Just One More Life Is Gone escrita por hipyao


Capítulo 3
Capitulo 3- Brooklyn:




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      Saindo do aeroporto nós tomamos um taxi, meu pai tinha acabado de comprar um carro, mas tinha dó de usá-lo, homens, sabe como é né? De vez em quando ele me contava de ter saído com os amigos com carro da empresa, mas afinal de contas ele só foi pros EUA pra fazer grana e depois voltar ao Brasil. Eu observei tudo pela janela do taxi, tudo mesmo, nossa eu ainda tava meio sei - lá abismada com aquilo que eu via a minha frente, era maravilhoso, mas eu não sabia se era o lugar para mim, chegamos ao prédio onde meu pai morava, eu desci do taxi para apanhar as malas no bagageiro, mas meu pai as pegou para mim, eu sabia que aquilo era só ceninha, quando entrei no apartamento dele eu tive certeza disso, as louças pareciam que estavam lá há uns três meses e havia poeira com comida por todo o canto, meu pai me levou ao meu quarto:

 

-Venha filha vamos conhecer teu quarto, espere que você goste eu pedi ajuda a... A, a uma amiga ai. -Eu desconfiei, das ultimas palavras mais não ia estragar o humor do meu pai, logo na minha chegada.

-Ah, claro pai vamos!-Tentei parecer entusiasmada, fiz o que eu pude, parece que ele acreditou, acho que sou boa nisso. Passamos por um corredor, por duas portas e lá estava, um cômodo com a porta fechada aquilo seria meu quarto, meu pai abriu minha mão e disse:

-Vai, abra é só teu!-Fiquei um pouco apreensiva mais eu abri, quando olhei nossa eu me assustei, era muito lindo, minha cama ficava suspendida na parede saca? Tipo, colada! Embaixo ficava uma mesa também ligada à parede ela ia até o chão com gavetas na parte de baixo, achei legal eu não iria ter armário, em cima da mesa tinha um notebook e um monte de objetos de decoração, as paredes eram lilases e os moveis brancos, mas o que eu mais adorei foi a Janela com um colchonete roxo, dava pra eu ficar ouvindo minhas musicas preferidas ali na janela olhando o horizonte. Meu pai me deixou sozinha em meu novo quarto:

- Eu vou te deixar sozinha um pouco, sinta-se em casa. – Ele beijou minha testa e saiu, eu estava feliz tudo era lindo, desarrumei minha mala ajeitei tudo, e sentei em minha janela, eu estava pensando em meu sonho nele o garoto me chamava de maninha, mais eu não tinha nenhum irmão homem, eu fiquei pensando, pensando e lembrei mamãe tinha engravidado quando eu tinha uns cinco anos, mas ela perdeu o bebê, lembro que quando eu soube que iria ter um irmãozinho eu me senti tão feliz, mais não acreditei que aquilo era felicidade verdadeira, pois pra mim, a felicidade só vinha com dinheiro, poder sabe? Coisas materiais. Meu pai interrompeu meus pensamentos, gritando la da cozinha para eu ir comer algo:

 

- Filha, vem comer você precisa de alguma proteína! – Meu pai nunca foi preocupado, sempre foi desleixado ele tava só fazendo tipo para mim.

-Pai, não precisa bancar o responsável, eu vou comer sim, mas primeiro vou tomar um banho! –Eu gritei em resposta, e fui para meu banho, enrolei bastante nele me enxuguei e passei rapidinho pelo corredor enrolada na toalha era uma pena meu quarto não ser suíte, peguei um moletom qualquer e me vesti, desci esperando encontrar claro salada para comer como sempre acontecia quando eu morava com minha mãe, mas não cheguei lá e vi dois sanduíches, fiquei meio chocada quando vi aquilo... Hamburguês? Como assim?! Eu ia jantar Hambúrgueres! Fiquei ali paralisada com o choque até que meu pai disse:

-Ei, terra chamando Donna. – Meu pai engraçadinho como sempre. Eu dei uma resposta óbvia acho que vocês já até sabem qual é.

- Pai, qual é a dos sanduíches? Você sabe que minha mãe jamais aprovaria isso. – Realmente, eu só comia sanduíches gordurosos com hamburguês super calóricos assim uma vez por trimestre, é isso é o duro de ter uma mãe nutricionista, bem eu não culpava ela porque a política alimentar dela me proporcionava esse corpinho (não querendo me achar nem nada) que não era nada feio. Meu pai deu uma resposta típica dele, claro a sua irresponsabilidade sempre foi evidente:

- Você ta vendo alguma Sarah Sanders por aqui? Não, não é? Então pare de reclamar e coma os sanduíches que eu sei que são muito melhores do que aquelas saladas sem graça que aquele ser que sua mãe chama de homem faz!- Meu pai e os constantes ataques de ciúmes dele, já até achei que ele ainda gosta da minha mãe, mais sério aquilo me fazia rir, então eu cai na gargalhada.

-Ta bom paizinho. – Comi meu sanduíche e não falamos mais nenhuma palavra até que quando eu ia levando os pratos para a pia meu pai disse:

- Nita... Amanhã eu vou trazer uma amiga aqui para jantar, quero que vocês se conheçam acho que você ira gostar muito dela. – Ah, não saio do Brasil por causa do meu padrasto e minhas meias-irmãs chego aqui e já vou ter uma madrasta qual é? Mas eu não queria discutir agora logo agora com meu pai, então só disse:

- Claro pai. – Ele tinha ido para a cozinha, onde eu estava lavando a louça apesar de só termos sujado quatro peças havia muito mais louças ali eu já tinha visto que amanhã teria muito trabalho a fazer nesta casa. Eu estava muito exausta tava com preguiça de falar por isso quando meu pai foi falar algo mais dei um suspiro:

-Só uma coisinha, ela... Ela... Bem ela... – Okey, ele ia falar que ela era minha nova madrasta, pelo menos foi isso que achei que ele ia dizer.

- Desembucha pai. – Eu já tava irritada com essa enrolação toda.

- Ela é a psicóloga da sua nova escola. – Por um minuto me senti aliviada mais depois percebi que a psicóloga da minha escola ia jantar na minha casa, como assim?!!!!!!!

- Ah, tudo bem pai vou tentar não aprontar na escola nova não precisava chamar a psicóloga da escola para um jantarzinho. E afinal eu nem entrei na escola ainda. – Meu tom de voz era áspero e agressivo, mas qual é? Meu pai tinha exagerado dessa vez.

- Não é por você, realmente ela é minha amiga Nita. – Seu tom de voz ainda era suave apesar de o meu ter sido totalmente agressivo, nem continuei a discutir com ele apenas disse:

-Ta certo pai, vou me deitar. – Eu estava exausta de verdade, eu fui para o banheiro escovei os dentes penteei o cabelo eu fui para o quarto, me enfiei na cama e nem demorei a cair no sono, logo já estava desmaiada dessa vez não tive sonho algum.

 

 


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