Infame escrita por Apiolho


Capítulo 5
Capítulo 5 - Sou lésbica?


Notas iniciais do capítulo

BOOOOOOOOOOOA NOITE! :3

Tarde né? Só que aqui estou eu, sem sono e com muita vontade de escrever. Tanto que estou postando. Espero que tenha leitores madrugadores, lindos e maravilhosos dispostos a me dar uma opinião sobre o que acharão.

Quero agradecer a karol, Class, Katherine Mikaelson98 por comentar no anterior. Como disse os reviews são ótimos motivadores. Então se tiver tempo manda para mim? Por favoooor!

Obrigada a Ashlley Nagase por favoritar. Maravilhoso ter mais alguém acompanhando, além de colorir a página inicial da minha história.



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Capítulo cinco

Sou lésbica? 

"Nenhum de nós é tão bom juntos quanto todos nós juntos!"

(Tammy Cavalcante, Miss Amazonas - 2011)

 

Não aguento mais esperar!

Mexi no meu celular, li dois capítulos do livro que tinha na mochila e ainda tentei entender a matéria nova de hoje. E a sirigaita ainda não tinha aparecido.

Vê se pode uma coisa dessas?

— Jordan. — chamei-o.

Quando me fitou percebi o quanto estava bonito com aquele penteado desgrenhado, os olhos parecendo mais vivos do que quando o vi pela última vez e até que ficava bem naquele uniforme. Mas isso não quer dizer que estou apaixonada por ele.

— Está falando comigo? — parecia perplexo com o que ouvia.

O rosto parecia ficar mais vermelho a cada instante.

— Por acaso ainda gosta de mim? — fui direta!

Até esqueci o que ia perguntar antes.

— Confesso que demorei muito para te tirar da cabeça, cheguei a chorar semanas por tua causa...

— Por favor, pare com esse discurso de gay enrustido e me responda logo. — interrompi-o.

— Só que depois me recuperei, tanto que nem lembrava mais de ti.

O quê? É um belo de um mentiroso, isso sim.

— A tá, e o que foi aquela cara assustada quando me viu? E ainda disse o meu nome. Conta outra, que você ainda sabe quem sou! — já comecei a discutir.

— Amie, você é sim uma pessoa muito linda, estonteante, mas não é a única no mundo tá? Anabelle Stuart me ajudou no momento que mais precisava e eu estou gostando dela agora. Então vê se esquece que um dia me declarei para ti e fui rejeitado.

— Então trate de espalhar isso pela escola, porque até hoje me olham torto pelo que ocorreu. Esses dias ainda ouvi seu nome junto com o meu sendo citado na sala de aula. — rebati.

— Só tem um detalhe: A Belle não sabe dos meus sentimentos. — encostava as mãos atrás da cabeça e dava um sorriso amarelo em minha direção.

— E o que tem? Deixa de ser frouxo e conta para ela de uma vez. — aconselhei.

— É porque infelizmente não poderei te ajudar. E fala como se fosse fácil. Da última vez que fiz isso tive de mudar de escola. Lembra?

E tudo volta para essa história medíocre e entediante.

— Se me disse para deixar esse assunto de lado, por que não faz o mesmo? As pessoas são diferentes uma da outra, e isso também inclui nós duas.

Até que sou boa nesse lance de solucionar problemas não?

— Mas não consigo nem olhá-la direito.

— Se não falar eu farei por ti! — exclamei.

— Isso nunca. — até se assustou.

— Então será agora? — quis saber.

— Não, tem de ser em um momento especial! — declarou.

Rolei os olhos ao ouvir aquilo.

— O importante não é fazer serenata, cartas de amor, mas sim o que sentem. Se ela te considera como amigo nem adianta gastar dinheiro para se declarar se será rejeitado. — comentei.

— É porque você nunca amou, se tivesse se apaixonado algum dia saberia que... Belle! — não vai continuar?

Pelos olhos brilhando e a maneira que mirava o interior do colégio tinha a certeza que tinha finalmente chegado. Virei-me tão rápido que praticamente entontei.

Senti uma dor no meu nariz.

Não, não, não.

— O que está olhando?

Repreendi o garoto por ficar me fitando de maneira preocupada.

— Está sangrando. — sussurrou ao apontar para meu rosto.

Quando encostei onde sentia arder notei que realmente estava escorrendo algo de lá.

Será que foi por vê-la? Por acaso sou lésbica?

Analisei-a por um instante enquanto colocava a mão lá para que não manchasse a minha roupa, mesmo que me desse agonia esse ato. Notei por fim que sua aparência não era incrível, mas tinha corpo — assim como as outras.

— Não é nada. — disse.

Enquanto a menina ainda se encontrava parada e me fulminando com o olhar. Isso porque o Jordan me entregou o pano que ele tinha em mãos e tratava de me ajudar de todas as maneiras possíveis.

Ainda bem que era só uma hemorragia e não uma possível atração por mulheres.

— Dá seu telefone? — perguntei do nada.

Resolvi brincar para ver se o que a outra sentia era ciúme.

— Claro. — respondeu.

Será que entendeu o meu plano.

Anotou em uma parte da folha do seu caderno do homem aranha e me entregou aquele conjunto de números. Pisquei para ele ao dar o meu enquanto marcava o papel com um beijo e me direcionei a Stuart.

— Demorou demais não? Se tivesse chegado mais tarde já teria o roubado de ti.

Pareceu me ignorar ao virar a face para o garoto.

— Essa é a Amie Young que tanto falava? — parecia irritada.

Batia o pé no chão direto ao esperar a sua resposta.

— É... — o tom baixo.

— E por que está com ela? Quer sofrer tudo de novo é? — repreendeu-o.

Por favor, que minha boca fique calada!

— Foi coincidência. — tentou explicar.

— E mesmo se não fosse ele é solteiro e eu também. Faz anos desde que aquilo ocorreu e não há problema em estarmos nos falando. Você que é tão insegura que está vendo coisas onde não tem. — retruquei.

Sabia que eu não ia conseguia ficar sem dizer nada.

E já me cansado dessa conversa segui em direção ao outro lado da rua e sentei-me na mesa da lanchonete. Quando eu saia daqui sempre via uma multidão de alunos nesse local, seja para rir com os amigos, comer ou apenas para usar a internet.

E eu? Vim para fazer os dois últimos.

— O que está fazendo aqui?

Por acaso eu mereço.

— Vim tomar um café. — respondi.

— E por que está matando aula? Volta já lá!

Sim, fui pega justo pelo guarda.

— Dê um desconto. — implorei.

— Não! — ele sabia ser mais grosso que eu.

Sem falar do seu tamanho.

— Mas agora é aula de educação física.

— Então melhor correr, senão o lugar que estará é na diretoria e não na quadra.

Minha vontade era de esganá-lo.

— Não quero. — contrariei.

— Eu vi o que fez, então trate de sair logo daqui antes que não seja punida apenas por ter matado aula. — tanto sua voz quanto a expressão se tornaram sombrias nessa hora.

Ele sabe que eu dei um tapa no covarde do Joshua e depois espanquei a vadia da Lindsay. Só que eles bem mereciam, então não é minha culpa.

— Quem foi o idiota que contou? — rosnei.

— Disse que eu presenciei tudo ou está surda? Vá logo antes que eu perca a paciência e eu mesmo te dê uns dias de suspensão! — que cara mais sem coração.

— Só irei porque essa lanchonete nem é tão boa assim.

Eu que não ia admitir que fui vencida.

Enquanto caminhava para dentro da escola peguei novamente aquele pano que o ex galã da escola me deu e tentei limpar o meu nariz ao sentir o sangue escorrendo novamente.

No mesmo instante os vi em um lugar quase escondido, tão próximos que pareciam que iam se beijar. Só que descobri que não ao vê-lo me encarar, para depois digitar algo no celular.

“Está melhor?” — Jordan.

Sabia que era ele por notar ser o mesmo número que tinha recebido dele.

“Ficarei. E se declare já!” — Amie.

Meu primeiro contato de um menino foi justo para causar ciúmes em outra garota? Só poderia ter algum dessa forma mesmo — o que é muito cômico.

“Estou com medo dela me rejeitar.” — Jordan.

O que estão fazendo que está me respondendo tão rápido? Se alguém estivesse comigo e não estivesse prestando atenção atenção em mim por conta disso o aparelho já estaria em mil pedaços agora.

“Entenda uma coisa: Ela já está tão na sua, então pare de ficar conversando comigo e aproveite o tempo que tem ao seu lado” — Amie.

Rolei os olhos ao perceber que eu tinha de fazer tudo para ele.

— Onde estava? — questionou ao sentar perto de mim na arquibancada.

Era o Joshua, Josh, Jo. Como quiserem.

— Antes não sei, mas agora com certeza é no inferno. Por que não me deixa em paz e vai andar com seus “amigos”? — fiz aspas na palavra final.

— Eles não estão aqui. — declarou.

Olhei ao redor e percebi que realmente ninguém estava aqui.

— Aconteceu algo? Alguém veio aqui matou todos e só você sobreviveu? O terrorista por acaso ainda está aqui? — desesperei-me.

Não sei se estou com sorte ou azar.

— É porque o professor ainda não chegou.

— Mais outro vagabundo dando aula? Que saco! — sussurrei.

— Pensei que ia gostar dessa notícia. — parecia surpreso.

— Eu não voltei a força por conta do segurança para fazer nada. — bufei.

— Ele te pegou?

— Por acaso quer saber a história toda é?

— Não precisa me contar se quiser.

— Pois eu não ia mesmo.

Pareceu dar de ombros e continuou ao meu lado.

Isso durou até a primeira pessoa entrar, porque a partir daí ele disfarçou e se distanciou de mim rapidamente. Quando todo mundo chegou o educador avisou que a aula seria ao ar livre.

Que beleza não? Agora além de ter que usar aquele shorts minúsculo e uma regata apertada, ainda tinha de ficar mostrando ela por ai?

— Olha que gata! — gritou um da nossa sala.

— A Valerie do segundo ano?

— Essa mesmo. — praticamente babou ao dizer.

Olhei para a garota e percebi que só tinha a ouvido no banheiro masculino e nem a vi ainda. Assim como as outras da lista seu rosto não tinha nada demais, mas seu corpo era bonito.

— Hoje será queimada. — avisou o professor.

Merda, merda, merda!

Já viu que a minha felicidade é imensa em saber que colecionarei mais hematomas, além do que adquiri quando cai de cara no chão, não é? E sabe o que resultou disso? Nada, não sofri um arranhão, não me machuquei ao ponto de um garanhão vir me salvar e ficar comigo na enfermaria o tempo todo e ainda acertei em algumas patricinhas, da qual estavam do lado contrário e torciam para saírem logo.

Estava toda suada e senti-me aliviada quando fomos liberados para ir embora, só que não antes de tomar um banho demorado. E o ruim disso era ter de brigar para entrar antes de alguém no chuveiro — porque apenas tinham dois.

E ao sair com os cabelos molhados em direção a saída da quadra notei que tinha uma mensagem me esperando para ser lida.

“Ela me deu um tapa!” — Jordan.

O quê?

“Motivo?”— Amie.

Quando o aparelho apitou de novo não consegui vê-la, até porque um ser pegou-o de minha mãe antes disso.

— Devolve! — praticamente gritei.

Óbvio que quem estava comigo era o que pagava para ter companhia. Ou seja, uma farsa.

— Isso é por ter olhado o meu celular ontem.

— Você...

— Jordan? Só tem ele e sua mãe como contato? — olhou-me após terminar a frase.

— E o que tem? — dei de ombros.

— Não é aquele que todos dizem que você o rejeitou? Aquele que teve até de mudar de escola por tua causa?

Os boatos voam em?

— Faz tempo que isso ocorreu. — devolvi.

— Então é verdade? E por que o tem no celular? Por acaso são amigos?

Fiquei em silêncio.

— Sabe que me surpreende? Por tudo que me falavam sempre pensei que gostava de ser solitária.

— E é. — respondi rapidamente.

— Por um segundo achei que no fundo queria ter uma amizade, só que você nunca ia querer isso não é? Porque para ti ninguém é bom o suficiente. — parecia irritado.

— Garoto, por enquanto eu prefiro mesmo é ficar sozinha a continuar conversando com um idiota como você! — exclamei.

Peguei o meu celular de suas mãos em fúria e segui em direção a casa. Quem é ele para ficar falando isso de mim em? Tirando conclusões sem nem me conhecer direito.

Deve ser isso o que Charlotte sentia quando a julgava.

Só que não sou como ela, e isso quer dizer que nada disso me afetará.

“Por estar falando contigo. O que eu faço? Me ajuda!” — Jordan.

Deixei de lado e resolvi por realmente não ficar dando conselhos para quem nem é meu amigo. Deletei seu número dali e resolvi por dormir antes que minha mãe viesse com mais um plano sem noção dela.


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Notas finais do capítulo

E aaaai?

Imagem não é minha. Se tiver erros de português sorry.

Reviews ou recomendações? Bem-vindos demais! Cara, começar uma fanfic e receber realmente é emocionamente demais, ainda mais para me fazer melhor. Então faça isso para uma autora iniciante? Por favor.

Até a próxima. :*



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