Enquanto meu padrasto foi fazer o check-in eu fui tomar um café e comer um bolinho de queijo, bem eu não sabia se nos EUA vendia bolinhos de queijo, na verdade eu não sabia nada sobre lá, então eu fui aproveitar meus últimos momentos no Brasil, o país mais maravilhoso do mundo, derrepente me veio na cabeça o sonho que eu tivera naquela noite, mal comecei a pensar sobre o assunto e meu padrasto chegou dizendo que eu já teria que embarcar:

-Vamos Donna esta na hora de você deixar sua mãe livre! – Ele com certeza estava enciumado pelo que ela falou na despedida sobre que eu sou a única garotinha dela e nem considerou as filhas dele, mas quando ele estava de boa ele era um cara legal, eu me levantei da cadeira e o segui até o portão de embarque, quando chegamos lá eu disse:

-Tchau, até algum dia desses Carlos. – Ele nem abriu a boca, uma mulherzinha que trabalha no aeroporto me cutucou e falou com sua voz delicada:

-Vamos Senhorita Sanders. –Eu a segui, ela ficou comigo até a minha entrada no avião, eu sentei na janela, no começo do vôo eu já estava entediada poxa eram mais ou menos umas 9 horas de vôo eu acho, demorou bastante para chegar-mos eles deram um cobertorzinho e tudo e eu resolvi dormir, e mais uma vez sonhei com aquela criança dos olhos lindos dessa vez ele vestia um smoking e eu novamente a camisola negra, eu estava arrumando sua gravatinha o garoto era extremamente parecido com minha mãe, logo que eu percebi ele se afastou e disse:

-Maninha queria te explicar melhor, mas a única coisa que eu posso dizer é que enquanto você não cumprir sua missão eu virei te cobrar. -Como assim que missão? Quem é você? Como se chama? Essas eram algumas das perguntas que eu queria ter feito ao meu garotinho se ele não tivesse desaparecido e me deixado na escuridão de novo, eu sentei naquele lugar algo que parecia ser a beira de um lago estava muito escuro por isso eu não podia ter certeza eu me senti desamparada e comecei a chorar meu deus eu andava chorando tanto em sonhos como as lagrimas não acabavam? Mas à medida que as lagrimas pingavam molhando o solo onde eu estava sentada a água encontrava minha pele como no outro sonho só que dessa vez era do lago, e um pouco antes de eu poder estar afogada, acordei com a voz da aeromoça:

-Pousaremos em Nova York daqui meia hora, façam seus ajustes, pois a temperatura lá estará muito fria. –Ela repetiu isso em inglês, enquanto eu tirava meu colete de couro e colocava uma blusa com mangas depois meu casaco de algodão e por fim meu casaco urso, bem, era assim que eu chamava aqueles casacos super fofinhos que usavam por lá, peguei as luvas o gorro e o cachecol, e coloquei-os comecei a sentir calor e fome já que eu tinha perdido as refeições, depois de algum tempo foi anunciado que estávamos aterrissando quando finalmente estávamos em terra firme eu desci primeiro já que era uma menor desacompanhada, quando olhei para o Aeroporto Internacional de Newark

(EWR) fiquei meio assustada porque só ai me dei conta que eu estava em um país totalmente diferente, meu pai logo me pegou pegamos minhas bagagens e só ai ele pode dizer oi:

-Donna, como você cresceu querida, como foi de viajem?

-Foi ótima pai, ótima! – Ele falou em português, mas eu sabia que logo, logo eu teria que por em pratica meu inglês, que não era tão ruim assim.