Verdade ou Desafio 2 ! escrita por L B CULLEN


Capítulo 3
~ a fome




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.a.Fome.

Lily bocejou.

Fome Maldita!

Por que ficara com tanta fome de uma hora para outra? Talvez por não ter almoçado? Jantado? Ou comido algo durante o dia todo?

Estava dormindo quando um ronco, vindo de seu estômago, a acordou. Estranho, não? Mas a dor era tanta que ela teve que andar curvada até se acostumar com o buraco em sua barriga.

Já era dia 29 de Janeiro. A primeira semana depois das férias. A primeira semana do mês. O segundo mês sem os pais.

Claro, já se acostumara com a idéia de nunca mais receber carta, ou de sempre que chegar em casa estará sozinha. Mas ainda não acostumara com a idéia de que tinha uma promessa a cumprir.

Mais um bocejo.

Olhou para o relógio de pulso. 10:46. Estava ferrada se fosse encontrada aquela hora perambulando pelos corredores de camisola. Não seria uma boa desculpa a fome. Perderia pontos, o distintivo de monitora-chefe e ainda ganharia uma boa detenção.

Um barulho. Dois, três, quatros. Vários. Passos? Sim, passos.

Pronto, estava ferrada.

Parou abruptamente no meio do corredor para tentar distinguir de onde vinham os passos. Não teve tempo. Fora puxada bruscamente para dentro de uma das portas que havia a seu lado.

-Não grita. – sussurrou alguém a seu ouvido. Um sussurro quente.

Sua boca fora tampada, seu corpo estava apertado ao da pessoa. Homem, diga-se de passagem. Forte.




N.A
Como a autora é cruel com a pobre Lily. >.<




Viu uma mão forte apontar para o chão. Lily acompanhou com o olhar. Pode ver uma sombra passando.

-Ele já esta indo.

Em poucos segundos ela foi sentindo o aperto afrouxar, mas por incrível que pareça, ela não queria.

Lily abriu a porta cautelosamente. Suspirou ao ver que não havia mais ninguém.

-O que faz fora da cama, Evans? – perguntou a voz.

A ruiva ser virou e deu de cara com a única pessoa que não queria encontrar. Ta, era mentira, mas ela ainda tenta acreditar nisso.

-E o que você faz fora da cama, James?

-Eu perguntei primeiro.

-Fome. – deu de ombros, voltando a andar.

-Fome? E onde acha que vai conseguir comida a essa hora da noite? No salão principal? – falou irônico.

-Cozinha. – disse simplesmente.

-E você sabe onde é? – perguntou James a seguindo.

-Não, mas você sim.

-E se eu não estivesse aqui?

-Ficaria perambulando pelo castelo até a fome passar. – coçou os olhos.

-Sério?

-Não. – sorriu. Virou-se para ele. – Então vai me mostrar o caminho mais perto?

-Você é monitora, não devia estar essa hora fora da cama.

-Já disse. A fome pode fazer coisas impossíveis.

-Por aqui. – disse abrindo uma passagem ao lado de uma armadura.




-Quer algo? – perguntou Lily enquanto esquentava o leite.

-Não.

Havia uma pequena mesa no meio da cozinha onde havia vários bancos. James sentou-se em um deles.

-Você ainda não me falou o que fazia fora da cama. – disse Lily sentando-se em frente a ele. Com um aceno de varinha fez seu leite se misturar com chocolate.

-Ah, nada.

-Nada? Pode me falar, aprontando algo?

-Não, Lily. – falou polidamente. – E não faço mais isso.

-Acho que a Courier esta de colocando nos eixos.

-Não foi ela. – a olhou veemente.

-James. – suspirou. – Eu tenho que te falar algo. Eu...

-Ora, ora, parece que não fui só eu que tive insônia hoje.

Lily e James olharam para a entrada da cozinha e observaram Kelly aproximar-se dele.

-Ei, meu amor. – beijou-lhe os lábios e logo olhou desafiadoramente para a ruiva. – Evans.

-Não, papai-noel.

-Interrompi algo? – perguntou ao namorando se sentando no colo dele.

-Não/Sim. – falaram juntos.

-Claro que não. – disse Kelly para si mesma ignorando os dois.

-Claro que não. – repetiu Lily. – Bom, vou deixá-los sozinhos, não quero servir de vela. – Levantou-se. – Boa-noite Kelly. Boa-noite Jay. – foi até o menino e deu-lhe um beijo no canto de sua boca e saiu.

Kelly olhou para o namorado como se não acreditasse na reação dele.

-O que?! – exclamou a menina levantando-se do colo de James.

-O que?!

-Ela quase te deu um beijo.

-Mas ela me deu um beijo. Na bochecha. – levantou-se também.

-Quase na boca.

-Não exagera Kelly.

-E que história é essa de Jay?

-Jay? Ela nunca me chamou assim, deve ser um novo apelido.

-Muito carinhoso, não?

-Kelly, pára, ok? Ela chama todos por apelidos.

-Desculpa, Jay, mas eu tenho ciúmes de você. Eu posso, não posso?

-Pode, mas não precisa exagerar.

-Desculpa. – fez cara de culpa e se aproximou dele para um abraço. – É que eu tenho medo.

-De que?

-De perder você para outra menina.

-Como assim?

-Me promete que nunca vai me deixar por outra menina?

-Eu...

-Promete?

James não iria prometer, não a amava e não sabia o que o destino o reservava. Então apenas beijou-lhe a testa.




Ao chegar ao dormitório encontrou o quarto todo aceso.

-O que estão fazendo acordadas? – perguntou Lily.

-O mesmo que você. – falou Belle.

-Fome?

-Bom, não é o mesmo que você. – respondeu Lene. – Sem sono.

-Foi onde? – perguntou Belle.

-Cozinha.

-E por que está radiante?

-Não estou radiante, apenas pensativa. – retrucou.

-O que está pensando?

-Nossa você são curiosas. – Lily jogou-se em sua cama. – Mas eu vou falar. Eu tive uma idéia de como acabar com o namoro daquele toquinho e ainda sair com o James de prêmio.

-Você não esta fazendo por vingança, certo? – perguntou Lene.

-Em relação a ele, não, a ela, sim. – mostrou um sorriso.

-O que se passa nessa sua cabecinha malévola, Lily?

-Sabe, eu estava pensando, enquanto eu ferro a vida da toquinho eu poderia também tentar ter algo com o James.

-Isso é obvio. – falou Belle. – Mas, você sabe, não vai ser fácil.

-Eu sei. Por isso é que eu vou apelar.

-Apelar?

-Sabe, partir para “agressão” física.

-No que está pensando, Lily?

-Posso contar amanhã? Estou começando a ficar com sono.

-Pode, mas você não escapa. – disse Lene.

-Agressão física. Essa eu quero ver. – suspirou Belle deitando-se na capa.


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