31 Dias de Dezembro escrita por jessy-cullen


Capítulo 3
2º Dia de Dezembro


Notas iniciais do capítulo

Oieeee meninas e meninos, eu sei que demorei muitoooo para voltar aqui, e por mais que os capitulos já estejam prontos estou dando uma mudada, acho que todo mundo faz isso varias vezes se já estava pronto os capitulos a muito tempo, muda conforme vamos amadurecendo a escrita, mais não vem ao caso. Bora ler mais um capitulo. Boa Leitura



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Segundo Capitulo: 2º dia de dezembro

Cuidar é mais que um ato; é uma atitude.

Atrasada. Essa única palavra de oito letras me desesperava.

Eram 7:40 da manhã, teria que estar na Lanvin as oito e justamente hoje aconteceria uma reunião longa com os estilista e Edward o que significava que seria um dia daqueles, sem contar que Brant pretendia dizer que Rosalie também assinaria a última coleção com ele, de jeito nenhum poderia me atrasar.

– Jacob. – gritei enquanto corria para pegar uma roupa no closet.

Escolhi a primeira roupa que vi e peguei alguns acessórios e os coloquei tudo de pressa, o ruim de se trabalhar em um lugar que mexa com moda é que você não pode deixar o visual a desejar.

– Jacob. – gritei novamente.

Só podia ser brincadeira Jacob ainda não estar acordado, agora éramos os dois atrasados e isso só pioraria se estivesse transito.

– Estou aqui. – respondeu ele com a voz sonolenta.

Olhei para a porta onde ele estava com o maior cara de sono e com o rosto todo inchado e amassado.

– Está atrasado. – falei jogando as roupas na cama.

– Que horas são? – perguntou despreocupado.

– Agora são sete e quarenta e cinco. – respondi empurrando para fora do quarto.

– Não acredito. – exclamou – Você não me acordou.

– Estava contando com você. – respondi enquanto me trocava – Você sempre me acorda. – acusei

– Droga! – o ouvi reclamar e tive que rir.

Terminei de me arrumar e prendi meus cabelos em um rabo de cavalo mau feito, fiz uma maquiagem rápida, peguei minha bolsa jogando o celular dentro dela e sai do quarto apressada.

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– Jacob estou saindo. – falei quando cheguei a cozinha.

– Estou saindo também. – gritou de algum lugar.

Enquanto esperava Jacob procurei alguma coisa rápida para comer, encontrando apenas duas barras de cereais de chocolate.

– Obrigada Bella, vou precisar de uma. – Jacob apareceu na cozinha pegando uma de minhas barras.

– Ei. – reclamei.

Dei de ombros e saímos juntos do apartamento, nos despedimos no estacionamento e cada um pegou o seu carro. Dirigi o mais rápido que consegui prestando muito mais atenção nas ruas movimentadas de Nova York, agradeci mentalmente por não ter transito neste dia.

Mesmo tendo acelerado um pouquinho ainda assim havia chegado atrasada e não tive tempo de tempo de comer minha barra de serial. Entrei no prédio da empresa e dei um aceno para um dos seguranças que ali estava, peguei o elevador subindo para meu andar.

Ao chegar vi que Emily e Ângela mexiam freneticamente em papeladas, e ouvia-se vozes altas em alguma das salas, mas não sabia dizer qual era.

– Bom dia meninas. – cumprimentei.

– Ei Bella. – cumprimentou Emily levantando a cabeça.

– Oi Bella. – respondeu Ângela fazendo o mesmo.

– Daugherty chegou? – falei ligando o computador.

– Chegou – respondeu Ângela.

– E estão com os humores exaltados. – continuou Emily – Estão na sala da Fera.

Isso era uma notícia péssima, humores exaltados poderia se traduzir com o “Cullen está querendo matar um”. Não perdi tempo e comecei a remexer nas papeladas e separar as que Brant usaria na reunião de hoje.

– Meninas. – chamou Emmett.

– O que faz aqui? – perguntou Ângela meio assustada.

– Eu ia perguntar isso para vocês. – respondeu confuso. – Edward me chamou, o que ele quer comigo?

– Não sei, mas é melhor entrar antes que ele venha gritar com você. – Emily empurrou Emmett até a porta da sala de Edward.

As vezes ficava assustada com a rotina neste andar, todos tinham um medo excessivo do Cullen, e não era para menos, ele era assustador quando estava bravo, já tinha visto com meus próprios olhos diversas vezes, mas esse medo parecia guiar tudo neste lugar. Pelo menos da nossa parte, já que os estilistas pareciam ter uma relação melhor com ele.

Terminei de arrumar os papéis e os coloquei em cima da mesa de Brant, me assustei quando as vozes na sala ao lado ficaram mais claras e alteradas. Conferi se estava tudo certo e sai da sala ao mesmo tempo que Brant saia da sala do Cullen.

– Isabella! – chamou ele.

– Sim Brant.

– Me acompanhe por... – ele começou a dizer enquanto já me posicionava ao seu lado, mas parou no meio da frase.

Brant me olhou de cima a baixo com a testa um pouco franzida, parei de respirar no mesmo instante tentando entender o que estava acontecendo, ele para completar ainda deu uma voltinha em torno de mim para ter uma melhor visão, o que é que tinha de errado comigo? Não tinha esquecido uma peça de roupa tão importante não é mesmo?

Não consegui responder.

– Você está muito bonita hoje. – elogiou.

Soltei a respiração aliviada ao mesmo tempo em que meus olhos encontravam com os dele. Envergonhada de mais virei para o outro lado e vi as meninas sorrindo de orelha a orelha, mas pareciam estar tão surpresas quanto eu. Ang me incentivou com um aceno de cabeça me encorajando a falar algo.

– Obrigada. – falei me voltando para ele, bem mais envergonhada do que antes.

Ele sorriu e pediu para que o acompanhasse até sua sala. Não olhei para atrás evitando ver a cara das meninas, estava envergonhada de mais, já era bastante perturbador ter Brant me elogiando, na frente delas a situação se tornava pior.

– Falamos com Edward hoje sobre eu e Rosely assinarmos a coleção juntos. – começou ele – Edward não gostou da ideia como já esperávamos, e Pierri fez seu show...

Ele havia girado para me ver de todos os ângulos! Meu Chefe!

– Isabella! – ele chamou minha atenção, não sabia em que parte da conversa havia parado. – Você ainda está vermelha. – apontou ele divertidamente. – Foi apenas um elogio.

Quase engasguei com a saliva, se pudesse sair correndo este seria o momento propicio para tal coisa. Sem saber como agir, notei que poderia ficar ainda mais constrangida quando abri minha boca para responder.

– Eu sei – minha voz saiu fraca e olhei para baixo para responder – Podemos apenas esquecer a parte que ainda estou vermelha?

– Ok. – respondeu rindo, voltando ao seu modo profissional – Como dizia, Pierri fez seu show, não imaginava que ele entraria na sala de Edward até que terminássemos a conversa, mas ele me persegue! – exclamou - E foi justamente o que aconteceu...

Devia estar parecendo uma idiota que não podia receber um elogio e ficava toda vermelha, a questão não importava essa era a Isabella Swan. Que corava quando estava nervosa e quando recebia um elogio como esse.

Talvez não fosse o fato do elogio em sim, mais sim da pessoa que falou. Brant Daugherty não elogiava funcionárias, ninguém aqui costumava elogiar ninguém, e isto havia me pego de surpresa. Não que Brant fosse o patrão frio que Edward era, mas ainda assim existia com código de ética invisível naquele andar quanto a isso e qualquer coisa que não fosse relacionado ao trabalho. Sem contar que Brant Dauherty me elogiar era um dos melhores elogios que uma mulher poderia receber, pelo fato dele ser um estilista respeitado e muito conceituado no mundo da moda, e não era de elogiar pessoas constantemente eu trabalhava com ele sabia algumas coisas que poderiam comprovar meu argumento, e outro fato de ser qualquer elogio era pela pessoa que Brant é, um homem lindo que fazia mulheres suspirarem.

Resumindo, era um elogio e tanto.

– Isabella! – me chamou novamente, dessa vez fiquei constrangida por não estar prestando atenção ao que dizia. – Meu Deus! Nunca mais vou elogiar você. Como uma pessoa consegue atingir um tom de vermelho no rosto assim?

– Para! Assim só vai piorar. – falei desesperada.

Brant gargalhou por uns segundos e em seguida parou de falar comigo assumindo sua concentração em um dos desenhos que tirou de uma pasta, ele simplesmente me ignorou e voltou ao trabalho como se nada estivesse acontecido. Este foi seu jeito sutil de dizer que eu podia me recuperar para depois voltarmos a conversar.

Não perdi tempo e sai da sala dele cobrindo meu rosto com as mãos.

– Não falem nada. – falei para as meninas quando passei por elas na recepção.

– Onde está indo? – perguntou Emily.

– Ao banheiro. – respondi.

Depois da cena deprimente me recuperei - não totalmente - porque só de olhar para Brant lembrava o que havia acontecido e minhas bochechas ficavam quentes novamente, mas se estavam vermelhas ele não percebeu ou foi educado de mais para não comentar. Agradeci mentalmente.

Com a reunião se aproximando fiquei ocupada demais ajustando alguns detalhes que me pedira para fazer, e o episódio de antes foi ficando para trás e pude trabalhar tranquilamente.

– Você ficará aqui com Ângela e somente Emily nos acompanhará. – anunciou ele em certo momento.

– Tudo bem. – respondi.

– Já encontrou Pierri hoje? – perguntou.

– Não. – respondi – Você foi o único que vi hoje.

– Ele deve estar conversando com Edward ainda. – comentou. – Quando vê-lo terá que fazer o que disse que faria.

– O que? – tentei lembrar mas não consegui.

– Acalma-lo ou algo do tipo.

– Ele ficou muito nervoso não foi? – perguntei fazendo uma careta.

Qual teria sido a atitude de Pierri ao saber que ficaria de fora dessa parceria? Será que tinha reclamado do seu jeitinho dramático, ou teria ficado nervoso do jeito que a maioria das pessoas normais ficavam?

– Se você deixar que eu conclua o que estava falando mais cedo, posso contar o que aconteceu. – disse levantando os olhos para me encarar.

– Prossiga. – falei tentando não ficar vermelha novamente.

E desta vez Brant conseguiu me contar com detalhes o que havia acontecido mais cedo na sala do Cullen. Realmente era o que esperava, tanto de Pierre como do Cullen, discussões, conversas altas e no final Pierri não concordando.

Como Brant previu, Edward aceitou no final, e não foi por insistência dele, mas pelo discurso de Rosalie. Conseguia imaginar o tipo de discurso dela, era algo como “Você não nos avisou sobre a coleção e iremos sim fazer juntos, e ponto final”.

Não que ela mandasse aqui, mas quando dava sua palavra final era difícil alguém se opor contra ela, inclusive o próprio Edward. Até mesmo ele ficava sem saída diante de Rosalie Halle.

Levei um susto quando alguém bateu na porta e entrou em seguida. Não fiquei surpresa ao ver Edward entrando sem esperar que disséssemos para entrar. Ele olhou em volta me viu sentada na mesa e prosseguiu parando em frente à mesa de Brant. Também não esperava que ele me cumprimentasse.

Percebi que mesmo com toda sua beleza surreal e seu ar arrogante e frio, ele estava cansado, era quase imperceptível, mas seus olhos conseguiam demostrar. De fato Edward não estava tendo um de seus melhores dias.

– Isso aqui é o contrato. – entregou a ele – Não sei o que aconteceu, mas já pedi que Emmett resolvesse. Estou saindo mais cedo para a reunião.

– Eles acharão o problema Edward.

– Se não acharem eu mesmo me certificarei de achar. – falou friamente.

– Edward erros acontecem, deixem que eles resolvam, não precisa de mais uma coisa para se preocupar. – Brant disse calmo como sempre.

Olhei para eles curiosa tentando entender o que havia acontecido para Edward estar falando desse jeito.

– Uma única vez que peço para cuidarem disso e o dinheiro é desviado?

– Você não sabe se foi desviado. – Brant disse calmamente – Apenas espere que encontrem o erro. Você mesmo disse que é a primeira vez que pede para estarem fazendo.

– Isso não justifica os erros. – bufou irritado. – Vejo você na reunião.

Edward saiu da sala exasperado e Brant voltou para seu trabalho. Se tinha uma pessoa que não dava atenção para bobagens era ele, na maioria das vezes alguns assuntos da Lanvin não chamavam a mínima atenção de Brant, não era como se ele não ligasse para esses assuntos, apenas não fazia com que parasse o que estava fazendo para pensar sobre.

Eu costumava falar a mim mesma que poucas coisas atraiam a sua atenção, e quando ele parava e te dava atenção por completo era a deixa para saber que aquilo havia sido o bastante para chamar sua atenção. Geralmente isso acontecia apenas quando deixava de fazer seus desenhos e olhava para você, ótima forma de saber se havia conseguido chamar sua atenção.

– Certo. – falou ele alguns minutos depois - Estou indo para a reunião. – anunciou se levantando. – Qualquer coisa entrarei em contato.

– Será demorada hoje? – perguntei.

– Não, mas quando se trata de reuniões nada é previsível. – respondeu – E hoje estão todos um pouco alterados.

– Boa sorte.

– Até mais. – respondeu pegando seu casaco e saindo da sala.

Sai o acompanhando e me sentei atrás da recepção com as meninas. Observei a sala de Pierri e vi que a luz estava apagada isso queria dizer que ele já havia saído para a reunião, e teria tempo para ver qual seria a tática abordada para que ele entendesse e ficasse um pouco menos nervoso com as últimas decisões.

– Emily! – chamou Rose ao sair de sua sala.

– Sim. – respondeu ela.

– Edward pediu para que pegue a pasta branca e leve com você quando sair para a reunião.

– Estarei com ela quando chegar.

– Obrigada – respondeu e se voltou para Ângela – Como combinamos, preciso que vá buscar a encomenda onze horas, o cheque está em cima de minha mesa.

– Confiro tudo antes? – perguntou Âng.

– Não perca tempo com isso. – ela disse – Caso algo venha errado resolveremos depois.

Traduzindo, Rosely ligará pessoalmente e com uma simples conversa deixará a todos bem mais responsáveis e tenho quase certeza que será difícil cometer este erro novamente, principalmente se a compradora for ela.

Eu admirava essa mulher!

– Certo.

– Brant já foi? – perguntou desta vez se referindo a mim.

– A exatamente dois minutos, talvez o alcance no estacionamento. – respondi.

– Irei com ele então – disse.

Rosalie com toda sua graça e elegância se despediu com um aceno de cabeça e entrou no elevador que havia acabado de parar em nosso andar, digitando algo no celular. Talvez uma mensagem para Brant espera-la.

– Pelo jeito vou ter uma longa reunião. – comentou Emily desanimada.

– Daugherty disse que seria uma reunião rápida. – comentei.

– Rápida? – riu – Edward preparou dez páginas para reunião, uma folha dele são duas horas presa naquela sala...

– Não quero nem ver quantas horas é as dez folhas – disse sinceramente.

– Vou indo meninas, preciso passar na farmácia e deixar preparado os analgésicos que ele tomará hoje. Talvez também um café e um chocolate para que adoce mais a vida dele.

– Acho que você não é secretária, está mais para uma assistente faz tudo. – disse. – Muito prestativa devo completar.

– Como se você não fizesse o mesmo com Brant. – Âng acusou divertidamente.

– Como se nós não fizéssemos o mesmo com todos. – Emily corrigiu – Mas como ganho bem para as duas coisas não posso reclamar. – completou acabando com qualquer discussão constrangedora que viria pela frente. – Beijos nos vemos mais tarde.

– Até mais. – disse Âng e eu juntas.

As horas seguidas foram passando rapidamente, eu e Ângela fazíamos nossos trabalhos conversando amenidades, era ótimo quando Edward não estava e melhor ainda quando ninguém estava nos pressionando, o clima ficava melhor.

Enquanto fazia meu trabalho me distrai pensando nas coisas que precisava fazer durante os dias que estariam por vir. Precisava combinar com Jacob o dia para que fossemos as compras de natal, um dia que não fosse ficar em cima da hora e corrermos o risco de não achar aquilo que queríamos. Era nossa época favorita para ir às compras, não que ele gostasse, pelo contrário ele ficava entediando depois de duas horas, contudo o fato de estarmos atrás de presentes para pessoas que gostamos o distraia o suficiente para que aguentasse a maratona que nos aguardava. Teríamos também que ajudar mamãe a decorar a casa neste final de semana, era um trabalho de equipe que exigia tanto minha presença como a de Jacob, e nesta tarefa ele fazia questão de estar. E sem contar que teríamos nosso próprio apartamento para decorar.

– Bella eu vou lá buscar os tais panos. – Ângela anunciou já se levantando.

– Ok Âng. – respondi.

Ângela saiu e fiquei ali sozinha terminando o que estava fazendo, no horário de almoço desci para o bandejão e almocei com o pessoal que estava lá. Assim como nos outros dias Edward Cullen era o assunto principal na hora do almoço, e hoje o pessoal estava animado por ele não estar na empresa. Nós que ficávamos no mesmo andar que ele e que convivia mais com sua presença do que qualquer um que estava ali, não éramos os únicos que se afetavam com seu humor.

Emmett era o único decepcionado naquele dia, ele não havia explicado muito bem porque estava assim, mais como ele era do departamento financeiro e ter estado na sala dele mais cedo a julgar pelo o que havia ouvido na sala de Brant, ele estava envolvido em algo que não havia agradado o Cullen. Portanto foi o que menos falou, e tratou de mudar de assunto na primeira oportunidade, voltando a conversar sobre os preparativos do natal e como todos estavam ansiosos para esta data.

Mais tarde, antes de voltar para meu andar recebi uma mensagem de Âng dizendo que os planos haviam mudado e não voltaria para o trabalho, havia sido convocada de última hora a estar na reunião que acontecia em algum lugar de Nova York. Fiquei me perguntando se eu não seria a próxima a ser convocada por Brant também, por isso não fiquei surpresa quando Pierri me ligou.

– Você vai entrar na sala de Edward e pegar uma pasta... – falou ele ao telefone.

– Entrar na sala de Edward? – quase engasguei quando ouvi.

Tanto por saber que não estava sendo convocada a estar na reunião como por ter que entrar na sala de quem ele me pedia.

– Sim querida. – falou – Vai pegar a pasta azul e entregar ao Joseph, e em hipótese alguma o deixe entrar na sala do Deus Grego. – frisou as últimas palavras.

–Tenho mesmo que fazer isso? – perguntei incerta, não me lembrava de uma única pessoa entrando na sala dele sem que ele estivesse presente, tinha quase certeza que se alguém o fizesse ele saberia – Pierri, ele pode me dar uma bronca. – argumentei. Eu praticamente estava o acusando de ter toque.

– Isso é verdade. – falou pensativo.

Se ele queria me desencorajar ele havia conseguido com sucesso.

– Mas ele não irá flor do dia. – fez uma pausa dramática - Porque foi o próprio em pessoa que pediu. – continuou ele.

Arregalei os olhos instantaneamente surpresa, era impressão minha ou Edward sabia que trabalhava mais pessoas naquele andar que não fosse Emilly?

– Bella? – chamou Pierri.

– Desculpe Pierri, estou escutando. – respondi rapidamente.

– Pegue a pasta e entregue para Joseph, só isso. – repetiu.

– Certo então. – concordei na dúvida.

– Daqui vou para meu lindo lar cor de rosa, quando terminar esta dispensada. – falou todo animadinho.

Pierri desligou o telefone e fiz o mesmo mordendo os lábios, esperava que Brant não o tivesse ouvindo me dispensar do trabalhando quando era ele que teria que fazer, algo deste tipo acarretaria uma nova discussão entre eles.

Não sabia exatamente o porquê de manter Joseph longe da sala da Fera além do obvio, mas levantei e fui logo procurar a tal pasta azul.

Fui ate a mesa de Edward e antes que eu pudesse pensar em procurar a tal pasta parei imediatamente ao ver um porta retrato em cima de sua mesa.

Nele havia uma criança, porém não era qualquer uma, era a criança mais linda que eu já tinha visto, tinha os cabelos loirinhos, pele branquinha e lindos olhos azuis, e se olhasse com atenção dava para ver o quanto o menininho perecia com Edward, a boquinha a cor da pele... Era um menininho adorável, e aparentava ter meses ou um ano. Outra coisa me chamou a atenção, ou melhor, dizendo outra pessoa.

Era uma mulher ela segurava menininho o abraçando e estava pela metade na foto, só aparecia de seu nariz para baixo, como se Edward não quisesse olhar essa mulher nos olhos. Conseguia ver que a foto tinha sido rasgada se olhasse mais atentamente apesar de estar em uma moldura linda e com certeza cara. A mulher na foto parecia ser muito bonita, tinha cabelos loiros e um sorriso bonito, ela parecia estar muito feliz também.

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Fiquei olhando aquela foto por um tempo, essa devia ser a mulher de Edward e o menininho devia ser seu filho, só não conseguia entender o porquê de ela estar pela metade, isso tinha chamado bastante minha atenção.

Desviei os olhos daquela imagem e vi um outro que estava ao lado, e esse eu sabia bem quem era, não tinha como errar. Na foto havia uma menininha de cabelos loiros e lindos olhos verdes de pele branquinha, ela estava sorrindo e parecia que estava em parque, essa eu sabia que era mesmo filha dele, pois ontem havia a encontrado no elevador com ele e também não tinha como não saber, a menina era totalmente o Edward, os olhos principalmente.

– Família bonita a que ele tem. – falei em voz alta – Agora porque ser tão rabugento?

Voltei minha atenção á pasta que teria que achar e sair logo da sala antes eu parasse para ver mais alguma coisa.

Joseph passou para buscar a pasta e só ai entendi o porquê de mante-lo longe da sala, ele era uma pessoa muito estranha e parecia ter algum tipo de problema, era difícil de saber.

Meu celular vibrou em cima da mesa fazendo-me saltar, peguei-o e vi que era uma mensagem de Ângela.

Quer me resgatar dessa reunião chata?

Já tivemos uns cinco intervalo e Edward esta a pondo de explodir, para você ter uma noção ele tomou três remédios para dor de cabeça, daqui a pouco eu que vou precisar.

P.S: Help.

By: Âng

Li a mensagem e não pude deixar de rir, mas tinha uma noção do que ela falava, já o vi perder a cabeça aqui muitas vezes e estar em uma reunião desde manhã? Isso só piorava a situação para qualquer um.

Me mande o endereço e estou indo ai te socorrer.

By: B.

Respondi rapidamente e não demorou nem cinco dois minutos e o celular vibrou novamente.

Bella estou voltando para a sala espero que essa reunião termine logo e daqui eu e a Emily vamos embora, então ate amanhã.

By: Âng.

Respondi um OK e...

– Cadê o Senhor Edward? – perguntou uma voz de mulher quase desesperada.

Pulei da cadeira de susto, eu estava totalmente distraída que nem estava mais prestando atenção ao meu redor.

Olhei a mulher á minha frente e vi que ela segurava uma menininha no colo e seu rosto estava desesperado.

– Ele não está. – respondi me recuperando do susto.

– Ai Meu Deus. – se desesperou ela.

– O que aconteceu? – me desesperei também ao ver sua agonia.

– A filha dele esta morrendo de febre. – disse apontando para menina em seu colo que ate então percebi que tremia.

Me levantei rapidamente para ver o que eu podia fazer.

– Já deu remédio? – perguntei a coisa mais obvia que se passou pela minha cabeça.

– Claro – gritou ela. – Mas a febre esta aumentando. – gritou ela.

– Ei não precisa gritar. – falei

A mulher olhou para mim com os olhos desesperados e me olhou de cima em baixo me avaliando.

– Toma a menina. – praticamente jogou a menina para meu colo.

Segurei a menina do melhor jeito que pude para não deixa-la cair.

– A onde você vai? – perguntei vendo que a mulher estava andando para o elevador.

– Ta achando que eu vou ficar aqui e levar uma bronca do Senhor Cullen? – perguntou a abusada – Mas é claro que não, só aceitei esse emprego porque ele é um gato, mas é um ignorante sem coração. – com a ultima parte eu tinha que concordar.

A mulher entrou no elevador antes que eu pudesse ter alguma reação. Sinceramente essa mulher era uma louca.

Quando o choque passou dei por mim que eu estava mesmo segurando a filha de Edward e a menininha tremia de frio e tinha a cabeça em meu ombro, pelo jeito ela estava chorando, pois minha blusa estava molhada.

– Não precisa chorar lindinha. – falei tentando acalma-la.

Sentei em um sofá que havia ali e a coloquei sentadinha em meu colo, afastando seus cabelos do rostinho suado e molhado.

– Me fala o que esta sentindo? – perguntei checando se ela estava muito quente.

– Dói minha cabeça. – disse em meio aos tremores com a vozinha de choro.

Meu coração acelerou ao ver que a menina estava muito mais quente do que eu achei ser possível.

Se antes eu já estava desesperada agora eu estava mesmo precisando de ajuda, a menina esta muito quente e não dava para eu sair daqui. A melhor ideia que consegui pensar foi em ligar para Edward e avisa-lo, depois daria um banho nela no banheiro que tinha na sala dele mesmo.

– Calminha, você vai ficar melhor. – falei para a menina que me olhava atentamente com aqueles olhos verdes muitos parecidos com os do pai.

Peguei meu celular que estava no bolso e disquei o numero do celular de Edward torcendo para que ele atendesse. Enquanto isso eu acariciava os cabelos macios da menina tentando acalma-la.

– Alô. – atendeu ele grosseiramente depois de uns cinco toques – Espero que seja importante Senhorita Swan. – falou meu nome com desprezo.

Se eu não estivesse nessa situação iria querer saber por que ele tinha meu numero registrado em seu celular.

– Se o fato de sua filha estar queimando de febre e a babá ter a deixado aqui sozinha não for urgente, então são sei para que ligaria. – ironizei

Eu sabia que corria risco de perder o emprego mais esse cara precisava de um choque de realidade, porque eu ligaria para ele se não fosse urgente?

– O que? – falou sem tom mudando repentinamente de arrogante para preocupado.

– Isso que você ouviu. – falei nervosa e ele desligou o celular.

Filho da mãe!

Respirei fundo e coloquei o celular no bolso, se ele fosse um pai responsável estaria vindo para cá imediatamente.

– Vêm comigo er...

– Karoline – respondeu a menininha com um sorriso abatido.

– Karoline – repeti sorrindo

Pequei-a no colo novamente e entre na sala de Edward que graças a Deus ele deixava aberta.

– Vou te dar um banho para ver se abaixa a febre tudo bem? – perguntei colocando-a de pé.

– Mas esta frio, eu não quero. – falou se abraçando forte ainda tremendo.

– Mas se não fizer isso você não vai melhorar. – disse me ajoelhando para ficar de seu tamanho.

Ela assentiu limpando o rostinho cheio de lagrimas e comecei a tirar as roupinhas dela com cuidado. Eu tinha que admitir que Edward era um homem preparado porque só ele para ter um banheiro com chuveiro em sua sala.

– Esta muito frio. – reclamou com a vozinha chorosa.

– Eu sei bonequinha. – falei levando-a para o banheiro.

Karoline tremia de frio enquanto a ajudava a tomar banho tomando o maior cuidado para não me molhar e não molhar o cabelo dela, pelas experiências que minha mãe tinha comigo ela nunca fazia isso quando eu estava com febre.

– Qual seu apelido Karoline? – perguntei tentando mantê-la distraída.

– Meu apelido é Karol – respondeu.

– E se eu te chamar de Karl ? – perguntei.

– Nunca ninguém me chamou assim – refletiu ela.

– Então eu serei a única o que acha?

– Karl! – falou assentindo.

Fiquei conversando com ela ate que terminamos, achei uma toalha no banheiro e a sequei pondo suas roupas de volta descartando seu casaco quente e ainda nada de Edward.

– Prontinha bonequinha, acho que agora você vai melhorar. – falei, tentando convencer mais a mim do que a ela.

Sentei no sofá da sala e fiz com que Karl deitasse a cabeça no meu coloco colando as perninhas no sofá. Agora ela tremia menos, mas ainda continuava quente.

– Papai esta vindo? – perguntou depois de um tempo.

– Espero que sim. – respondi tentando passar segurança a ela. – Só não durma esta bem?

– Porque? – perguntou fechando e abrindo os olhinhos.

– Quando estamos doentinha assim nós não podemos dormir, é uma coisa complicada de explicar. – respondi.

– Você trabalha para o papai? – perguntou entendo que não poderia dormir.

– Trabalho para Brant, mas de todo modo sim. – expliquei mexendo em seus cabelos. – Meu nome é Isabella, mas pode me chamar de Bella se quiser.

– Bella é bonito. – falou.

– Obrigada. – agradeci.

Fiquei uns vinte minutos fazendo carinho em seus cabelos ate que a ignorância em pessoa entrou na sala num rompante assustando nós duas.

– Karol. – chamou desesperado a me ver com sua filha.

– Papai. – respondeu a menininha com sorriso fraco no rosto.

Edward correu ate nós e se ajoelhou examinando a menina com cuidado, confesso que ate fiquei assustada com sua atitude, podia se ver a dor e a agonia na expressão de seu rosto.

– A onde esta doendo princesa? – perguntou aflito com medo de mexer na menina.

– Ela só esta com febre – revirei os olhos – Já abaixou pelo jeito.

Acho que Edward ate então não havia percebido minha presença ali - na verdade ele fingiu que eu não estava ali - mas quando abri minha boca e pronuncie aquelas palavras ele levantou a cabeça, seu olhar parou sobre o meu me deixando arrepiada com a intensidade.

– Só uma febre? – perguntou nervoso – Minha filha esta péssima.

– Ajudaria se você não falasse isso perto dela. – retruquei

– Esta dizendo que não sei como cuidar de minha filha? – impressão minha ou ele queria mesmo discutir?

– Não estou dizendo nada. – respondi levantando a cabeça de Karoline e fazendo-a sentar – Espero que melhore Karl – disse a ela dando um beijinho em sua testa.

Me levantei tentando desamassar minha camiseta sem sucesso, ela estava molhada e não teria jeito.

– A onde vai? – perguntou Edward prepotente.

– Embora, já passou da minha hora. – respondi sem me virar para trás.


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Notas finais do capítulo

Sabe eu tenho um fanfic que postei em 2012, naquela época eu fui a sensação das escritoras kkkk Não querendo me gabar. Gostaria de voltar aquele tempo, onde as pessoas interagiam mais com a autora, era tão legal ver comentarios onde as pessoas de fato comentavam mesmo, algumas eram revoltadas com minha demora, outras eram com os erros de português, outras eram poque dava alguma coisa errado, e tinha aqueles comentarios que as pessoas falavam bem, que estavam gostando e ate recomendavam de uma forma que eu leio sempre para me dar animo, mais agora é só um gostei e pronto, ou um continua. Não estou reclamando, mais seria legal se comentassem o que realmente acharam, não só um gostei, porque sinceramente eu nunca consigo falar só um gostei para as coisas que leio, eu sempre tenho uma opinião formada sabe. Mas vai de vocês, obrigada e nos vemos nos comentarios!!!