Daphne escrita por Angie


Capítulo 8
Capítulo 7 - O Baile - Parte II


Notas iniciais do capítulo

Oi, amores e amoras! Sim, eu sei que prometi o cap. para segunda, mas a internet está fazendo um complô contra mim! Sério, ela caiu segunda a tarde e só consegui um acesso decente hoje, então tá aí.
Hã... lembram da regrinha, certo? Não matem a altora. Tive que encerrar ali porque estou sem tempo. Logo, logo saí o próximo... se a internet deixar.
Bjos e Enjoy.



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POV Daphne

Toda a música havia desaparecido, em conjunto com as outras pessoas, sobrando apenas Andrew, eu e um turbilhão de sentimentos confusos e dispersos. Estava me sentindo isolada dentro de uma bolha. Presa. Presa por seu olhar.

– Daphne. – senti alguém tocar em meu braço. – Você está bem?

Andrew foi o primeiro a quebrar nosso contato visual, virando-se para outra pessoa e iniciando, ou dando continuação a alguma conversa. Ele fez aquilo parecer tão fácil. Balancei a cabeça e foquei meu olhar em Sarah que me fitava preocupada.

– Mas é claro que estou. – sorri forçadamente.

– Ficou branca de repente. – comentou o rei Henry e pude constatar em seu olhar a mesma preocupação presente no de Sarah e no de papai.

– Foi só um mal-estar passageiro – garanti. –, não precisam se preocupar.

– É lógico que nos preocupamos. – interveio a rainha Alicia. – Venha, querida. É melhor se sentar um pouco.

Dimitri assentiu concordando com ela e com a mão na parte baixa de minhas costas, me conduziu para uma das mesas vazias ali dispostas.

– Dimitri, querido. Poderia nos deixar um pouco a sós?

– Claro, alteza. – com um leve aceno de cabeça em minha direção meu irmão se foi.

– Há tristeza nesses olhos. – falou Alicia se sentando ao meu lado. – E talvez um pouco de arrependimento.

Suspirei e meus ombros caíram.

– Vossa Alteza sabe de tudo, certo?

– Oh, não, querida. Por favor, me chame de Alicia. – sorriu calmamente. – Quanto ao fato de saber de tudo, imagino que queria dizer sobre você e Andrew?

Assenti rigidamente.

– Não se culpe por isso. – pôs uma mão sobre a minha e seu toque me trouxe conforto. – você e meu filho se magoaram um ao outro apenas porque não estavam prontos. Ainda há tempo.

– Eu não sei e fui a única a magoá-lo. Andrew é maravilhoso, fui eu quem escolheu fugir. Disse-lhe palavras que ele não merecia ouvir.

– Palavras são armas ainda mais poderosas que uma espada, mas ainda há chance para reverter o dano causado. Sei que escolheu o caminho mais fácil da última vez, a fuga desses sentimentos que decidiu esconder de si mesma, mas todo amor tem dificuldades. Ouça seu coração. Talvez encontre um modo de reparar isso.

POV Andrew

Senti o ar me faltar no momento em que vi Daphne. Ela estava linda naquele vestido lavanda, mas tudo que eu podia fazer era olhar de longe. Aquilo era insuportável para mim. Educadamente cortei a conversa com parte da federação alemã e pus-me a andar na direção contrária. Não estava com cabeça para politicagem. O nervosismo que me atormentara durante toda a semana acabara por se transformar em mau humor.

– Andrew! – Elizabeth surgiu em minha frente e pegou a taça de champanhe que eu ainda segurava.

Não a percebi se aproximar, tampouco percebi de imediato o fato de que ela estava de braços dados com um dos príncipes de Portugal. Cumprimentei Antoine com um aperto de mão, o tempo todo sob o olhar avaliativo de Elizabeth.

– Não se preocupe, Liz. Eu não bebi. – tenho o pressentimento de que se começasse não pararia na primeira taça.

A única exceção na conduta de Elizabeth sobre “não beber na própria festa”, era o momento do brinde compartilhado, quando todos os convidados brindavam e comemoravam juntos por um certo motivo. A festa em si, por reunir tantos monarcas, já era motivo o suficiente nesta noite.

– Certo, mas não importa. – deixou a taça sobre a mesa mais próxima, diretamente ao seu lado. – Venha conosco.

Atou seu outro braço ao meu e saiu guiando a mim e a Antoine no salão. Olhei para ele com uma sobrancelha erguida, mas ele apenas deu de ombros. Típico. Espero apenas que ela não tente me fazer dançar com mais alguém. O início da festa já foi embaraçoso o suficiente.

– Já que você tem evitado de forma tão descortês, todas as garotas do baile, vou fazer minha última tentativa. – dizia Liz. – Lembra-se de Daphne? – congelei brevemente ao ouvir seu nome e Liz me lançou um olhar estranho.

– Claro.

– A família dela acabou de chegar. Vi ela em uma das mesas com mamãe.

Daphne e minha mãe? Oh Deus.

Antes mesmo de chegarmos lá, pude ver as duas. Conversavam baixinho e minha mãe segurava uma de suas mãos.

Quando chegamos a mesa, me surpreendi por não ser Elizabeth a primeira a falar, e sim Antoine:

– Princesa.

Daphne ergueu os olhos com um sorriso iluminando sua expressão e se ergueu dando-lhe um abraço.

Franzi a testa um pouco incomodado com essa breve demonstração de afeto. Porque de repente ela era só sorrisos?

– Alteza. – continuou Antoine acenando com a cabeça para mamãe.

– Olá Antoine. – ela sorriu reparando que ele e Elizabeth estavam de braços dados. – Fico feliz que tenha posto um sorriso no rosto de Daphne, ela não estava muito bem. – transferiu sua atenção para mim. – Filho, porque não a convida para dançar? Os dois estão precisando se animar um pouco e uma dança seria perfeita.

Eu sabia que mamãe viria com alguma ideia para me aproximar de Daphne, mas não pensei que fosse ser de forma tão direta.

– Eu não acho que… – começou Daphne.

– Daphne, querida. – interrompeu-lhe mamãe. – Lembre-se do que conversamos antes.

Comprimindo os lábios Daphne deixou seu olhar cair abraçando-se a si mesma. Sobre o que diabos ela e mamãe haviam conversado?

Apesar de todo e embora todas as palavras duras que uma vez ela proferiu estivessem se repetindo em minha cabeça, sob o olhar de todos, estendi a mão para ela com um sorriso.

Liz e mamãe poderiam soltar fogos.

– Sei que você adora dançar, então poderia me dar essa honra?

Seus olhos reluziram com surpresa por um segundo, mas ela pôs sua mão sobre a minha e se aproximou. Não havíamos estado tão próximos assim desde aquela vez…

Sim. Daphne e eu precisávamos conversar e se fosse para ser em meio a um baile com dezenas de pessoas em volta, então que fosse.


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