Senhorita Jackson. escrita por Luana Bankersen


Capítulo 4
Capítulo 4: Eu amo as coisas que você odeia sobre si mesma.


Notas iniciais do capítulo

He-ey!
Chegay, meus queridos sinners!
Então... Desculpem-me pelo atraso! Sério, minha vida não está fácil e eu ando bem ocupada. Anyway, aqui estou eu, e trouxe um capítulo que, na minha opinião, está lacrador.
Agradecimentos!
Gente, eu já disse que amo vocês? É tão gratificante receber comentários, mesmo que não seja todo mundo que comenta... Qualquer visualização nessa fic me deixa feliz. Vocês são muito queridos, mesmo. Vocês me dão forças para continuar essa história, vocês me fazem erguer a cabeça e tirar inspiração de algum lugar desconhecido. Vocês são demais!
Então, esse capítulo vai pra cada um de vocês.
*A Líbna, que me ajudou tanto nessa vida no Nyah, que fez todas as minhas capas, que me aguentou reclamando da vida, que sempre está ali sendo um amor.
*A Suelen Candeu, VOCÊ É INCRÍVEL! Chega de caps. Todo maravilhoso capítulo de VdL essa linda fazia dedicatória nas notas iniciais do capítulo pra mim. Obrigada por todo apoio.
*A Pamela, que provavelmente não está lendo isso, que só vai ler isso se eu obrigar ela a fazer isso. Se você não tivesse me obrigado a ouvir Panic! At The Disco naquele seu aniversário uns quase 2 anos atrás, essa história não existiria.
*A Dear Isa que merece cada palavra escrita aqui. Espero que toda a demora vala a pena para você. Obrigada por todo apoio, obrigada por estar do meu lado, obrigada por não me deixar enlouquecer.
*Ao Miguel Urie, que eu tenho certeza que não vai ler isso, mas não importa. Se não fosse por esse cara, muitas coisas aqui não existiriam, e eu não sei que outro rumo essa história levaria se eu não recebesse mensagem às 3h da manhã.
*A Carol, crusha.



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Às vezes eu me pergunto como seria se nossas vidas não passassem de um sonho. Talvez seja algo infantil pensar nisso, mas... E se tudo em que acreditamos um dia não tenha sido nada mais que uma mera ilusão criada pelas nossas mentes? Francamente, eu não sei no que acreditar. Cada um conta uma história diferente sobre a vida, assim como há várias versões contadas de como nosso destino deve ser.

Alguns dizem que ele é escrito antes de nascermos; somos destinados a ser o que somos e a seguir um único caminho, sem escolhas. Algumas pessoas acham que devemos ser todos iguais. Em minha opinião, elas estão erradas.

Cada um tem seu destino. Suas escolhas. Talvez, nossos destinos sejam escritos por nós mesmos como letras de música, quem pode dizer o contrário? Quando se trata de destino, nada é impossível. Eu citei nossas escolhas, mas há algo que não depende delas. O amor não é uma escolha. Eu acho que você não escolhe amar alguém, não escolhe sofrer por essa pessoa. Alguns concordam comigo, mas dizem que continuar amando é uma escolha. Mas, para mim, isso também não é uma escolha. Você não consegue simplesmente esquecer-se de tudo. Não pode simplesmente dizer “ah, eu não o amo mais, não a amo mais”. Quando é preciso se desapegar de alguém, é um processo demorado, e quando é real, é praticamente impossível. Annanda Jackson continua presente no meu coração e eu temo que nunca seja capaz de esquecê-la. Na verdade, eu não quero esquecê-la. Nunca.

Mesmo com todos os seus defeitos, eu a amo. Eu a amo mesmo que não possa tê-la em meus braços agora.

Oh, Deus, se ela pudesse ler isso...

Eu amo as coisas que você odeia sobre si mesma. Você pode ser desagradável, pode ser todas as coisas que eu detesto. Isso não importa, eu a amo de qualquer jeito. Você enlouquece os garotos na noite, você me enlouquece. Você tem essas coisinhas que me fazem questionar se eu valo meu peso em ouro. Você pode muito bem ter brincado com o meu amor, mas eu a amo mesmo assim. Jackson, eu a amo mesmo que você seja desagradável.

Eu nunca pensei que fosse ser tão sentimental.

Eu não fugi de você, Urie.

Levantei meu rosto e me deparei com a imagem sorridente de Annanda. Minha expressão confusa e assustada fez com que ela risse. Ela é tão linda. Jackson veio em minha direção e sentou-se ao meu lado. Seu sorriso continuava presente e ela me encarava, esperando que eu dissesse algo. Eu não conseguia fazer nenhuma palavra sequer sair pela minha boca. Você ainda está aqui.

– Brendon Urie. – Ela pronunciou meu nome devagar, sorrindo. – Eu estou aqui.

– Annanda Jackson. – Nossos olhos se encontraram e eu sorri. – Eu estou enlouquecendo.

– Enlouquecendo? Por quê? – Ela perguntou, desviando o olhar para suas mãos.

– Eu estou enlouquecendo por sua causa. – Eu suspirei, tentando manter o foco. Olhei para ela e percebi a tristeza em seu olhar. – Me desculpe.

– Você não deve se desculpar. Eu preciso ir embora, se continuar aqui, só vou complicar mais as coisas. – Ela disse, se levantando.

– Não. Você não pode ir embora. Não faça isso comigo. – Disse-lhe, também me levantando. Não posso deixá-la ir embora.

– Brendon, não. Eu não posso ficar perto de você.

– Por que não? – Jackson suspirou e se virou para me encarar. – Por que não, Senhorita Jackson?

– Porque eu não posso perder você. – Após ela ter dito tais palavras, meu mundo parou. Tudo parecia rodar em câmera lenta. Ela veio em minha direção e eu perdi a noção do tempo. Seus lábios encontraram os meus e eu nunca me senti tão apaixonado por alguém antes. Sabe quando usam a expressão “me sentia com borboletas no estômago”? Eu estava exatamente assim. Eu queria que aquilo nunca tivesse fim, queria que aquele dia se repetisse pelo menos uma vez. Queria tantas coisas... E de tanto querer, acabei perdendo o que eu tinha. Ela interrompeu nosso beijo e sua expressão séria mostrou-se presente outra vez. – Urie, você tem que parar.

– Parar com o quê? – Indaguei-lhe, mal acreditando no que havia acabado de acontecer.

– Você diz que está enlouquecendo por minha causa, mas você não é a única pessoa a se sentir assim. Você acha que eu estou me sentindo como? Eu mal te conheço e acabei de te beijar! Eu me importo com você e, francamente, é raro eu me importar com alguém. – Ela suspirou, deixando as lágrimas escorrerem pelo seu rosto. – Eu estou apaixonada por você, Brendon.

– Você...

– Sim, eu acabei de dizer que estou apaixonada por você, um cara que eu mal conheço e que já está correndo perigo por minha culpa. – Annanda me abraçou, e eu juro que não estava entendendo absolutamente nada do que ela estava me falando.

– Annanda. – Chamei-a, mas ela continuou chorando agarrada a mim. – Annanda. – Ela levantou o rosto para me encarar e percebi toda a maquiagem borrada em seu rosto (parte por conta de nossa fuga, parte por conta de seu choro). – Você precisa descansar e aposto que está com fome. – Apontei para o monte de roupas que eu havia separado para ela. – Um banho seria uma boa ideia agora, Jackson. Não quero que pegue um resfriado.

– Obrigada, Brendon.

– E, além disso, você não está cheirando muito bem. Vá tomar banho, por favor. – Eu ri e ela me acompanhou. Annanda desfez nosso abraço e pegou as roupas que estavam em cima da mesinha de centro. – Segundo andar, segunda porta a esquerda.

– Obrigada mais uma vez. Tenho muitas dividas com você.

– Sorria para mim e vai pagar todas às dividas que tem comigo. – Ela sorriu e eu jurei que nunca esqueceria aquele sorriso. Ela subiu as escadas e eu me lembrei de uma das perguntas que eu ainda devia fazer a ela. – Annanda! – Jackson se virou. – Você gosta de pizza?

– Claro que sim. – Ela riu da simplicidade de minha pergunta, depois de termos conversado sobre algo tão complexo, uma coisa simples parecia quase absurda.

– Então teremos pizza. – Lhe lancei um sorriso e então ela desapareceu escada acima. Lembro-me de ter pedido uma pizza e ter ficado na espera, tanto de Jackson quanto do alimento.

Um fato sobre mim é que eu odeio esperar.

Não fazia nem dois minutos que eu estava sozinho e eu já me sentia inquieto. Eu não suporto ficar sem fazer nada. Levantei-me e fui até o cômodo ao lado; meu estúdio particular. Eu precisava de música. Não demorei a encontrá-lo com os olhos, sempre amei o som que suas cordas emitiam. Meu violão estava encostado na parede, no mesmo lugar onde eu sempre o deixava. Aquele era meu violão favorito. O melhor e mais significativo para mim.

Fui até onde ele estava e peguei-o. Por que instrumentos musicais tendem a ser tão lindos? Dirigi-me a sala novamente e sentei-me no sofá. Ajeitei-me em uma posição confortável e toquei uma nota, pensando no quanto eu queria compor uma música sobre Jackson. Mas o que eu tinha? O que eu sabia sobre esta mulher? Muito pouco, mas eu tinha uma certeza. Eu a amava, e nada mais importava.

Comecei a cantarolar coisas sem sentido. Eu sabia que uma hora eu encontraria o que eu estava procurando, só precisava me esforçar mais um pouco. Eu sempre acabo por perder a noção do tempo quando eu tenho algum instrumento musical em minhas mãos.

Ouvi uma buzina que interrompeu meus devaneios. Pizza.

Peguei o dinheiro que eu havia deixado separado em cima da mesinha de centro e fui em direção à porta. Logo eu estava de frente ao entregador.

– 18. – O homem foi ríspido comigo e eu não entendi o motivo de sua grosseria. Mas agora eu entendo. Eu pensei muito nesse homem após... Após o fim de todas as coisas. Ele estava cansado, suas olheiras estavam bem aparentes e ele estava triste. E eu não fiquei interessado no jeito como o homem estava emocionalmente naquele dia. Não havia nada em minha mente além da fresca lembrança de Annanda Jackson dizendo que estava apaixonada por mim.

– Muito obrigado. – Entreguei-lhe o dinheiro e peguei a pizza em minhas mãos. O homem virou-se e foi embora. Ao contar isso, percebo o quanto esse homem parece não importar agora. Mas ele tem um papel crucial nisso tudo.

Voltei para dentro de casa e fui até a cozinha, depositando a pizza em cima da mesa. Chamei por Annanda, mas ela não respondeu. Chamei novamente. Nada. O desespero começou a tomar conta de mim. Ela não pode ter fugido de mim. Subi as escadas em uma corrida. Ela não pode ter feito isso, não depois de... Tudo isso. Cheguei ao segundo andar de minha casa e encontrei a porta que dava entrada para o meu quarto, aberta. Eu tinha certeza que havia a fechado.

– Jackson? – Indaguei, entrando em meu quarto. A porta que dava acesso à sacada estava aberta, o pensamento de que ela poderia ter fugido não abandonou minha mente nenhum segundo sequer. Eu estava há alguns passos da porta quando eu ouvi uma voz. Era a voz dela. Ela cantarolava uma música que eu nunca havia ouvido na vida.

Saindo pela porta dos fundos, não deixou nenhuma marca. Ninguém sabe quem é você, Senhorita Jackson. – Era apenas um trecho, mas iluminou minha mente.

– Annanda? – Chamei-lhe, indo até a sacada. Ela estava sentada na cadeira de balanço que eu costumava deixar lá para quando fosse compor minhas músicas e precisasse de inspiração. Mais um dos lugares onde meu violão predileto estava sempre presente.

– Você ouviu. – Afirmou, virando-se para me encarar. – E você achou que eu tinha fugido.

– Sim. – Olhei para cima e meus olhos se encontraram com a Lua. Esse ato me trouxe lembranças, lembranças que eu não vou apagar. Elas me disseram que eu deveria dizer o que passava pela minha cabeça naquele exato momento. – Por que você faz isso? Quero dizer, desde que nos conhecemos, você parece brincar com os meus sentimentos. – Suspirei, apoiando meus braços na varanda. – Isso não é legal.

Ela sorriu.

– Urie, eu te amo.

Virei-me para encará-la. O que ela acabou de dizer?

– O quê? – Indaguei, eu só podia estar sonhando. Isso... Não é normal.

– Eu te amo. Agora vamos comer pizza?


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Notas finais do capítulo

E aí? Querem me matar?
Gostaram? Não? Deixem seus comentários!
E novamente, eu amo vocês, sinners.

Luana Bankersen, também chamada de Miss Jackson.