

Robert: Ótimo. Eu vou subir para tomar café e para terminar uma certa reunião e daqui a algumas horas eu volto para ver o resultado dos exames. — Ele se aproximou e sussurrou no meu ouvido: — Você outra visita.

Foi em direção a porta e sinalizou com a mão para que alguém entrasse. E lá estava ele. Felipe.

Uma alegria percorreu meu corpo e não pude evitar sorrir ao vê-lo e ele retribuiu calorosamente.

Robert: Lembre-se, se alguém perguntar o que aconteceu responda que estava indisposto para o café da manhã e que não queria ver ninguém. — Falou para Felipe nos fazendo lembrar que ele ainda estava ali e logo em seguida saiu, fechando a porta atrás de si.

Felipe aproximou-se e eu me ajeitei na cama para arrumar meu cabelo, pois deveria estar uma moita. Ele estava tão lindo, que foi quase impossível não suspirar na frente dele. Ele sentou-se na poltrona ao lado da cama e pegou minha mão.

Felipe: Você está em? — Sussurrou e pude ver uma linha de preocupação em seu rosto.

Eu: Sim. — Respondi — Como você conseguiu convencer meu pai a te trazer aqui? — Perguntei curiosa.

Felipe: Apenas pedi para ver você, para saber que estava bem e ele deixou. Pra falar a verdade, pensei que teria que insistir mais, mas não precisou. Ele apenas pensou por alguns segundos e me disse que era pra eu dizer que eu estava que estava indisposto para o café da manhã de hoje. — Respondeu, levou minha mão aos lábios e plantou um beijo suave e carinhoso. Continuou: — O encontrei no corredor do seu quarto, em frente a porta do quarto de Vaiolet. Ele me falou que tinha acabado de te visitar e eu tomei coragem e pedi pra te ver. — Seu rosto contraiu um pouco — Não faça mais isso, quase morri de preocupação. — Sussurrou.

Eu: Desculpe... — Não queria que ele ficasse tão preocupado comigo, então resolvi mudar de assunto — Seus pais devem pensar que somos uma família muito problemática. — Falei rindo.

Felipe: Até agora, eles só acham minha noiva agressiva.

Aquilo de certa forma me aliviou, era bom saber que até agora os pais dele não tiveram um pensamento negativo sobre mim.

Ele levantou-se, foi até a porta e abriu-a. Por um momento pensei que ele ia sair daquele jeito e me deixar, fiquei chateada com ele. Mas vi que estava sendo precipitada com meus pensamentos quando ele voltou e me beijou. Fiquei atônita por alguns segundos, não sabia como reagir. Ele sorriu e voltou a falar:

Felipe: Sua irmã me disse que sua mãe acha que você fingiu um desmaio para chamar minha atenção.

Aquilo não me surpreendeu, pois eu sabia que ela tentaria passar uma imagem negativa sobre mim o máximo que pudesse.

Quando eu estava pensando no que ia dizer para me defender daquelas palavras ouvimos batidas na porta, que fizeram Felipe se afastar rapidamente e ir em direção a porta.

Dr. Neilan nos olhou confuso ao ver que Felipe abriu a porta e entrou no quarto.

Neilan: Alteza perdoe-me incomodá-la, mas estou com o resultado dos exames. Deseja que eu venha outra hora?

Eu: Não. O príncipe Felipe já estava de saída. — olhei para Felipe — Diga a Vaiolet que eu agradeço a preocupação dela príncipe Felipe. — Pisquei pra ele, ele piscou pra mim e assentiu.

Felipe: Direi. Até mais. — Acenou e saiu do quarto.

Voltei-me para Dr. Neilan e esperei que ele me mostrasse o resultado dos exames.

Ele me explicou que a dor que eu senti foi causada pelo ácido do estômago e que eu acabei ficando com gastrite, mas que não era nada grave. Eu poderia voltar a comer normalmente, mas não podia ficar sem comer por muito tempo, pois se eu ficasse o problema aumentaria e se transformaria em uma coisa pior.

Eu: Não tenho que ficar de repouso ou algo parecido? — Perguntei esperançosa.

Neilan: Não. Acho que às doze horas já foram suficientes. — Ele sorriu e me entregou um envelope que continha os exames dentro — Caso o rei queira ver o resultado. — Falou referindo-se ao envelope.

Eu: Isso significa que estou liberada?

Ele assentiu e eu não pude deixar de sorrir. Só imaginar ficar naquele quarto já era tedioso.

Neilan: Vou pedir a enfermeira para chamar suas criadas para elas lhe ajudarem.

Eu: Não precisa! Só vou arrumar meu cabelo e vou para o quarto tomar um banho.

Neilan: Como quiser alteza. — Ele se reverenciou e saiu do quarto.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado.
Não se esqueçam de comentar, favoritar, acompanhar, compartilhar.
Cada um desses nos ajuda a melhorar a história, não importa se é elogio ou crítica.
Beijos, até o próximo cap.
A. Singer