Alma e Coração escrita por Roberto_Luna696


Capítulo 15
Eu te perdôo


Notas iniciais do capítulo

revelações =o



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Glen foi para a sala de cirurgia. O tempo foi passando, Zach ficava mais ansioso a cada segundo. Os minutos pareciam horas. Jackie, Grace, Matt e Diane também estavam tensos.
O pai de Glen podia chegar a qualquer hora. Quem poderia imaginar. O pai de Glen nunca notou seu filho. Perdia seu tempo trabalhando, sem notar que durante êsse tempo Glen crescia, mudava. Michael Andrews tinha a chance de recomeçar se Glen sobrevivesse. Podia começar do zero. Conhecer a pessôa incrível que Deus colocara na sua vida.
Jackie estava a rezar. Nunca falou com ninguém naquela casa. Glen se mostrava mais companheiro que seus próprios netos. Dêsde que Glen, naquela casa, se estabeleceu, Jackie nunca mais se sentiu só.
Grace se encarregava de pesquisar sôbre as chances de uma cirurgia como essa dar certo. Ela fez questão de pedir para o colégio que dessem à Glen, a oportunidade de recuperar o tempo escolar perdido. Seu pedido foi concedido. Glen faria a recuperação e em seguida, uma prova.
Quando a cirurgia terminou, já era de madrugada. Glen foi levado para um quarto especial. Quando chegou, ainda estava desacordado. Havia flôres em tôdas as mesas. Mandadas por todos que tiveram a oportunidade de conhecê-lo. De ver como êle era gentil, amável e como irradiava alegria. Vinham da Europa, no internato onde estudara; da Argentina, onde fez amigos enquanto viajava e dava uma volta; do asilo onde fez trabalho comunitário e de muitas outras partes do mundo.
Além das flôres, no quarto, estava seu pai. Quando colocaram Glen na cama, Michael posicionou sua mão na testa do filho:
- Meu filho. Como pude deixar isso acontecer? Como pude perder tôdas estas vêzes que você ajudou os outros? E como? Porque sou um idiota trabalhando dia e noite, para chegar a lugar nenhum. E assim, acabei me esquecendo de ser pai. Você cresceu. Está mais bonito. Mas de agora em diante, estarei em casa. Ficarei do seu lado quando precisar. Vou lhe consolar quando estiver triste. E ficarei feliz, por lhe ver sorrir.
Zach abriu a porta lentamente:
- Senhor Andrews, posso falar com o senhor por um instante?
- E você é?
- Zach. Sou filho da advogada que trabalhava para seu filho.
- Ah! Filho da drª. Clark. Uma que Glen me pediu para assinar uma carta de recomendação?
- Essa mesma.
- Pode falar.
- Bom... Eu não sei por onde começar. Quero explicar tôda minha relação com seu filho.
- Claro, sente-se.
Ao se sentarem, Zach continuou:
- Isso pode soar estranho, mas eu comecei a desenvolver sentimentos pelo Glen. No comêço, eu neguei qualquer tipo de envolvimento. Sabe... Eu sempre gostei de garotas... Nunca pensei que Glen fizesse o que fez em mim. Nosso encontro começou porque apostei com meus colegas que tirava dois mil dólares dêle e...
- O quê? Como ousa? – perguntou Michael horrorizado.
- Calma. Espere eu terminar. Se conseguisse, ganharia uma coleção de revistas. Com o tempo, fui me esquecendo da aposta. Até que um dia, êle descobriu e não o vi mais. Como o senhor sabe, êle foi testemunha de um assassinato e acabou indo para minha casa. Lá, eu recusei qualquer contato que êle tentava estabelecer. Uma noite, eu acabei perdendo a noção do que fazia, e o beijei. Tudo que eu sentia, tinha se demonstrado.
As feições de Michael se fecharam:
- Por favor, escute. Depois disso, eu voltei a ignorá-lo. Negava qualquer tipo de envolvimento. Acabei magoando-o, porque não achei que êle sentiria o mêsmo. Mas minha mãe desmentiu essa minha idéia. Êle confessou para ela que me amava. Mas quando me dei por si, êle tinha fugido. Agora, fiquei sabendo dessa tragédia e fiquei sem palavras. Vejo que errei. Admito que gosto, amo Glen Andrews. Quem me dera saber disso um dia antes dêle fugir.
- Por quê? O que você fez?
- Fiz um cabaré de moradia. Peguei a primeira menina que me apareceu e fui para a cama com ela.
- Então você dormiu com uma vagabunda? Como acha que Glen reagiria quando acordar? Isto é, SE acordar?
- Por isso vim aqui lhe pedir, lhe suplicar... – Zach ajoelhou. – Que não afaste Glen de mim. Estou dispôsto a me reconciliar com êle. Tentar explicar p’rá êle que o que eu fiz não importa. O que importa é que o amo.
- Não vou fazer nada. Glen decidirá. Preciso acabar de me instalar na minha casa. Com licença.
Michael saiu. Zach estava às sós com Glen. Aproximou-se do lado da cama. Começou a falar:
- Por que você tinha que aparecer na minha vida? Com êsses seus olhos que tiram a atenção de qualquer um. Com êsse cabêlo radiante como o sol. Com êsse sorriso que fazia com que a vida parasse... E agora está aí. Dormindo em sono profundo Sonhando, espero, comigo. Pode acordar a qualquer minuto. E, enquanto isso, uma ânsia de como você me verá depois. Se vai me recusar, me amar... Não sei. Queria tanto ouvir dêsses lábios: “Eu te perdôo”. E assim podermos viver felizes.
Nessa hora, Zach começou a chorar:
- Mas talvêz você não queira me ver de nôvo. E tem tôda razão de me rejeitar. Todo êsse tempo que podíamos nos amar, tive mêdo. Porque meu orgulho não via que te quero demais...
Zach levou seus lábios para perto dos de Glen. Acabou selando-os num beijo cheio de emoção por parte de Zach. Tôda a energia eu Zach tinha no momento se transferiu para Glen. Glen não merecia estar ali. Não merecia sofrer.
Zach separou de Glen e se dirigiu para a porta. Deu uma última olhada e saiu. Sua mãe, sua avó e sua irmã o esperavam. Notaram os olhos inchados de Zach, mas não perguntaram nada. Tinham escola no dia seguinte. E tinham que tentar descansar do choque, mêsmo parecendo impossível...

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Notas finais do capítulo

E agora? Que fazer?



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