Três. escrita por jubssanz


Capítulo 44
44. ...Uau.


Notas iniciais do capítulo

Amadinhas, cá estou por motivos de: já tinha essa capítulo pronto há dias, então já tô postando de uma vez. Mas, queria dizer que as coisas vão mudar por aqui, muahaha. sério, gente, sei que tenho várias leitoras fantasmas que já se acostumaram com as minhas "ameaças não cumpridas". Eu sei que é chato da minha parte ficar cobrando review, mas tb é chato quando a gente para de postar e vocês reclamam, sendo que não custa nada tirar dois minutinhos pra um review, nem que seja um "gostei!" até porque é isso que nos faz saber como está o andamento da fic, né? Enfim, de agora em diante, só vou postar com 5 reviews. Desculpem por isso, mas é o jeito =(
(Capítulo da Aurora, normal)
Boa leitura!



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— Você só pode estar brincando – cantarolei, pegando um dos papéis que Miles havia deixado sob a mesa de centro.

— Você realmente só pode estar brincando – Travis concordou, pegando também um papel. Perguntei-me se meu rosto demonstrava tanta incredulidade quanto o dele.

— É óbvio que ele está brincando – Rebecca murmurou, encarando o papel em sua mão como se o mesmo pudesse mordê-la.

— Vocês acham mesmo que brincaríamos com uma coisa dessas? – Mark sussurrou, tapando a boca com as duas mãos, fingindo estar ofendido.

— Eu acho que eles é que estão brincando. – Miles murmurou, emburrado. – Deveriam estar vibrando de alegria!

O encarei, incrédula, e me obriguei a dar risada, enquanto jogava minha bolsa em qualquer canto e me jogava no sofá, tirando os tênis. Era quarta feira, e eu e Travis havíamos combinado de sair para tomar um café depois que eu saísse do consultório, mas, Miles me ligara no meio da tarde, implorando para que eu fosse direto para casa, pois ‘tínhamos um assunto de extrema importância para tratar’. Como eu já sabia quão exagerado meu amigo poderia ser, o ignorei, confirmando o café com Travis. Porém... Quando dei o primeiro passo para fora do consultório, constatei que a cena seria cômica se não fosse trágica. O novo Civic prata de Mark estava estacionado logo a frente do prédio, e mesmo com os vidros fechados, eu podia ver Rebecca e Travis completamente emburrados, dentro do carro. Eu deveria correr ou aceitar o sequestro numa boa?

— Aurora, terra chamando! – Miles berrou, me assustando.

— Que é? – indaguei.

— Sinceramente, o que você achou?

— Sinceramente? – encarei novamente o retângulo de papel em minhas mãos, onde se lia, com letras pratas “Festa à Fantasia” no topo, e, logo abaixo, em letras engarrafadas “18º aniversário dos irmãos Adams”. Não era nada demais. Tirando a data... A festa estava programada para dali a nove dias. – Sinceramente. Acho uma ótima ideia, de verdade, mas... Não sei se já estamos prontos para uma festa. Estamos nos acertando aos poucos, e acho que isso forçaria demais a barra.

— Concordo. – Travis completou. – Com certeza não iríamos deixar nosso aniversário passar em branco, mas acho que essa data está muito próxima. Poderíamos adiar para o outro final de semana. O que acha, Miles?

Olhei de relance para Miles, que nos encarava com um sorrisinho irritante estampado em seu rosto.

— Bom, só se apenas vocês dois adiarem a festa – disse, dando um olhar cúmplice para Mark que sorria da mesma forma.

— Como é? – questionei, desconfiada. Sabia que boa coisa dali não viria.

— Esses convites são os nossos e os dos familiares. Seus pais, tia Sophie e Lucy... – Mark completou.

— E onde estão os outros...? – Travis questionou, encarando o irmão. Eu sabia que a situação ali era crítica, mas eu estava tendo que me segurar para não rir. Já não era a primeira vez que Mark e Miles armavam coisas as escondidas, e pelo jeito, não seria a última.

— Os outros convites já foram integres – um Miles sorridente respondeu andes de receber três almofadadas, vindas de lugares diferentes.

— Qual é o seu problema? – Travis indagou, bravo.

— Nenhum. E sei que você também não vai ter nenhum problema. Tudo que precisa fazer é vestir uma fantasia, cuidar da sua garota e sorrir para os convidados. O resto, é conosco – disse, dando de ombros antes de se virar para Mark e ficar na ponta dos pés para dar-lhe um selinho demorado. Eu sabia que se Travis não estivesse tão fulo, com certeza estaria fazendo piadinhas com os dois.

— Ei – o chamei e ele se virou lentamente para mim, emburrado. – Relaxe. Nós já esperávamos por algo desse tipo. Você o conhece melhor que eu, deveria estar preparado.

— Eu sei, é que... Estou cansado de ver Miles sempre fazer as coisas da cabeça dele sem pensar no que os outros querem. – respondeu-me, chateado.

— Entendo. – deitei-me no sofá até acomodar a cabeça em seu colo. Travis sorriu e passou a mão por meus cabelos. – Mas talvez, isso seja até bom. Vai servir para possamos nos distrair um pouco de tudo isso que está acontecendo.

— Como é que você sempre consegue pensar nas coisas de forma positiva? - ele questionou, sorrindo docemente.

— Ajuda bastante quando estou encarando um par de olhos azuis que eu adoro – sussurrei para que só ele ouvisse, me deliciando com o imenso sorriso que ele abriu em seguida.

Naquela mesma noite, abri a porta do quarto que dividia com Rebecca vestindo meu pijama e com os cabelos úmidos enrolados em uma toalha. Eu sabia que Rebecca estava lá embaixo, e suspirei, feliz. Queria aproveitar aqueles poucos minutos em que poderia ficar sozinha para organizar meus pensamentos. Minha intenção se foi por água abaixo quando eu me deparei com Travis sentado em minha cama, segurando a Pequena Sereia de pelúcia que Lucy havia me dado no dia em que eu viera embora.

— Nunca me passou pela cabeça que estar longe delas pudesse estar te fazendo mal – ele murmurou, e eu soube que estava falando de minha mãe e Lucy.

— Nada que vá me matar – respondi.

— Mesmo assim, eu gostaria de ter percebido.

— Você tem outras preocupações, Travis. Não precisa me rondar o tempo inteiro, durante todas as horas do dia. – respondi, sentando-me a seu lado na cama.

— E como você está? – perguntou-me, virando-se de frente para mim.

— Tirando o fato de que me sinto uma pessoa terrível por não saber se confio ou não em Rebecca e por não conseguir encarar seu irmão nos olhos, estou bem.

Vi Travis vacilar, mais uma vez. Ele agia da mesma forma cada vez que Louis era citado, mas era inevitável fazê-lo. Travis precisaria achar um jeito de superar aquilo da mesma forma que eu estava disposta a fazer, afinal, Louis era irmão dele e morávamos juntos. — De qual dos irmãos você está falando? – riu-se.

— Pode parar.- brinquei, dando um tapinha em seu ombro. – Já conversamos sobre a Festa, e acho bom você aceitar, afinal, eu estou mandando.

— E quem é que disse que a senhorita manda em alguma coisa, Bela Adormecida?

— Ah, só o fato de eu ser mais velha que você.

Eu estava distraída brincando com uma mecha de meu cabelo, por isso, me assustei com o movimento brusco de Travis. Ele se levantou rapidamente, ficando de joelhos na cama. Encarou-me de forma travessa e segurou meus braços, levantando-os acima de minha cabeça. Quando eu tentei protestar, ele apenas riu, empurrando meus braços para trás e dando uma joelhada em minhas coxas, fazendo-me cair deitada na cama. Travis então apoiou suas pernas uma de cada lado de meu corpo, apertando minha cintura com seus joelhos e aumentando o aperto em meus braços.

— Que merda você está fazendo? – questionei, tentando parecer séria, mas acabei rindo, deliciada com a brincadeira.

— Não te dei autorização para falar – ele resmungou, me encarando com a sobrancelha arqueada. Gargalhei, torcendo para que Travis não percebesse quão acelerada estava minha respiração. Vê-lo acima de mim e tão perto de mim daquela forma definitivamente não estava me fazendo bem. Eu estava gostando tanto da situação que nem me permitia ficar corada, porém, não conseguia parar de rir, o que aparentemente estava irritando Travis. – Do que você está rindo, sua idiota? – ele questionou, bravo, fazendo-me apenas gargalhar mais alto, fechando os olhos.

Eu tentava inutilmente soltar meus braços, sem nem me dar ao trabalho de abrir os olhos. Eu sabia que logo ele ficaria bravo e cansaria da brincadeira. Esse era meu pensamento, por isso fiquei extremamente surpresa ao sentir os lábios frios de Travis em meu queixo.

— O que você acha que... – tentei dizer, mas fui interrompida quando senti os mesmos lábios na lateral de meu rosto, quase em meu pescoço. Desisti de me soltar quando Travis desceu os lábios por meu pescoço, dando demorados selinhos em minha pele. Estremeci quando ele refez o caminho e o encerrou com um selinho no canto de meus lábios. Senti que ele se afastara, mas não me arrisquei a abrir os olhos. Por isso, sem querer, prendi a respiração quando senti o roçar de seus lábios no lóbulo de minha orelha direita. Travis o prendeu entre os dentes, delicadamente, fazendo todo meu corpo se eriçar.

— Respire, Aurora – ele sussurrou em meu ouvido, fazendo-me soltar a respiração e finalmente abrir os olhos, dessa vez envergonhada. – Quem é que manda agora? – ele questionou, rindo.

— Você por acaso sabe que é um idiot... – fui interrompida novamente quando Travis tocou meus lábios com seu polegar, de forma delicada. Eu nem mesmo havia percebido que meus braços estavam soltos e suas mãos... Livres. O encarei, percebendo que seus olhos brilhavam e sua face estava corada. Ele alternava olhares entre meus olhos e meus lábios, e sua expressão – que eu sabia estar refletida em meu próprio rosto – era de desejo. Porém, algo no olhar de Travis me dizia que ele estava incomodado. – O que foi? – indaguei, fazendo-o se assustar ao ouvir minha voz. Não sabia que estava tão concentrado.

—Eu... Eu não sei – ele murmurou, desviando o olhar. Eu senti que não podia deixa-lo ir, não podia perder aquele momento tão íntimo. Eu não sabia o que estava incomodando Travis, mas tive certeza de que eu mesma poderia resolver aquilo. Por isso foi que levantei meu tronco, apoiando-me em um de meus braços, enquanto estendia a outra mão em direção ao rosto dele, que me encarava curioso. Quando fiz um carinho em sua face, passando desde sua bochecha até seus lábios, ele pareceu entender meu pedido silencioso. Travis tocou delicadamente meu rosto, segurando-me pela nuca, e aproximou seu rosto do meu, enquanto eu sentia minha respiração oscilar. Travis fechou os olhos e eu fiz o mesmo, sentindo-me repentinamente ansiosa. Quase suspirei ao senti-lo encostar levemente seus lábios nos meus. Ele esperou um segundo, como se aproveitasse o momento e em seguida entreabriu os lábios, induzindo-me a fazer o mesmo. Travis brincou com meu lábio inferior, mordiscando-o, e em seguida senti sua língua aprofundar ao beijo. Levei minhas mãos até seu cabelo enquanto ele me deitava delicadamente na cama e apertava levemente minha cintura. Enquanto a boca de Travis brincava com a minha, em perfeita sintonia, eu poderia afirmar que nunca havia beijado ninguém antes. Não de verdade. Eu podia sentir sua respiração em minha bochecha, seu aperto leve e ao mesmo tempo sedutor em minha cintura, podia sentir sua língua explorando cada centímetro de minha boca na medida certa, sem fazer de mais nem de menos. Podia sentir meus dedos emaranhados em seus cabelos, e, involuntariamente, os puxava com um pouco mais de força quando Travis mordiscava meus lábios. Senti meu coração acelerado como nunca antes, quando ele partiu o beijo, me dando um demorado selinho.

— Uau – foi tudo que eu consegui dizer ao sentir a respiração ofegante de Travis em meu pescoço e abrir meus olhos para encarar aqueles lábios deliciosamente vermelhos e aqueles olhos azuis que brilhavam como o céu sob mim.


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Notas finais do capítulo

últimas chances de fazerem os pedidos pro capítulo especial, hein!