O Quê? Viúvo!? -Completo escrita por EmilySofia


Capítulo 4
Parte 4


Notas iniciais do capítulo

Bom, mesmo não tendo recebido todos comentários que eu queria resolvi postar mais um pouco. Porque eu mesma fiquei curiosa. Espero que goste



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~Parte 4~

"Mr. Bennet era um misto tão curioso de vivacidade, humor sarcástico, reserva e capricho, que a experiência de vinte e três anos juntos tinha sido insuficiente para que a sua esposa lhe conhecesse o caráter. " – (Orgulho e preconceito; cap. 1)

O sr. Bennet estava sentado em um confortável sofá na enorme Biblioteca, apreciando a vista. Ao lado dele um livro. Ele havia desistido de ler a algum tempo e agora olhava divertido para o genro.

O sr. Bennet nunca tinha visto ele neste estado nervoso, e, suspeitava que ninguém o via de outra forma a não ser com calma absoluta. Bom, talvez sua filha possuísse esse privilégio.

O pobre homem, que, sempre estava perfeitamente vestido, estava agora todo desgrenhado e frenético. O sr. Bennet observou o jovem olhar no relógio, bagunçar o cabelo preocupado e andar da lareira até uma mesa próxima ao confortável sofá. E continuar assim. Relógio. Cabelo. Sofá. Relógio. Cabelo. Sofá.

O sr. Bennet sempre gostou de observar as pessoas sendo ridículas, mas mesmo ele sentia que estava na hora de conversar um pouco.

“Esse tapete, quanto custou?” O sr. Bennet perguntou com um olhar divertido, ele não tinha sido ouvido. Então repetiu a pergunta.

“O senhor disse algo?” O sr. Darcy olhou para o sogro como se o tivessem forçado a isso..

“Sim. Perguntei o quanto pagou por esse tapete.” Disse pela terceira vez. E apontou para o grande tapete que o sr. Darcy pisava.

“Sinto muito, mas eu não sei. Deve ter sido minha mão ou Elizabeth quem comprou.” Ele respondeu confuso. E uma de suas mãos perecia querer entrar no bolso do colete para recuperar novamente o relógio. “Eu mesmo não costumo me preocupar com esses tipo de coisa.”

“Então, não sabe o preço?”

“Ah… não!?...” Ele disse exitando e sua resposta saiu como uma pergunta.

“Sabe… quando o sr. Collins foi visitar Longbourn. Ele nos manteve informados sobre os preços de tapetes e lareiras de Rosings.” O sr. Darcy não entendeu onde essa conversa estava indo e não tinha vontade de de continuar. Mas seria falta de educação não participar. No entanto ele não precisou responder. O sr. Bennet estava falando novamente. “Bem, esse tapete aqui parece ser bem caro, não?”

“Talvez…” Darcy estava se sentido idiota e, por alguma razão, motivo de piada.

“Ao menos mil libras. O senhor poderia pagar mil libras por um tapete, não?”

“Não seria muito difícil, mas eu não…”

“O padrão desenhado é muito bonito.” O sr. Bennet disse como se fosse a coisa mais interessante do mundo. Com a mão coçando para pegar o relógio o sr. Darcy concordou. “Gostaria de saber de onde veio…”

“Senhor, eu sinto que não posso responder.”

“Não se preocupe, meu filho. Não há problemas algum.”

“Ah…” O sr. Darcy, estava cada vez mais confuso.

“É um tapete muito caro e bonito. Realmente.” O sr. Bennet suspirou. “Mil libras perdidas nas últimas horas.”

“O que o senhor quer dizer?”

“Ora, ele está ficando gasto com esse seu ritmo, meu filho. E no processo está me deixando tonto.”

“Perdão senhor…” Mesmo repreendo o homem mais velho ainda tinha um olhar divertido.

“Não se preocupe. Sei que está preocupado com sua esposa, mas se acalme, tudo vai ficar bem.”

“Perdão se eu não posso deixar de me preocupar.”

“Acredite em mim meu filho, minha esposa deu luz seis crianças.”

“Talvez, mas eu perdi minha esposa por causa de parto de um difícil. E minha mãe nunca recuperou a saúde depois que minha irmã nasceu.” Ele disse um pouco desesperado. “Seis? Não são cinco?”

“Estava começando a achar que não me ouviu! Antes que minha filha mais velha nasceu, nós tivemos um filho. Mas ele morreu com quatro anos. E depois disso minha esposa, estava desesperada por outro. Então vieram cinco filhas.”

“Ah…” O sr. Darcy estava temporariamente distraído. E o sr. Bennet sorriu

“Então não se preocupe. Tudo vai dar certo.”

O sr. Darcy ficou parado alguns segundos digerindo a informação e então voltou a olhar o relógio. Céus! Já fazia dez horas que o trabalho se parto havia começado. Já não devia ter acabado? Ele passou mão no cabelo. Só podia estar sendo um parto difícil. Passou a andar novamente. E se ela estava muito fraca? E se ela morrer? E se ela e o bebê morrer? E se ela nunca mais fosse saudável? E se?...

Ele olhou para o seu companheiro que o observava com um meio sorriso.

Tudo bem, não iria mais pensar nisso.

Tirou o relógio do bolso novamente. Isso não podia continuar. Olhou para a porta.

O sr. Bennet era um homem alto, mas não tanto quanto o sr. Darcy, e Darcy tinha pernas muito compridas. Considerando a idade o sogro não teria fôlego o suficiente para alcança- lo.

Então numa ação impulsiva, que não era seu costume. Ele correu porta a fora e foi em direção as escadas.

Ele pode ouvir o sr. Bennet gritando seu nome da biblioteca e percebeu que deu mais um motivo para o homem rir dele. Não era uma idéia agradável, mas quem se importa?

Ele.

Mas havia algo muito mais importante agora. Sua esposa.

E quem acreditaria se o sr. Bennet contasse a alguém? Fitzwilliam Darcy nunca era visto em posições não dignas, muito pelo contrário.

Lizzy, ele precisava chegar até ela. Mesmo sendo a segunda gravidez da esposa, ele não sentiu nada mais calmo, como o sr. Bennet estava ciente. Nunca iria se sentir confortável com essa situação. Apesar sendo ter boas memórias as más também o assombravam.

Chegou ao quarto de Lizzy e não ouviu nada lá dentro. Seu sangue gelou. Ela não podia ter?... Então a porta se abriu e uma empregada saiu, dando um pulo de susto quando o viu lá.

“Senhor! Perdão! Eu estava indo busca- lo. Está aqui a muito tempo?” A moça falou assustada

“Não… Eu acabei de chegar.” Então e o medo cravou em seu rosto. “Como está minha esposa? E o bebê?”

A moça sorriu. “Estão muito bem, senhor. O senhor pode entrar agora.”

Darcy entrou um pouco apreensivo. O quarto estava quente e agradável. Uma atmosfera acolhedora. Na cama estava sua esposa, cansada, mas sorrindo. O médico e a enfermeira ao lado, nas mão da última seu filho. Ela entregou o bebê ao sr. Darcy. E ambos médico e assistente saíram.

“Como está, Elizabeth?” Disse preocupado.

“Melhor impossível. Apenas um pouco cansada mas isso é normal.” Ela tocou suavemente seu braço. “Não se preocupe comigo, há alguém que merece mais sua atenção agora.” Ela fez carinho na cabecinha e encostou novamente nos travesseiros. “Então Fitzwilliam? O que acha?” Elizabeth perguntou ao marido que estava agora hipnotizado pelo bebê.

“Lindo.” Foi a única palavra que saiu da sua boca. Ele então se sentou na cama da esposa. “É o bebê mais lindo que há no mundo no presente e um quatro mais lindos de todos os tempos.” Ele sorriu ternamente e beijou a testa da esposa. Passou balbuciar para o bebê. Elizabeth olhou os dois sorrindo, nunca se cansaria desse tipo cena. Ver o marido deixar sua rigidez de lado para mostrar tanto carinho aos filhos.

Darcy ocupado com a criança nas mãos, ouviu um risinho vindo se sua esposa.

“Qual é a graça Lizzy?” Ele sorriu, fascinado. O rosto cansado de sua esposa era tão lindo quanto em outras ocasiões.

“Acabei de me lembrar que você não me perguntou sobre o sexo da criança e nem eu informei.”

“Não é a primeira vez. Não é?” Ele deu um abriu sorriso.

“E nem a ultima, acredito.” Ele então pôs a mão no rosto da esposa, fazendo carinho.

“Me diga, sra. Darcy. Esse belíssimo ser em meus braços, é um menino ou uma menina?”

“Essa criança, Sr. Darcy irá crescer e se tornar uma linda mulher. Tão linda que tenho pena do pai dela quando vierem os pretendentes.” Ela o viu se encolher já pensando nisso. “Mas para o alívio dele, ela deve ser chamada de menina por hora.”

“Sempre provocando a mim não é senhora?” Então beijou a cabecinha do bebê. “Tome cuidado com o tipo de exemplo que sua mãe te dá, ou terei os cabelo completamente brancos antes de completar quarenta anos.”

“Ora sr. Darcy o senhor me dá pouco crédito.” Ela riu.

“Muito pelo contrário sra. Darcy de dou tanto que não tenho mais o que dar.” Ele beijou os lábios dela levemente. Então olhou para a filha passando a mão nos cabelinhos da criança. “Já sabe como quer chama- la?”

“Anne.”

“Como?” Ela realmente estava falando sério?

“Era o nome da sua mãe certo?” Levantou uma sobrancelha. “Eu acho que ela se parece muito com o retrato que vi na galeria.”

Então Darcy olhou para o bebê e notou o que não havia visto antes. Ela mantinha os olhos fechado, mas dava para ver as outras características. Tinha o formato do rosto parecido com o de sua mãe, também as orelhinhas e os dedinhos. E a cor de cabelo embora mais clara era no mesmo tom, certamente ficaria mais escuros conforme crescesse, iguais aos de sua mãe.

Ainda era cedo para saber se seriam grossos, ondulados ou cacheados. Porém nos seus braço estava uma pequena: “Anne. É o nome perfeito para ela. Já pensou no nome do meio?”

“Eu acredito que o melhor seria Jane.” Ela sorriu provocante, mas seu tom era sério.

“Creio que não tenho muita escolha se não aceitar. Anne Jane é um nome muito bom.”

“Ela não parece tão doce e gentil quanto Jane.” Os olhos de Elizabeth brilharam de amor e orgulho pela filha.

“Jane é doce e gentil , sim. Mas, eu acredito que então deveria ser Anne Elizabeth, se era por mais doce e mais gentil que o nome foi escolhido.”

“Eu não sou doce e gentil.”

“Sim, você é.” Ele se inclinou e mantendo a filha segura nos braços, beijou a esposa apaixonadamente.

Segundo o sr. Darcy muito pouco tempo passou antes que o sr. Bennet entrou junto com as outras crianças. Robert com a sua energia habitual Fazia mil perguntas, não dando tempo para uma resposta.

“É meu novo irmãozinho? Vou poder brincar de pirata com ele? Qual é o nome? Por que é tão pequeno? É um anão? Mamãe por que senhora está cansada? Correu? E cadê o seu barigão?” Então uma mão adulta se colocou no ombro do menino

“Se acalme meu rapaz. Uma pergunta de cada vez. E fale baixo.” Disso o sr. Bennet.

“Por que eu tenho que falar baixo? Alguém está doente?” Ele perguntou inocente.

“Robert!” A voz grave do sr. Darcy advertiu. “E cuidado com o que diz.”

“Sim, papai.” O menino abaixou a cabeça, normalmente não levava muitas broncas dos pais, era sempre a srta. Murrel ou Sofie. Mas quando os pais brigavam com ele era sempre mais prudente obedecer. Então foi para o lado do pai admirar o bebê. “É tão pequeno.” Disse com cuidado.

“Bebês são pequenos querido.” A mãe sorriu para ele, e tudo estava bem no mundo. Já ia começar um nova ataque de perguntas quando o olhar do pai o parou.

“Deixe- nos apresentar Anne Jane Darcy.” O sr. Darcy falou com orgulho.

“Que lindo bebê.” disse o sr. Bennet. “Eu te avisei para não se preocupar. Olha, agora tem mais uma linda filha.” E um brilho divertido nos olhos acrescentou. “E um lindo tapete destruído. Que pena era muito bonito.”

“Tapete?” Lizzy disse confusa e o sr. Darcy criou um rubor nas bochechas ao se lembrar da história. “O que aconteceu?”

“Nada minha filha. Depois eu te conto.”

“Papai, posso pegar Anne no colo?” Perguntou Sofie, calma como sempre.

“Claro querida.” O sr. Darcy deu sua filha, para sua filha. “Depois dê para o sr. Bennet”

“Ela é tão bonita.” Sofie sorriu. “Parece com um anjinho, não é mamãe?” Fazia carinho na cabecinha. O sr. Darcy pairava protetor preparado para qualquer deslise da filha.

“Sim. Um verdadeiro anjinho.” A menina abriu os olhos.

“Veja Lizzy. Ela tem os seus olhos.” Darcy falou emocionado. E Robert falava o tempo todo: “Deixa eu ver! Deixa eu ver!”

“Com esses olhos eu acredito que não vai ser um anjinho por muito tempo.” Comentou o sr. Bennet sorrindo. Havia sido muita sorte que ele tinha vindo visitar Pemberly nesse mês.

Os Darcy não convidaram ninguém para o nascimento, como não haviam feito quando Robert nasceu. Querendo manter aquele momento privado. Somente iriam mandar uma carta depois, informando que a mãe o bebê estavam bem e qual o nome.

O sr. Bennet estava muito satisfeito por ter feito uma visita surpresa.


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Notas finais do capítulo

:D



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