A vida depois do casamento escrita por Costa


Capítulo 7
Passeio escolar


Notas iniciais do capítulo

Mais uma one shot, pessoal.
Espero que gostem. :)



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Agustín tinha acabado de chegar da escola e Omar, como sempre, conferia sua mochila e pegava sua agenda para ver se tinha algum recado. Tamanha surpresa ao encontrar um convite para que seu filho participasse de um passeio ao museu.

–Ele não vai sozinho! -Omar resmunga assim que acaba de ler o bilhete.

–Não vai sozinho? Tá maluco, Omar? -Carol pergunta espantada.

–Olha isso! -Omar diz entregando o papel para Carol que o lê.

–E o que tem?

–O que tem? O que tem? É um passeio escolar para o museu.

–E?

–E o Agustín não vai.

–Por que não?

–Por que ele nunca saiu sozinho, é perigoso. Pode acontecer algo. São poucas pessoas para controlar muitas crianças, uma pode se perder, ser sequestrada, raptada.

–Omar, eu sabia que você era um bom pai, mas assim já é demais.

Na casa dos Mendiola, Fernando tinha a mesma discussão com a Lety.

–Não e não, querida. As crianças não irão nesse passeio. Pode acontecer algo. Há muitas pessoas maldosas nesse mundo. Podem sequestrar-los para fazer maldades, podem querer retirar seus órgãos, qualquer coisa pode acontecer. -Fernando diz irritado.

–Você reclamava de meu pai, Fernando, que ele era muito protetor comigo, mas você está bem pior que ele, não é seu Erasmo Mendiola? -Lety diz rindo.

–Mas, Lety, as crianças nunca saíram sozinhas.

–Não e elas precisam começar a ganhar confiança. Fernando, elas ficarão bem, estarão num museu e sob a supervisão de professores capacitados.

–Não sei não.

–Querido, vamos deixá-las ir. Você verá como ficaram bem. E fora que elas estão super animadas.

–Tá bom, mas se algo acontecer esse será o primeiro e último passeio que eu darei permissão.

Chega o dia do passeio, Lety sai com sua mãe para fazer umas compras e Fernando fica em casa. Assim que as duas saem, ele se arruma e vai até o museu. Não deixaria seus filhos saírem sozinhos, ainda não.

Chegando lá ele logo avista o grupo de crianças sendo guiadas por 3 pessoas. Dentro do grupo Fernando avista seus filhos e afilhado. Ele decide segui-los escondidos.

Enquanto as alegres crianças seguem felizes passeando pelo museu observando as antiguidades, Fernando disfarça e os segue.

Enquanto os segue, Fernando se distrai e esbarra em um homem e o derruba no chão. Ele rapidamente se levanta e se põe a ajudar o senhos que estava estirado de cara no chão.

–Me perdoe, senhor. -Fernando diz o levantando, quando o senhor se vira, ele se dá conta de que é o Omar.

–Fernandinho! -Omar diz assustado.

–Omar! O que faz aqui? Você nunca gostou de museus. -Fernando questiona.

–Ainda não gosto. Acho que detesto mais ainda.

–E o que faz aqui, animal?

–Estou de olho no meu filho. E você, o que faz por aqui?

–O mesmo que você. Estou de olho nos meus filhotes. Por mim eles nem teriam vindo, ainda são muito pequenos, mas a Lety quis deixar.

–Eu também não queria ter deixado o Agustín vir sozinho. Com prazer o teria trago aqui no final de semana, mas a Carol disse que não, que ele tinha que vir com os amiguinhos no passeio da escola.

–Vamos segui-los então, antes que se afastem e sumam da nossa vista.

Fernando e Omar passam o dia se escondendo pelo museu, sempre seguindo as crianças de um lado para o outro. Após quase 4 horas dentro do museu o passeio acaba, mas mesmo assim, Fernando e Omar ainda seguem o ônibus para ver se elas chegaram bem na escola.

Vendo que elas chegaram sãs e salvas, eles decidem correr para suas casas, antes que suas esposas cheguem e não os vejam lá.

Chegando em casa, Fernando corre, se joga no sofá e finge estar dormindo. O pequeno Jiló, que já não era tão pequeno assim, em pouco mais de 1 mês o cachorro havia esticado bastante, corre e começa a lamber Fernando.

–Sai, Jiló! Agora não, depois brinco contigo. A Lety tá chegando, não me denuncie. -Fernando pede tentando afastar o cachorro.

Nesse momento Lety e as crianças chegam. Os pequenos logo correm e se jogam no sofá, em cima de Fernando. Jiló, no entusiasmo, também se junta à bagunça.

–Papai, pai. Vimos muitas coisas legais hoje. -Aurora diz.

–É pai, tinha muita coisa lá. -Marina fala.

–Crianças, quantas vezes tenho que dizer para levarem suas mochilas para o quarto? -Lety pergunta ao ver que eles deixaram tudo jogado no chão.

Eles se desculpam, pegam suas mochilas e sobem para os seus quartos.

–Eles se comportaram bem no museu? -Lety pergunta.

–Como? -Fernando questiona assustado.

–No museu, se comportaram bem?

–E como vou saber? O passeio foi só para eles.

–E vai me dizer que você também não foi? Te conheço, Fernando.

–Tá bom, eu fui, admito. Se comportaram muito bem.

–Viu, bobinho, quantas vezes já te disse para não se preocupar? -Lety diz se sentando ao lado dele no sofá e se alinhando em seus braços.

–Muitas vezes, mas sempre serei esse pai bobão. O seu sexto sentido nunca falha, hein?

–Não foi meu sexto sentido, o nosso afilhado viu você e o Omar lá. -Lety diz rindo.

–O Agustín?

–E temos outro?

–Garoto esperto, não puxou isso do pai.

Na casa da Carol, o Omar fingiu que estava jogando video game quando a Carolina chegou com o Agustín que logo correu para cumprimentar o pai.

–Pai, te vi hoje. -Agustín diz.

–Viu, filhote? Onde?

–No museu.

Omar congela ante o olhar repreensivo de Carol.

–Eu não fui ao museu, filho.

–Foi sim, vi você e o dindo Nando. Por que não foi falar com a gente?

–É que eu só passei rapidamente, não queria atrapalhar o passeio de vocês. -Omar responde sem graça.

–Tá bom, então. Vou ao banheiro. -Agustín diz saindo.

–Se explique. -Carol ordena.

–Me desculpe, meu amor. Só queria ter certeza de que ele ficaria bem.

–Da próxima vez, se escondam melhor. Não é bom para os garotos verem que vocês não tem confiança neles. -Carol diz se sentando ao lado de Omar.

–Isso não vai mais acontecer.

–Eu também fui, pra ser sincera, mas não fiquei o tempo todo, só comprovei que eles estavam bem e se divertindo e voltei para o trabalho.

–Me avise da próxima, adoraria ter espionado junto a você. -Omar diz dando um beijo rápido em Carol.

Tanto Omar quanto Fernando eram dois paranoicos em se tratando das crianças, mas isso os deixava ainda mais fofos para suas esposas, mostrava os bons pais que eram.

Fim.


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Notas finais do capítulo

Desculpem por eventuais erros, mas não consegui revisar. Aqui tá um temporal brabo e tive que encurtar o capítulo para desligar o pc. Se acharem algum erro, avisem, por favor.