Bosta de vida, eu não merecia isso.

É culpa da estrangeira, a tal Merida Shevamdjs (?).

Eu, Merida e o professor do capeta estávamos indo para a coordenação da escola, por causa do tubinho GLS da estrangeira. E o pior, vou ter que encarar aquela bruxa velha da Gothel. -QQ

– Ei tio, o tubo GLS era da Merida ok? eu sou inocente, olha a minha cara, é pura inocência! - falei para o professor, que revirou os olhos. - Tio, nu me ignora!

– Silêncio, senhorita Winter.

Nossa, sua gentileza é surpreendente!

Merida estava com a cabeça abaixada e olhava de esguelha pra mim. Eu fiz um bico irritado pra ela.

– É culpa sua, estrangeira. - murmurei.

– A culpa non ser minha! Eu non sei ler em sua língua! - Ela falou fazendo gestos estranhos para cima. - Elsø, Eu nøn ter culpa, swäntęrkrïtuwanrs!

WATHAFAAAAAAACK GIRLS??? A ESTRANGEIRA FALA ALIENÊS POR ACASO? SERÁ QUE ELA TAMBÉM TEM UM DRAGÃO??!!

Tá, parei.

Entramos naquela sala estranha pra cacete e tinha uma porta com uma plaquinha gravada ''Principal Gothel L.''

Eita pau. Lascou Baía, bitches.

Entramos e a sala era toda escura, com bichos enpalhados e cabeças encolhidas (?). Sai pra lá, satanás, tu num pega em mim não, vai pra Merida!

– Ora ora, o que temos aqui? - ouvi a voz da Gothel. - Senhorita Winter e senhorita Swardesvell.

Ah, o sobrenome dela é Swardesvell! Haha' que legal! Swardesvell, swardesvell, swardesvell.

– Vejo que se meteram em confusão. O professor Pitch me falou que vocês atrapalharam a aula dele. contem seus pontos de vista. Sentem-se.

Eu e Merida nos sentamos e logo eu comecei a falar.

– A Merida não sabe ler direito na nossa língua, ela se confundiu e trocou os ingredientes. Acabou, bye, beijo, um abraço e um queijo. - Levantei e corri até a porta, tentando sair daquela sala de ritual do candomblé da Gothel.

– Volte. - ouvi a voz dela de novo. Parece o demônio chamando os capiroto dele de volta. Credeuspai.

Sentei quietinha na cadeira. Merida tentou novamente explicar a situação.

– Eu confundi os igrredientes da fôrmula e isso causou o tumulto na sala. Pérdon. - o sotaque forte havia sumido um pouco.

– Vejo que voc.....

Gothel foi interrompida por alguém que entrou sem bater na sala. Logo a reconheci. Rapunzel Labrousse, sobrinha da Diretora Gothel.

– Rapunzel, não entre sem bater, estou ocupada. - ela falou. - O que deseja?

– Oi Elsa. - ela sorriu. - Desculpe titia, vim entregar o relatório do campeonato de Animação de torcida que vamos participar daqui a 3 meses. - ela enrolou uma mecha do cabelo loiro enquanto entregava um chumaço de papel da Barbie Girl.

– Ah sim, obrigada minha flor, pode se retirar. - Gothel pegou os papéis e os largou na mesa, em um baque surdo.

– Ah...Tchau. - Ela saiu.

Eu conhecia Rapunzel desde o jardim de infância, mas nunca fomos muito chegadas como ela é de Summer, já que as duas são Cheleeaders. Ela me cumprimenta quando nos esbarramos, mas eu não faço o mesmo, não tenho motivos nem vantagens em fazer isso.

– Continuando, estão sem punição, pois foi um acidente, mas vão ter de limpar a sujeira do laboratório, e aproveite para ajudar Merida a se adaptar a nossa língua, Senhorita Winter.

Me poupa, titia.

– Ah....ahm? - foi a única coisa que saiu.

– Você entendeu? Ajude Merida a aprender inglês. Será recompensada com pontos de qualitativo no final dos semestres.

Ai melhorou, moças.

– Tudo bem. Eu ajudo ela, só não prometo ser boazinha, não é meu forte. - Me rencostei na cadeira.

– Dispensadas. - ela apontou para a porta, e em um movimento inesperado, Merida me puxou e saiu correndo da sala até o jardim.

*

Merida Swardesvell

– Sua diretora é medonha. - Falei para Elsa.

– Eu sei. Já me acostumei, estrangeira. - ela falou sentando na grama. Sentei junto a ela.

– Pode me chamar de Merida? - falei e infelizmente meu sotaque Irlandês puxou.

– Tá bom, oras.

Conheci Elsa por acaso, a algumas horas atrás. E por mais estranho que seja, parece que o destino quer que nós sejamos amigas, por quê, só Deus sabe o que ela pensa. Ela aparenta ter personalidade forte, além de ser um pouco fria e distante. Mas acho que eu vou me dar bem com ela.

– Elsa, me responda algo.- falei. - Quem era a tal Rapunzel?

Ela pareceu pensar um pouco.

– Sobrinha da diretora. Rapunzel Labrousse, a perfeitinha da escola, é uma cheleeader, como minha irmã, Summer.

– Você tem uma irmã? - ela afirmou com a cabeça. - Sorte sua, eu tenho três pirralhos, Hubert, Harris e Hamish.

– Ai, porra. Me mata logo, não suporto nem uma. - ela falou encarando o céu. - imagina três, ainda por cima meninos. Ah...eu já vou. Tchau.

Ela levantou e bateu na saia azul marinho. Antes de ir eu a parei.

– Espera. - puxei um guardanapo do bolso e escrevi meu celular nele. - Toma.

Ela pegou e fez uma careta.

– Seu número? Você não é lésbica ou nada assim, certo? - ela ergueu uma sobrancelha e eu ri.

– Non, non, quero falar com você. - A merda do sotaque voltou. Ê laiá.

– Tchau. - ela não respondeu, simplesmente deu as costas e caminhou até o corredor da escola.

Ela parece ser legal.

*

Elsa Winter

Deixei Merida sozinha nos jardins e fui ver se iria demorar para o sinal bater. Aqui é assim, se você saiu no meio da aula por qualquer motivo - tirando ir beber água e ir ao banheiro. - você só volta no outro horário.

Enquanto andava, percebi que ainda havia algo no meu sapato, desde cedo. Sentei em um banco próximo e notei algo.

O problema era fora do sapato, não dentro.

Havia algo preso no salto do sapato, uma corrente de prata com uma cruz, gravada Frost.

Eu conheço algum Frost? não né? Então tá.

Coloquei a correntinha no pescoço e voltei a andar.

NOTA MENTAL: ACHAR O TAL ''FROST''

Tem certeza que eu não conheço nenhum Frost?

Tá bom, se você diz.