31 Dias de Dezembro escrita por jessy-cullen


Capítulo 2
1º dia de dezembro


Notas iniciais do capítulo

Oláa!! Demorei um pouco para voltar né? Mais isso porque eu queria fazer a capa da fic, ai demorou de mais e quando ficou pronta não gostei e preferi deixar a que já tinha pronta faz um tempo. E depois de tantos anos eu tive que fazer umas melhores na fic, introduzi mais um personagem e espero que vocês gostem. Este é o capitulo introdução onde você vai ver o cotidiano da nossa personagem principal e conhecer um pouco do mundinho dela. Boa leitura.



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O mês de dezembro representa um fim... Mas um fim que anuncia um recomeço ou um novo ano.

1 de dezembro de 2012

Ah o natal!

A melhor época do ano... Pessoas correndo para todos os lados, as ruas enfeitadas, o espírito natalino em todo lugar, família reunida novamente , pessoas se reconciliando, trocando juras de amor e promessas para um novo ano, crianças correndo pedindo presentes, o papai Noel fazendo sua tão famosa aparição nas ruas movimentadas de Nova York e o clima festivo tomando conta de tudo e de todos, a alegria e satisfação estampado no rosto de cada um... Ah nada melhor que o natal.

Enquanto andava apressadamente pelas ruas de Nova York prestava atenção em tudo a minha volta, algumas pessoas começavam a empilhar as caixas do lado de fora das lojas retirando a decoração de natal. A partir de hoje tínhamos um trabalho árduo para deixar tudo em ordem para o que no caso para mim era o melhor dia de todos.

Por enquanto o clima estava bom, muito longe de uma tempestade de neve nos atingir, duvidava que fosse nevar tão cedo, mas esperava que a neve não fosse nos decepcionar no natal, afinal o que era este dia nos Estados Unidos sem a neve?

Havia nascido neste país mais passei anos morando no Brasil, então para alguém como eu, que passava todos os natais em pleno calor, seria decepcionante passar sem a neve. E duvidava que não fosse a única a pensar assim.

Mesmo que este maravilhoso fenômeno não tivesse chegado, não impedia que a movimentada Nova York estivesse parada neste momento. Por causa do transito estava impossível andar de carro, não deixando saída para que trocasse o carro por uma caminhada de quarenta minutos ate o serviço.

Eu Isabella Swan trabalhava em uma empresa de moda, isso era o sonho de qualquer garota que gostasse dessa área, atuando ou não na criação de roupas. E à seis meses havia sido contratada para ser a secretária de um melhores estilistas do país da famosa marca Lanvin Cartier.

Nunca fui uma menina que ligasse para a moda e também nunca pensei em trabalhar onde estou no momento, mas a parte administrativa sempre chamou minha atenção, sempre quis fazer parte de algo importante e mesmo que não exercesse esta função eu amava o que fazia. Estava no ultimo semestre da faculdade de administração e não pretendia sair da Lanvin. Começava a pensar que por mais que gostasse desta área, poderia me dar melhor como secretária.

Entrei no enorme prédio da sede da marca, era um prédio luxuoso comercial, com vários andares que cada andar servia para um departamento. Peguei o elevador antes que se fechasse e subi para o ultimo andar onde os três estilistas e o dono tinham sua sala.

– Bom dia! – disse ao entrar na recepção.

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A recepção deste andar era constituída em um balcão de mármore grande com quatro computadores , havia quatro cadeiras em circulo com uma mesa de centro mais a frente, caso alguém tivesse que ficar esperando, raramente isto acontecia. Tanto é que este era o único andar onde não havia nenhum segurança.

Ângela já ocupava seu lugar e Emily a secretaria do dono não se encontrava em sua mesa, o que poderia dizer muita coisa.

– Bom dia Bella. – Ângela respondeu mexendo em alguns papeis.

Ângela era uma mulher de vinte e dois anos alta, magra de pele branca, com cabelos grandes que iam ate o meio de suas costas liso na cor preta. Âng como gostava de chama-la, era uma pessoa muito agradável de trabalhar, sempre calma e centrada no que fazia, e era uma das poucas pessoas neste prédio que eu poderia considerar normal, poucas coisas a tiravam do sério o que fazia dela a mais equilibrada, mas também a mais sensível de nós três.

– Cadê Emily? – perguntei tirando meu casaco ligando o computador.

– Não chegou ainda. – respondeu ela – E Edward já chegou e esta nervoso.

– Quando ele não esta? – fiz uma pergunta que não precisava ser respondida.

Edward Cullen era o dono da Lanvin Cartier - apesar de não entender nada de moda, ou pouquíssimo pra não ser tão dura - ele tratava da parte financeira e andamento dos cronogramas de entrega e tudo que ali pudesse dar errado era bastante exigente e mal humorado, todos o chamavam de coração de pedra e vários outros apelidos nada agradáveis, digamos que ele sabia causar quando queria.

– Pode apostar que sim. – respondeu Ângela levantando com uma pasta em suas mãos. – Vou entregar essa pasta à Rosalie, acho que você deveria ir à sala do chefão, ajudaria a Emily já que Brant ainda não chegou.

– Falar com ele? – perguntei assustada – Não acho uma boa ideia.

– Vai lá, ele não morde. – ela riu.

– Não morde, mas ta quase isso. – refleti – Ele é assustador.

– Ele assusta no começo. – falou – Ou sempre, mas você vai se sair bem.

– Ela vai me dever uma. – falei vencida me colocando de pé

– Boa sorte, ele esta uma pilha de nervos – desejou Ângela só para me encorajar mais e saiu.

– Isso ajuda sabe. – falei para mim mesma.

Respirei fundo e fui ate a sala do Senhor Cullen batendo antes de entrar.

Necessariamente eu não tinha qualquer obrigação em prestar meus serviços ao dono da empresa, eu era contratada de Brant e era sua secretária, assistente... O que é que eu realmente fosse neste lugar, mas quando se tratava de Edward sempre abríamos exceções e não era por sua beleza surreal e sim para nosso próprio bem, o que significava que nosso humor dependia do dele. E o nosso salario também.

– Entre – respondeu ele de dentro da sala rispidamente.

Respirei fundo e entrei na enorme sala de Edward Cullen, não deixei de admira-la, os moveis eram todos escuros, uma mesa redonda com algumas cadeiras ficava perto da porta de entrada caso tivesse alguma reunião, um sofá e mais algumas cadeiras ficavam a frente - era um ambiente aconchegante - e mais a frente ficava sua mesa onde ele estava sentado analisando alguns papeis.

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Mesmo ele não me olhando dava para ver o quanto era bonito, seus cabelos eram de um tom de cobre, sua pele branca e seu corpo pouco musculoso fazia qualquer mulher suspirar.

Balancei a cabeça fazendo meus pensamentos se organizarem antes que eu me esquecesse do que havia vindo fazer e começasse a enumerar as qualidades dele.

– Licença senhor Cullen – falei em um tom baixo e educado – Emily ainda não chegou... gostaria de algo? – perguntei.

Talvez salientar o atraso de Emily não fosse ajudar muito no caso, mais quando dei por mim já era tarde de mais para concertar o erro.

– Fazer o seu trabalho será ótimo. – respondeu rispidamente sem me olhar. – Não me incomodar também.

Por uns instantes paralisei.

Não estava acreditando que ele estivesse mesmo falando comigo, mas pude notar tanto pelo fato de estar sendo ignorada como eu ser a única ali naquela sala.

– Estou apenas querendo ajudar. – falei com a voz mais forte.

– Da próxima vez não tente. – respondeu sem me olhar virando uma folha e pegando outra.

Respirei fundo piscando algumas vezes e sai da sala sem falar nada fechando a porta silenciosamente.

– Que cara é essa Bella? – perguntou Ângela de sua mesa.

– Eu só não brigo com Emily porque o castigo dela é ser secretária dele. – apontei para a sala atrás de mim.

– Fala baixo pelo amor de Deus Bella. – pediu ela soltando a caneta na mesa com os olhos arregalados.

Dei de ombros e fui sentar a frente de meu computador, tinha muita coisa para fazer do ficar perdendo meu tempo com o Cullen.

– Você já devia ter se acostumado Bella, são seis meses aqui. – falou ela rindo.

– Isso não é uma coisa com que se acostume. – expliquei – Respeito é bom e todo mundo gosta, como diz o ditado.

– Isso não funciona aqui. – ela deu de ombros.

– Qual é o problema dele? – perguntei.

– Isso é falta de mulher queridinhas – Pierri entrou na recepção com varias sacolas coloridas na mão.

Eu e Ângela olhamos para ele prevendo nosso fim na empresa por ter nos pego falando mal do mostro do nosso patrão.

Pierri era o homem mais estranho que já havia conhecido, ele era um homem de quarenta anos que continuava em forma, para a sua idade ele era bonito, tinha os cabelos pretos era de estatura média e um pouco acima do peso, nada que realmente fizesse a diferencia em sua aparecia. Ele tinha um lema muito engraçado, enquanto ele estivesse em seu ambiente de trabalho ele tinha que fazer jus a sua característica de homem conhecedor de moda. O que ele entende em parecer um gay, mais na verdade ele não era, porque fora do serviço ele era um cara normal, com a voz normal e sem suas palavrinhas cheias de imaginação, ele ate mesmo tinha uma esposa.

Brant odiava quando Pierri jogava uma de suas brincadeirinhas pra cima dele dizendo que tinha que libertar seu lado artístico. Pierri e Brant estar em um mesmo ambiente era estar em estado de alerta para um terremoto.

Eu desconfiava que essa personalidade peculiar de Pieri fosse apenas para importunar as pessoas que aqui trabalhavam. Eu já havia visto ele com sua mulher e bem... Ele ali parecia bem homem.

– Afinal de quem estamos falando? – perguntou ele depois.

–Ufa! – Ângela suspirou aliviada assim como eu.

– De ninguém importante. – me levantei pegando as sacolas das mãos de Pierri.

E por Pierri ser desse jeito, nunca em seus anos de carreira ele conseguiu parar com uma secretaria que fosse. Ninguém conseguia tê-lo por perto o que ajudava minha suspeita de ser apenas uma brincadeira para satisfazer o dia dele. Tornar o trabalho um pouco interessante ou o que é que estivesse em sua cabeça.

E quando tinha tempo ajudava ele com suas coisas, carregar sacolas era o tópico principal de sua lista que era transferido para mim.

– Digo e repito amadas, quando os homens estão chato isso só significa uma única coisa. – continuou ele com o dedo indicador erguido – Falta. De. Mulher – falou pausadamente.

– Não irei me esquecer. – falei segurando o riso.

Se ele soubesse de quem estávamos realmente falando ele pensaria duas vezes antes de dizer tal coisa, se bem que Pierri tinha melhor convívio com o senhor Cullen, mas isso não queria dizer que ele gostaria de ouvi-lo dizer tal coisa.

– Venha querida, me ajude com essas sacolas. – disse ele entrando em sua sala.

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– Emily esta atrasada? – perguntou colocando uns papéis em cima da mesa.

– E o senhor Cullen já chegou. – respondi

– Não brinca criança. – colocou a mão no coração me olhando surpreso.

– Não estou brincando. – falei

– Meu Deus. – disse balançando a cabeça – Entregue esta lista ao Daugherty, vou ver se consigo domar a fera. – piscou.

Daugherty era o sobrenome de Brant, da qual Pieri só o chamava assim. Era uma forma que havia encontrado de ser frio o bastante para trata-lo. Que na verdade apenas dava um ar de que os dois estavam se provocando. Segundo passatempo preferido de Pierri.

– Como quiser. – respondi e sai da sala.

Se eu fosse Edward com certeza iria preferir qualquer pessoa em minha sala que não fosse Pierri, nenhum homem gostava de ficar perto dele.

Voltei a minha mesa com a lista sorrindo, Edward merecia isso.

O almoço era a única hora em que tínhamos total paz, todos os funcionários dos três últimos andares almoçavam juntos no “bandejão” - como chamávamos – na empresa mesmo. Era o momento em que falávamos de tudo inclusive do nosso patrão, o bom disso tudo era o fato dele nunca descer aqui.

Podia parecer ate fofoca mais para nós era desabafos. Um sessão de terapia em grupos.

– Emily você acredita que Bella ainda não se acostumou com o patrão? – disse Ângela bebendo seu suco.

– Sério Bella? – perguntou ela

Assenti com a cabeça e elas riram.

– Eu dou risada mais só eu sei como ele esta um chato hoje. – disse Emily suspirando

– Típico. – comentou Emmett.

Emmett era um grandalhão super musculoso de cabelos pretos e olhos azuis, ele parecia uma criança e era a pessoa mais engraçada que eu conhecia. Trabalhava na área administrativa.

– Vocês não entenderam. – disse Emily – Dezembro é o pior mês para ele. – explicou a todos os presentes na mesa.

– Isso eu sei. – disse Irina.

– Agora o porquê eu não faço ideia, mas começa esse mau humor todo no dia primeiro. – Emily deu de ombros.

– Qual é, ele sempre esta de mal humor. – Ângela falou.

– Talvez seja psicológico. – Emily deu de ombros.

– Vamos mudar de assunto que esse estressa. – sugeriu Irina.

– Já sabem onde vão passar o natal e ano novo? – perguntei trocando de assunto.

– Em casa, no máximo na da minha vó – Ângela foi a primeira a responder em tom de desgosto.

– E isso é ruim? Digo, passar com a sua avó?

– Não, isso é ótimo, mas queria passar com minha família, e levar minha avó comigo, mas dia 26 já temos que estar na empresa. – explicou ela.

– Como é? – perguntei

– Teremos que estar aqui dia 26. – Emmett repetiu as palavras de Ângela.

– Para lançar a próxima coleção. – completou Emily.

– Isso é sério? – perguntei ainda não acreditando.

– Sério, acho que Edward não tem vida fora a social. – Irina comentou bebendo um pouco de suco.

– Por isso vou passar o natal com minha família e irei voltar no mesmo dia. – Emmett falou.

– Vai viajar 5 horas para voltar no dia 25? – perguntou Ângela surpresa.

– Vou. – respondeu.

– Coragem. – falei – Bom eu passarei com minha família mesmo o natal, quem quiser aparecer por lá fiquem a vontade.

– Pensei que ia passar com Jake. – disse Ângela.

– Jake e eu vamos passar com minha família, mas o almoço faremos no nosso apartamento mesmo. – respondi – Gostamos de seguir algumas tradições do Brasil, o horário da ceia é meia noite.

– Explica isso Bella. – pediu Emmett curioso.

Expliquei para eles como fazíamos as coisas no Brasil e a conversa seguiu neste rumo. Apesar de acharem estranho este costume eles gostaram.

Depois do almoço nos despedimos de Emmett e Irina e voltamos a nosso trabalho.

Quando deu três horas da tarde o elevador se abriu e Daugherty parou em frente a minha mesa.

– Olá! – ele disse.

Brant Daugherty era um homem de vinte sete anos, alto com o corpo em forma, cabelos castanhos claros e olhos azuis. Ele era um tremendo gato e arrancava suspiros por onde passava. Ficava um pouco balançada e isso me deixava algumas vezes desconfortável e sem graça. Ele conseguia encantar qualquer pessoa sem nem ao menos tentar, era uma pessoa incrível, de um temperamento maravilhoso e era fácil começar uma amizade com ele.

– Boa Tarde! – falei sorrindo.

Naquele dia ele estava particularmente mais bonito, vestia uma calça jeans preta e uma camisa azul escura com os três primeiros botões abertos, segurava nas mãos o blaze preto e como sempre estava cheiroso de mais. Ele exalava masculinidade.

– Pierri me fez ir atrás de panos. – ele disse indignado – A coleção vai ser assinada com o nome dele, qual é a dificuldade em ir atrás do que ele quer?

– Tenho uma lista que ele me entregou. – falei procurando nas minhas coisas onde eu tinha colocado.

Brant impaciente cruzou os braços e ficou esperando ao mesmo tempo que Rosalie Halle batia a porta do Cullen.

Todos paramos para olhar a cena que se seguia. Rosalie com todo seu poder e superioridade andou pelo pequeno corredor com passos firmes e pesados, o som do seu salto ecoando no lugar e entrou em sua sala batendo a porta em seguida, o barulho foi ainda mais alto que a primeira batida.

– O que deu nela? – Brant perguntou.

Achando o papel me virei para ele que ainda olhava a porta de Rosalie sem entender nada. Rosalie Halle era conhecida por sua impetuosidade, ela era uma garota que marcava presença seja nos pequenos acontecimentos como nos grandes.

– Ai meu coração. – a voz de Pierre chamou a atenção de todos.

Ele tinha uma de suas mãos no coração e fazia uma cara engraçada, pude ver Brant a minha frente gemendo de desgosto.

– Ai esta doendo. – choramingou Pierri entrando em sua sala logo em seguida.

Pude ver que Brant estava prestes a dizer algo, talvez uma piadinha sobre Pierri, geralmente eles não perdiam a oportunidade de se provocarem, mas foi impedido com o grito que veio a seguir.

– EMILY!

No mesmo instante a garota ficou branca e saiu correndo para saber o que o chefe estava querendo.

Ficamos durante alguns segundos esperando quem seria o próximo a sair da sala do Cullen abalado. Comecei a interceder pela vida da minha amiga, seja lá o que o tivesse acontecido na sala, não podia ser nada bom.

Daugherty virou as costas e foi para a sua sala e o segui.

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Sua sala combinava com sua personalidade, as paredes eram de bege puxado para o marrom, e algumas das paredes se sobressaiam para frente na cor de madeira, e haviam quadros pendurados, Daugherty era amante de arte, havia descoberto isso a algum tempo, e um dos quadros eram de sua própria autoria, não que eu soubesse qual era, ele se recusava a me dizer. Havia um sofá de dois lugares e uma poltrona preta e junto uma mesinha de centro de vidro, para o caso de uma reunião informal acontecesse, e isso era muito comum na Lanvin. Sua mesa era marrom da mesma cor das paredes, sua cadeira giratória e as duas pequenas poltronas que ficavam a frente eram pretas. Havia um barco a velas que decorava o ambiente, mas que desconfiava que tivesse um motivo especial para estar ali, em sua mesa tinha um objeto que ficava sempre acesso como se fosse um abajur, mais que estava longe de ser, a luz era verde, e este era o objeto que fazia com que meus pensamentos se perdessem na tentativa de descobrir o que era.

Quase perto da porta tinha uma mesa onde geralmente eu trabalhava, já que trabalhar em cima do balcão da recepção era desconfortável.

– Mais o que deu nessas pessoas hoje? – perguntou Brant se sentando em sua cadeira.

Resolvi não responder porque nunca tinha uma resposta. Sempre vi esse tipo de coisa acontecendo, mais nunca soube nenhum dos motivos, a não ser quando Emily estava envolvida.

– Aqui esta a lista. – entreguei para ele que analisou rapidamente franzindo o cenho.

– Separei isso aqui para você. – ele disse deixando a folha de lado e pegando uma pasta na gaveta e me entregando.

Deixei as duas que segurava em cima da mesa e peguei a que me entregava. Abri e vi a lista de pessoas que precisava confirmar presença na participação do desfile da nova coleção.

– Vou precisar de ajuda de Rosalie com a nova coleção, Edward me ligou de manhã e disse que a pequena coleção de ano novo esta sobre minha responsabilidade.

– Não esta em cima da hora? Um mês não é pouco? – perguntei – Não que eu entenda de criação, mas...

– Na verdade esta em cima da hora, duas coleções em um mês é algo trabalhoso – ele explicou – Acho que Edward esqueceu-se de avisar o próximo estilista sobre a coleção.

– Me desculpe, mas o senhor Cullen não é de esquecer as coisas e ainda mais algo tão importante assim. – disse – Eu vejo o quanto ele fica em cima dos prazos de entrega.

– E foi exatamente por isso que tenho quase certeza que esqueceu. – continuou – Pensei que Rosalie já estava à frente, mas me enganei.

– Não é feito um planejamento ou algo assim? – perguntei.

– Emily deve ser a responsável por isso.

– Ela nunca me disse que fazia este tipo de coisa. – comentei.

– O que a faz pensar que ela comentaria com você? – perguntou olhando para mim cruzando as mãos em cima da mesa. Seu tom não foi rude como a frase pareceu, tinha um ar de divertimento.

– Na verdade, eu saberia mesmo se ela não contasse. – respondi.

– Muito confiante Isabella, muito confiante. – ele balançou a cabeça negativamente.

– Quer saber como saberia? – entrei em seu joguinho.

– Estou ouvindo.

– Você seria o estilista destaque da Lanvin Cartier. – falei erguendo a mão como se o nome da marca estivesse em um letreiro. – Brant Daugherty. – continuei

Ele gargalhou, não sabia ao certo se era minha pequena atuação e tom de voz, ou se era o fato de Emily coloca-lo neste ponto de destaque mesmo se pudesse e tivesse esse poder.

– Pedirei para a senhorita Rosalie vir a sua sala – falei.

– Obrigado Isabella. – disse sorrindo.

Voltei para recepção e para meu trabalho, abri a pasta que havia recebido e comecei a ligar para os nomes confirmando a presença um por um ao telefone.

– Sim Senhor Stiven. – falei – Estaremos esperando sua presença. – desliguei o telefone em seguida.

– Stiven virá? – perguntou Ang de sua mesa.

– Presença confirmada. – respondi riscando seu nome da lista.

– Isso será... – Emily não pode terminar, pois o telefone da linha interna tocou e ela atendeu prontamente. – Pois não Senhor Cullen. – atendeu.

– Isso não é bom. – cantarolou Ângela e tive que rir da cara de desgosto de Emily.

– Sim claro. – respondeu Emily ainda no telefone. – Farei isso imediatamente. – desligou o telefone e nos encarou – Tenho que buscar os cafés, buscar a filha dele no Hall e enviar os convites pelo o correio, me diga o que mais ele quer que eu faça? Tudo isso agora, detalhe a filha chega em dez minutos, não faço isso em dez minuto nem querendo – choramingou.

Saber que o Senhor sem coração Cullen tinha uma filha ainda era novo para mim, não conseguia imaginar ele como um pai, nem ao menos imaginava tendo um relacionamento com alguém, mas Ângela havia me contado há algumas semanas que ele tinha uma filha e que a mesma tinha sete anos.

– Pode deixar que busco os cafés e vou ao correio também – falei já me levantando.

– Tem certeza Bella? Brant pode não gostar. – argumentou ela.

– Ele não precisa de mim na maioria das vezes, posso ir e voltar no máximo em meia hora.

– Você salvou minha vida. – falou aliviada.

– Anota, por favor, o café que cada um toma, porque se eu trouxer errado eu mesma tomo o dele. – disse.

– Ok. – disse rindo me passando um papel com os pedidos anotados.

– Já volto meninas. – anunciei colocando o casaco.

– Não vai avisar...

– Mais antes vou avisa-lo – cantarolei.

Bati na porta e entrei em seguida não esperando que ele respondesse. Brant havia me dado passe livre para entrar e sair de sua sala sem esses tipos de formalidades.

– Brant? – chamei.

– Sim. – respondeu sem me olhar concentrado em algum desenho, sem me dar atenção.

Às vezes me perguntava por que era sua secretária se a maioria das coisas que fazia era para Edward, não que eu estivesse reclamando, mas isso era de se questionar.

– Emily esta enrolada, posso adiantar algo para ela na rua? Cafés e coisas do correio. – expliquei.

– Claro.

– Só mais uma coisa. – falei e consegui chamar sua atenção ao ponto de parar seu desenho e me olhar. – Então... Com a ajuda de Rosalie quem assinara a coleção? – perguntei.

– Boa pergunta Bella. – ele se orgulhou da pergunta a ponto de me chamar pelo meu apelido. – Amanhã covenceremos Edward que nós dois assinaremos. Não tem como eu sozinho fazer desenhos e supervisionar depois a produção, por isso conversarei com Rosalie.

– Pierri irá ficar bravo. – comentei.

– Ate mesmo ele terá que entender que não pode ter tudo nesta empresa. – disse.

– Brant. – o repreendi sabendo exatamente como ele via esse desfecho para Pierre.

– Ah Bella, ate você tem que concordar. Pierre esta com a coleção desse mês, não poderia fazer também a próxima.

– Sei que esse não é o seu motivo.

– Sim, admito. Estou feliz que me juntarei com Rosalie e Pierri ficara de fora, contente?

– Não. – falei suspirando – Terei que acalmar Pierri agora.

– Você é ótima com isso, principalmente com ele – observou ele depois de voltar-se para seus papeis.

– Obrigada? – soou uma pergunta.

– Tenho uma sugestão, deixe Pierri fazer seu drama sem interrupção. – sugeriu sério.

Brant sabia como lidar com diversas coisas em seu dia a dia perfeitamente, e era incrível o fato dele conseguir falar desse jeito diante da situação.

– E correr o risco de ver a 3º guerra mundial? Não, obrigada.

– Boa sorte Isabela. – ele disse rindo.

Fui a um Starbucks que havia perto do prédio que por sinal estava cheio para meu azar, suspirei cansada e fui ate a fila tirando do bolso o papel com os pedidos e ri ao ver que o nome do Edward vinha acompanhado de uma carinha brava. Seu pedido por curiosidade era o meu favorito, um “SUPLICY COFFEE” um ótimo gosto o dele por sinal.

– Pedido por favor. – disse o homem a minha frente.

– Por favor... – entreguei a listinha para ele, assim eu não correria o risco de esquecer algum.

– É da Lanvin Cartier? – perguntou entregando meu pedido a outra pessoa sorrindo.

Olhei atentamente para o homem que me atendia e tive que segurar o riso, ele era muito bonito, pouco musculoso , cabelos pretos e arrepiados e olhos azuis e seu sorriso era branco e perfeito. Eu entendi o porque de Emily gostar tanto de vir comprar café.

– Como sabe? – perguntei

– Sempre os mesmos pedidos. – apontou para as maquinas de café.

– Ah.

– Geralmente é a Emily aqui. – comentou enquanto eu entregava o dinheiro.

– Ela esta ocupada. – respondi dando de ombros – Quem não esta ali.

– É o que ela sempre diz. – disse sorrindo

– Ela sempre reclama aqui também? – perguntei rindo

– Sempre. – respondeu me devolvendo o troco.

Talvez o motivo não fosse apenas o menino mais sim o fato de poder sair e conversar com alguém mais gentil.

– Pensei que só fazíamos isso no almoço. – comentei.

E era verdade, achava que a única hora em que reclamávamos do nosso patrão era no almoço todos juntos, mas claro tirando as reclamações que todos fazíamos em casa, eu tinha pena do Jake às vezes por ter que me escutar todos os dias.

Sai da fila ficando ao lado para poder esperar, ainda tinha muitas coisas para fazer na empresa e esperava terminar hoje ou amanhã estaria a ponto de enlouquecer.

– Seu pedido. – o mesmo homem que havia me atendido me entregou os copos em um suporte sorrindo.

Peguei-os tentando equilibrar da melhor forma que pude para que não corressem o risco de caírem ou qualquer coisa do gênero.

– Não vai conferir? – perguntou com a sobrancelha erguida sorrindo simpaticamente.

– Confio em você – respondi dando-o as costas e o escutei rindo.

Talvez isso fosse arriscado, mas havia demorado mais do que o previsto e eu não teria tempo de conferir, era isso ou era isso, sem escolhas, sem erros.

Passei no correio e enviei os convites e voltei o mais rápido que pude desviando das pessoas nas ruas, entrei no prédio e Ryler me ajudou abrindo a porta do elevador, olhei no relógio e já haviam se passado meia hora dês da hora que saí e orei para que ninguém além das meninas percebessem minha demora.

– Voltei. – disse sem fôlego deixando os copos na mesa de Emily – Sei que demorei, me diga que ele não percebeu.

– A nossa sorte – respondeu Ang.

– A filha dele é nossa salvadora, caso contrario veríamos a Fera a solta. – Emily comentou pegando dois dos copos.

– Brant te chamou duas vezes. – falou Ângela

– E agora que você me fala. – tomei fôlego.

– Você acabou de chegar. – disse ela dando de ombros.

Sem dizer nada fui ate a sua sala ver o que ele queria, não reclamou por ter saído e demorado, raramente ele ficava bravo por alguma coisa, e pareceu não se importar ainda mais quando cheguei com um café e uma rosquinha de morango. Escutei uma de suas piadas, no caso, essa foi sobre eu confundi-lo com um policial. Não argumentei a respeito, só porque víamos em filme não queria dizer que realmente acontecesse.

Ele me passou algumas instruções sobre um slogan que deveria chegar e o que deveria fazer. O resto do dia passou lentamente, Rosalie a outra estilista mesmo depois do episodio que vimos entrou e saiu da sala de Edward duas vezes, mas o mesmo estava ocupado com sua filha e não queria que fosse incomodado e isso pelo que pude ver a deixou ainda mais nervosa. Ang falou que ela e Brant já haviam conversado enquanto estava fora, e resolvido algumas coisas antes de começarem a trabalharem juntos.

Esperava que eles não tivessem muitas divergências em opiniões como Pierri e ele tinham, isso seria um problema para a conclusão do trabalho, e o que era para ser rápido demoraria muito mais.

Olhei no relógio e vi que minha hora já tinha dado.

– Emy eu vou nessa. – disse terminando de guardar uns papeis.

– Eu também vou indo. – respondeu já de pé - Edward me dispensou há uns cinco minutos.

– E porque não foi ainda? – perguntei indignada.

– Porque só agora meu gato chegou. – respondeu piscando. – Tchauzinho Bella, ate amanhã.

Eu tinha minhas duvidas que o gato da Emily fosse apenas seu irmão mais velho que vinha busca-la, não que tivesse certeza.

– Tchauzinho. – respondi rindo

Terminei de guardar os papéis dei um ultima olhada em cima da mesa para ver se estava tudo guardado e nada fora do lugar, coloquei meu caso, peguei o celular mandando uma mensagem para Jake.

Jake? Acabei de sair, você já esta ai em baixo?

By: B.

– Tudo certo, posso ir agora. – falei em voz baixa para mim mesma.

Fui ate a sala de Brant e me despedi , o coitado disse que ficaria mais um pouco para compensar a manhã fora da empresa e compensando o desperdiço de tempo a procura de uns panos para Pierri.

No fundo essa implicância que os dois tinham era respeito pelo trabalho de ambos, Brant ter ido atrás dos panos de Pierri mostrava isso, mesmo que não quisessem ver ou admitir.

Peguei minha bolsa e meu celular vibrou. Li a mensagem apertando o botão do elevador.

Seu lindão esta aqui em baixo já.

P.S: Seu dia de fazer o jantar, nada de comida comprada.

By: Jake

Tive que rir com a mensagem, esse Jacob não me deixava em paz mesmo. Entrei no elevador e ate em tão não havia percebido que Edward e uma menininha de cabelos loiros estavam comigo.

Assim que os percebi desviei o olhar, se tem uma coisa nesses seis meses que eu aprendi na Lanvin Cartier foi não encarar a “Fera” e eu levava isso muito a sério, principalmente pelo fato dele deixar qualquer garota totalmente desconcertada. E eu não era imune a seus encantos.

– Posso apertar o botão papai? – perguntou a menininha com uma voz baixinha e muito bonitinha.

– Já apertaram princesa. – respondeu Edward em um tom educado e gentil e tive que resistir olhar para o lado para ver se era o mesmo ser que havia me tratado mal mais cedo.

O elevador para minha felicidade chegou e entramos, mas no mesmo instante me questionei se isso era bom, pois ficar no mesmo ambiente que ele não era bom para minha sanidade. Como o elevador era fechado pude sentir seu perfume que provavelmente era caríssimo, e admiti que ele tinha um bom gosto.

Olhei para o celular que estava em minha mão, foi o único jeito que encontrei de não ficar mais constrangida do que já estava e aproveitei para responder a mensagem de Jake.

Com você me lembrando eu não esqueço seu convencido.

By: B.

Quando o elevador abriu soltei o ar que ate então não havia percebido que estava segurando e sai o mais rápido os deixando para trás.

– Tchau Bella. – ouvi Tyler um dos seguranças gritar

– Tchau Tayler. – me virei acenando.

Ao me virar meus olhos se encontraram com os de Edward, seus olhos eram como esmeraldas , porém eram frios, como se não tivesse sentimentos. Fazia jus aos seus apelidos.

Voltei a olhar para frente totalmente constrangida e acabei esbarrando em Jacob que estava de costas na saída do prédio.

– Ei calminha Bells. – disse rindo me segurando pelos ombros.

–Ah desculpa Jake. – me desculpei – Vamos? – perguntei

– Vamos.- respondeu me puxando pela cintura me abraçando.

Jake era meu melhor amigo desde a infância e sempre estávamos juntos, fomos crescendo e seguindo caminhos diferentes mais ainda assim conseguimos ficar juntos, tanto é que agora dividíamos um apartamento.

Jacob era moreno alto e bastante musculoso, seus cabelos eram sempre arrepiados para cima e pretos, seus olhos eram castanhos escuros. Eu achava meu melhor amigo muito bonito, as mulheres pareciam sempre compartilhar dessa opinião.

Entramos no carro e fomos conversando amenidades ate chegar ao nosso apartamento. Hoje era meu dia de preparar o jantar então tomei um banho rápido e quente ligando o aquecedor depois.

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Coloquei uma um pijama qualquer prendi meu cabelo em um rabo de cavalo alto e fui para a cozinha que ficava junto com a sala, dividida apenas por um balcão.

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Encontrei Jake esparramado no sofá sem camisa com cabelo molhado passando os canais da televisão distraído.

– Folgado você Jake. – disse ao passar por ele.

– Seu dia lembra? – lembrou novamente.

– De tanto que você falou devia fazer você ajudar. – falei

Peguei os ingredientes para fazer uma lasanha, pois sabia que Jake gostava e fui colocando as coisas no balcão.

– Isso dependeria do que você vai fazer para jantarmos. – disse dando de ombros.

– Lasanha. – cantarolei.

Não bastou mais nenhuma palavra para Jake largar o controle e pular do sofá, ele me deu um empurrãozinho de leve e se postou ao meu lado.

– Estou pronto, podemos começar. – disse sorridente.

– Seu bobo. – ri de seu entusiasmo.

Jake e eu começamos a fazer a lasanha conversando e rindo, tenho que admitir que Jake não era um péssimo cozinheiro, mas era um desastre na cozinha.

Enquanto eu preparava a massa da lasanha Jake fazia o molho e eu havia me arrependido de chama-lo para ajudar, ele mais comia o recheio da lasanha do que ajudava a fazer.

Ao terminarmos colocamos no forno e nos deitamos cada um em um sofá aproveitando para conversar.

– Como foi o trabalho hoje? – perguntei

– Foi divertido, aquelas crianças me surpreende. – respondeu.

Jake trabalhava com teatro, ele dava aula para uma escola particular para crianças de 7 a 10 anos e adorava seu trabalho e principalmente as crianças.

– E o seu?- perguntou me olhando de canto.

– Bastante trabalho. – respondi – E fui ajudar Emily que estava atrasada e acabei levando uma má reposta de Edward.

– Qual é a desse cara? – perguntou Jake indignado.

– Eu não sei. – respondi sinceramente.

– Esse cara deve ser um mal amado. – deu de ombros e tive que rir.

– Já isso eu não sei. – respondi – Mas Pierri disse que é falta de mulher.

– Viu concordamos.

– Isso porque ele não sabia de quem estávamos falando quando chegou e nos pegou conversando.

– Ele concordaria de todo jeito.

– Não sei. – ri

– Será que a lasanha ficou pronta? – mudou de assunto.

– Jake acabamos de coloca-la no forno. – revirei os olhos para sua pressa.

– Droga. – resmungou cruzando os baços.


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Notas finais do capítulo

Sinceramente o Pierri é o ponto auge da fanfic kkkk Ele faz o tipo estilista doido e temperamental, vamos ver mais dele no decorrer dos capitulos, Brant é um fofo e eu queria trabalhar com alguém do jeito dele. Edward é um mostro kkkk Brinks só acho que as meninas exageram quanto a isso. Mais ok!!
Próximo capitulo será a introdução da filha do "coração de pedra Cullen" é onde nossa história vai começar. Espero ver vocês nos comentários e caso tenham opiniões a sugerir sou todo ouvidos. Quem quiser conversar comigo por e-mail, é este aqui: jessica_soares_freitas@hotmail.com (Nos vemos nos comentários)