Survival Challenge escrita por Dama das Estrelas


Capítulo 8
Capítulo 8




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Meia-noite. Fora da luz da fogueira do acampamento, não era possível ver mais nada. Nem a luz da lua conseguia iluminar o caminho daquela densa floresta. Os únicos sons que saíam eram de insetos e morcegos que rondavam as árvores, tirando isso, o silêncio era total. Matthew, longe deles, brigava consigo mesmo para manter-se acordado. Se adormecesse, poderia ser fatal para todos, já que ficariam sem segurança.

Já no lugar onde os três (Fred, Daphne e Steve) estavam a ruiva brigava consigo mesma para dormir. Sua única preocupação era seu namorado, que ainda permanecia no repouso. Ela havia deitado ao lado dele, e a todo o momento olhava para seu rosto se não havia nenhuma alteração, temendo que ele estivesse sentido dor. Steve dormia um pouco mais afastado dos dois, ficando de costas para eles.

Ela tocou na mão esquerda dele e a segurou firme. Em seguida virou seus olhos para cima, e depois os fechou.

“Está quase acabando, Fred...”

Matthew ainda permanecia-se incomodado. Não se sentia seguro para sentar e descansar enquanto vigiava. Ele levantava quase todas as vezes e olhava ao seu redor, temendo que estivesse sendo vigado. E era verdade.

Uma figura havia se escondido na mata, ficando lá por horas apenas esperando o momento de atacar. Seus olhos estavam vermelhos de ódio.

De volta ao esconderijo, Steve havia acordado de seu sono. Assim como Daphne, ele tinha dificuldade em dormir. Ele levantou, e afastando-se mais ainda dos dois, ele acendeu um cigarro e começou a fumá-lo.

A ruiva, que novamente abriu os olhos, viu Steve acordado e levantou cuidado para não acordar Fred. O velho, vendo-a se aproximar, estendeu sua caixa de cigarros oferecendo a ela, que recusou.

“Obrigada.” A ruiva falou, olhando para o céu.

Ele balançou a cabeça.

“Não, não me agradeça.”

“Por quê?” ela franziu a sobrancelha rindo “Você salvou a vida dele.”

“A bala pegou de raspão, pude retirar sem muitos problemas, mas, não é por isso...”

Ela olhou para ele mostrando dúvida.

“Tenho de ser sincero. Eu...” ele hesitou. “eu fui pago para levar vocês dois até aqui.”

“E?”

“Apenas isso. Mandaram-me aqui apenas para levar vocês e ir embora.”

“O q-“ A mulher foi interrompida por um barulho alto vindo de fora.

“O que foi isso?” Steve soltou o cigarro rapidamente e pisou nele.

O barulho foi tão alto que fez com que Fred acordasse de seu sono.

“Parece... um tiro!” a ruiva falou olhando em direção a Matthew.

“D-daphne... Daphne!” o loiro acordou assustado, e a ruiva foi rapidamente ao seu encontro.

“Fred! Meu amor, você está bem?”

“Isso... foi um tiro? O que está acontecendo?”

Novamente Daphne olhou para fora. Steve não esperou a detetive e correu para ver o rapaz.

“Não saia daqui. Eu vou ver.”

Os dois finalmente saíram do esconderijo e viram o que estava acontecendo. Matthew, com o joelho direito apoiado no chão. Ele fora atingido.

“Matt!” a ruiva estava prestes a correr para socorrê-lo. Só que o rapaz ergueu sua mão para impedi-la.

E então, ele apareceu. Ficou frente a frente com eles. Era Carlos, que acabara de atirar. Ele estava parado, de pé, com a arma em punho, pronto para disparar novamente.

“Não...” a ruiva olhou chocada para ele, lembrando-se dos acontecimentos horas atrás. Então olhou para o rapaz que tentava se erguer, mas ela temia que Carlos atirasse novamente. E o pior é que ela não carregava qualquer arma, pois havia deixado-a no esconderijo.

“Onde está aquele maldito?” ele se referia a Fred. Se Carlos o achasse, iria matá-lo sem pensar duas vezes, se é que ainda pensava.

A ruiva ficou sem fazer. Ela estava na vista do assassino, e se tentasse se mover para qualquer lado, poderia também ser atingida. A ruiva ficou numa encruzilhada: não poderia ajudar nem Matthew e nem poderia ajudar a si própria.

“Eu vou matar todos vocês...” Carlos começou a andar lentamente em direção a Matthew, que sangrava muito.

“M-matthew...” ela sussurrou.

“Morra, seu-“ Carlos não conseguiu termina de falar.

Um, dois, três. Três disparos vindos de uma arma. A arma que Matthew empunhava emanava fumaça. O rapaz, com toda a força de vontade atirou três vezes contra Carlos, que caiu no chão já morto. Daphne e Steve viram tudo.

“Meu Deus, Matt!” Ela falou correndo para ele. Steve fez o mesmo.

O velho o segurou e o deitou numa posição que pudesse ser atendido.

“Daphne, rápido, pegue minha maleta!”

A ruiva olhou uma última vez para o colega ensanguentado, depois assentiu para Steve e correu para chegar ao esconderijo.

Ao chegar ela notou Fred em pé. A detetive ficou preocupada com ele, e foi até sua direção..

“Fred, não se esforce!” Ela disse segurando-o para que não caísse.

“O que houve, Daphne? Eu ouvi tiros lá fora.”

Daphne olhou para o chão, deixando Fred. Em seguida foi procurar a maleta de Steve.

“Matthew foi atingido.” Ela falou já com a maleta em mãos.

“Matthew? Essa não!”

A ruiva não conseguiu dizer mais nada, e apenas olhando nos olhos do namorado, ela correu ao encontro de Steve.

“Steve!” Ela falou correndo até eles.

O velho olhou para cima vendo que Daphne estava vindo, e olhou para Matthew no chão e continuava a tentar estancar a hemorragia.

“Calma, meu amigo vai ficar tudo bem.” Ele apertou forte a mão do ferido.

“Aqui.” A ruiva chegou com a maleta.

“Abra-a e pegue uma toalha, rápido!” o velho falou para ela.

Daphne assentiu e procurou o item.

“Pressione a ferida com essa toalha para segurar o sangramento.”

Assim que o velho tirou as mãos da ferida dele, Daphne o fez. Matthew havia sido atingido no estômago, e não parava de sangrar. As memórias que viu de Fred de repente retornavam. A mesma cena, o mesmo desespero.

“Vamos, Matt, aguente firme!”

O rapaz olhou o rosto dela e sorriu.

“D-daphne...” Matthew sussurrou.

“Não fale.” Ela falou preocupada.

A situação se repetia se repetia na vida da mulher. Primeiro com Fred, agora com ele.

Steve voltou com alguns objetos para começar o procedimento, só que Matthew mais uma vez ergueu sua voz.

“Daphne...” ele fez um gesto com a mão para ela se aproximar. Ela o fez e o rapaz continuou “você foi a... garota mais incrível... que eu já gostei...”

Daphne arregalou os olhos.

“Fred... tem sorte... de ter... você.”

“Fique quieto, Matthew!” Steve o repreendeu, mas porque estava preocupado com seu estado.

A detetive afastou-se dele para que o homem o operasse, mas ela ainda segurava a mão direita dele. E o rapaz apertava-a firmemente.

O velho rasgou a camisa dele, esterilizou alguns objetos e rasgou sua camisa.

“Matt...” ela falou baixinho “por favor, não morra.”

Então Steve começou.

Daphne não entendia muito que ele estava fazendo, estranhando os métodos que ele usava, que pareciam mais que isso iria piorar a situação.

Dentro do esconderijo, Fred ainda de pé, com toda a dificuldade lutava para caminhar até lá fora. Ele ainda sentia dores, e qualquer esforço físico poderia piorar situação, mas ele sentia que tinha de sair. Então prosseguiu, tocando onde estava sua ferida.

Ao sair, ele viu Daphne e Steve ajoelhados ao lado de uma figura caída. Também viu outro homem no chão, mais longe, e percebeu que já estava morto. Era o homem que quase o matou. Depois notou que o homem caído era Matthew.

Fred olhou horrorizado àquela cena: ele notou o rosto de sua namorada, a emoção que ela tinha ao ficar do lado do rapaz. Então o loiro se aproximou mais.

Ele andou, quase mancando, até eles. Daphne não o viu se aproximar, somente quando ele ficou ao lado dela, tocando em seu ombro.

“Fred?” ela falou assustada ao vê-lo.

“Oh não...” o loiro disse “Matthew...”

“É melhor que vocês se afastem.” O velho falou olhando rapidamente para os dois.

“Mas...” a ruiva indagou.

“Venha, é melhor assim.” Seu namorado a puxou levemente pelo braço.

Os dois ficaram longe de Steve, que dava tudo de si para salvar seu amigo. A ruiva mal conseguia olhar para Fred, que estava do seu lado.

Seu namorado a envolveu num abraço para acalmá-la, o que a fez soltar as lágrimas.

“Eu não devia ter deixá-lo, Fred!” ela falou.

“A culpa não foi sua, querida.” Ele a abraçou forte.

Eles ficaram ali, em pé, observando o que o velho estava fazendo. E passado alguns minutos, ele se levantou e olhou para o casal. Não mostrava um rosto contente. Em seguida balançou a cabeça negativamente.

“Não, Não!”


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