Verdade ou Desafio 2 ! escrita por L B CULLEN
.o.Firewisky.
Coçou a cabeça e entrou no Salão Principal com a boca escancarada num bocejo. Seus cabelos estavam espetados, parecia que tinha visto um dragão ou algum fantasma, se bem que fantasmas não eram difíceis de encontrar. Ainda mais em Hogwarts.
-Bom-dia, rapazes. – disse Lily com os olhos quase fechados. Jogou-se ao lado do primeiro que viu e deitou a cabeça em seu ombro.
-Bom-dia, Lily.
-Viu o que dá ficar perambulando à noite? – respondeu James.
-Eu tava... com fome. – falou entre um bocejo e outro.
-Epa! – riu Sirius. – O que houve para a senhorita ficar pelos corredores? Foi... – foi interrompido por um ronco.
-Por isso. – apontou para a barriga. – Fome. – levantou a cabeça. – Cadê as garotas?
-Não sei, você dormem no mesmo dormitório, não? – alfinetou Remus.
-Acho que sim. – resmungou. – Mas quando acordei hoje elas não estavam lá.
-Devem ter ido a qualquer lugar.
-Por mim, a namorada é de vocês. – deu de ombros. Bocejou de novo. Coçou os olhos. – Hoje é sábado?
-É. – respondeu James.
-Até por que se não fosse você estaria correndo em um desses corredores por estar muito atrasada.
-Verdade. – olhou para eles. – Estão fazendo o que?
-Nada.
-Atrapalhei algo?
-Não.
-Hum.
-Então, Lily, o que pensa em fazer nesse sábado? – perguntou Sirius.
-Dormir. – deitou-se no ombro do rapaz novamente. – Pára de mexer. – resmungou.
-Por que você não vai para seu quarto? – perguntou Remus.
-Por que está muito vazio. – continuou resmungando de olhos fechados.
-Mas quando queremos dormir, queremos silêncio, não?
-Mas eu não quero um silêncio silencioso. Eu quero um silêncio... calmo. Deu pra entender?
-Não. – riu.
-Eu entendi. – adiantou-se Remus. – ela quer dormir, mas ela quer que alguém fique na companhia dele, sabe?
-Ela não quer ficar no quarto sozinha. – resumiu James.
-Ah. – compreendeu Sirius.
-Que horas?
-13:46. – falou Remus.
-Já? – despertou um pouco. Levantou a cabeça e bocejou novamente. – Legal. – deixou a cabeça cair para o outro lado.
-Você esta bem folgada hoje, não? – perguntou James.
-Hum... – resmungou.
-E só sabe resmungar.
-Por que não vamos ao campo de quadribol? – perguntou Sirius.
-Por que é 13:46, eu estou com sono. Se eu me levantar eu caio. – respondeu Lily.
-Vamos, Lily. – insistiu Sirius.
-Não gosto de Quadribol. – bocejou.
-Então o que você vai fazer?
-Eu preciso de um namorado. – resmungou abrindo os olhos. Os meninos arregalaram os olhos. – O que?
-Você não precisa de um namorado. – grunhiu Remus.
-Preciso. Estou sozinha, encalhada, com sono, com fome, não sei jogar Quadribol, não sei onde estão minhas amigas. Resultado: estou na merda. Acho que vou colocar um anúncio: Precisa-se de namorado. Se eu não encontrar ninguém.
-Você não está sozinha, tem a mim. – falou Sirius.
-Você tem a Lene. – bufou. – Quer saber, vou arranjar um namorado bonito, cavalheiro, educado e...
-Inocente? – ironizou James.
-Sim, inocente.
-Tá, então, enquanto ainda não fabricam esse homem, vamos para o campo.
-Pra que? Pra eu ficar sentada igual uma pateta vendo você voarem? – fez uma careta.
-Pode ser. – riu Sirius. – Vem. – Saiu puxando a menina.
-Chocolate?
-Confere.
- Mashmellow?
-Confere.
-Nozes?
-Confere.
-Brigadeiro?
-Confere.
- Chantilly?
-Confere.
-Música?
-Confere.
-Bolas?
-Confere.
-Lista de pessoas?
-Confere.
-Ovos?
-Confere.
-Leite?
-Confere.
-Farinha?
-Confere.
-Dormitório?
-Confere.
-Campo de quadribol?
Olharam pela janela e viram Lily com os rapazes no jardim, indo para o campo.
-Confere. – falaram juntas sorrindo.
-Eu não quero. – resmungou Lily pendurada no ombro de Sirius.
-Já estamos chegando.
-Puf! Ainda bem que eu tenho direito de escolha. – cruzou os braços. – Sirius?
-Oi?
-O que você faz pra ter uma bunda desse tamanho? – comentou inocentemente.
-Bundão, hein Sirus? – riu James apertando a bunda do amigo enquanto Remus gargalhava.
-Não, Jay! – gritou Lily. – Só a Lene que pode. – reclamou como uma criança que tem ciúmes. – Mas você também tem bundão ta. – riu.
-Que conversa mais construtiva. – resmungou Remus.
-Me coloca no chão. – a ruiva esperneou.
-Já chegamos. – abaixou-se e a colocou no chão.
Estavam em frente ao vestiário. Entraram. Era parecido com um vestiário trouxa, a não ser pelo fato de ter armário e cadeiras suficientes apenas para o time. Sirius foi até um pequeno armário que havia ali e tirou 3 vassouras.
-Vai querer? – perguntou para Lily.
-Não, vou ficar só olhando mesmo. – respondeu. – Vou me sentar na arquibancada, ok? – saiu do vestiário.
-Por que você simplesmente não fala para ele o que a Kelly fez, Chris?
-Por que eu quero ver a Evans se virar sozinha. – o olhou. – Joseph, você não realmente acha que ela vai ficar quieta, né? Não viu como ela chegou à escola depois das férias?
-Bom, ela não está normal.
-Ela percebeu que gosta do Potter. Quero só ver quando ela começar a tentar tirar o Potter dela.
-A outra vai ficar louca.
-Ela vai ficar histérica. – riu.
-NÃO!
-O QUE?!
-Não é agora que coloca. – resmungou.
-Primeiro você coloca a quantidade de farinha certa, depois o leite e os ovos.
-Ah, ta. Se você sabe, por que não está aqui?
-Por que eu estou enfeitando, ok?
-Ok, ok!
-Agora meche. NÃO!
-O QUE?
-Não é para mexer com a varinha, até por que vai sujar e vai soltar faísca, criatura.
-Com o que então?
-Com a mão. – disse como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.
Lily, deitada na arquibancada, viu Remus e Sirius apostando corrida. James vinha em sua direção.
-Com sono ainda? – perguntou, enquanto saía da vassoura e se sentava ao lado da menina.
-Só um pouquinho. – respondeu, se levantando e se ajeitando. Aproximou-se mais dele. – Eu queria te falar sobre o que aconteceu ontem. Quer dizer... O que eu queria falar, mas ai a toqui... A Kelly chegou e... Bem, não deu para falar.
-Bom, pode falar.
-Queria te pedir desculpas. Pelas coisas que te disse, que te fiz passar. Eu percebi que ninguém merece o que eu fiz, principalmente você. Parei para pensar em tudo o que aconteceu durante esse tempo todo. A nossa briga, a morte dos meus pais. E agora minha vida sozinha.
-Você nunca vai estar sozinha, eu vou estar aqui. – levantou o rosto dela pelo queixo. – Você tem amigos.
-Eu não... Olha eu vou ser muito sincera com você, do mesmo modo que você sempre foi para mim, ta bem.
-Ok.
-Eu te amo. – o garoto ficou ligeiramente assustado. – Não importa o que diga vou continuar te amando. Você fez todas aquelas coisas, sabe: flores, chocolates, foi legal comigo. Aquele negócio de bagunçar os cabelos, eu não odeio, eu acho que você fica mais bonito ainda. – ele abriu a boca, mas ela levantou a mão para que ele parasse. – Não precisa falar nada, ok? Verdade, você tem namorada, com certeza a ama e eu não quero interferir nisso, mas não me peça para desistir de você. Você lutou por mim, agora é minha vez.
Ela levantou-se e foi em direção ao castelo.
-O que você fez? – Sirius gritou. – Ah, Lene vai me matar.
Sirius deu um forte impulso na vassoura e foi até uma das janelas de uma das torres mais altas de Hogwarts.
-E aí?
-Ta chegando.
-CHEGANDO?! COMO ASSIM?! NÃO PODE!
-SE ACALMA!
-TO CALMA.
-Respira! Isso! Mais calma?
-Uhum.
-Agora nós vamos ter que usar magia.
-Bem melhor.
-Mas anda logo, que ela já está vindo.
Lily subiu as escadas do dormitório. Colocou a mão na maçaneta e girou.
Nada.
Tentou novamente.
Nada.
Bateu.
-Tem alguém aí?
-Lily! – pareceu alarmada.
-É. Lene, abre a porta.
-Espera um minuto.
-Ok!
Lily se escorou a cabeça na porta e suspirou.
“Ela vai escutar idiota”, “Aí não! Ali.”, escutou sussurros.
Um barulho muito alto se fez ouvir.
-Está tudo bem? – perguntou preocupada.
-Ah... Sim, er... Não se preocupe.
-Então abre a porta.
-To indo.
Escutou o trinco girar assim como a porta abrir. O quarto estava muito escuro.
-Pra que essa escuridão, Lene? – retirou a varinha do bolso. – Vou ligar a luz. – anunciou. – Espero que não esteja nua. – com um aceno de varinha as luzes se acenderam.
-SURPRESA!
Lily arregalou os olhos de tão assustada que ficou. No quarto se encontravam Marlene, Annabelle, Remus, Sirius e James. O quarto esta repleto de bexigas coloridas, o chão, principalmente. Perto de seu criado-mudo havia uma pequena mesa cheia de brigadeiros, balas e um bolo.
-Fui eu que fiz. – falou Lene orgulhosa. – Com minhas mãos, literalmente.
-Deve estar ótimo. - falou emocionada. – Cara, eu nem tinha lembrado. Valeu mesmo pessoal.
Abraçou um de cada vez e se aproximou da mesa do bolo. Logo estavam cantando “Parabéns” para a ruiva que estava entre o riso, o choro e a vergonha. Por fim cortou um pedaço do bolo e o examinou.
-Pra quem vai o primeiro pedaço?- perguntou mais para si do que para alguém que estivesse na sala. – Sem dúvida ele iria para meus pais. – suspirou. – Mas, por motivo de força maior, eles não estão aqui. – olhou para o grupo a frente. – Para o Sirius não vai, porque a bunda dele é melhor que a minha. Lene, você viu a bunda dele?
-Eu vi? Você apertou?
-Não. Posso?
-Hei! Dá pra parar? Eu ainda estou aqui!
-Ok, ok, desculpa. Realmente, não sei. Eu daria para o Remus por ele ter tomado vergonha na cara e ter começado a namorar. Daria para a Lene, assim como para a Belle, por serem minhas melhores amigas e por terem conseguido fisgar os meninos mais difíceis que já vi. Mas acho que vou dar para o James. – o olhou. – Como forma de desculpa por qualquer coisa que eu tenha feito ou falado. – estendeu o pedaço de bolo. – É seu. – sorriu.
James foi até ela e lhe deu um abraço apertado.
-Obrigada. – lhe deu um beijo no rosto.
-De nada. – abaixou o rosto, um pouco envergonhada.
-Vem, Lily, quero lhe entregar meu presente. – chamou Lene.
A morena foi até o armário e tirou uma sacola rosa que estava entre as roupas.
-Eu achei sua cara. – entregou-lhe.
A ruiva sentou-se em sua cama. E olhou em volta. As meninas estavam jogadas em sua cama, mas os rapazes estavam parados.
-Vocês vão ficar em pé igual poste? Senta aí, gente, sem problema. – falou Lily, logo eles estavam sentados, ou na cama de Lene ou na de Belle.
-Agora abre. – pediu Marlene.
Ao abriu a sacola, Lily viu uma caixa lilás com o seu nome escrito em branco com uma sombra rosa. Ao abrir a caixa e viu um frasco de perfume.
-Você sabe que seu nome significa lírio, certo? Então eu comprei, já que, além do seu nome, tem seu cheiro. De lírio, mesmo. – Lily borrifou um pouco em seu pulso e sentiu o aroma.
-Hum... Muito cheiroso. Valeu! – abraçou a amiga.
-Minha vez. – falou Belle.
Em pouco tempo ela viu todos os presente. De Belle ela ganhou um vestido, de Sirius um ursinho de pelúcia, de Remus um livro sobre DCAT e de James uma caixa de bombons.
-Obrigada, pessoal. Eu realmente gostei e esse dia teria passado em branco, porque nem eu lembrei.
-Sem discurso, Lily, querida. – interrompeu Belle. – Temos uma surpresinha para você.
E tirou de baixo da cama uma caixa com 5 garrafas de Firewisky.
-O que? – exclamou. – Meu Merlin! Vocês são loucas por terem trazido isso para cá? Se McGonnagal descobre estamos mortas.
-Sem preocupações hoje, ok? – pediu Sirius. – E, como hoje é seu dia, você vai dar o primeiro gole.
-Eu não sou acostumada a beber. – explicou. – Se eu tomar um gole vou ficar bêbada e vocês não vão me querer bêbada.
-Eu cuido de você.
-Ta. – falou sem acreditar. – Acho melhor não. Divirtam-se. – falou colocando um brigadeiro na boca e se sentando em sua cama.
-Se quiser, pode beber. – disse James. O rapaz se sentou ao pé da cama de Lily, no chão. Então a menina sentou-se a seu lado. – Eu posso ficar te vigiando.
-Não, acho melhor não. Eu sou chata normalmente, imagina bêbada. – riu. – Não vai ser um coisa boa de se ver. – pegou outro brigadeiro. – Isso ta bom, quer? – ofereceu.
-Quero, sou viciado em brigadeiro. – falou colocando um na boca também.
-Somos dois. E os da Lene são os melhores.
-Toma, James. – Sirius entregou um copo com a bebida.
-Ele vai ser o primeiro a ficar bêbado. – falou enquanto tomava um pouco do líquido. – Quer? – ofereceu.
-Não.
-Só um gole. Não estou de induzindo a fazer nada, mas só experimenta.
-Ok. Não pode haver mal, né? – pegou o copo, tomou um gole e fez um careta. – Eca! Me queimou a garganta. – falou tossindo.
-É assim mesmo, mas o gosto fica bom depois. – riu.
-Ok, me dá mais um pouco. – pegou o copo novamente e tomou um gole maior.
-Ei! Vai com calma.
-Agora que não sinto mais nada? – com a varinha a menina convocou uma bandeja cheia de brigadeiros e colocou em cima da cama. – Assim não precisa ficar levantando.
Em um canto estavam Sirius, Lene, Belle e Remus conversando e namorando.
-A Lily ta bêbada. – comentou Lene rindo.
-Deixa a menina. – brigou Belle. – Ela nunca tomou um porre?
-Nunca. Ela nunca foi de beber.
-Para tudo tem a primeira vez, não? – falou Sirius olhando para a ruiva que estava deitando a cabeça no colo de James. – Aposto 1 galeão que ela agarra o James.
-Eu não duvido. – falou Remus rindo. Logo virou-se para Belle e sussurrou algo em seu ouvido.
-Já é. – riu, levantando-se com a ajuda do namorado. – Com licença, vou pegar um pouco de ar.
-Rá! Você vai ficar sem ar. – falou Sirius. – Vamos também?
-Vamos. – levantou-se – Hei! – chamou Lene. – Juízo vocês dois, hein? James, cuida dela.
-Pode deixar.
Remus e Sirius subiram nas vassouras que havia no canto do quarto e saíram com suas namoradas pela janela.
-Então foi assim que vocês entraram?
-Foi. Até por que nós não poderíamos subir pelas escadas.
-Seria legal ver vocês rolando pela escada. – riu exageradamente.
-Você ta bêbada.
-Eu não estou bêbada. – falou se levantando. – Eu quero mais. – pediu esticando a mão para o copo de firewisky.
-Não mesmo. – falou esticando.
A menina bufou e tentou se levantar do chão. Apoiou-se na cama e quase caiu, mas James a segurou. Ambos se levantaram, Lily com a ajuda de James, claro.
-Você está bêbada.
-Se eu te beijasse você continuaria me achando bêbada? – falou o olhando com extrema atenção.
-Sim, mas você não deve.
-Eu não me importo, eu estou bêbada mesmo. – ela deu de ombros.
-Mesmo assim. – falou. – Você deve ter consciência de que isso é errado.
-Seria errado se você me beijasse. Não ao contrário, já que eu não tenho namorado. Se bem que eu teria se eu não fosse burra.
-Você não é burra.
-Sou sim. – virou e vasculhou o quarto com o olhar. – Não tente me fazer mudar de idéia. Achei! – abaixou-se tirou uma garrafa de firewisky de baixo da cama.
-Lily, chega! – ele tentou tomar a garrafa, mas a ruiva impediu.
-Não! Estou no meu quarto com minha garrafa de firewisky e eu tenho certeza de que nada vai acontecer comigo. – abriu a garrafa e tomou vários goles sem nem ao menos tirar a boca para tomar ar.
-Ai, Meu Merlin!
Minutos depois
-Ai, eu recebo a noticia de que meus pais morreram. – bebeu mais um grande gole. – Lindo, não?
Lily estava em sua segunda garrafa, James apenas a vigiava, afinal, quando tentara retirá-la da ruiva levara uma boa mordida.
-O melhor é que eu me descubro apaixonada. – bufou. – Tanto faz. – levantou-se do chão, mas acabou cambaleando.
-Chega, ruiva. – a menina o olhou.
-Senti saudades. Saudades de você me chamar assim. – falou se colocando de pé de vez.
-Você tem que parar de beber.
-Eu não estou bebendo. Ainda. - falou rindo.
-Você já esta bêbada, Lily. Acho melhor parar.
-Não. – falou quase gritando tentando pegar outra garrafa.
-Não. Chega, Lílian Evans! – falou com voz forte.
A menina fez um bico exagerado e cruzou os braços.
-Você precisa de um banho.
-Mas eu tomei de manhã. – falou.
-Gelado.
-Não, gelado, não. – emburrou-se mais.
-Lily, vem.
-Não.
-Vem.
-NÃO!
-Por favor, Lily. – esticou-lhe a mão.
-Gelado?
-Gelado.
Prendeu os braços dela e a empurrou para o banheiro. Rapidamente fechou a porta.
-SOCORRO! ELE QUER... – virou-se para James. – O que você quer?
-Te dar um banho para ver se você acorda. E pára de gritar. – ligou o chuveiro. – Vem! – a puxou novamente.
-NÃO! SOCORROO! – sem alternativas ela se agarrou a James. – Se eu for, você vai junto. – falou rindo.
-Eu tomo banho gelado todo dia. – falou. A menina arregalou os olhos.
-NÃO!
Gritou novamente, mas já era tarde. Estava em baixo da água gelada, tremente. Mas algo a esquentava. Ainda estava abraçada a James.
-Merda. – xingou. – Ta frio. – falou tremendo. O apertou mais.
-Não ta frio, você é que esta bêbada. – riu.
A menina saiu do abraço e o olhou.
-Eu to molhada. – disse inocentemente. Poderia ser comparada a uma criança.
-Eu percebi. – riu novamente.
-Eu to sono. – falou com os olhos se fechando.
-Já? – desligou o chuveiro e a tirou do banheiro.
Logo Lily estava enxuta e deitada na cama. James havia lhe colocado um camisão branco que a menina possuía. Inconscientemente, ele fez tudo com o maior carinho sem nem ao menos ter alguma idéia maliciosa.
-James. – falou Lily manhosa deitada na cama. Sua voz, assim como sua expressão, era sonolenta.
-Sim? – aproximou-se dela.
Com um aceno de varia ele havia ficado seco.
-Eu estou com sono. – resmungou de olhos fechados. O menino riu. – Deita aqui do meu lado?
-Acho melhor, não.
-James, é meu aniversário e eu ordeno que você deite do meu lado. – sussurrou mandona.
O menino se deitou, afastando-se o máximo possível, mesmo no espaço tão pequeno da cama de solteiro. Quase caiu do móvel quando sentiu Lily se aconchegar em seu peito.
-Eu to triste. – falou. Quando James a olhou viu que a pontinha do nariz da menina esta avermelhado, como ela estivesse segurando o choro.
-Por quê? – a abraçou.
-Eu queria meus pais. – apertou-se mais contra o garoto e deixou-se chorar.
-Eu não sei o que dizer Lily. Nunca perdi alguém para saber como se sente.
-Não precisa dizer nada. Apenas fica aqui comigo.
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