Perdidit Memoriis escrita por Gabriely Giovanna


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oláa coisas coisadas >
Boom eu devia ter mais alguma coisa pra falar, mas eu não lembro..
Entãao boa leitura e até lá em baixo ..



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Assim que sai do lugar me senti relaxada. Minha mente se acalmou e eu me permiti respirar um pouco de ar limpo. A vontade intensa de matar havia aliviado, só mantendo a quantidade normal que suporto dia a dia.

Olhei para minhas mãos e a leve ardência que o fogo causava em minha pele havia passado. Levantei a cabeça e olhei em volta, havia mundanos andando tranquilamente na calçada e carros seguindo seu rumo. Dei um suspiro, estava na hora de eu “conhecer” a cidade, ou pelo menos uma parte dela.

Andei por +/- 30 minutos e cheguei ao metrô. Ao contrario da maioria dos habitantes de Idris, eu sei pegar metrô e me movimentar muito bem em uma cidade, seja ela qual for. No fim é tudo igual, as únicas coisas que mudam são os pontos turísticos.

Entrei no metrô e olhei para o mapa que fica preso na parede, resolvi ir para 5ª Avenida, o lugar onde só tem lojas de grife em Nova York, precisava de uma roupa para ir para a festa do Magnus e a 5ª Avenida tinha tudo que eu precisava.

Depois de alguns minutos eu desci do metrô e fui andando tranquilamente para lá.

Primeiro item da lista: relógio.

Já estava cansada de olhar para o céu todas as vezes que eu precisava saber as horas.

Andei tranquilamente pela 5ª Avenida, não me dando ao trabalho de ir de relojoaria em relojoaria para achar um bom relógio, só havia uma marca em que eu confiava e particularmente gostava muito, Cartier.

Assim que cheguei uma moça veio me atender, ela estava com um vestido bege, elegante e tinha um sorriso amigável, que se desfez assim que viu minhas roupas. Olhei com desdém, posso gostar da marca, mas não das pessoas que trabalham nas lojas e muito menos de suas políticas.

— O que quer? — Perguntou sem muita cortesia e com o desdém pingando de sua voz.

— Um relógio da coleção Pasha 42 mm, esqueleto pantera, manual, incrustado de ouro branco e diamantes e um Pasha C— Eu a Ignorei, falando sem rodeios.

— Você não tem dinheiro pra isso, saia daqui antes que eu chame a segurança — Ela falou ríspida e irritada.

Antes que ela pudesse fazer qualquer coisa uma mulher que loira com um vestido preto e um rosto sério aparece olhando feio para a atendente e me cumprimentando com a cabeça. Reconheci à loira como Gina Breaking, a segunda no comando das lojas Cartier.

Esperei alguns minutos pacientemente enquanto Gina dava um esporro na atendente até que a mesma veio e me pediu desculpas informando que pegaria o relógio.

Alguns minutos se passaram e menina me trouxe os relógios e eu fui até o balcão pagar. Assim que ela viu meu cartão ficou pálida, os melhores clientes da Cartier possuíam um cartão feito com o material grafite. Só existiam 7 daqueles no mundo todo. Ignorei a reação, peguei a caixa que continha o Pash 42 mm e coloquei no bolso, mas o Pasha C coloquei no pulso deixando a caixa em cima do balcão e indo embora.

Saindo da Cartier fui para a Salvatore Ferragamo e comprei um par de saltos e indo direto para a loja Fendi onde comprei um belo vestido preto acompanhado de um uma meia calça e luvas sem dedos.

Assim que terminei fui à loja da Apple Store na 59th Street que ficava em frente ao Central Park. Sabia que a entrada para corte era ali e minha vontade era de simplesmente entrar na corte das fadas e mutilar a rainha Seelie e depois sair de lá como se nada tivesse acontecido.

O pensamento me fez rir, digamos que eu não goste muito dessa rainha fada. Deixei de lado entrando na Apple e comprando um MacBook Air e um IPhone 5, logo em seguida comprando um chip e me tornando um ser “humano” residente do século XXI, pagando tudo com o meu cartão.

Eu poderia gastar milhões em um relógio e milhões em aparelhos eletrônicos, mas todos eles após chegar a Idris são completamente massacrados. Nenhuma tecnologia funciona em Alicante e sempre que alguma chega perto da fronteira não funciona mais, nunca mais. Mas eu também me recuso a comprar marcas vagabundas só por causa disso. E eu tenho dinheiro suficiente para comprar a própria Cartier ou a Apple se eu quiser, mas negócios mundanos não me agradam muito.

Olhei para o relógio e já era 19h32min. Dei um sorriso satisfeito, como é bom saber a hora exata. Continuei andando até encontrar um ponto de taxi, eu poderia simplesmente fazer um portal até o instituto, mas isso iria poderia ser arriscado. Assim que o taxi chegou entrei e dei o endereço chegando a pouco mais de 20 minutos no Instituto.

Assim que entrei fui direto para o meu quarto não encontrando ninguém no caminho. Tirei as roupas das sacolas colocando organizadamente dentro do guarda-roupa junto com o sapato. Peguei a caixa do relógio Pasha do meu bolso e guardei dentro de uma gaveta, tirando o Pasha C do meu pulso e o colocando em cima da mesa ao lado de katara. Tirei a adaga do meu bolso a deixando na mesa também junto com o MacBook e o Iphone.

Assim que tudo estava organizado tirei o All Star o guardando logo em seguida e me jogando na cama com alguma esperança de conseguir dormir por pelo menos 30 minutos sem interrupções de qualquer que fosse.

Após 5 minutos alguém bate na porta.

— Mas é claro que bateram na porta. — Resmunguei zangada, indo em direção a porta.

Assim que abro a porta encontro uma Isabelle tanto animada quanto aliviada.

— Aleluia que você chegou. Estávamos já preocupados com você. — Disse Izzy entrando sem nem pedir permissão e sentando na minha cama olhando em volta. — Falamos com Rick e ele disse pra não nos preocuparmos... Nossa aqui é tão arrumado. — Disse Izzy olhando em volta e sentando na cama.

— O que faz aqui Izzy? — Perguntei ignorando o comentário sobre o quarto.

— Nossa não precisa ser grossa. — Resmungou a morena se levantando e abrindo meu guarda-roupa, fiz uma careta com a invasão. — Alec pediu pra eu vir te lembrar que a festa do Magnus é às 22h30min — Perguntou se virando agora toda animada.

— Tudo bem, obrigada — Agradeci indo em direção a mesa e pegando meu celular. — Izzy como nós vamos para a casa do Bane? — Perguntei tirando os olhos do celular e encarando Izzy que me olhava curiosamente.

Ignorando completamente minha pergunta Izzy falou.

— Você se parece com Jocelyn.. — Murmurou divagando.

— O que disse? — Perguntei com a minha careta se aprofundando.

— Nada não. — Izzy falou rapidamente saindo de seus devaneios — Mas nos vamos de taxi. Por quê? Algum problema com isso? — Perguntou à morena tentando mudar de assunto.

Há encarei por alguns segundos tentando medir suas expressões, mas logo respondi.

— Nenhum problema. Mas eu tenho outros planos. — Respondi sem dar muitos detalhes. Logo em seguida parei de mexer no celular e a encarei, tentei ao máximo não colocar uma expressão de “suma daqui” para Izzy.

— Tudo bem. — Izzy estava avaliando minha expressão. — Eu vou indo, não se esqueça 22h30min na casa do Bane. — Falou Izzy já saindo do quarto e fechando a porta.

Olhei em volta do quarto e fui tomar banho, o cheiro do perfume de Isabelle ainda estava aqui e era desconfortável, muito doce. Fiz uma careta e fui para o banheiro me despindo e tomando um banho. Assim que sai do banheiro me arrumei para a festa rapidamente, passando maquiagens leves, pegando uma jaqueta de couro preta no armário, me olhei no espelho e estava pronta. Fui até a mesa e peguei meu cinto e embainhei Katara saindo rapidamente do Instituto.

Precisava resolver uma pendência.

POV Jace

Sabe o que é você realmente não saber o que vestir?

Então eu não sabia o que era isso até eu raciocinar que a Clary vai estar também na festa de Magnus.

Eu simplesmente não sabia o que vestir, por que eu simplesmente queria impressionar essa maldita garota.

—Aarrg. — Resmunguei frustrado.

Eu NUNCA fiquei assim por uma garota. Elas pensavam em mim, elas pensavam em me agradar. Eu NÃO pensava nelas!

Me joguei na cama respirando fundo.

Acalme-se Herondale. Você é lindo, maravilhoso, Deus Grego, tesudo e as todas as mulheres caem a seus pés... menos a Clary.

Esse fato me deixava desconfortável. Será que nem me achar bonito ela acha?

Está mais do que na cara que ela responde minhas provocações apenas para a própria diversão, não porque esta irritada ou porque acha que eu mereço uma resposta. É somente por ela me achar divertido.

Me sinto um bobo da corte.

Eu comecei provocando para chamar a atenção dela, mas parece que ela não se importa. Às vezes ela nem responde!

Levantei e olhei no relógio que tinha na mesinha ao lado da cama. 22h02min.

Só tinha 28 minutos. Abri o armário peguei uma camiseta branca gola V, uma calça jeans e um tênis qualquer preto.

Peguei algumas adagas, só por precaução. É a casa de Magnus, lá estaremos protegidos, mas sabe como é né? Melhor prevenir do que remediar.

Assim que estou pronto passo um perfume e alguém bate na porta.

Abro ansioso e de alguma forma me sinto decepcionado por não ser Clary. Tudo bem que ela não tem motivos pra vir aqui, mas sei lá né, vai que aconteceu algo? Mas “felizmente” era Alec me chamando para descermos porque o taxi já estava chegando.

Fui tranquilamente ao lado de Alec enquanto ele falava da festa de Magnus e eu só dava leves acenos com a cabeça.

Olhei para Alec e ele estava com uma calça jeans preta e uma camiseta social preta com as primeiras golas soltas e seus costumeiros all star preto. Desde que ele começou a namorar o feiticeiro seu senso de moda havia melhorado muito.

Assim que descemos vi Sebastian e Izzy em uma conversa animada. Olhei ao redor e não vi Clary. Antes que eu pudesse perguntar algo Izzy se pronunciou.

— Antes que perguntem a Clary falou que tinha outros planos e saiu faz pouco mais de 2 horas. — Respondeu Izzy um pouco entediada.

— Como assim “outros planos”? — Perguntei curioso.

— Não sei Jace. Não é como se ela fosse me dar satisfação sobre pra onde ela vai ou deixa de ir. — Respondeu à morena revirando os olhos.

Olhei pra ela com raiva. Izzy podia ser extremamente irritante às vezes. Mas esse sumiço da Clary estava me preocupando.

Olhei pra Alec que simplesmente deu de ombros.

— Gente o taxi já chegou e eu preciso pegar minha amiga ainda. Então se for possível nós irmos andando. — Quem falou foi o Sebastian um pouco impaciente.

— Como assim “amiga”? — perguntou Izzy direcionando um olha assassino para Sebastian. — O taxi já vai estar apertado com nós 4, se você trouxer mais alguém não vai ter espaço. — O olhar de Izzy fuzilava Sebastian que continuava calmo como sempre. — E sem contar que eu não quero ficar com cheiro de cachorro. — Izzy concluiu se negando a sair com alguma “amiga” de Sebastian.

— Acalme-se Izzy. — respondeu Sebastian com um sorriso. — Ela vai no meu colo — Continuou com um tom malicioso.

Revirei os olhos para aquela cena. Sebastian realmente tinha uma queda de um precipício por Licantropes, mas eu estava com Izzy. Me recusava a ir em um carro com alguma das amigas de Sebastian. De algum jeito eu sempre acabava ficando com suas “amigas” no fim da festa.

Mas a culpa não era minha se elas praticamente se jogavam pra cima de mim.

— Eu também não vou não — Falei carrancudo. — Depois você fica irritado comigo porque eu peguei uma de suas amigas.

Sebastian me olhou friamente. Seu olhar cortava até aço, mas ao contrario dos outros não me intimidava.

Dei um sorriso prepotente e Sebastian apenas bufou e voltou a encarar Izzy que não parava de enumerar os motivos para não ir com Sebastian.

Resolvi ir me dirigindo pra fora antes que o taxi fosse embora com Alec me acompanhando e Izzy e Sebastian atrás ainda discutindo. Ou melhor, Izzy estava discutindo com Sebastian, Sebastian estava apenas encarando Izzy sem falar uma palavra.

Assim que saímos do Instituto percebi que o taxi estava ali e havia uma moto ao lado. Mas não era a moto que me chamava atenção e sim Clarissa que estava encostada na maquina de braços cruzados e com um sorriso de escárnio.

Ela estava com um vestido preto e seus cabelos vermelhos estavam soltos em cachos enquanto ela ostentava um lindo batom vermelho “foda-me” e um delineador que realçou a cor dos olhos dela. Que foi? Eu reparo nessas coisas okay?

E o melhor, ela estava com uma meia calça preta com uma bota de saltos. Ela simplesmente estava gata pra caralho.

Assim que chegamos seu olhar passou por cada um de nos. Ela como sempre estava nos avaliando e assim que terminou deu um sorriso, satisfeita.

— Pensei que ia nos encontrar lá — Disse Alec indo em direção a Clary e dando um abraço que um pouco desconfortável a ruiva retribuiu.

Mas ela RETRIUBIU!

“Que ótimo inicio de noite”, resmunguei baixinho.

— Na verdade eu ia. Mas Rick me ligou e pediu pra eu vir porque pareceu que vocês estavam com problemas de transporte não é mesmo? — Respondeu Clary toda condescendente.

— Estamos sim. — Respondeu Alec um pouco envergonhado — Ual Clary que maquina. — Falou Alec completamente apaixonado pela moto e eu não estava um pouco atrás. — É sua?

Clary deu um leve aceno com a cabeça e se afastou da moto deixando eu e Alec se aproximar.

— É uma Harley Davidson Sportster Iron 833. — Falou a ruiva com uma admiração que me deixou um pouco desconfortável, mas ao mesmo tempo encantado.

É linda, forte, misteriosa e ainda gosta de motos? Ai eu apaixono Raziel!

— Quando comprou? — Perguntou Alec com um brilho nos olhos.

Eu simplesmente estava admirando a moto. Era realmente linda.

— Há +/- 40 minutos. — Respondeu Clary sem muita emoção. — Não é a que eu quero, mas por hora supri minhas necessidades. — Completou a ruiva com uma cara impassível.

— Dá pra vocês pararem de babar nessa maquina mortífera e se resolver logo para nós irmos? — Advinha quem falou? Claro que foi a Izzy.

Clary se virou um pouco divertida, mas não falou nada.

— Tudo bem Izzy — Respondeu Alec. — Clary pode fazer o favor de levar um de nós para a casa do Bane, estamos em um impasse. — Pediu Alec.

Clary só acenou com a cabeça foi até o banco levantando-o e pegando um capacete preto e o jogando pra mim.

Peguei confuso e vi que Izzy, Sebastian e Alec estavam entrando no taxi. Fiquei ali parado sem reação.

— Vai ficar parado ai com uma careta tosca ou vai subir na moto para podermos ir para a festa? — Perguntou há ruiva um pouco impaciente.

— Claro já to indo — Respondi colocando o capacete e subindo na moto.

Assim que subi pude sentir Clary revirando os olhos, logo em seguida acionando o botão de partida girando a chave para a posição ignição, acionando o interruptor para dar partida elétrica e acionando a embreagem. Logo em seguida literalmente chutando o descanso lateral, surpreendentemente mantendo o pé direito no chão e o esquerdo na pedaleira puxando a alavanca da embreagem e pressionado a alavanca do pedal cambio para baixo logo seguindo o taxi que já estava partindo.

Assim que Clary partiu com a moto eu não sabia onde segurar, então eu coloquei as mãos para trás, o que pareceu incomodar um pouco a ruiva.

— Acho melhor colocar as mãos em volta de mim Herondale. — Falou Clary em tom neutro. — Se acontecer algum acidente você pelo menos não vai se machucar tanto. — Explicou à ruiva e eu sem reclamar coloquei os braços em volta da cintura de Clary.

Assim que eu a toquei senti um mormaço. Seu corpo estava quente, quase febril. No mesmo instante me preocupei, mas Clary estava normal.

Fiquei um pouco incomodado por ela estar pilotando.

— Não confia nas minhas habilidades de pilotagem Sr. Herondale? — Perguntou à ruiva. Parecia que a própria estava lendo meus pensamentos, se é que não esta mesmo.

— Não é isso, é que .. — Fui impedindo de continuar, pois Clary me interrompeu.

— Não se preocupe Jace. Eu não vou matar nós 2. Faço isso há algum tempo — Continuou a ruiva muito concentrada na estrada.

Apesar dela falar que havia comprado a menos de 1 hora a moto ela realmente parecia saber o que estava fazendo.

Ela estava concentrada e muito calma isso era estranho vindo da Clary. Já que mesmo estando aqui só há 24 horas já mostrou que é carrancuda e irritada. Ver ela calma e concentrada é estranho.

Estávamos seguindo logo atrás do taxi. O transito em NY estava tranqüilo e Clary seguia com um pouco de distancia do taxi.

A casa do Magnus não estava longe, mas estávamos pegando um desvio pra buscar a garota do Sebastian.

Assim que o taxi parou senti a Clary ficar tensa e estacionar a alguns metros de distancia do taxi. Ela virou um pouco a cabeça para me perguntar algo, mas logo entendeu quando saiu uma menina alta, cabelo castanho e pele um pouco corada, bem bonita acompanhada de Sebastian da casa. Ela estava com um vestido dourado curto e saltos altos “foda-me”.

Bonita, porem vulgar.

Fiquei olhando os cabelos de Clary que estavam nas suas costas e faziam certo contraste com sua jaqueta de couro preta.

Foi então que pensei em algo.

— Clary porque você me chamou para ir com você na moto? — Perguntei curioso.

— Alec precisava ir no taxi porque acredito que ele saiba o caminho melhor que nós já que namora o Magnus. Izzy pelo jeito não subiria nessa maquina mortífera e pelo que Rick me falou a briga era por que Sebastian queria levar uma garota e não tinha espaço no taxi. Então você era a única opção que não me traria problemas ou reclamações o tempo todo. — Respondeu à ruiva sendo lógica.

Fiquei um pouco decepcionado, mas não demonstrei. Qual foi? Eu tenho um ego Okay? E Clary parece não ligar nenhum pouquinho pra ele.

Logo em seguida o taxi estava andando novamente e Clary atrás tranquilamente seguindo.

Sua pilotagem era suave e eu me peguei observando-a todo o trajeto até a casa de Magnus.

Assim que chegamos desci da moto e tirei o capacete, passando a mão no cabelo que estava um pouco bagunçado.

Clary fez o mesmo porem seu cabelo não parecia ter sido afetado e isso me fez sorrir, mas logo o sorriso se desfez quando eu ouvi uma voz fina, estridente e irritante atrás de mim. Maureen.

— Jacii !! Amoor! — Gritava a garota da porta da casa do feiticeiro vindo em minha direção.

Deixa-me explicar,Maureen simplesmente é uma vampira de 14 anos que acha que eu sou seu namorado. Antes ela era fissurada no Diurno, o Simon, namorado da Izzy, mas depois que a minha querida irmã ameaçou a garota de morte, Maureen passou a correr atrás de mim, e ela simplesmente não sai do meu pé.

“O que eu faço? O que eu faço?” Pensa Jace.

Olhei ao redor e vi Clary encostada na moto de braços cruzados com o rosto vermelho se segurando pra não rir.

Contra todo meu bom senso e a favor de toda minha vontade, fiquei de frente para Clary e a beijei.

Era pra ser um beijo rápido só pra afastar Maureen, para acabar antes que a ruiva percebesse o que estava acontecendo, mas não foi bem assim.

Clary descruzou os braços e os colocou no meu cabelo e de repente eu me encontro pressionando Clary contra o tanque de gasolina e meu corpo. A ruiva com sua língua treinada abrindo meus lábios enquanto ela me prensava mais nela pra eu não cair. Eu senti o calor que irradiava da pele da ruiva através de sua camisa e cheirei seu cheiro almiscarado que ficava mais rico e sugestivo. Ela sabia o que estava fazendo e ela fazia muito bem.

E então ela me empurrou e eu cambaleei para trás, meio desnorteado. Olhei pra Clary e os olhos da ruiva estavam ardentes atrás das pálpebras semicerradas.

— Não me use — Ela rosnou saindo de perto e indo em direção a casa de Magnus, entrando rapidamente.

E eu fiquei ali parado, arfando me perguntando o que havia acabado de acontecer.

POV Clary

Entrei rapidamente na casa, realmente precisava encontrar Magnus, não podia me dar ao luxo de distrações.

Apesar de que beija Jace era uma Sra. Distração.

Olhei ao redor e me senti instantaneamente tensa. Odeio festas, e odeio locais públicos onde existem muitos integrantes do submundo. Eu conseguia sentir a presença de todos aqui, suas intenções e suas vontades.

Conseguia saber exatamente onde se encontravam os vampiros, as fadas, os licantropos, e até mesmo alguns feiticeiros.

Respirei fundo, não poderia perder o controle. Pedi a Raziel pra me dar calma, mas isso nem sempre ajuda. Tentei me focar em uma só energia.

Eu conhecia Magnus, e conhecia a magnitude do seu poder. Seria quase impossível não encontrá-lo. Sem duvida alguma ele é a presença downwolder mais forte daqui e em poucos segundos eu o encontrei.

Fui andando tranquilamente evitando esbarrar nas pessoas, já arrumei grandes brigas assim, pensei amargamente.

Após alguns minutos encontrei Magnus no canto da pista de dança. Assim que ele me viu me lançou um olhar severo para segui-lo.

Acenei com a cabeça brevemente enquanto ele ia para uma ala mais reservada da casa, eu o segui discretamente e eu vi quando ele abriu uma porta e em seguida entrou. Esperei alguns instantes e o segui entrando. Olhei em volta e vi que era um quarto. Havia uma lareira pequena no canto esquerdo, uma cama de casal com lençóis cor roxa.

Magnus estava de pé em frente à lareira de costas para mim. Dei um pequeno sorriso, Magnus nunca ficou realmente feliz em me ver. Talvez por que todas as vezes que eu o procurei era porque eu estava morrendo ou com um fio de vida.

Fechei a porta e encostei com o ombro na porta o observando de braços cruzados.

Magnus se virou e me deu um sorriso genuíno, abrindo os braços para eu abraçá-lo. Coisa que não demorei em fazer.

Só havia 2 pessoas no mundo que eu nunca negaria um abraço, Magnus é a primeira pessoa da lista e permaneceu durante anos até a chegada de Logan que ocupou o segundo lugar.

Abraçar Magnus era de alguma forma reconfortante. Eu podia odiar seres do submundo, mas toda regra a uma exceção.

Minha exceção é Magnus. Esse feiticeiro me ajudou em momentos bem difíceis, e nunca pediu nada em troca, nada que não fosse justo é claro. E sem contar que Magnus era amigo antigo da família Kristen. E ele foi o feiticeiro que colocou as proteções em mim, junto com Irmão Zachariah que na época ainda era um Irmão do silencio. De certa forma tínhamos uma ligação.

Magnus me soltou do abraço e olhou meu rosto.

— Sempre quente como o inferno né Clarissa? — Brincou Magnus.

— Sempre Bane — Respondi. Magnus sabia do fogo Celestial e sabia também que a cada dia ficava mais difícil de controlar, e com o fogo minha temperatura é um pouco maior que o normal.

— Posso perguntar ao que devo a visita? — Perguntou Bane indo direto ao ponto.

— Alguns problemas. — Respondi vagamente observando Magnus se sentar na cama e dar tapinhas no espaço ao lado para eu sentar.

Rapidamente me sentei e continuei.

— Estou em uma caçada. 2 integrantes do Circulo de Valentin. Amil Pangborn e Samuel Blackwell. Conhece? — Perguntei sondando em seus olhos a resposta.

— Não realmente. Mas sei que mataram um grupo de caçadores. — Respondeu Bane recordando. — Está os caçando?

— Não realmente. Só um jogo bobo de gato e rato. — Respondi dando de ombros. Não havia muita coisa nisso. — Mas tem alguma noticia do submundo? Localização? Alguma noticia de acordos com demônios? — Perguntei direto ao ponto.

— Tenho, mas isso vai lhe custar algo. — Respondeu Bane direto ao ponto.

— Diga. — Falei tranquilamente, já era esperada essa reação.

— Quero que jure pelo anjo que não metera Alec em nada dessa bagunça. — Impôs Magnus firmemente.

Sondei em seus olhos e senti suas vibrações. Seus olhos estavam duros e frios e suas vibrações eram fortes e apaixonadas, decididas e completamente sinceras.

A condição me surpreendeu, mas era uma coisa que eu não poderia fazer.

— Não posso jurar nada Magnus, você sabe que se as coisas ficarem difíceis eu posso precisar de ajuda. — Respondi sincera. — Peça outra coisa.

O olhar de Magnus vacilou e ele deu um pequeno suspiro soltando o ar que havia preso.

— Tudo bem. Deixe para outra hora, por hora eu não preciso de nada. — Respondeu e eu me senti desconfortável, não gostava de dever favores, mas Magnus ignorou e continuou—Há alguns dias ouvi rumores que Samuel havia entrado em contato com um bruxo para invocar alguns demônios para algum ataque. Não sei direito pra que, mas não foram poucos.

— Nome do bruxo?

— Ladriel Portland, mora em East Village. É tudo que sei no momento. — Respondeu Magnus todo negócios.

— East Village eim? Nada mal. — Respondi divertida.

Não queria admitir, mas não havia coisa melhor. Caçada, integrantes do Circulo, habitantes do submundo envolvidos e demônios. Só de pensar minha adrenalina já aumentava. Respirei fundo discretamente e voltei a prestar atenção em Magnus.

— Tem algum rumor diferente do submundo Magnus? — Perguntei querendo saber se havia alguma coisa estranha acontecendo. Era sempre bom sondar para prevenir ânimos caso esteja acontecendo algo fora do comum realmente.

— Tem sim. Um rumor de que uma nephilin matou um filho de Lúcifer. — Apresentou Magnus olhando para mim com os seus olhos de gato em fúria.

Olhei divertida para ele, mas quando ele fez menção de falar algo eu lancei um olhar duro para ele que deu uma profunda respirada e se calou.

— Pelo visto você está realmente apaixonado pelo Alec não é mesmo? — Perguntei já sabendo a resposta. Eu só queria mudar de assunto mesmo.

—Sim. — Respondeu Magnus desviando o olhar um pouco envergonhado.

O encarei divertida. Magnus constrangido era novidade. Foi então que notei suas roupas, ele estava com um, sobretudo roxo, muito brilho como sempre e calças coladas também roxas, um sapato que não soube identificar a marca e uma camiseta preta com vários colares e alguns anéis em suas mãos.

Nada fora do normal para Magnus Bane.

— Um caçador eim? O primeiro não é?— Brinquei com Magnus. Uma das poucas pessoas que tenho tal liberdade.

— Sim. O primeiro. — Respondeu Magnus divagando muito contente com os olhos brilhando. — Mas como vai Logan? Tem noticias dele? — Perguntou Magnus dessa vez ele querendo mudar de assunto.

— Está bem. Se não estivesse eu sentiria. — Respondi sincera.

— Ouvi dizer que ele chamou Ragnor. Verdade? — Perguntou Bane estreitando os olhos.

— Sim, mas nada que eu possa lhe contar Bane. Mantenha sua curiosidade para si. — Respondi em tom cortante, a fim de encerrar o assunto.

— Tudo bem. Você tem um nome e eu tenho um favor. Acho que está tudo certo não é? — Perguntou Bane se levantando e seguindo até a porta.

— Por hora sim. — Respondi. — Mas caso saiba o que quer em troca me ligue. — Falei pegando meu celular e encostando no de Bane e instantaneamente meu contato foi para o celular dele.

— Clarissa se entregando ao charme das novas tecnologias, que coisa estranha para a melhor caçadora de seu tempo. — Brincou Magnus me dando a mão para levantar. — Vamos que eu tenho uma festa para administrar e um namorado para cuidar. — Magnus colocou as mãos nas minhas costas me empurrando para a saída que fui sem reclamar.

Assim que saímos Magnus saiu à procura de Magnus cumprimentado as pessoas que o paravam no caminho. Olhei em volta e respirei fundo.

Olhei para o bar e me parei. Não iria beber em um local com tantas pessoas e com Katara embainhada. Provavelmente alguém seria morto, e pode apostar que não seria eu e que não seria apenas uma pessoa.

Olhei meu relógio e eram 23h30min e nós chegamos aqui as 23h00min. Eu e Magnus ficamos conversando por muito tempo.

Olhei ao redor e encontrei algumas fadas conhecidas. Resolvi dar uma volta e ver a casa de Magnus.

Estava meio tensa então parei em um canto e fiz 3 runas de calma em mim. No instante em que fizeram efeito senti um pouco do fogo e a adrenalina se acalmarem. Respirei fundo e fui olhar ao redor.

De primeira encontrei Sebastian e a licantrope praticamente se comendo na parede. Revirei os olhos pra cena. Alec estava com Magnus conversando com alguns convidados, um casal de vampiros. Olhei em volta, só faltava achar Jace e Izzy, mas antes que eu pudesse dar mais algum passo Meliorn, um cavaleiro fada da Corte Seelie me parou.

Meliorn é alto, cabelos pretos e olhos completamente verdes, sem a parte branca, características fadas. Ele trajava sua usual armadura prata brilhante e um sorriso de escárnio.

— Vejo que esta em Nova York há 24 horas, passou perto de nosso mundo e nem se quer passou para dar seus cumprimentos a rainha. — Ponderou Meliorn.

Dei um sorriso. Desde a minha primeira visita a corte Seelie eu quis matar Meliorn. Não só por ele ser uma fada, e nem por ser o braço direito de da Rainha Seelie, mas sim porque seu sangue é impuro. Ele não é completamente fada e assim sendo ele pode mentir. E ele o faz descaradamente. Desde a primeira vez que o vi eu soube disso e desde então rezo por um dia em que eu possa encravar Katara em seu peito e ver a vida deixar seus olhos.

— Não pretendo ver Seelie, na realidade se algum dia eu entrar na corte por livre e espontânea vontade vai ser para mutilar aquela vadia que você chama de Rainha, que é um titulo muito vago já que todos sabem que quem manda realmente em todos vocês inclusive no traseiro velho da Seelie é o Rei Oberon e a Rainha Titânia— Respondi divertida, nada melhor do que começar uma noite insultando alguém que você não gosta.

Meliorn estava vermelho de raiva e no exato momento em que tocou em sua lamina para me atacar, Katara já estava em chamas no seu pescoço.

O movimento foi tão rápido que nem mesmo o cavaleiro fada viu.

Meu olhar estava em chamas e o fogo estava correndo em minhas veias queimando como ouro líquido. A sensação era ótima, porem perversa. Olhei nos olhos de Meliorn e não encontrei nada lá. Somente o vazio. Dei um sorriso e abaixei Katara.

Meliorn guardou sua espada e se afastou com raiva e desprezo em seu rosto. Dei um sorriso e comecei a assoviar guardando Katara. O assovio não podia ser ouvido pela musica alta, mas eu não importava.

Resolvi continuar meu caminho e encontrar Izzy e Jace. Cheguei à piscina e Izzy estava em uma das espreguiçadeiras com o rosto vermelho por conta da bebida agarrada a um menino alto, cabelo castanho em cachos e com a pele um pouco pálida. Vampiro.

Dei um suspiro e fui atrás de Jace.

Entrei na casa e fui para o bar. Já agüentei tempo de mais essa festa sem uma bebida. Cheguei ao bar e havia um licantrope atendendo. Assim que cheguei o cara deu um sorriso e perguntou.

— O que vai querer coisa linda? — Perguntou em tom de flerte.

— Sua cabeça na minha lamina, ou uma dose de tequila. Qual você preferir — Respondi em um tom de flerte, porém diferente do dele, o meu estava bem ameaçador.

— Uma dose de tequila então. — Respondeu o licantrope engolindo em seco e apressadamente em tom nervoso.

Dei um sorriso e me virei, o bar era em frente à pista de dança que ficava no centro da casa de Magnus.

Fiquei observando as pessoas “dançando”, dançando entre aspas porque o que elas basicamente estavam fazendo era se comer com a desculpa de que estão dançando.

Fiquei observando até que uma mulher me chamou atenção. Alta, cabelos azuis, vestido preto, ela estava de costas para mim, mas eu conseguia ver o cabelo de Jace na frente da garota.

Ela estava dançando com ele, os braços da garota pareciam segura-lo e a cabeça de Jace estava deitada em seu ombro. Inclinei um pouco a cabeça e continuei a observar.

Quando Jace ergueu a cabeça seu rosto estava pálido, seus lábios ressecados havia manchas roxas ao redor de seus olhos e sangue escorrendo se seu pescoço.

Merda! Essa maldita esta se alimentando de Jace.


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Notas finais do capítulo

Uhhuuuuull
Primeiro beijo Clace.. Tenho certeza que não foi do jeito que vcs esperavam e sinto muito, mas a nossa Clary não é toda corações e flores :/
Tem o link da moto pra quem quiser ver..
E me desculpem, mas sou péssima com essa coisa de roupas e acessórios e tudo mais então até eu convencer minha amiga a me ajudar com isso vcs vão precisar usar a imaginação :/ Sorry
No próximo tem treta.. Aaahhh mlk kkkkkk'
Obrigado por lerem e por comentarem.
Geeeeennteee acheei super legal a Ana Blood Wolf colocar na recomendação a musica que faz ela lembrar da fic.. Queria pedir pra, se vcs quiserem, colocar nos comentários a musica que faz vcs lembrarem ou que vcs escutam enquanto leem a fic. Me digam!! ^^
Fantasminhas apareçam eu não sou uma Winchester!! Eu não vou matar vcs kkkkk'
Bom obrigada e até o próximo que já esta em produção >



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