Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 43
O inimigo do meu inimigo é meu amigo


Notas iniciais do capítulo

(Você sabia que o DC originalmente foi inspirado no “Menino maluquinho”? sim foi do filho dele mas a aparência derivou muito do cartoon do menino maluquinho. ^_^ E que também há diversos personagens que foram deletados ao longo dos anos? Não se preocupe vou falar sobre cada um deles e tbm por eles na trama. Ex MAnezinho.)



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Foi mesmo um treinamento muito intenso.

Não tivemos de aprender a controlar apenas nossas habilidades, mas também conseguir discernir o que era um inimigo do que parecia querer nos machucar e o que era obrigado a nos ferir.

Foi uma grande avanço mental para toda a turminha devo admitir.

Ou melhor...

Equipe.

oOoOoOoOo

Antônio meu primo, conhecia muito bem os seres da floresta e podia nos defender, mas quando os “seres do esgoto” surgiram devastando a tudo, o treino leve chegou a seu fim, estávamos entre os dois lados de uma guerra. E para piorar o Cebolinha usa das suas habilidades (que ate o momento eu nem sabia que ele tinha!) para controlar os seres da floresta, Cascão estava entre a vida e a morte e... Acha mesmo que da pra piorar?

—--- Mônica! Temo de tira esta coizá daki antes que acabem com toda a fauna e flora. —--- Chico vem ate mim revoltado, acho que nunca tinha o visto tão irritado na vida. ---- Arguma idéia de como nos livrar dos bixo? Como ocês faziam quando eram menor?

—--- Eles não eram tão fortes mas... Nós só os limpavam e puf. Eram coisinhas estranhas e feias que caiam na risada porque nunca tinham se visto sem a sujeira. ---- respondo rápido enquanto voltava a defender o lugar, dando plena atenção a meus oponentes. ---- Mas eu não acho mesmo que este seja o caso.

—--- O Do Contra não pode usar o efeito reverso nestas coisas? Ai invés sujar tudo vão limpar! ---- a Denise da um Berro de dentro da casa tentando ajudar no que podia já que não era uma lutadora.

—--- Mesmo se eu estivesse no meu 100% eu não conseguiria inverter uma coisa deste nível, aquele dia contra vocês a Viviane estava potencializando meu poder. ---- o próprio responde de forma normal demonstrando que ainda não tinha recuperado as habilidades.

—--- O quanto daquela força você ainda tem? ---- Xaveco questiona preocupado e não posso negar em sentir o mesmo. Sim era uma coisa terrível ser oposto ao mundo, mas aquele poder todo viria muito a acalhar agora que ele era nosso aliado.

—--- 70, 80%. Serve? ---- zomba.

—--- Serve, serve sim e muito. ----- Jeremias confirma afoito com os seres que não paravam de vir, e posso ver que ele da uma leve distanciada parando e vendo as habilidades de Xaveco em ação. ---- Incrível...

Não posso negar.

O loirinho estava sendo bem mais útil ali do que eu.

Com o simples mover de dedos ele criava portas que se você passasse por elas caia em outro lugar, também podia criar estas mesmas portas entre os corpos das criaturas e assim corta-las ao meio. Era algo incrível de se ver.


Mas não era hora de ficar babando nas habilidades alheias.

—--- Vamos lá gente! Já cuidamos destas coisas antes agora não pode ser diferente! O treino só ficou serio! Não deixem que eles se dispersem! Jeremias, Titi aproveitem que eles são burros! Marina consegue fazer um desenho para bloquear a água do ribeirão? Evite que a parte contaminada siga em frente. Xaveco mire tudo no mesmo lugar. Do contra ainda tem poderes? Consegue inverter o efeito da água suja que a Marina vai prender? Xaveco poe uma grande portal em baixo da água que a Marina separou e joga na estrada. Denise mostra para o Xaveco no seu mapa a onde fica o ponto que eles estão surgindo.

Eu grito e eles logo entendem o que deve fazer.

—--- Sobrou um pouco de água contaminada vou fazer uma segunda barragem! ---- Marina corresponde. ---- Xaveco consegue pegar esta também? Esta mais limpa não vamos precisar do Dc ate por que ele já esta esgotado.

E assim todos iam ajudando.

Claro que Xaveco se esgota rápido pelo uso elevado das habilidades assim como a Denise entre outros, mas tínhamos conseguido uma boa vantagem contra o inimigo incessante; coisa que foi o suficiente para espantar as criaturas de sujeira e fazer com que os próprios seres da floresta pudessem os derrotar.

—--- Nem credito que vencemos. ---- Chico comenta ofegante com um sorriso contagiante nos lábios, enquanto o restante (menos fadigado) urrava de alegria e saltitava em comemoração.

Abandono a festa que se iniciava e vou ate a casa principal.

—--- Como ele esta? ---- questiono assim que abro a porta do quarto e Franjinha me responde com um olhar penoso e um balançar de cabeça em negativa.

Um nó aperta no meu pescoço antes mesmo de ele começar a falar.

—--- Mesmo que o levássemos a um hospital agora... Ele não chegaria com vida.

Mentira.

Tinha que ser mentira.


Uma sensação de impotência me invade.

Mas logo o que invade o quarto é uma ventania infernal, e pronto “ele” esta parado a nossa frente com aquela fumaça saindo por entre seus dentes afiados enquanto encarava o leito em que Cascão estava desacordado.

—--- Não gosto de dever a ninguém.—--- a voz dupla entona desgostosa, e logo ele pega de uma sacolinha uma vasilha de barro com uma maça pastosa dentro (provavelmente feita de ervas e algo mais amassado). Mal cheirosa, mas mesmo assim ninguém parecia propenso a impedir a ação da criatura; mesmo quando este (em um passe de mágica/ vento) retira as roupas do Cascão para poder o passar o “remédio”.

Eu e Denise saímos de lá por motivos óbvios.

—--- Que droga já é a segunda vez. ---- ela resmunga envergonhada. ---- O que será que ele esta fazendo?

—--- Não sei, mas não me importo. O Saci tem poderes de cura. ---- respondo vendo um sorriso de alivio se formar no rosto dela, mas antes que eu pudesse dizer algo ela sai correndo para fora da casa avisando a todos.

O Cebolinha é o primeiro a invadir a casa correndo.

Não o culpo.

Foi uma atitude meiga.

Depois de algumas horas o corpo dele parecia bem melhor, as queimaduras tinham sarado mas ele ainda não acordava. Claro que o Franjinha logo se ocupou de outras coisas; como por exemplo tentar descobrir os ingredientes que o Saci tinha usado no Cascão; Cebolinha não saia do lado do amigo desacordado e os demais debatiam tudo o que tinha acontecido animados como se tivessem tomado café com energético.

Do Contra por outro lado ficava quieto, apenas ligou para alguém de seu grupo trazer outro ônibus.

—--- Esta tudo bem? ---- questiono amistosa ao me aproximar, desde pequena eu nunca soube como tratar ele ou como manter um dialogo; ele sempre foi tão... esquisito. Mas era um bom amigo.

—--- Sim. ---- me responde seco. ---- Eles vão demorar algumas horas para chegar, mas vão trazer um carro melhor. Ai levaremos o Cássio para um hospital. ---- afirma se virando me olhando nos olhos de um modo intenso e estranho.

—--- Errr... anm... Bom. ---- engulo as palavras e me atrapalho toda, não sei o que foi aquilo mas ele apenas sorri em resposta ao meu embaraço. ---- O que foi?

Sei que dizem que homens são de Marte e mulheres de Vênus, por que um não entende o que se passa na cabeça do outro. Mas este cara já era outro nível!

—--- Sei que isso é errado mas... ---- murmura ele em um tom que eu não reconheço, passando a mão de modo tímido pelos próprios cabelos negros, lisos e pesados que pareciam nunca se despentear. ---- Quero aproveitar este momento. ---- e sem mais nem menos vem e me beija.

Ass: Mônica Sousa


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Notas finais do capítulo

(Então... nesta outra historia queria por muita coisa para impressionar, mas ainda n sei como seria o tipo de narrador. V_V gosto muito do jeito desta, sabe os 4 narram em fim. N sei.... estou averiguando mesmo.)



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