31 Dias de Dezembro escrita por jessy-cullen


Capítulo 4
3º Dia de Dezembro


Notas iniciais do capítulo

Oláaaa!!! Terminei de fazer este capitulo praticamente depois que postei o anterior, e tenho uma novidade, não se se vão gostar, mas vamos lá, eu irei postar todo dia 1º de cada mês, e todo dia 15 isso mesmo, porque da tempo de todos comentarem antes de continuar e novas pessoas lerem também, então é um tempo muito bom, como vai ter apenas 31 capitulos, vamos nos ver por algum tempo kkkkk Se a fic estiver bem posso ate acelerar os capitulos, já que tenho vários já prontos. BOA LEITURA!!!
Hoje é uma pequena exceção. Próximo capitulo dia 01/07



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Terceiro Capitulo: 3º dia de dezembro.

Arrogância tem que ser merecida.

3º dia de dezembro

Passei a noite passada pensando em Karoline e em como ela estava, desliguei o celular por precaução, havia desafiado Edward e estava ciente que seria despedida, só estava adiando esse fato.

Pensei varias vezes em ligar o celular só para saber da Karl , estava preocupada mais a coragem me faltava, afinal ele me trataria grosseiramente como sempre, para que iria me estressar? Ficaria sabendo hoje de todo jeito quando ele me despedisse.

E não tinha o porque estar tão preocupada, ele era o pai da criança que tinha uma esposa que cuidaria da criança, estava tentando preocupações desnecessárias. Ele era o pai e eu era o que? Nem ao menos sabia me cuidar direito a julgar pelo tanto de besteira que havia em minha geladeira, minha mãe me acusaria disso com toda a certeza.

–Se ele gritar com você me liga, vou ter uma conversa com esse Edward. – Jake falou de boca cheia enquanto tomávamos café juntos.

– Já disse para não falar de boca cheia. – dei um tapa em sua cabeça.

– Sua agressiva. – resmungou esfregando a cabeça. – Só estava querendo te ajudar.

– E eu agradeço. – falei – Mas não irá precisar, lembra-se o que eu sempre digo...

– Nunca perca seu tempo com pessoas que não dão à mínima. – me cortou fazendo uma péssima imitação de minha voz.

– Eu não falo assim Jacob.

– Eu não falo assim Jacob. – repetiu apertando minha bochecha.

– Você é insuportável às vezes garoto. - levantei e baguncei seus cabelos que já estavam arrumados.

– Golpe baixo, meu cabelo estava arrumado. – reclamou novamente boca cheia.

– Assim você aprende não me imitar mais. – disse indo para meu quarto me trocar para o serviço.

– Meu cabelo é bom e não sou uma mocinha para ficar bravinho por causa disso. – falou.

– A boca cheia Jake. – o repreendi novamente entrando em meu quarto.

Ao contrário de ontem eu não estava atrasada, havia acordado com tempo de sobra, na verdade Jake havia me acordado, então tinha mais tempo para me trocar e escolher melhor o que usar.

Entrei em meu closet e comecei a procurar algo que me agradasse, se era para eu ser despedida por causa de ontem que fosse em grande estilo então.

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Decidi que sair em grande estilo não era exatamente o que queria, então optei por uma calça preta uma blusa de lã branca com algumas bolinhas e um blaze salmão.

Penteei meus cabelos deixando-os soltos e passei uma maquiagem básica, dei um ultima olhada no espelho e sai do quarto pegando minha bolsa.

– Jake eu estou saindo. – avisei

– Espera Bells. – falou de algum lugar do apartamento. – Me dá uma carona ate a escola de teatro.

– Se você continuar demorando vai ficar ai – falei.

Jake apareceu no mesmo instante na sala todo arrumado e muito cheiroso, fiquei encarando-o com uma sobrancelha levantada.

– Que foi? – perguntou

– Esta arrumadinho assim porque? – perguntei pegando as chaves do carro da mão dele.

– Posso dizer o mesmo de você. – acusou tomando as chaves de mim. - Eu sempre me visto bem Bells. – deu de ombros jogando a chave para cima e pegando-a.

– Tem coisa por trás. – peguei novamente a chave de sua mão.

– Ei Bella. – reclamou

– Você pediu a carona esta lembrado? – ele fez uma careta.

Saímos juntos do prédio com meu carro e o deixei na escola de teatro que dava aula e fui para o meu trabalho chegando dez minutos adiantada.

– Oi Bella. – cumprimentou Ryler a me ver.

– Oi Ryler como vai? – respondi

– Aposto que melhor que você, fiquei sabendo ontem da filha de Edward. – comentou enquanto abria a porta do elevador para mim. – A babá da menina é louca, ouvi Edward gritar com ela por um bom tempo depois que você saiu.

– Eu não queria estar na pele dela. – comentei

Ficava imaginando o que Edward não teria feito com a babá de Karoline, ontem ele pareceu tão protetor com a filha que quase não o reconheci e se normalmente já ficava irritado com poucas coisas eu não queria ter estado perto dele ontem.

Ryler fechou a porta do elevador e apertei o botão do meu andar, respirei fundo antes de sair do mesmo e assim que as meninas me viram foram ao meu encontro me enchendo de perguntas.

– Me diga o que aconteceu.

– Porque Edward despediu a menina?

– Porque você não atendeu ao telefone?

– Meninas calma. – falei silenciando as duas.

As duas pararam imediatamente respirando fundo e me encarando ansiosas.

– Edward esta ai? – perguntei antes de explicar as duas.

– E quer falar com você. – respondeu Ângela

Engoli em seco quando Âng respondeu, minha hora havia chegado e agora eu queria dar meia volta e voltar para minha casa.

– Esta nervoso como sempre. – comentou Emily

– Vou lá falar com ele então. – murmurei – Avisa que eu cheguei. – Não tinha outra escolha era agora ou agora.

– É pra já. – respondeu Emily

– Vai ter que nos contar os detalhes de ontem garota. – exigiu Ângela.

– Foi muito bom trabalhar com vocês meninas. – disse sinceramente.

Reconsiderando , talvez falar com Edward não fosse pior, eu entraria por aquela porta ele me acusaria de desrespeitá-lo, não ia se quer agradecer por eu ter ajudado sua filha porque todos diziam que jamais ninguém ouviu uma palavra de obrigado vindo dele, e por fim ele me despediria, seria simples e rápido. A parte pior nisso tudo era explicar as meninas, contar tudo nos mínimos detalhes e ainda ter que dar satisfações a Brant, o qual eu estaria desapontando.

– Vai lá garota e seja lá o que ele falar não retruque será melhor. – Emily disse.

– E você não pode ser despedida, tecnicamente ele não é seu chefe. – Âng tentou me ajudar.

– Com uma palavra dele ate mesmo Pierri é despedido. – falei.

– Duvido muito – Emily respondeu – Conheço o Cullen, então não retruque o que ele disser.

Encarei a enorme porta de madeira escura e respirei fundo, eu estava parecendo uma covarde e eu não era isso, tinha o enfrentado ontem agora não era hora para se acovardar Isabella.

Dei uma leve batida na porta e entrei e fechei em seguida, sem dizer uma só palavra eu caminhei lentamente e de cabeça erguida ate ficar de frente a sua mesa.

A sala estava mal iluminada deixando-a com um ar sombrio ou então era impressão minha não sabia dizer ao certo, ele estava sentado em sua cadeira olhando alguns papeis em sua mesa pensativo. Das duas opções uma, ou ele não tinha me ouvido entrar ou era um idiota por me ignorar sabendo que estava parado a sua frente, e com certeza a segunda era a certa, Emily havia me anunciado impossível ele não saber que estava ali.

– Er... – dei uma tossidinha para chamar sua atenção.

Edward largou os papeis em cima da mesa lentamente e seus olhos param nos meus da mesma forma, porém foi torturante. Seus olhos verdes como esmeraldas mostravam frieza e certa ignorância, seu rosto se mantia imparcial, procurei qualquer indicio de alteração mais não encontrei, Emily disse que estava nervoso como sempre e ele não parecia assim, só estava...indiferente talvez.

– Sente-se Senhorita Swan. – falou.

Sua voz fez com que eu me arrepiasse toda e sem quer contraria-lo me sentei em uma das cadeiras.

– Sobre ontem...

Meu coração acelerou, era agora que eu seria despedida , é só não falar nada Isabella ate que ele fale a palavra demitida é só ficar quieta. Repeti isso para mim duas vezes porem não foi o bastante.

Me bati internamente por isso.

– Posso falar antes? – perguntei interrompendo e ele me fuzilou com o olhar, mas não disse nada, aceite isso com um: Pode prosseguir – O que fiz ontem foi só cuidar de sua filha e se não estivesse demorado tanto não teria te enfrentado, a culpa não é minha se você ficou nervoso mais foi você quem gritou comigo no telefone primeiro, porque eu te ligaria se não fosse importante? Porque tem meu telefone gravado no seu celular? – falei tudo rapidamente, e a ultima pergunta saiu espontaneamente.

Respirei recuperando o fôlego e agora eu poderia chorar de desgosto, qual a parte de não falar nada você não tinha entendido Isabella?

– Como? – perguntou Edward com o cenho franzindo

– Bella. – chamou uma vozinha infantil do outro lado da sala.

Olhei para o lado e vi Karl saindo do banheiro vindo em minha direção correndo e em seguida me abraçando. Fui pega de surpresa com sua atitude mais retribui o abraço da linda garotinha toda desajeitada.

– Você melhorou bonequinha? – a afastei desfazendo o abraço e segurando-a pelos ombros procurando algo de estranho.

–Um pouquinho. – respondeu tristinha – Mas a febre passou. – falou orgulhosa.

– Deixe eu ver. – falei verificando – Parece que passou mesmo.

– Karol. – repreendeu Edward quase carinhosamente – Não se pode agarrar as pessoas assim.

– Desculpa papai. – se desculpou ela

Karl me deu um beijinho na bochecha e foi se sentar no colo de Edward que a recebeu e braços de abertos.

– Como eu ia dizendo ontem foi inadmissível Senhorita Swan. – falou me olhando nos olhos. – Deixou a recepção sem ninguém para tomar conta...

– Aposto que sua filha era mais importante Senhor Cullen. – retruquei.

Edward semicerrou os olhos e por um segundo o medo me atingiu, mas não me deixei abater.

– Estou dizendo o contrario Senhorita? – perguntou sem alguma alteração na voz.

– Também não esta dizendo o correto. - aumentei a intensidade de meu olhar. – Afinal foi inadmissível não?

Não estava entendo muito bem o que estava se passando entre nós, nossos olhares pareciam dizer muita coisa como se estivesse em uma batalha invisível sustentada por nossos olhares, não dava para saber o que estava pensando, só se sentia a intensidade a energia tomando conta de nós.

– Se não tivesse a audácia de me interromper. – continuou com a mesma expressão sem se alterar.

– Audácia? – perguntei baixinho para mim mesma.

– Senhorita Swan. – falou mais alto fazendo com que eu pulasse da cadeira de susto – Você está...

– Despedida eu sei. – falei já me levantando.

– Claro que não Bella – Karl falou rindo e parei no mesmo instante.

– Ouviu isso de minha boca Senhorita? – levantou as sobrancelhas provocativo.

– Não estou despedida? – perguntei desacreditada.

É realmente não ouvirá isso saindo de sua boca.

– Fez algo que queria contar? Posso demiti-la – continuou desafiadoramente.

Impressão minha ou ele estava querendo me provocar?

Toda minha covardia havia se dissipado, agora minha vontade era enfrenta-lo de verdade e falar algumas coisas, mas só o fato de eu não ser despedida me reconfortou fazendo-me calar.

– Não papai, Bella não fez nada, não é? – Karl disse.

Engraçado, eu obviamente não tinha feito nada de errado, mas também não fui a mais gentil, tinha praticamente discutido e enfrentado Edward, tanto antes como agora, mas não confirmaria isso para ele a insinuação da demissão pairava no ar e o mais engraçado era sua filha me defendendo.

– É sim. – concordei vacilante.

Edward me analisou por uns instantes parecendo querer entender o que se passava em minha mente, pois se demorou em meus olhos e acabei tendo a impressão que nossa pequena conversa ainda não havia terminado.

– Esta dispensada. – falou se voltando para os papeis em sua mesa.

Me virei e fui saindo da sala quando Karl me alcançou e me fez ficar de sua altura para poder sussurrar em meu ouvido.

– Isso foi um obrigado do papai.

– Tem certeza disso? – sussurrei de volta em seu ouvido olhando em direção a Edward que nos encarava agora.

Tenho quase certeza que ele estava atento a nossa conversa, e sendo ainda mais ousada apostaria que estava conseguindo nos ouvir também.

– Absoluta. – respondeu de volta.

– Vou considerar então – falei me levantando e apertando a pontinha de seu nariz.

Sai fechando a porta atrás de mim e soltei um suspiro de alivio ainda com a mão na maçaneta da porta, quanto as meninas me encaravam aguardando minha resposta.

– Não fui despedida deve ser algo bom. – falei

– Mais é claro que não – Pierri falou, ate então não havia percebido sua presença – Muito drama purpurina.

– Vou avisar ao Daugherty que ele tem sua secretara novamente – disse me retirando.

– Você devia deixar ele pensar que te perdeu – Pierri disse serio fazendo-me lembrar que os dois estavam a ponto de declarem guerra um ao outro.

– Ele nem ao menos sabe que sua secretaria estava a ponto de pedir emprego na Chanel – Ângela disse.

– Vou então jogar na sua cara o quanto ele é desatualizado – falou saindo de trás da recpção preste a começar uma nova briga, mas antes que eu pudesse intervir ele exitou compreendendo algo e se voltou á Âng. – Você disse Chanel? Não diga esse nome de novo.

– É para lá que vou se acusa-lo disso. – disse na tentativa de convencê-lo a ficar onde estava.

– Você pode ter evitado a batalha, - disse muito serio apontando o dedo na minha direção – Mas não impediu a guerra.

Não escapei das perguntas das meninas, mas prometi que responderia todas na hora do almoço, assim não teria que repetir a história para os outros.

Como já iria fazer, fui a sala de Brant e o encontrei sentado em sua mesa com um copo de café, geralmente isso não acontecia então me sentei na cadeira de frente para ele.

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(irei colocar as roupas do Brant, porque fala sério é muito legal ver o que ele estará vestindo vai por mim, tem proposito isso).

Brant estava vestindo uma camisa branca com uma gravata, seu blaze era de um bege claro e havia um lencinho para fora dando um ar elegante. Dificilmente acharia isso elegante, mais quando quem vestia era Brant, ele conseguia passar este efeito com sucesso.

– Quer que eu conte ou Simplifique? – perguntei cruzando as mãos em cima da mesa.

– Ouvi as conversas na recepção. – disse tomando um gole de seu café. – E com isso devo acrescentar que estamos em uma guerra?

– É como eu gosto de classificar – dei de ombros, ele havia ouvido as palavras de Pierri. – E se me permite, você deu o primeiro passo.

– Claro, me associei ao inimigo. – concluiu.

Não havia um tom pretencioso em sua voz, talvez um pouco de divertimento. Pierri querendo ou não conseguia trazer um clima mais leve para todos ao seu redor, mesmo que isso fosse pequenos conflitos com Brant, e ele conseguia se divertir com isso. Contando que eu não ficasse no meio desses conflitos poderia conviver com isso.

– E quem seria esse inimigo? – Rosalie disse ao entrar na sala. - Olá Isabella.

Olhei para a loira e ela tinha um sorriso nos lábios enquanto caminhava firmemente parando somente quando chegou a mesa. Apenas balancei a cabeça e sorri em cumprimento.

– Chanel ? – saiu mais uma pergunta quando ele respondeu.

Sabia que a resposta não havia sido para ela, mais um comentário para mim, revirei os olhos quando seu olhar chegou ate mim e um sorriso brincou por poucos segundo em seus lábios.

– Você fez o que? – perguntou Roselie ficando levemente vermelha.

Minha deixa para sair foi neste momento.

– Vou deixa-los a sós. – falei e ele afirmou com a cabeça sem olhar em minha direção.

– É melhor me explicar isso. – foi a ultima coisa que ouvi antes de fechar a porta e deixa-los.

Liguei o computador e comecei a fazer meu trabalho, organizei as pastas que haviam em cima da mesa que alguém deve ter as deixado ontem e comecei a digitar o que era preciso, eu e as meninas nos mantivemos em silêncio o que estávamos acostumadas, o Senhor Cullen era rígido com isso.

Uma das coisas mais difícil que havia aprendido trabalhando aqui, foi trabalhar com o silêncio, claro que sempre era agitado e sempre cheio de coisas a se fazer, e muitas pessoas estressadas no mesmo lugar sem contar com as vozes elevadas, mas o silêncio, bom... ele era muito presente também aqui. Faziamos a maioria das coisas sem conversar, e no começo tive certa dificuldade para disciplinar minha mente, eram nestes momentos que ela viajava, e algumas vezes me levava para todos os lugares menos para o que estava fazendo neste momento.

Bati a caneta na mesa algumas vezes tentando entender o que é que dizia neste contrato, não conseguia entender e tive que voltar para a clausula dois que era citada, como embasamento da sexta, a qual eu estava.

Voltei para a sala de Brant quando Rosalie saiu de lá, agora em meu notebook pude procurar saber do que é que se tratava o que estava lendo, facilitando boa parte do meu serviço.

Risquei com o marca texto rosa que estava em minha mãos o paragrafo inteiro, e escrevi do lado "desnecessário" bem grande. Ninguém merecia perder tempo lendo esta parte.

Mais ou menos dez horas da manhã Jake me mandou uma mensagem bem exagerada perguntando como estava, onde estava e se estava chorando. Ele estava com uma hora livre e disse que já estava vindo aqui para a empresa.

Papai se orgulharia de Jake ao vê-lo em como ele estava cada vez parecido com ele. Então antes que Jake fizesse alguma coisa precipitadamente e saísse nas revistas com a manchete : Professor de Teatro é expulso de Lavin Cartier por querer agredir o proprietário e executivo da marca, mandei uma mensagem para ele.

Jacob eu estou bem, não fui demitida e não, eu não estou chorando obrigada pela preocupação, mais não gostei da insinuação de que eu estivesse chorando por ter perdido meu emprego. Não precisa vir me socorrer, mas como disse eu estou muito agradecida, agora vai trabalhar que sei exatamente quando são seus horários de folga, e hoje e agora não são.

Beijos amo você, ate mais tarde!

By: B.

Voltei novamente ao contrato deixando o celular de lado, uma das coisas de se trabalhar como secretaria de um dos estilistas deste lugar era a acessibilidade a redes de comunicações, o celular era meu instrumento de trabalho assim como o lápis e o papel era de Brant.

Estava lendo a ultima página quando meu celular vibrou novamente com outra mensagem de Jacob, havia se passado quinze minutos de uma mensagem para a outra.

Não insunuei nada, se você tivesse perdido o emprego estaria chorando que eu sei.

Bom trabalho, vamos comemorar quando sair dai. Um brinde a geladeira cheia de comida pelo resto de seu contrato.

By: Jake

Abusado!

Era isso que Jacob era. Resolvi não responder sua mensagem e me concentrar em digitar tudo que estava no contrato cuidando para que tudo que estivesse em rosa não fosse parar neste novo modelo

Olhei para Brant e ele estava concentrado desta vez colorindo um de seus desenhos, por um momento me peguei curiosa para ver. Esta de todas as coleções era a mais rápida e com menos modelos que as outras, já que lançávamos a coleção de ano novo logo depois do natal, era estratégia de marketin como uma vez me explicaram uma vez. Provavelmente seria a maioria das roupas em tons de branco, mais Brant segurava um lápis roxo e pintava com um azul roial.

Me perguntava de onde vinha tanta inspiração, Pierre no meu segundo mês de trabalho me contou no que se inspirou de fato em sua coleção, geralmente não era a metade daquilo que era divulgado, era mais intenso. Brant se concentrava tanto que as vezes gostaria de me concentrar no que faço como ele. Era como se esquece tudo a sua volta e fosse apenas ele e seu lápis.

Balancei a cabeça perturbada por novamente ter saído do foco principal. Bati a caneta na mesa e mordi a tampa lendo o que estava escrito para saber onde havia parado.

Na hora do almoço, Rosalie e Brant saíram juntos, e quando terminei o que fazia peguei minha bolsa e fui encontrar as meninas.

– Âng vamos? – perguntei.

– Só um segundinho Bella. – respondeu entrando na sala de Rosalie.

–Ok - respondi.

– Bella! – chamou aquela vozinha infantil.

Me virei para ver de onde a voz vinha e encontrei com Karl saindo da sala de seu pai com o mesmo atrás dela.

– Oi Karl. – respondi guardando o celular.

– Esta indo almoçar? – perguntou mexendo timidamente nas mãozinhas.

– Estou sim e você? – perguntei

Edward passou por mim indo ao elevador e ela permaneceu no mesmo lugar mexendo nas mãozinhas com timidez.

– Também, mas não quero comer. – falou com uma expressão sofrida e tive rir.

– É melhor você comer para melhorar. – falei

– Bella estou morrendo de fome menina tenho... – Ângela parou no meio da frase ao perceber que não estava sozinha e que Edward provavelmente assistia tudo.

– Melhor todas irmos, seu pai esta te esperando. – chamei-a.

Karl andou do meu lado ate o elevador e Âng veio mais atrás, entramos juntos no elevador e ficamos em um silêncio mortal, evitei obviamente olhar para Edward ainda estava levando em conta sua ameaça de demissão.

– Tchau. – disse quando a porta do elevador abriu.

– Tchau. – ela respondeu.

– Você ficou amiga da filha do patrão? – perguntou Âng em tom de surpresa.

– Fala baixo Âng. – puxei ela para longe do elevador, e esperava que nenhum dos dois estivessem ouvido nós.

– A porta já tinha fechado. – se defendeu.

– Como sabe? – perguntei

– Relaxa Bella. – riu ela. – Agora vamos almoçar.

– Vocês me falam horrores de Edward e me põem medo depois querem que eu relaxe. – murmurei .

Almoçamos todos juntos como sempre, resumi para os que estavam na mesa o que havia acontecido ontem, já que a noticia havia se espalhado por todo o prédio.

– Primeira pessoa que enfrenta ele – disse Emmett dando de ombros.

– Eu não enfrentei – choraminguei – Eu argumentei.

– Retrucou o que ele disse, zona de perigo amiga. – Emily disse me alertando.

– Ele insinuou se não queria contar algo a ele. – soltei.

– Algo? Como assim? – perguntou Âng.

– Como se eu ajudasse a ter motivos para que ele me demitisse. - respondi - Karoline cortou o assunto na hora.

– Ele só vai ficar de olho em você, qualquer deslize...

– Não é como se ele pudesse acusar você de algo - Emily comentou

– Você fez amizade com a filha dele e tecnicamente salvou a menina. – disse Âng pegando um potinho de iorgute.

– E...? – a incentivei para que continuasse.

– Ele deve um obrigado, como ele não fala obrigado para ninguém o mínimo que deve fazer é relevar a discussão.

– Não foi bem uma discussão. – me defendi.

– Como seja, já passou. – Âng terminou o assunto.

– Ficou amiga da filha dele? – perguntou Emmett.

– Acho que sim, eu gostei dela. – admiti

Karl era uma criança linda e educada, de nada parecia com Edward, digo nada que não fosse fisicamente.

– Ela deve ter visto em você uma figura materna. – Emily deu de ombros.

– Só por eu ter a ajudado? – perguntei confusa. Não sabia muito sobre crianças mais sabia que elas não eram do tipo que via mãe em todas pessoas que a cumprimentasse.

– A mãe dela morreu Bella. – Âng falou.

Paralisei com a noticia, a mãe da Karoline tinha morrido por isso ela ficava com uma babá e talvez a mulher que estava na foto fosse mesmo a mãe dela, por isso a foto estava rasgada, agora eu começava a entender.

– Quanto tempo isso? – curiosa perguntei.

– Dois anos acho, ninguém aqui da empresa sabe exatamente quando ela morreu. – respondeu Emmett.

– Vamos antes que o próprio desça aqui e nos mande voltar ao serviço. – Emily interrompeu a conversa se levantando com sua bandeja.

– Ate mais meninas. – Emmett fez o mesmo.

Coloquei minha bandeja no lugar e subi com as meninas voltando ao trabalho que não era pouco. Vi Edward e Karl chegarem e os dois foram em silêncio para a sala dele e Rosalie entrou em sua sala dez minutos depois.

– Purpurina rosa? – chamou Pierri colocando a cabeça para fora na mesma hora em que a Karoline saiu da sala e foi se sentar no sofá que ali havia.

– Sim Pierri. – respondi.

Os apelidinhos de Pierri não me incomodavam apesar de serem ridículos, se ele gostava de me chamar assim, quem seria eu para destruir seu mundinho colorido?

– Poderia falar para Emmett que o problema foi resolvido com o orçamento? – perguntou só com a cabeça para fora.

– Claro. – respondi já pegando o telefone e ele fechando sua porta.

– Emmett falando. – atendeu ele formalmente.

– É assim que atende o telefone? – perguntei franzindo a testa.

– Eu atendia como cambio.

– Não acredito que ouvi isso. - revirei os olhos - Mas então, Pierri avisou que o problema com o orçamento foi resolvido. – falei.

– Sorte a minha. – respondeu ele feliz.

Conclui que afinal o problema com o desvio do dinheiro que Edward comentou ontem foi resolvi.

– Tchau Emm.

– Cambio desligo – ri desligando o telefone em seguida.

Coloquei o telefone no gancho e vi que Karl ainda estava no sofá o que eu achei estranho, ela parecia tristinha e Emily conversava com ela agachada a sua frente.

– Quer mexer no computador ou outra coisa? – perguntou Emily carinhosamente.

– Não obrigada. – respondeu baixinho.

Emily a deixou e voltou a sentar em sua mesa voltando para seu trabalho e fiz o mesmo, durante meia hora eu continuei fazendo o que precisava ate que não aguentei ver Karl, ela era uma criança devia estar brincando por ai, talvez ate deixando-nos louca por querer atenção, mas ela não fazia nada só ficava parada e vez ou outra balançava as perninhas.

Já era estranho o bastante ela estar do lado de fora da sala do pai e ficar quieta chegava a ser preocupante, crianças na idade dela deviam ser agitadas não o contrario.

– Karl – chamei-a e no mesmo instante ela me olhou. – Quer desenhar? Te dou alguns papeis e você senta do meu lado. – propus.

– Quero. – respondeu vindo em minha direção.

Ela sentou em meu colo e começou a desenhar em umas folhas que havia entregado a ela e continuei com meu trabalho torcendo para que Edward não brigasse por estar ficando proxima de sua filha.


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Notas finais do capítulo

E ai o que acharam? Me contem nos comentarios!!! Beijos