Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 42
Bancando o Herói


Notas iniciais do capítulo

(Outra curiosidade do Anjinho! Naquela mesma edição fala que ele não tem um nome pq é órfão. Mas o que vim flar não é isso! Originalmente o anjinho era uma pestinha, que foi expulso do céu por ser muito levado e brincava com o Cebolinha. Isso antes da criação da própria MÔNICA! O anjinho teria voltado ao céu depois provar ser digno mas vive a descer por que gostou de ser amigo da turminha e com isso lembrar como era ser humano. Será que isso explica a edição “amor de anjo”???)



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Tudo estava indo para o beleleu.

As criaturas estavam nos cercando e apenas alguns de nós sabia o que fazer ali enquanto o restante era um pouco pior que peso morto, já que entravam em pânico e atrapalhavam a tudo.

Mas por sorte eu sempre tenho um plano e neste caso um ótimo plano.

Segui ate o ser estranho que Timot não conseguia derrubar com os disparos daquele revolver barulhento, e aproveitando que “por algum motivo divino” o bicho não o atacava, parei em sua frente o fazendo fitar bem em meus olhos. Ordenei que este atacasse o ser negro de uma perna só e assim como queria ele o fez; partiu pra cima da coisa sorridente sem pestanejar entretanto o ser negro converteu-se um furacão e o arremessou longe vindo com tudo pra cima de mim, logo fazendo com que eu perdesse o controle do lobisomem que volta a nos atacar com toda fúria que você pode imaginar.

Timot descarregou o pente na coisa, mas quem disse que ela caiu? Continuava vindo como se fosse imortal; claro as balas não iriam feri-lo mas podia muito bem irritar a coisa que parte pra cima de todos. Meus parabéns Timot!

—--- Sai daí vocês dois! ---- a voz dela era inconfundível. Um misto de raiva e preocupação, um tipo diferente de mãe.                                                Esta comparação foi péssima...

Em fim!

Ela empurra nós dois e parte pra cima da coisa peluda sozinha.

Dinovo...

A garota já estava cansada, esgotada e ainda ficava tentando proteger a todos nós. Mas uma coisa o “do avesso” tinha razão, ela não estava sozinha; estávamos aqui para ajuda-la.

E foi o que eu fiz.

Corri e consegui um objeto de prata que estava a decorar a casa, era uma estatueta pequena mas bem pontiaguda; fazia muito sentido eles terem este tipo de coisa ali, ainda por cima com este tipo de material. Então entreguei a ela, mas a peste se negava a usar, dizia que queria apenas espanta-lo. Fiquei tão fulo. Ela estava se arriscando para não matar o bicho?

Juntei todas as minhas forças e coragem no corpo e parti pra cima da coisa.

Ele tombou mas...

—--- Cebolinha o que você fez? ---- ela questiona pasmada. Cadê o meu agradecimento? Que cara de raiva é esta?

Mas você acha que tenho tempo de conseguir reclamar? Não. Claro que não. Nós nunca temos tempo para nada nesta droga de vida!

Aquilo era um treino.

Não importava o que acontecesse o Chico Bento não fazia nada, a não ser que fosse serio de verdade então eu já tinha noção que não estávamos em perigo real mesmo que assustasse muito. Não tinha por que eu ficar com medo e levar aquilo a serio. Era uma palhaçada.

Tudo bem que era “sim” um ótimo treino de campo. Mas não se comparava ao teste que o Dcontra nos fez passar.



Eu e minha boca santa.

Ate quando não falo em voz alta.

Estávamos ali a quilômetros de distancia de qualquer um que poderia ter algum envolvimento com aquela maldita cidade, e mesmo assim fomos seguidos.

Claro!

Fizemos o maior dos estardalhaços para conseguir sair.

Era lógico que fossemos seguidos.

E o cara quis mandar logo uma boa tropa e que não seria derrotada assim tão fácil.

Aquelas mesmas criaturas feitas de barro e sujeira que ele criava e controlava quando o conhecemos na infância, que agora mais se pareciam com monstros de tão horrendos e gigantescos, nem me lembrava mais de como eles eram antes.

—--- Mas que droga! ---- logo ouço o Timot gritar, ele também havia percebido a proximidade das criaturas asquerosas que vinham arrastando um mar de podridão com sigo.

Posso ver as arvores murcharem ao longe, os pássaros voarem assustados e muitos sons noturnos se acentuarem de modo grave. Também posso ver que em cada chácara, sitio, fazenda vizinha as luzes se acendiam por conta da grande movimentação que se fazia nas matas.

O que eu podia fazer?

Olho para trás e só consigo ver um grupo assustado, fraco e muito medroso para fazer qualquer coisa. Magali estava mal por algum motivo e se segurava pra não se tornar um perigo ainda maior pra todos nós, a Mônica coitada... fazia tudo sozinha, não posso reclamar do Dcontra já que ele nos ajudou, mas este também estava exausto, Cascão nem se fala. Se não o levássemos logo a um hospital era capais de ele falecer pelos ferimentos da Yara.

Eu tinha que fazer alguma coisa.

Vi que o nosso “anfitrião” corria ate a própria casa e de lá fazia algum tipo de sinal de luz para os demais moradores, e logo todas as luzes se apagam. Mas neste momento eu já tinha bolado mais do que um plano infalível para impedir que aquelas criaturas feitas de pura podridão nos matassem;                    os seres que estavam a nos atacar...

Pus um belo tampão nos ouvidos e corri ate o lago.

Ela deveria estar assustada e ate ferida mas eu não me arriscaria; só que o lago já parecia estar contaminado. Estava putrefo e muito nojento; acho que ate o Cascão teria nojo de chegar perto daquilo, o cheiro me trazia náuseas e podia ver alguns seres boiarem. Não resisti, e acabei vomitando um pouco por culpa do odor fétido.

Indo ao plano B.

A labareda em chamas que percorria as matas.

Como ela corria? O que fazia? Eu nunca prestei muita atenção em folclores.

Subi em uma arvore (com um pouco de dificuldade por que não sou macaco, ok) e de lá pude ver por onde a coisa transitava; para um leigo era parecia correr sem direção alguma, mas para mim que sou um gênio, posso ver claramente seu trajeto, então não é difícil chegar antes da mesma e assim conseguir ficar bem a sua frente.

Via que ela conseguia esquivar de coisas e ate saltar sobre troncos, então podia enxergar, de alguma forma enxergava, e se ela podia enxergar logo poderia ficar sobre o meu domínio.

Parei em um local estratégico e esperei ela chegar, mas a coisa era um tornado de força e velocidade e logo tive de apelar para o meu segundo poder (sim tenho 2 vai encarar?), a coisa veio em minha direção e eu apenas mirei meus dois dedos em sua direção, e com uma certa dificuldade, a detive. Aquilo era mais cansativo do que você pode imaginar, dava uma enorme dor de cabeça mas eu tinha que conseguir. Ergui a coisa e a fiz ficar parada na minha frente e foi o que ela fez.

Me encarou e eu quase pude ver.

Senti como se meus olhos pegassem fogo, mas não desisti. Dominei o bicho e com isso segui ate a estrada que era por onde estavam vindo as tropas do CF.

Se eles tinham vindo resgatar Yara de nós que só a deixamos dentro da casa imagina o que fariam se eu ficasse usando um deles como montaria em um combate? Eu não queria saber, mas tinha que descobrir.



Eles já estavam praticamente dentro da fazenda do primo da Mônica, a única coisa que os impedia de entrar e destruir tudo eram o grupinho, que pra mim foi um ato surpreendente.

Xaveco havia deixado um tipo de portal bem na frente da estrada e o mudava de lugar criando vários deles assim fazendo com que todos caíssem no rio (que já estava contaminado mesmo) sendo dissolvidos. Timot e Jere batiam nos que conseguiam passar juntamente dos desenhos de Marina.

Mas a onde estavam os outros?

—--- Cadê o lesto? Como esta o Cascão? ---- paro em frente a Mônica que mesmo fadigada não parava de brigar.

—--- A Carmem levou o Cascão para a casa do Chico, ele não esta nada bem estou preocupada. O Franjinha esta fazendo o que pode para ajudar ele. ---- ela me respondia entre uma bofetada e outra, era mesmo transcendental ver ela lutar. ---- A onde você arrumou uma Mula pra montar? Sai daí e me ajuda poxa!

—--- É o que planejo. ---- parto a deixando para traz a tagarelar alguma coisa que eu não presto a mínima atenção.

Eu não tinha tempo a perder com as idiotices deste grupo.

O que foi? Você não acha mesmo que eu esqueci como eles estavam me tratando ou que alguma coisa mudou só por que eu voltei. Acharam? Nossa... fala serio.

"Bem não estou aqui para questionar o seu entendimento da historia, e sim para conta lá. "

Aquela nuvem de podridão se aproximava com ferocidade e eu pude ver quando Jere carregava o desacordado Cascão ate um jipe, mas eles não iriam conseguir leva-lo a hospital algum. Não enquanto a estrada estivesse bloqueada daquela forma.

Eu não contei isso ate agora mas... desde pequeno eu treinava. Treinava esta habilidade estranha que eu tinha mas as vezes, e eu não sei por que, era difícil de controlar. Tinha horas que eu podia controlar a mente de quem eu quisesse e em outros momentos eu não suportava a dor; era tudo muito instável e igualmente eram as minhas habilidades telecineticas.

Como o planejado os seres mágicos da floresta (encantada) vem ate mim. A sereia do rio estava fraca de mais para tentar um ataque, coisa que me favorecia e o restante... Bem. Eles não eram pareô para mim.

Fechei o caminho ao derrubar algumas arvores mas quem disse que isso resolveu alguma coisa? Eles passaram por cima daquilo como se não fosse nada.

O lugar estava condenado.

Não tinha como conseguirmos impedir aquelas coisas de virem para cá.

Ass: Negi Menezes da Silva _I_


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Notas finais do capítulo

(Sobre aquela ideia de outra trama queria por um foco grande no anjinho desta vez. *-* tipo a 1 aventura seria algo que vai fazer ele perder sua “graça” e se tornar um mortal, a segunda seria a Mônica ajudando ele a voltar aos céus. E entre este meio tempo qro por muita loucura!)



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