Born To Kill escrita por Vlk Moura


Capítulo 22
Capítulo 22




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/593285/chapter/22

Pensei em comentar com Scarlett, mas o que eu diria, "Ah, então eu estava treinando o Duke entrou e me deu um beijo, agora estou extremamente perdida" e me comportando como uma adolescente idiota, fala sério, não fui criada para amar, fui criada para batalha, e já estou muito tempo sem lutar, preciso voltar para ação, preciso de uma missão, se bem que Duke não quer me levar para campo, eu fui mandada para a sala, acho que estão com medo, não sei, mas preciso arranjar algo para fazer e já sei com quem farei isso.

Abe estava na sua sala, ele me olhou e me cumprimentou com seu jeitinho de peixe de sempre.

– Ele fez isso mesmo? - olhei para Abe, ele me analisava, mas que droga, ele entrou na mente de novo - Eu disse, você deixa essas coisas apitando, sou pesquisador, curioso por natureza. - revirei os olhos. Mas sim, Abe, ele fez isso - E o que você fez? - Você já está na minha mente, por que não descobre sozinho - Porque perderia a graça - Fala sério, Abe. Revirei os olhos mais uma vez. Onde Anung está? - Deve estar chegando, ele disse que ia comprar umas fraudas - Posso esperá-lo aqui? - Se eu disser não, você vai ficar mesmo assim.

Confirmei.

Ele me entregou mais uma papelada sobre a Hydra, eu pedi para ele continuar a busca, não confiava na destruição da organização. Ele insistiu em saber por que eu achava isso, e algumas coisas eu ainda consigo esconder no meu intimo do cérebro.

Na papelada não tinha nada como o brasão, nada que falasse de alguma relação Cobra e Hydra e isso me preocupava, se o Abe não encontrasse nada em quem eu poderia confiar para essa pesquisa. Ouvi Anung chegar e isso me tirou de minha busca profunda de brasões, ele xingava o fato de ter de limpar bundas.

– Oi, Agnes, há quanto tempo você está aqui?

– Ela quer falar com você, ela quer ir para ação, diz se sentir muito humana, principalmente depois de ser beijada.

– Beijada? - olhei Abe, não acreditava que ele contava a Anung sobre isso.

– Sim, pelo Duke.

– Você se deixou ser beijada pelo branquelo bundão?

– Não fale besteira, Anung, e isso não importa agora, o que importa é que quero ir para rua, preciso da ação, preciso socar alguns monstros, sei lá, só sei que se ficar mais tempo presa no QG ficarei louca. - agradeci - Não foi nada, Agnes, é sempre um prazer ajudá-la.

– Certo, aguenta aqui um pouco que eu já volto, hoje temos fantasmas perturbando a vida da cidade.

Ele saiu para o quarto.

– Duke, ele parece ainda mexer muito com você - eu o analisei, onde quer chegar - Quero dizer que você parece ficar mexida - eu fiquei, eu não esperava, mas acho que você poderia me ajudar mais, sabe, me contar o que acha melhor eu fazer, eu estou perdida eu preciso... - De ação, você está certa, se continuar presa naquele lugar ficará louca - eu ri - Anung, deixe-a fazer maior parte do trabalho do contrário ela ficará louca.

Ele confirmou, me entregou uma estrela de Davi, eu sabia que aquilo não ajudaria muito contra fantasmas, apenas os punhos de Anung eram suficientes para acalmá-los. Liz ficou na casa cuidando das crianças, Abe continuava seu trabalho de pesquisa.

Andamos pelas ruas, descemos ao esgoto, subimos em uma das casas abandonadas, Anung me contou algo sobre um homem que fora morto naquela casa por pessoas da cidade há tantos anos que as gerações existentes hoje não sabem quem ele é. O espirito desse homem estaria se vingando dos herdeiros de seus assassinos, e nosso trabalho era pará-lo, bem eu fui a primeira a entrar e dizer que espiritos são bons anfitriões é uma furada, fui atingida por uma névoa plásmatica que me fez ser jogada para o lado como uma boneca de pano. Anung estrou com maior cuidado, foi arremessado e quase caiu sobre mim.

– Você sobe, qualquer problema grita - eu o olhei, ainda estou sem voz, você realmente espera que eu grite - Faça algum barulho.

Confirmei.

Subi para o andar superior pelas escadas e saltando aqueles degraus que identifiquei soltos e rangeriam, não é como se um fantasma não fosse me perceber ali, afinal ele estava preso na casa há tanto tempo que não me surpreenderia se... fui arremessada.

Não me surpreenderia que ele controlasse a casa.

Caí dentro de um quarto, me levantei ia ser atingida por uma das janelas, desviei saltando no espaço onde antes teria um vidro, caí e corri para outro lado, se ele estava no antar de cima, com meu pouco conhecimento fantasmagorico eu sabia que pelo poder daquele ser ele não controlaria o andar inferior, bati na madeira, pude ouvir Anung subir, ele entrou em um quarto o que eu estava ficou paralisado, ótimo o ser mudara, fui para o quarto de Anung, ele acertava uma das partes da casa que se rachou e voou na minha direção. O olhei.

– Que bom te ver, está com a estrela - mostrei para ele, nesse momento uma mão fantasmagorica saiu da parede e veio na minha direção - Corre, Agnes, corre.

Foi o que fiz, saltei daquele andar para o inferior, a mão me seguia, Anung também e tentava acertá-lo. Tentei sair da casa mas fui atingida pela porta, eu fui arremessada para longe, mas não larguei a estrela. Desviei de algumas partes da casa que ainda tentava me acertar. Imaginei como estava aquela movimentação para quem via de fora, devia ser algo engraçado.

A mão fantasmagorica pegou a estrela, eu a segurei com força, ele a puxou mais forte, levei as duas mãos e desviei de uma parte da escada. Anung, onde raios você se meteu, Anung!

Uma mão rochoso passou quase me acertando, pegou o braço e o puxou, um homem foi retirado da casa. Ele era alto e carmoso, ele me olhou, não deveria ser muito mais velho do que eu. Mas...

– Você? - ele me olhou - Você cresceu - Anung me olhou.

– Você o conhece?

Não sei.

– Não sabe? - nós o olhamos, você me entende? - Claro que sim, o que aconteceu com você? Você tinha prometido não sumir e de repente eu estava morto, o que aconteceu com você?

Eu não sei, você me é familiar, mas não sei do que está falando. Você é bonito e tudo o mais - juro que o vi corar - E eu deveria lembrar de um rosto bonito como o seu, mas eu não recordo.

– Quem é esse monstrengo? - ele olhou Anung que o apertou com ainda mais força.

Ele é um amigo, não vai te fazer mal.

– Como não, ele vai me mandar para o ouro lado, Agnes - ele sabe meu nome, olhei o Hellboy que parecia surpreso - Eu não posso permitir isso.

Ele se preparou para controlar a casa.

Calma! - ele parou - Você parece saber de coisas que são do meu interesse - ele me analisou - Tem coisas que eu não faço ideia do que são e você parece saber muito sobre mim. Anung vai te mandar para lá só porque você está matando pessoas - ele me olhou desconfiado - Por esse motivo estamos aqui.

– Não estou matando ninguém, podem fazer o estudo da minha aura e verão que não matei ninguém - Anung me olhou.

Faça, Anung! - ele continuou me olhando.

– Ela pediu para você fazer - Anung me olhou novamente, confirmei.

Ele sacou algo que eu não sabia o que era, passou no braço do fantasma, deu para que eu segurasse, o fantasma me olhou. Anung sacou o que me pareceu uma pistola, mirou nele e apertou o gatilho, encolhi assustada e virei o rosto. Uma onda azul saiu, se espalhou pelo corpo, analisou e voltou para arma, mostrou alguns dados.

– Solte-o - Anung falou - Fomos enganados.

– Eu disse - ele puxou o braço - Agora me solta. - ele puxou eu segurei -Qual o problema, Agnes, me solta. - neguei.

Eu preciso saber do que você sabe.

– Vai ser dificil, não posso sair daqui, a menos que me dê isso - ele apontou para a estrema que estava na outra mão, o que ela faz - Permite a espiritos viverem como humanos - a estrela de Davi - Essa não é uma comum, foi feita foi demônios do terceiro ciclo - olhei o objeto na minha - Deixar uma novata carregar isso é muita confiança.

– Ela não é novata. Agnes, você está quieta, no que está pensando?

Quer saber, estou pensando em dar a estrela para ele e sabe o que mais, estou pensando que você não pode saber o que estou pensando, então é o que vou fazer, mas antes, senhor fantasma, qual o seu nome?

– Jared - Anung nos olhou, parecia incomodado em não saber sobre o que falavamos.

Certo, Jared, eu estou louca para te dar esse coiso, mas tenho algumas coisas que quero em troca - ele confirmou - Primeiro: você não falara disso com mais ninguém; Segundo: você não contará o que sabe de mim par amais ninguém além de mim; Terceiro: se você vacilar em algo, eu mesma te mandarei para o outro lado. De acordo?

– Certo e tenho um pedido - confirmei - Vocês disseram que tem alguém matando aqueles que me mataram - confirmamos - com vocês terei proteção? - confirmamos - Esse não é meu pedido. Quero que me prometam de descobrir quem está matando e acabar com esse ser, prometem.

Prometemos!

Entreguei a estrela a ele.

Aos poucos ele foi assumindo uma forma física e colorida, os cabelos ficaram tão escuros quanto a noite, seus olhos assumiram um tom de azul cintilante, era impossivel de não olha-los. A pele tão branca, que seus lábios ficavam muito rosados, o contorno de seus olhos eram vivos. Algumas sardas se espalhavam pelo rosto, mas não era exagerado, era lindo.

– Se continuar me olhando dessa forma vou ficar envergonhado - desviei o olhar - Certo, com que carrão vocês vieram? Ferrari, Porsche, Lamborguini... - rimos - Qual a graça?

Entramos no esgoto.

– Sério? Esgoto? Vocês podiam ter vindo de outra forma não acham?

Demos de ombros, qual seria a graça de ir até lá de carro, ele nos veria e poderia ter fugido.

– Não, não poderia - eu o olhei - Eu estava preso aquela casa, quando me trouxeram a esse vida eu me livrei dela, provavelmente a casa deve ter caído - ele deu de ombros - É bom apagar aquilo.

Chegamos ao prédio do Anung.

– Você vai entrar ou vai para o QG?

– QG - Jared respondeu, Anung o olhou - Ela diz que já ficou tempo demais longe, devem estar achando estranho ela ter sumido por tanto tempo, mais estranho estar voltando com um cara desconhecido e... Não sou desconhecido, e o que garante que vou com você. - Ou isso ou ficar com o Anung, a escolha é sua - Certo, certo, me convenceu de que é uma boa companhia - ri para ele.

– Quer saber, dane-se, bom passeio para vocês.

Puxei o espirito pela mão. As pessoas nos olhavam assustados, o encarei e entendi o porquê, ele usava essas roupas do século passado.

Primeira coisa, Jared, você precisa de roupas novas e acho que no QG nada te serve.

O puxei para uma loja de roupas masculinas, peguei duas calças jeans, duas camisetas, uma jaqueta. Meu dinheiro compra essas coisas, mas vá experimentá-las, qualquer dúvida me chama.

Ele entrou para experimentar, me mostrou os conjuntos. Ficava bom. Fomos a uma loja de sapato, eu não sabia o número dele, experimentamos vários com a desculpa de ele ser de outra país e não sabermos o tamanho dele em nosso. Fomos para o QG.

Vem cá - parei Jared - Esconda o colar - coloquei dentro da camiseta dele - As pessoas aqui não sabem muito sobre essa coisa de inferno ou fantasmas.

– Eles apenas sabem dos mutantes e tudo aquilo que permitiu que eles soubessem - ele me olhou, o olhei, era mais alto, ele sorriu, os dentes eram bons considerando a época, e apenas o canino direito era levemente alto - Obrigado - ele sorriu - Quem é aquele? Ele é que nem você?

Olhei para trás.

Snake - ele nos analisou - Ótimo que te encontrei, precisamos analisar aquele brasão e... Merda, você não pode me ouvir.

– Mas ouve a mim - Jared falou - Ela disse que precisam analisar o brasão - Snake o olhou - E desde quando você apalvras tão baixas? - ele olhou Snake - Sério que faz tempo? Nossa, você era bem mais delicada - Snake riu, qual é, eu sou delicada, até ando de salto agora, mas não importa, o que importa é que precisamos ver mais sobre aquilo, Jared, veja se ele tem tempo livre - Ele vai dizer que não, mas tem sim, só não quer ficar a sós com você - Snake pareceu encará-lo - Não se preocupe, eu ficarei com vocês. - eu ri - O que foi, acho que sou suficiente para vocês discutirem o que querem, não acha? - confirmei - Ótimo, me levem para o escritório.

Como ele conseguia ser tão soltinho sendo que é do século passado e ficou preso por anos em uma casa em ruinas.

– Você não sabe o milagre de uma televisão abandonada e antenas de carros, sério, depois você aluga a casa para um verão, induz a fazerem um gato elétrico e pronto, acesso total aos canais de filmes - eu o olhei - Qual a surpresa?

Sorri.

Jared era divertido e isso era bom.

Entramos no escritório, entreguei a Snake as novas informações sobre a Hydra, ele leu, eu analisava as outras e as fixava em um quadro improvisado. Jared também lia algumas coisas, ele comentou que já tinha ouvido falar daquela organização, mas não se recordava de onde. Depois de fixar tudo na parede, me afastei tentando entender se tinha um sequencia lógica, Snake apoiou de um lado e Jared do outro, ficamos os três por muito tempo encarando aquilo.

Até que o telefone tocou, eu o atendi assustada o que provocou risos nos dois, isso mesmo Snake riu de mim. Era a voz de um dos soldados da área das prisões, ele dizia desesperado que Dentes estava alterado e que se demorasse mais ele poderia destruir a grade, eu duvidei daquilo, peguei as imagens da prisão, ele realmente estava alterado, seus olhos vermelhos, as garras enormes, os músculos saltados. Olhei os dois e comecei a ir em direção a porta.

Jared!

– Como vocês se encontraram? - ele me olhou parecendo assustado, eu o encarei - Depois te explico. - confirmei.

Passei pela sala de armas.

– Eu já estou morto, você realmente acha que ele pode me fazer algum... - Cala a boca e pega. - Ta certo, você que manda.

Olhei Snake já estava armado.

Fui para área da prisão, os guardas estavam de fora, carreguei a arma para o caso de Dentes ter se soltado. Destranquei. Pedi par aos dois esperarem, e de dentro tranquei a porta.

– Ele está te xingando - Jared me alertou apontando para Snake - Ela te xingou de volta.

A grade da cela dele estava quebrada e deformada. Tentei sentir o cheiro dele, o senti. Me virei e recebi uma patada que me fez rodar. Levantei e recebi um chute, tentei novamente e outra vez fui arremessada. Tentei abrir os olhos, mas só tive tempo de vê-lo me levantar pelo cabelo e tacar contra os vidros. Jared fazia caretas, apontou para trás, senti minha perna ser agarrada, olhei, Sentes tinha as presas crescidas, eu chutei seu rosto, ele foi para trás, acertei outro chute em seu tronco ele despencou, eu ia em direção a minha arma, ele me agarrou e tacou contra a parede, mas que droga.

– Agnes, jogue-o para cá. - olhei Jared que falava no microfone, olhei para o vidro suas mãos ultrapassavam, confirmei.

Acertei, Dentes algumas vezes, até a cabeça dele bater nos dedos de Jared, foi o suficiente para ele agarrar o cabelo, puxá-lo par amais perto, e quebrar o pescoço, eu o olhei. Ele ficara com alguns arranhões , destranquei a porta, ergui Dentes, o coloquei em outra cela, pedi calmantes, dilui em soro e apliquei nele uma dose cavalar.

Diga para os guardas que têm de renovar todas as vezes que estiver prestes a acabar, assim ele não causa essa confusão.

Jared passou a informação.

Vêm, preciso tratar dos seus arranhões - ele olhou os dedos - Snake, depois nos falamos.

– Ela disse que depois vocês se falam - Jared falou sorridente.

Como consegue estar ferido e ainda sorrir assim?

– Como consegue estar ferida e se preocupar apenas comigo? - levei a mão a boca, escorria sangue, não se preocupe logo isso sara - Como em todas as outras vezes- eu o olhei - Agnes, - ele me parou, eu o olhei, era impossível não fazê-lo - Você realmente não se lembra quem eu sou? - confirmei - E por que se dispôs a me ajudar - Algo me disse que eu poderia confiar em você, ele sorriu, e espero que eu esteja certa, agora vem, preciso cuidar dos seus machucados.

Ele sentou na minha cama, peguei o kit de Scarlett, peguei o remédio que iria desinfetar o machucado, passei, ele fez os om que todos fazem quando sentem arder, peguei os curativos e os passei.

– Você ainda se preocupa mais com os outros do que com você mesma - eu o olhei, ele não me olhava parecia distante - Você costumava ser uma boa mulher, sabe, era cuidadosa, gostava de interagir com todos, mas já faz tanto tempo que eu já não sei o que é sonho o que é lembrança - ele me olhou e sorriu radiante.

Sinto muito por não saber sobre o que você fala - ele continuou a sorrir, mas seus olhos marejavam - Não chore na minha frente, isso não é nada másculo - ele riu, me levantei, ele seguiu meu movimento - Você quer conhecer os outros?

Ele me seguiu, fui até Scarlett, a apresentei a Jared que avisou que usamos seu kit, depois fui até Roadblock e Ripcord, gostaram de Jared e marcaram algo para fazerem juntos.

– E esse tal de Duke - eu o olhei, estavamos no refeitorio - Como ele é, por que não me apresentou?

Não vai querer conhecê-lo.

– Claro que vou, ainda quero saber se você beija tão bem quanto quando... - eu o olhei curiosa - Nada, esquece. - Não, você vai me falar, me conte - Agora não, pelo que li em sua mente esse tal de Duke está vindo para cá - olhei pelo ombro, Duke tinha os braços cruzados. - Ela perguntou o que você quer - olhei Jared que analisava Duke.

– Temos uma missão você não quer vir?

– Não me chamou para as últimas, que diferença faço agora?

– A diferença de que tem um mutante na história - os dois se encaravam - Ótimo que aceitou, vmaos.

Olhei Jare, ele pegou o prato, juntou meus restos ao dele e nos seguiu comendo.

– Ele vai vir mesmo?

– Ele vai ficar reclamando mesmo?

Revirei os olhos para ambos. Como podiam ser tão chatos.

– É um dom - sorri para Jared.

Entramos na sala de reunião, todos nos olharam e principalmente ao meu companheiro fantasmagorico.

Duke ligou o projetor, roubos estavam acontecendo em uma loja tradicional da cidade e pelas filmagens via-se que era um mutante veloz e forte, ele carregava vasos que no minimo pesavam cem quilos. Jared ainda comia e já estava aconchegado a mesa ao lado de Scarlett.

– Ela acha que ele será díficil - todos o olharam - Ela diz que se for como ela pensa ser nós não seremos suficiente.

– Nós? - Duke o encarou - Por que você se inclui?

– Porque precisam de alguém como eu, eu sou um fantas... - mutante! eu gritei e eu sabia que ele ouvia - Mutante um tanto diferente. - Duke me encarou confirmei.

– Certo, qual o plano? - pensei um pouco e olhei Jared, ele já tinha terminado de comer.

– Vamos entrar na loja, montar vigia, Agnes no balcão, o ninja no telhado, eu por baixo, quando ele entrar os dois me dão a localização exata do mutante, eu o pego por baixo, os dois os prendem. - olhei Jared, ele me olhava sério como eu nunca o vira desde o momento que o encontrei.

– Esse plano é da Agnes, certo? - Roadblock perguntou.

– Não, é meu.

– E por que deveriamos confiar? - Duke perguntou.

Vai funcionar - falei, mas como de costume ninguém me ouviu. Fui até o computador, todos desconfiavam dele, digitei e mandei o programa reproduzir.

"Vai funcionar" me olharam "É o melhor, nós somos os mais rápidos, somos melhores para prendê-lo. O que acham?"

Snake confirmou, os outros fizeram o mesmo. Olhei Jared, preciso separa rum horário para falar com ele urgentemente.

Preparamos as coisas par a missão, durante o dia eu entrei na loja a verifiquei, peguei pedaços de grampos e os usei para arrombá-la, Scarlett desativou o alarme do furgão. Snake se posicionou, eu fui para atrás do balcão, Jared afundou pelo piso. Esperamos, eu já brincava de bater uma mão na outra e passar os números de dedos. Fique batendo até que algo caiu, olhei para trás, era o mutante que tentava se soltar, eu pulei o balcão e o prendi. Jared o soltou, olhei em volta, onde está o Snake?

– Eu o derrubei - olhei o mutante - Vocês não são nada discretos, mas que bom que realmente vieram, eu estava esperando por você, Agnes.

Olhei Jared, ele havia sumido, mas que merda eu pensei em controlar um fantasma que mesmo no mundo físico ainda tinha suas habilidades de morto. Acertaram minha nuca, caí desacordada.

Acordei amarrada e dentro da traseira de um caminhão, olhei em volta, não consegui ver nada, ativei a visão de calor, próximo de mim um corpo, fui até ele e senti um cheiro familiar, Snake! Ele se contorceu, calma, calma, eu passei minha língua pelo rosto dele, estava exposto, o tinham deixado exposto.

Mãos me puxaram para trás, comecei a me debater, forcei o corpo e derrubei a pessoa.

– Sh... Já volto. - Jared.

O corpo a minha frente foi solto, Snake se camuflou nas sombras, abriram a porta, fiz sinal para que Snake esperasse, ele confirmou. Me arrancaram de dentro e me jogaram em um chão de pedras, senti a pele do meu joelho se abrir em machucados. O homem me levantou.

Três... Dois...

– Um!

O homem que me segurava foi derrubado, outros dois vieram me prender, acertei um deles com um chute, o outro com uma cabeçada.

– Em silêncio me siga.

Snake!

– Ele já saiu - Jared falou - Vem cá, Snake.

Voltei meus olhos ao normal, elá estava ele sem máscara.

– É bom você por uma máscara, sua cara é horrível - eu e Snake encaramos Jared - O que, vai me me dizer que você gosta? Meu Deus, você costumava ser mais seletiva.

Me colocaram no furgão. Estou meio tona e preciso vomitar, meus músculos parecem prestes a atrofiar e eu....

– Respira... - olhei Jared, minha visão estava turva - Respira com calma, Agnes, inspira - eu o fiz - expira - eu o fiz - Agora acalme-se, já aplicaram isso antes, é um paralisante - ele falava não sei se par amim ou par aos outros.

– Quem é esse cara? - Duke perguntou.

Ele é meu...

Apaguei, meu corpo foi amparado, mas fiquei semi-consciente por todo o percurso até o QG, minha boca borbulhava, minha baba era mais viscosa, meus musculos eram puxados como se quisessem estourá-los, que droga é essa.

Acordei no meu quarto, eu tinha um adesivo no braço indicando que tinham tirado sangue, meu estomago ainda estava ruim, olhei para os lados estava sozinha, corri par ao banheiro comunitário e vomitei um nada que me deixou aliviada, sentei ao lado do vaso tremendo, tudo parecia rodar.

Voltei para o quarto, me joguei na cama e encontrei alguém ali, Jared me olhou sonolento.

– Se sentindo melhor?

Quem é você? - ele se sentou, passou a mão pelos cabelos - Jared, quem é você?

– Eu era um caçador - eu o olhei, de mutantes?, ele confirmou - Eu caçava uma famosa mutante que arrasava os corações, diziam que ela era difícil, todos que a pegavam apareciam mortos no dia seguinte - ele respirou - Quando a encontrei estava no baile de honras, ela usava um longo vestido verde com dourado, o cabelo balançava ao vento, um riso controlado, uma voz adocicada, era educada e encantadora. Eu a capturei - ele me olhou - A levei a minha prisão caseira, adormeci em minha cama, acordei com uma faca sendo pressionada contra meu pescoço - eu o analisei, eu não entendia - Ela não me matou, mas me ameaçou, contou que outros a caçavam e todos a teriam matado na primeira oportunidade, então me largou, disse que estava agradecida por tê-la poupado, então fugiu, naquela manhã me apaixonei por ela.

Ele pareceu voltar a si, sorriu como sempre.

– Vou voltar a dormir se você não se importa.

Confirmei.

Vou andar por ai, qualquer coisa me chame.

– Vai vai e me deixa.

Encontrei Snake de fora do quarto, ele estava uniformizado.

Andamos até meu escritório, ele me mostrou papeis, eram sobre a noite em que fomos sequestrados, aqueles homens eram contratados pela Hydra, tinham por missão me pegar e como ele está lá o pegaram, então ele me entregou papeis velhos, onde tinha uma foto, eu o olhei, ele tirou a máscara, era eu, eu estava na foto de um jornal de 1870, ao meu lado uma mulher, eu a reconhecia, ela era...

Mamãe... - eu o olhei, pensei em como falar com ele, apontei par ao computador, peguei a imagem da montanha, ele confirmou.

Fomos no carro até a montanha, saímos no computador, antes de sermos cumprimentados já encostei.

"Aquela mulher na foto, ela é minha mãe"

"Como é possível?"

"Como é possível eu estar lá? Eu não sou tão velha assim, tenho lembranças de quando eu era criança, não é possível..."

"E Jared?" eu o olhei "O que ele é? Não é mutante, não é demônio, longe de ser lobisomem ou vampiro, o que ele é Agnes?"

Eu me afastei alguns passos, eu estava intimidada, como eu explicaria a Snake que ele era um fantasma?

"Fantasma" olhamos assustados para a máquina "Eu sou um fantasma, Snake"

Jared!

"E como todo ótimo fantasma, sou bom em aparecer sem que as pessoas me percebam" ele saiu de dentro do computador, ele usava a estrela de Davi, levei minha mão até ele e o puxei de uma vez.

– Vocês parecem curiosos para saber de mim e saber do passado - ele me fitou, eu confirmei - Acho que nessa montanha ninguém irá nos ouvir, é seguro contar aos dois.

Snake e eu nos olhamos.

– Estão prontos?


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!