Perdidit Memoriis escrita por Gabriely Giovanna


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaa minhas coisas coisadas >
(-.-) TUTS
/(-.-)/ TUTS
/(-.-)/ TUTS
kkkkkkkkkkkkkkkkk'
Obrigada pelos comentários, senti falta de uma certa Ana Blood Wolf ...
kkkkkkkkkkkk'
Aproveitem o capítulo >



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Em um segundo eu estava no bar no outro eu estava com Katara nas mãos fazendo um corte profundo nas costas da vampira, o golpe pegou de seu pescoço até sua cintura.

No mesmo instante a vampira gritou largando Jace que caiu no chão por não ter forças. O grito da vampira, para minha sorte, não foi nem de perto ouvido por causa da música e assim mantendo as atenções longe de nós.

Olhei para Jace brevemente e constatei que o loiro havia perdido muito sangue e que não agüentaria muito tempo. Eu teria que agir rápido.

Nem precisava olhar para Katara para saber que sua lamina estava embebida em chamas do Fogo Celestial como meu corpo e meu sangue. Meus olhos só conseguiam notar a vampira e o ambiente ao meu redor havia perdido o foco. As batidas do meu coração se aceleravam em cada respirada. Meu pulmão estava ansiando por ar, mas eu o estava privando. A adrenalina estava tomando conta de meu corpo e eu temia perder o controle.

A vampira me dirigia um olhar assassino e condescendente, toda poderosa por ter enganado um caçador, olhar que era retribuído não era diferente, na verdade era na mesma se não igual intensidade. Nós duas estávamos atentas, alertas ao menor sinal de movimento, mas ela estava despreparada, ouso dizer até mesmo assustada, mas se provocada os resultados poderiam ser catastróficos.

Não podia me dar ao luxo de uma luta suja, com provocações e zombarias. Havia muitas pessoas ao redor, ela poderia usar qualquer um como escudo e não pretendo envolver terceiros.

Cada veia do meu corpo, cada músculo, cada instinto, cada célula, tudo me mandava matar ela. A excitação da batalha estava tomando conta do meu corpo e eu simplesmente precisava obedecer. Mas como dizia Zachariah Nunca é sábio dar o primeiro ataque criança, a menos que você conheça seu inimigo”.

Cedo demais a vampira veio pra cima de mim, retirando de sua bota uma adaga. Seu olhar assassino, suas presas a mostra, sua boca suja com o sangue de Jace, sua expressão. Tudo indicava que a menor oportunidade ela me destroçaria.

Acho que compartilhamos a mesma vontade.” Pensei irônica.

Permaneci parada em meu lugar esperando seu ataque e no segundo em que sua adaga estava há apenas 1 cm de minha garganta, ergui Katara dando um passo para trás e em um movimento rápido cortando-lhe o braço que a vampira portava a adaga. A vampira urrou de dor, sangue escorria da parte que restou seu braço e no chão se via uma poça de sangue nada discreta que o restante das pessoas ao redor fez um grande favor em ignorar.

Nem uma alma viva se atreveria a se meter nessa batalha, e todos que estavam na pista ignoraram a luta, alguns com um sorriso e outros com descaso, mas nunca prestando muita atenção, a música e a “dança” com certeza eram mais interessantes.

Nem um segundo havia se passado com a perda de seu braço e eu com um movimento rápido e preciso dei um chute de direita em suas costelas a fazendo cambalear para trás.

Olhei para ela. A vampira estava curvada, a mão esquerda apertando o braço direito para parar o fluxo de sangue. O cabelo azul grudado em sua testa pela tentativa falha de tentar colocá-lo atrás da orelha com a mão coberta de sangue. O olhar assustado implorando pela vida a face indefesa. Parecia um coelhinho encolhido assustado.

Dei um sorriso de escárnio, assassino. Ansiava pelo momento em poder finalmente encravar katara no coração desse parasita e lentamente apreciando o momento de desespero em seu olhar me aproximei. Minha pupila estava dilatada, eu estava beirando a insanidade.

Assim que cheguei perto o suficiente da vampira ela ergueu os olhos, mas não o corpo, ela ainda estava curvada. Em um movimento rápido e calculado coloquei minha mão esquerda em seu pescoço a erguendo até me olhar nos olhos.

Tudo que eu via ali eram terror e arrependimento, nada havia da vampira “poderosa” que havia acabado de se alimentar de um caçador a ponto de quase matá-lo. Sua gloria estava em pedaços e sua presunção não existia mais.

Sua mão esquerda restante foi para a minha mão em seu pescoço e acumulando sua força restante tentou quebrar meu braço. Coisa que eu mal notaria se não fosse uma lagrima de sangue saindo de seus olhos por causa da dor excruciante que o fogo irradiado de meu braço causava na vampira.

Lentamente e calmamente encravei Katara no peito da vampira observando com certo fascínio a vida ser deixada de seus olhos até restar somente um corpo morto. Em algum momento de meu ato desumano ouvi alguém pedir para eu parar. A voz era tranqüilizadora e me fez vacilar por um segundo, mas já era tarde demais. Katara estava enterrada até o cabo no peito da vampira, as chamas que envolviam a lâmina eram destruidoras, devastadoras, e queimavam a vampira de dentro pra fora até não restar nada, o corpo que ali havia mostrado uma jovem bela e elegante agora só restava um corpo morto envelhecido em estagio avançado de putrefação.

Ainda com a adrenalina correndo em meu corpo peguei seu corpo ainda com Katara encravada no peito e o tirei da pista de dança o largando encostado em um canto. Olhei ao redor e nada havia mudado, tirei Katara em um movimento rápido do peito da vampira e a embainhei. A maioria dos convidados estava dançando e os poucos que observaram a luta simplesmente ignoraram.

Fechei os olhos e respirei fundo acalmando o fogo e ha mim mesma. Assim que constatei que eu estava em condições de me manter no controle abri os olhos e a primeira coisa que vi foi Jace no chão quase sendo pisoteado pelos que estavam dançando.

Fui até ele e o ergui colocando seu braço em volta do meu pescoço. Jace era praticamente um peso morto, mal me ouvia e no seu pescoço havia dois buracos e muito sangue jorrando deles.

—Merda. —Murmurei olhando em volta e procurando um lugar para levar Jace, acabei encontrando um canto onde havia um sofá em U vazio.

Assim que cheguei ao sofá sentei Jace e olhei para ele, precisava ver sua situação. Abri seus olhos, estavam desfocados e opacos. Sua pele estava muito mais pálida e sua respiração estava muito fraca. Mantendo a calma rapidamente peguei minha estela e fiz varias runas de cura nele, mas nenhuma delas surtiu o efeito desejado em Jace.

— Mas que merda — Murmurei irritada.

Preciso de Magnus.

Olhei ao redor e parecendo que Raziel ouviu minhas preces avistei Magnus vindo em minha direção com um olhar irritado.

— Você matou alguém? — Ele perguntou ríspido.

— O que você acha? — Perguntei fria.

— Mas.. — Foi então que ele olhou Jace. — Droga — Xingou o feiticeiro indo para o lado de Jace e vendo seu estado.

— Cuide dele Magnus. — Ordenei indo procurar Sebastian e Izzy.

Eu precisava tirar avisá-los do estado de Jace. Sabia que eles estavam bêbados o suficiente pra atrapalhar mais do que ajudar, mas não era justo deixá-los de fora.

Em poucos minutos de procura encontrei Izzy. A morena estava na porta dando tchau a alguém que não me dei ao trabalho saber quem era. Rapidamente me aproximei da morena.

— Izzy vem vamos embora — Falei ríspida pegando sua mão e a puxando até a parte em que havia deixado Magnus.

— Não vou! E me solta porque você não manda em mim — Disse Izzy fazendo birra tentando soltar minha mão.

Parei e respirei fundo.

“Essa merda não pode estar acontecendo”, pensei irritada.

Contei de 1 a 10 e 10 a 1. Agora a Izzy estava puxando seu braço com toda força que gente bêbada poderia ter. Já com raiva a puxei com força fazendo sua orelha ficar a centímetros do meu rosto e falei calmamente.

— Você nesse exato momento vai me acompanhar até onde Jace está ou eu vou quebrar o seu pulso e todas as partes do corpo que me sejam favoráveis para fazer você me acompanhar sem resistência. Entendeu? — Perguntei em tom tranqüilo, gélido e completamente ameaçador.

Soltei Izzy e olhei seu rosto. Ela estava pálida e assustada, qualquer resquício da garota bêbada havia desaparecido. Ela percebendo que eu queria uma resposta deu um leve aceno com a cabeça, completamente assustada.

—Ótimo. — Respondi com um sorriso de escárnio a levando agora sem resistência para o local onde havia deixado Jace e Magnus.

O lugar agora tinha mais 2 feiticeiros e Alec ao lado de Magnus cuidando de Jace.

Assim que Izzy viu Jace se apavorou, logo indo para o lado de Alec que estava com uma cara preocupada e cansada.

Ao constatar que Izzy estava em segurança com Alec resolvi ir atrás de Sebastian, mas quando dei um passo pra sair Izzy segurou meu braço.

— Aonde vai? —Perguntou a morena com o olhar preocupado.

— Procurar Sebastian. Ele estava bêbado também e esta com uma licantrope. Não posso deixá-lo aqui. Vocês pelo visto não sabem cuidar da própria segurança. — Respondi friamente puxando o braço com raiva.

Olhei ao redor e encontrei Sebastian no bar. Ele estava com cortes rasos nos braços e sua expressão era muito alterada. Sua pele pálida estava vermelha por causa da bebida e ele estava cambaleante.

Fui em direção a ele rapidamente, que só me notou quando estava ao seu lado.

— OLÁÁÁÁÁÁÁÁÁ CLAAARIIIITTTCCCHAAA — Saudou-me Sebastian gritando.

Eu ignorei e peguei seu braço arrastando ele até onde estava o pessoal. Sebastian me acompanhou sem resistência. Graças a Raziel.

No meio do caminho ele fez menção em cair, pois não estava em menor condição de andar e então eu o segurei.

Sebastian era um monstro, mas minha força física e minha resistência eram grandes, coisa que facilitou muito para carregá-lo. Quando estávamos quase chegando Sebastian se curvou e começou a vomitar no chão.

Respirei fundo e dei tapinhas nas costas de Sebastian. Quando acabou ele se levantou e ficou segurando em mim para se manter de pé.

— Clary eu não to bem. Me leva pra casa? — Pediu em tom choroso parecendo uma criança de 5 anos que passa mal e corre pros braços da mãe.

— Levo Sebastian. Vamos. — Disse colocando seu braço em meu ombro e o ajudando a andar.

Assim que chegamos os 2 feiticeiros já haviam ido e agora só havia o pessoal do Instituto e Magnus ali. Olhei pra Jace e suas faces estavam coradas e as manchas ao redor de seus olhos haviam ficado mais fracas.

O rosto de alivio era presente na face de todos, menos na minha e na do Sebastian que estava passando mal.

Dei um olhar significativo em Magnus que rapidamente se levantou e tirou Sebastian de meus braços o sentando no sofá.

Sai da casa, peguei meu celular e chamei um taxi e em seguida liguei para Rick para avisar a situação, ele não fez muitas perguntas e disse que esperaria a chegada de Jace. Assim que terminei a chamada olhei ao redor e encontrei minha moto no mesmo lugar que estava antes só que com um detalhe, havia vários arranhões nela.

Respirei fundo sentindo minha pele queimar. Eu resolveria isso depois.

Esperei alguns minutos até o taxi chegar. Assim que chegou pedi para o motorista um pouco. Entrei rapidamente e chamei Alec.

— O que foi Clary? — Perguntou o moreno de olhos azuis.

— Tem um taxi lá fora esperando vocês. Preciso que vá e leve eles para o Instituto. Rick está acordado e vai cuidar de Jace. — Instrui Alec que rapidamente pegou Jace no colo, me olhando para mais instruções — Agora vá. Jace precisa de cuidados. — Ordenei Alec que imediatamente carregou Jace até a saída.

Magnus que escutou tudo foi atrás ajudando Sebastian a andar e eu para acompanhá-los segurei o braço de Izzy que estava cambaleante.

Assim que todos estavam no taxi, Alec se despediu de Magnus e me olhou com preocupação.

— O que digo a Rick se ele perguntar sobre você? — Perguntou Alec com a voz um pouco ansiosa.

— Avise que estarei de volta pela manha. Sinto muito Alec, mas não posso ir. — Respondi com sinceridade.

— Tudo bem. Tchau Clary. — Se despediu o moreno entrando no taxi e em poucos segundos seguindo para o Instituto.

Assim que eles se foram Magnus se virou pra mim.

— Quem foi a vampira que você matou? — Perguntou Magnus genuinamente preocupado, ele como os outros sabiam que era uma vampira pelas marcas no pescoço e o estado de Jace.

— Não sei o nome. Só sei que era alta e tinha cabelos azuis. — Respondi esperando uma ficha completa da vampira.

— Lívia. Esta no clã de Raphael. — Respondeu Magnus me surpreendendo com a informação escassa.

— Preciso me preocupar?— Perguntei com voz neutra, não me preocuparia por mim, mas sim por eles.

— Sim. Apesar de você estar dentro das leis do pacto Raphael é muito protetor com todos de seu clã, sendo ovelhas desgarradas ou não. — Respondeu Magnus demonstrando sua preocupação.

Ele sabia que a morte da vampira acarretaria conseqüências que poderiam afetar Alec, Izzy e Sebastian, deduzi isso no segundo em que a matei. De um jeito ou de outro eu e Jace já estamos envolvidos, não somos conseqüências como os outros. Jace serviu de banquete e eu de carrasco.

— Não seria novidade um clã de vampiros contra mim. Mas agora vamos. Eu preciso tirar aquele corpo de lá. — Falei indo em direção a casa.

— O corpo esta na lá? — Perguntou o feiticeiro exasperado. — Você não tem nenhum respeito por mim ou minha casa? — Continuou Magnus fazendo drama.

— Está. Não deu tempo de tirar. Sinto muito Magnus. — Respondi sinceramente. Não dava mesmo tempo de tirar o corpo.

— Você precisa lavar as mãos Clary. Esta muito suja. — Disse Magnus.

Eu olhei minhas mãos e até o pulso havia o sangue seco da vampira. Olhei meu vestido e do pescoço pra baixo estava completamente encharcado de sangue. Olhei pra ele irônica e segui para dentro.

Entramos na casa e eu levei Magnus até o canto onde estava o corpo. Olhei ao redor e ninguém havia notado a morte da vampira. Estavam todos se divertindo com a música alta e as luzes que piscavam de todas as cores.

— O que você vai fazer? — Perguntou o feiticeiro.

— Ligar pra Malik. Ele é o segundo no comando da Conclave. Preciso que ele venha e pegue o corpo para mandar para a Cidade do Silencio. Procedimento de praxe. — Expliquei encarando o celular.

— E o que esta esperando?— perguntou Magnus apressado.

— Um bom motivo. — Respondi sombriamente, mas logo peguei o celular e liguei para Malik.

Ligação ON

— Alo?! — Perguntou uma voz rouca de sono de quem havia acabado de acordar.

— Malik aqui é Clarissa. Preciso de você no Brooklin, te mando o endereço por mensagem. Você tem meia hora — Ordenei desligando sem ao menos dar tempo dele falar algo.

Ligação OFF

— Como você é simpática Clarissa. — Disse Magnus sarcástico.

O ignorei enviei a mensagem para Malik com o endereço de Magnus e aproveitando olhei o relógio 02h43min da madrugada. Olhei ao redor impaciente. Havia muitas pessoas ali.

Olhei para Magnus, mas ele já havia entendido o recado. Em um estalar de dedos do feiticeiro a música havia sumido, as luzes parado de piscar e as bebidas acabado. Todos começaram a reclamar e ir embora e aos poucos o local foi esvaziando até restar somente eu e Magnus.

Coloquei a mão no cabo de Katara que estava sujo com sangue seco. Precisava limpa-la. Olhei ao redor e me sentei em um sofá. Magnus havia ido para seu quarto para trocar de roupa. Mas eu não tinha a mesma sorte.

Se passado 25 minutos contados Malik estava lá. Magnus o deixou entrar e logo contei os acontecimentos. Malik ficou contente em saber que estávamos protegidos pela Lei do Pacto.

Conversamos durante alguns minutos e ele me informou que não era preciso eu me preocupar. Ele informaria Maryse na manha seguinte o ocorrido e o mais cedo possível se contatariam com o líder do grupo da vampira que era Raphael Santiago.

Em todo caso eu não precisaria me envolver diretamente com a conversa, só precisaria informar a ordem dos acontecimentos e depois precisariam de um depoimento de Jace.

Depois de algumas horas Malik ligou para os Irmãos do Silencio para irem buscar um corpo para averiguação. Depois de pouco mais de 40 minutos Irmão Samuel e Irmão Damiano chegaram e levou o corpo da vampira para a cidade.

No final de tudo isso já eram 05h34min da manha e eu, completamente suja de sangue, me dirigia para o Instituto com a minha moto. Assim que Magnus viu o estado da coitada disse que só poderia ser obra de Maureen Bronson a garota fissurada em Jace.

Eu não me preocupei muito. Haveria muitas oportunidades para devolver o favor.

Cheguei ao Instituto já havia amanhecido. Assim que entrei encontrei Rick sentado no sofá da sala com uma cara preocupada e de quem não havia dormido, coisa que realmente não deve ter feito.

— Como esta Jace? — Perguntei mal entrando.

Rick olhando meu estado correu até mim olhando cada canto do meu corpo até ter certeza de que eu estava bem.

— Que sangue é esse Clarinha? Como você está? Está ferida? — Perguntou preocupado ignorando completamente minha pergunta.

— Estou bem Rick. O sangue não é meu. Como está Jace? — Perguntei ficando impaciente e desconfortável.

— Jace esta bem. Logo que eles chegaram, eu o ajudei. O feiticeiro Bane fez um bom trabalho antes de mim. Trabalho que provavelmente salvou a vida de Jace. — Falou Rick melancólico. — Mas e você? O que aconteceu? Ninguém soube me explicar. — Perguntou Rick querendo explicações.

— Depois Rick. Agora preciso de um banho. Nos encontramos na enfermaria daqui a 30 minutos. — Informei indo em direção ao meu quarto. Precisava urgentemente de um banho.

Assim que entrei no meu quarto me despi e tomei um banho tirando toda a sujeira e sangue seco de meu corpo. Constatei algumas queimaduras devido ao Fogo Celestial, principalmente na palma da minha mão direita que se fez de condutor para katara.

Assim que terminei o banho coloquei uma calça de moletom preta e uma camiseta sem manga preta também. Assim que terminei de me trocar fiz algumas runas de cura pegando logo em seguida Katara para limpar deixando a lâmina sem nenhum vestígio de sangue.

Assim que terminei olhei o relógio e eram 06h32min. Sai do quarto descalça e fui calmamente até a enfermaria onde encontrei Alec e Maryse sentados nas cadeiras próximos a maca onde Jace estava. Encontrei Sebastian em uma maca um pouco distante da maca de Jace, ele estava meio pálido e dormindo.

Assim que entrei Maryse e Alec se viraram para ver quem era que estava entrando. Assim que perceberam que era eu deram um sorriso aliviado.

— Clary querida, que bom que chegou e esta bem. — Constatou Maryse com um olhar suave e aliviado, mas ainda assim preocupado pela condição do filho.

— Obrigada Maryse. Jace esta bem? — Perguntei chegando mais perto do loiro.

Jace estava um pouco corado, suas bochechas estavam vermelhas e as manchas roxas que havia ao redor de seus olhos não estavam mais lá e ele respirava com facilidade.

— Esta bem, só precisa descansar agora. — Respondeu Maryse.

Antes que eu pudesse falar algo senti a presença de Rick e poucos segundos depois ele entrou na enfermaria.

— Que bom que já esta aqui Clarinha. Pode nos explicar agora o que aconteceu? — Perguntou Rick indo para o lado de Maryse rapidamente.

Olhei para os 3 e todos eles queriam uma resposta, e o mais rápido possível.

Contei tudo desde a hora em que chegamos até a hora em que eu cheguei, ocultando somente minha conversa com Magnus. Assim que terminei Rick estava com uma cara triste e Maryse estava orgulhosa e agradecida.

— Foi imprudente Clary. Mas obrigada por salvar meu filho. — Repreendeu e agradeceu Maryse se levantando e me dando um abraço que retribui desconfortavelmente.

Alec e Rick fizeram o mesmo e logo Alec mandou Maryse ir dormir porque mais tarde teria assuntos da Conclave para resolver. Maryse foi de bom grado acompanhada de Rick e ficando somente eu e Alec na enfermaria junto a Sebastian e Jace.

Fiquei observando o loiro por alguns segundos, admirando sua beleza, mesmo ele estando fraco e doente seu beleza ainda era angelical.

Quando tive certeza que o loiro estava bem me afastei da maca saindo da enfermaria sem nenhuma palavra e indo para o meu quarto.

Entrei e me joguei na cama, tentando inutilmente pegar no sono. Virei para um lado, para o outro, deitei de bruços, mas nada me parecia confortável. Meus pensamentos estavam indo diretamente para a cena de hoje e a única pessoa que ainda me preocupava era Jace.

Olhei para minha janela e constatei que já haviam se passado uma hora desde que resolvi me deitar.

Como sabia que não iria dormir me levantei e troquei de roupa colocando minha costumeira calça de couro preta para combate, uma bota preta de combate, uma camiseta qualquer e minha jaqueta de couro também preta.

Quando estava pronta coloquei o relógio e sem pensar segui para a enfermaria. Assim que cheguei me surpreendi. Jace estava sozinho, Alec não estava mais ali e nem Sebastian se encontrava mais no cômodo.

Cheguei mais perto e verifiquei o loiro que dormia profundamente, fiquei observando seu peito subir e descer regularmente.

Depois de anos essa é a coisa que mais aprendi a admirar nas pessoas. O fato de elas permanecerem vivas.

Me lembrei de como Jace estava a poucas horas atrás e me lembrei da minha atitude em seguida. Ao contrário do que pensão eu não costumo matar assim, não sou tão bárbara apesar de ser uma assassina nata.

Mas hoje foi diferente. Eu geralmente não me importo se alguém caiu nos encantos de uma vampira, mesmo sendo um caçador. Não tomo atitudes sobre isso mesmo que como hoje o fato esteja ocorrendo na minha frente. Eu não lido com esse tipo de problema, não é meu trabalho.

Ao contrario do que parece eu sempre tenho um motivo especial e quase sempre pessoal para matar, e isso não implica caçadores burros se envolvendo com vampiros por pura luxuria e burrice.

No momento em que vi Jace naquele estado uma raiva imensa me atingiu e eu simplesmente não soube como controlá-la e até mesmo depois da morte da vampira ainda continuei irritada.

Jace despertava um instinto em mim que era estranho, desconhecido e completamente assustador. Eu queria proteger esse loiro como eu quero proteger Logan. Jace tinha um efeito sobre as pessoas, um efeito positivo, isso me chamava atenção.

Dei um sorriso irônico.

— Eu sempre tive um fraco por coisas bonitas. — Sussurrei acariciando levemente os cabelos do loiro e logo me dirigindo para fora da enfermaria e do instituto.


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Notas finais do capítulo

Entãao Sara Arcanjo a Clary ta balançada??? kkkkkk'
Como eu disse antes "ela não é corações e flores".. mas ela é como "o fogo e a espada"
Aquecida amolece somente para ser moldada, mas assim que esfria é quase impossível ser quebrada..
E ai curtiram??
Foi bom?
Nossa Clary tbm tem sentimentos, mas acredito que ainda não é o que vcs querem néh?
Nosso Jace é só mais um homem objeto pra Clary.. Que triste :'(
hsuahusahusha'
FANTASMINHAS APAREÇAAMMM!!!
Ou não hsuahsua'
Bjão e até os comentários que tenho o maior prazer em responder >



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