Bem-vindo aos Seus Pesadelos escrita por D_Kaulitz


Capítulo 4
Capítulo 4




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-O que?!-Ela me perguntou, se virando com a expressão mais surpresa que eu já a vi usando.Parecia que eu tinha dito pra ela que eu matei uma pessoa, fala sério!-Olha, Gwen, só porque ele é seu vizinho e foi na sua casa ontem não significa que você precise saber sobre a vida dele.-Ela falou.Espera aí, como é que ela sabe que ele foi à minha casa ontem?!

-Como você sabe que ele foi lá ontem?!-Eu perguntei a ela.A Rachelle, como sempre, deu uma risada sem animo.Ela sempre faz isso quando fez ou diz algo que você não esperava.

-Eu esqueci as chaves da minha casa na sala de estar, e quando eu voltei pra buscá-la, o Bill estava lá.-Ela disse, enquanto entrava em uma sala com uma porta de madeira.Hum, então o nome do ser do moicano é Bill...-Bom, eu vou ficar por aqui.Onde é a sua primeira aula?-Ela perguntou, tomando o papel com os horários da minha mão.-Siga reto, quarta porta a sua esquerda, boa sorte!-Disse ela.Ao que parece, ela estava muito afim de se livrar de mim.
Segui as instruções que a Rachelle me deu, até que eu cheguei em uma sala onde havia vários alunos entrando, e alguns parados na porta.Para meu azar, esses alunos eram o garoto de trancinhas e o Bill, cada um de um lado da porta, como se fossem guardas.Mas quando eu estou passando pela porta, o garoto das trancinhas coloca a mão na minha cintura e tenta me puxar.Eu simplesmente girei, me “desenrolando” do braço dele.E logo após isso, senti vários olhares atrás de mim.
Eu andei até o fundo da sala e me sento na única carteira vaga.Ao meu lado direito havia um mochila preta e ao meu lado esquerdo uma mochila azul escuro, muito parecido com a do meu lado direito.Mas as coisas aqui são estranhas, as carteiras ficam muito juntas umas das outras.
Finalmente, a professora entra na sala de aula.Era uma mulher que parecia ter mais de cinqüenta anos, e parecia ser bem simpática também.Mas então eu soube que ela era a professora de ciências.Eu ODEIO ciências.Então, eu peguei meu mp3, coloquei no maximo e peguei meu caderno para começar a rabiscar.Preciso fazer alguma coisa, né?
Se passaram uns dez minutos, e então começou a tocar Decode, uma das minhas músicas favoritas.Mas quando eu chego no refrão, a música para.

-Se eu fosse você parava de escutar Decode e começaria a prestar atenção na aula.-Uma voz saindo do meu mp3 falou, e então a música continuou.Eu, então, tirei rapidamente meus fones de ouvido e os guardei dentro da minha mochila,assustada.Mas alguns segundos depois eu escuto uma voz falando meu nome.

-Gwen Moore?-Perguntou a professora, vasculhando a sala com o olhar.

-Presente!-Eu respondi automaticamente, sem nem pensar no que eu estava dizendo.Então, eu me toquei que havia acabo de responder a chamada.Ah, legal, acho que eu peguei uma versão mais forte da doença do Nico.Agora eu escuto vozes na minha mente que me mandam fazer coisas!E pra piorar eu obedeço, que legal –-‘.

-E eu acho melhor você continuar obedecendo.-A voz falou novamente.Olhei para todos os lados, mas não vi ninguém que pudesse ter dito isso.Não da forma que falou.Se fosse mesmo uma pessoa que tivesse dito isso, pelo volume da sua voz teria chamado a atenção de alguém.Pelo menos eu acho.
Eu olho para os lados, e então eu descubro de quem era aquelas mochilas.E eu não mereço isso.O garoto das trancinhas olhava para mim, enquanto o Bill anotava alguma coisa em seu caderno.

-A propósito, meu nome é Tom.-Ele sussurrou, piscando para mim.

-Quem quer saber?-Eu sussurrei em resposta, tentando parecer o mais rude possível.É um pouquinho difícil ser rude com um cara gato.Mas ele é idiota!Muito, muito, muito idiota!

-Nossa, essa doeu!-Ele falou, tentando parecer dramático.-Mas você já pensou em parar de se fazer de difícil e admitir que você me quer?-Ele disse, ainda sussurrando para mim, com um leve sorriso em seu rosto.

-Em primeiro lugar, eu não estou me fazendo de difícil, e em segundo lugar, em não quero você!-Eu falei, fingindo escrever em meu caderno.É meio difícil sussurrar quando você, na verdade, quer gritar.

-Você me quer sim!Eu vejo isso na sua...

-Calado, Tom!-O Bill sussurrou com um silvo.Eu até me assustei um pouco com isso.Fala sério, ele silvou.Normalmente são as cobras que fazem isso!E então, o Tom pareceu que estava sendo...sei lá, torturado.Ele começou a se mexer de uma forma estranha, começou a respirar mais rápido.Parecia que ele estava sentindo muita...muita dor.

-Você ta bem?-Eu perguntei a ele, ainda sussurrando.Eu não estava preocupada com ele, mas é que ele parecia que estava morrendo!Então, ele foi ficando mais calmo, parou de se mexer como antes, mas sua respiração ainda estava acelerada.

-Ahn...um pouco melhor agora.-Ele sussurrou, voltando a sua respiração normal e piscando para mim.Eu só ouvi o Bill soltar um riso sem graça.

-Não ligue para o Tom, ele é um mentecapto.-O Bill falou, ainda escrevendo algo em seu caderno.Mas que palavra é essa que ele falou?!

-Um mente-o quê?!-Eu perguntei, confusa.Fala sério, eu não estou muito acostumada a escutar essas coisas todos os dias.

-Deixa pra lá.-Ele disse.Cara, ele esta falando comigo, será que poderia parar de escrever por um segundo e olhar pra minha cara?As minhas costas, eu ouvi o Tom segurar o riso, enquanto isso o Bill esboçava um sorriso em seu rosto.Eu to falando, esses dois tem algum problema no cérebro, principalmente o das trancinhas.Ah, legal, agora eles pararam de sorrir.ELES.TER.PROBLEMAS!
Depois de sei lá quanto tempo de tortura, o sinal tocou.Eu guardei meu caderno e meu lápis dentro da mochila e passei mancando pela porta da sala de aula.Quando eu já estou no corredor, olho o papel com meus horários e vejo que a próxima aula é a de matemática.Ótimo, outra aula pra eu poder escutar música.
Eu comecei a andar, mancando, claro, até a minha próxima aula.Até que eu sinto que tem alguém me observando.Quando eu me viro, eu me deparo na frente dele, com nossos narizes quase se tocando.

-Você, por acaso, está me perseguindo?-Perguntei a ele, falando estridentes.

-Não, eu só estou indo para a minha aula, que eu acho que deve ser a mesma que a sua e do meu irmão.-Ele falou, parecendo feliz por ter me assustado.Eu dei um passo para trás, me afastando de perto dele.

-Espere aí, que irmão?-Eu perguntei.Eu não o vi com nenhum garoto mais velho ou mais novo que ele.

-O Bill, claro.Caso você ainda não saiba, somos gêmeos.-Ele disse.E eu fiquei de boca aberta.Esses dois não se parecem nada!-E é melhor você fechar a boca, senão eu vou beijar você.-Ele falou, com um sorriso no rosto.Eu, imediatamente, fechei a boca.-E seu joelho parece estar doendo.Quer ajuda?-Ele me perguntou, ainda sorrindo, só que dessa vez com uma aparência mais simpática.Eu estava abrindo a boca pra dizer um grande “não” para ele, até que fui interrompida.

-Por favor, seja gentil com o Tom.Ele só está tentando ter uma amiga.-A voz da minha cabeça falou.Até agora seguir a voz está dando certo.Vamos ver se ela vai continuar acertando.Eu só suspirei.

-Claro.-Eu disse a ele, com um leve sorriso.Ele pareceu bem feliz com a minha resposta.Então, ele passou meu braço sobre seus ombros.

-Pode liberar seu peso em mim.-Ele falou.E eu, não sei porque, estou muito boazinha, então obedeci.

O Tom começou a andar como se estivesse carregando um pequeno pássaro em seus ombros.É sério, esse garoto deve malhar muito, porque não é fácil carregar 50 quilos nos ombros por aí.Eu mal consigo carregar a minha mochila!No caminho ele foi me fazendo algumas perguntas.Não foram nada demais, só foram coisas como “Esta gostando da cidade?” ou “Esta gostando da escola?”.

-Mas, mudando de assunto-Ele disse, quando estávamos quase na sala de aula.-O Bill pediu pra eu te perguntar se amanhã você quer uma carona, já que seu joelho esta machucado.Ela acha que isso é culpa dele.-Ele falou.O Tom parecia mesmo preocupado com o irmão.Mas será que foi por isso que o Bill tava estranho na aula?Porque estava se culpando?

-Por mim tudo bem!-Eu disse.O Tom só sorriu em minha resposta.Ao entrarmos na sala de aula, ele tirou o meu braço dos seus ombros e eu disse um “obrigada”.Eu fui acompanhada dele até as carteiras do fundo, até que avisto a Rachelle.De inicio, ela sorriu e acenou para mim.Mas então, seu olhar correu para o meu lado.Seu sorriso desapareceu, sendo substituído por uma expressão de pavor.Então, ela se levantou e começou a vir na minha direção.

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Notas finais do capítulo

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