Três. escrita por jubssanz


Capítulo 45
45. Momentos finais!


Notas iniciais do capítulo

Oie, amores! Desculpem a demora, semana de provas e etcccc.
Esse capítulo é mais uma "passagem dos dias", pra vocês saberem como foi a semana em que antecede a festa =)
Espero que gostem!
Queria agradecer a linda da Jack Torres pela recomendação lindonaa, amei!



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— Eu vou matar você, espero que saiba – Travis murmurou entredentes para Rebecca no instante em que eu me sentava a mesa do refeitório.

— Posso saber porque é que você pretende matar minha amiga? – questionei, divertida, enquanto lhe dava um selinho rápido. – E aliás, muito obrigada por me esperarem na sala.

— Desculpe, Rora, de verdade, mas... – Travis deixou a frase no ar e eu o olhei desconfiada. Ele e Miles deram uma risadinha e desviaram o olhar.

— Mas...? – indaguei.

— Ninguém merece você puxando saco do professor Alessandro – Rebecca entregou, rindo.

— Não acredito! – gritei, rindo também. – Vocês são ridículos! Espero que agora ele te mate de verdade, Becky!

— Não! Aliás, você precisa me ajudar – ela murmurou.

— Claro. Em quê?

— Precisa mesmo ajudar, precisa fazer com que ela deixe de ser trouxa! – Travis exclamou, fazendo Rebecca corar e Miles não controlar suas risadinhas.

— Certo – murmurei, pegando a mão de Travis por baixo da mesa. – Quem é que vai me contar o que está acontecendo?

— Essa trouxa da Rebecca está se fazendo de difícil! – Travis e Miles “sussurro-gritaram” ao mesmo tempo.

— Um de cada vez, amores – pedi, rindo. – Assim a tia não vai entender!

— O Peter quer convidar ela para ir a nossa festa e ela está cheia de frescura, dizendo que não sabe se vai – Travis reclamou, olhando feio para a prima.

— Já está o enrolando há pelo menos três dias – Miles completou. – Em plena quarta-feira, a garota ainda não decidiu se vai ou não a uma festa no sábado.

— Quem diabos é Peter? – questionei.

— Um garoto do time de futebol que me acha bonita. – Becky resmungou. – E esses dois acham que eu devo aceita-lo simplesmente por ser bonito.

— E eu acho bom você melhorar essa cara e preparar logo a resposta porque o Peter está vindo aí – Miles resmungou entredentes.

Olhei na mesma direção que ele, procurando o tal Peter e meu queixo caiu quando avistei o único garoto que caminhava em nossa direção. Seu cabelo castanho escuro era cacheado e cobria metade de sua testa, enquanto seus olhos verdes e sua covinha no queixo completavam seu ar de ‘meiguice’. Ela carregava uma mochila azul no ombro e usava o moletom vinho da Canby High School. Caminhava sorrindo e parecia um tanto quanto nervoso. Juro ter ouvido Becky suspirar.

— E aí, galera – Peter disse, encostando-se a nossa mesa.

— Fala, campeão! – Travis exclamou, levantando-se para dar um tapinha em sua mão.

— Oi – Rebecca murmurou emburrada, fazendo com que eu e Miles não segurássemos as risadinhas.

— Posso me sentar? – Peter indagou. Seu sorriso era cativante.

— Pode! – Miles exclamou praticamente me empurrando do banco para que Peter pudesse se sentar ao lado de Rebecca.

— Então, como estão preparativos para a festa? – Peter questionou.

— Não me fale em preparativos, acabei de descobrir que só faltam três dias até a festa e eu ainda não sei qual fantasia usar – lamentei, passando as mãos pelo cabelo e atraindo a atenção de Peter para mim.

— Ah, você deve ser Aurora! – exclamou e eu assenti sorrindo. – Desculpe, sou meio distraído assim mesmo. Eu sou Peter, sou da sala de Louis e jogo futebol com os garotos.

— Ah, sim – sorri sem graça, já prevendo a reação de Travis ao ouvir o nome de Louis. Ele se remexeu desconfortável no banco e Miles assumiu a conversa.

— Como assim você ainda não sabe que fantasia usar, queridinha? – questionou, fingindo-se de ofendido.

— É a verdade – lamentei. – Não sei o que vestir.

— Eu também não – Travis concordou.

— Pois minha fantasia já está comprada há muito tempo e... – Miles dizia, mas foi interrompido por Rebecca.

— Eu vou à festa com você, Peter – murmurou, se escondendo atrás de um caderno, fazendo com que todos caíssemos na gargalhada.




Era quinta-feira e Travis havia ido me encontrar no consultório, dizendo que Miles havia solicitado uma reunião de emergência.

Eu e Travis estávamos sentados no “parquinho” que ficava nos fundos da casa e era composto por três brancos grandes o suficiente para quatro pessoas, três balanços e um escorregador. Era também onde Marise cultivava o jardim. Eu havia descoberto – de forma não muito agradável, aliás – que aquele parquinho pertencera aos trigêmeos e não a Rebecca, afinal.

— Ainda não acredito que vou ter que conhecer seus pais – murmurei de olhos fechados enquanto Travis beijava meu pescoço.

— E qual é o problema? – indagou.

— E se eles não gostarem de mim? – Travis parou, er, o que estava fazendo para me encarar.

— Não há a mínima chance de eles não gostarem.

— Tem certeza?

— Absoluta. E aliás, não vamos falar dos meus pais. Como está sua mãe?

— Dona Sophie está muito bem e muito ansiosa. – respondi, desconfortável. Travis percebeu minha mudança repentina de humor.

— Aurora? – questionou, arqueando a sobrancelha.

— Eu não contei a minha mãe sobre nós. – cuspi as palavras. – Ela sabe que não estou com Louis, mas... Não sabe que estou com você.

— Não tem problema, linda – Travis respondeu, parecendo tranquilo. – Também não contei sobre você. – ele murmurou e rapidamente virou o rosto para não me encarar.

— Não? – questionei, ofendida. Mas rapidamente me lembrei de que eu também não havia contado, logo, não poderia culpa-lo.

— Não. Porque Louis contou sobre vocês. – respondeu-me. Seguiu falando antes que eu pudesse protestar. – Mas não se preocupe, eles vão adorá-la. Assim como eu a adoro.

— Você me adora? – questionei, sentindo minha face esquentar. Virei-me no banco, ficando de frente para ele e segurando seu rosto entre minhas mãos. Encostei meus lábios levemente nos dele enquanto Travis fechava os olhos, aproveitando o carinho.

— Adoro. Muito. Sempre adorei – ele respondeu, beijando minha testa e me envolvendo em seus braços.

Como alegria de pobre dura pouco, ouvimos um pigarro arrastado, e, dando um pulo no banco, virei-me para trás para encarar um Louis um tanto quanto debochado.

— Olá, pombinhos! – ele exclamou. – Só vim avisar que Miles disse que só está esperando Becky chegar para dar início a reunião. Nos encontrem na sala de jantar daqui a cinco minutos.

E saiu rapidamente, sem tirar a expressão de escárnio da face.

— Não acredito que esse é o mesmo Louis que eu conheci. – murmurei assim que o vi entrar em casa. – Sei que você não gosta de falar sobre isso, mas é realmente chocante.

— Aurora, precisamos conversar. – Travis sussurrou parecendo um tanto quanto desconfortável.

—Sobre? – indaguei.

— Há uma coisa que você não sabe sobre Louis. Miles acha que deveríamos ter contado isso há muito tempo, mas eu ainda prefiro respeitar o espaço de Louis e...

— E eu não quero saber – interrompi, dando um selinho rápido. Repeti o ato quando ele abriu a boca para continuar o que estava dizendo. – Sério, Travis. Está tudo muito bem entre nós e não quero estragar isso falando do seu irmão. – levantei-me, enquanto ele fazia bico, contrariado.

Caminhamos de mãos dadas até entrar em casa, e eu fingi não perceber o olhar debochado de Louis quando entramos na sala de jantar.

Becky chegou – com Peter, uau! – e estávamos todos sentados na mesa quando este percebeu Mark.

— Cara, você é o Mark? – Peter questionou, encarando-o.

— Sim, eu sou o Mark. – ele respondeu, rindo.

— O Mark? Do basquete? Do time titular da Canby High School? – Peter parecia admirado feito uma criança no Natal, o que fez com que todos nós gargalhássemos.

— Sim, sou eu mesmo – Mark respondeu, parecendo constrangido.

— Uau, mariposa, não sabia que você era famoso – brinquei.

— Meu amorzinho é muito mais famoso do que vocês pensam – Miles brincou, rindo. No mesmo instante, fechou a cara, percebendo o que havia feito. Ninguém – além de mim, Travis, Rebecca, Louis, Marise e Ferdinand – sabia sobre ele e Mark. E a julgar pela expressão de Peter, ele com certeza havia percebido.

— Amorzinho? – o garoto indagou, olhando de um para o outro. – Vocês são gays? Vocês estão juntos?

— É claro que não, Peter! – exclamei, vendo que ambos os gays estavam chocados demais para responder. – Isso é só um apelido carinhoso entre eles e...

— Não, cara, isso é demais! – Peter me interrompeu. – Eu sempre quis conhecer um casal de gays! – o garoto parecia realmente muito animado, o que fez com que Miles e Mark relaxassem e Rebecca tivesse um ataque de riso. – Caras... Vocês se beijam?

Travis uivava de tanto rir, mas antes que algum dos dois pudesse se pronunciar, no entanto, a campainha tocou.

— Quem será? Estamos esperando mais alguém? – Becky indagou, enxugando as lágrimas com um dedo. – Não são meus pais, eles estão na academia.

— Pode deixar que eu atendo! – Louis gritou e correu de modo triunfante até o hall de entrada. Eu e Travis nos entreolhamos e eu percebi todos os outros fazerem o mesmo. Vindo de Louis, coisa boa não podia ser.

— Que diabos essa víbora do mal está fazendo aqui? – Mark questionou, vendo a figura ruiva e seminua que entrava na sala.

— Sério, quem convidou essa coisa? Eu a detesto. – Peter comentou, alto demais.

— A Claire está aqui para a reunião – Louis respondeu – porque eu a convidei. Ela vai comigo a festa.




Era sexta-feira de manhã e eu, Miles, Travis, Becky e Peter havíamos faltado a aula. Mark não tinha aula na faculdade às sextas-feiras, por isso estávamos todos reunidos em casa decidindo as últimas coisas para a festa. Eu não preciso dizer que Miles estava enlouquecendo. E nos levando à loucura junto com ele. Felizmente, Claire e Louis não estavam lá.

— Tenho uma má notícia – eu disse, descendo as escadas enquanto desligava o celular. Miles estava no telefone com o pessoal do buffet e fez sinal para que eu esperasse para falar.

Joguei-me ao lado de Travis no grande sofá circular e fingi não ver os rápidos selinhos que Peter e Becky trocavam – várias vezes desde que ela aceitara ir à festa com ele.

— Pois bem, Bela Adormecida, que mal lhe aflige? – Miles indagou, sentando-se ao lado de Mark e eu não pude deixar de rir por um segundo, observando a cena. Peter e Rebecca, Miles e Mark... Eu e Travis. A única sozinha era Marise – mas só porque Ferdinand estava no trabalho – que assim como eu, observava a cena.

— Dona Sophie e Lucy não estarão presentes – murmurei, chateada.

— O QUÊ? – um coro de cinco vozes indagou ao mesmo tempo.

— Porque não? – Miles questionou.

— Mas nós até convidamos o professor Alessandro! – Travis resmungou.

— Professor Alessandro? O de Química? Porque diabos vocês o convidaram? – Marise questionou e o silêncio reinou na sala.

— Porque estamos todos com dificuldade em Química e resolvemos subornar o professor. – Peter respondeu e todos nós respiramos aliviados. Eu sorri para ele, agradecida. E percebi também que deveria perguntar à Becky o quanto ela já havia contado para Peter sobre nós.

— Subornar um professor em uma festa de aniversário? – Marise riu – Essa juventude...

— Porque sua mãe não vem? – Mark indagou rindo de nervoso, com medo – assim como todos nós – de que Marise insistisse no assunto do professor.

—Porque o carro estragou – respondi – e meu avô nunca vai emprestar aquela lata velha para a mamãe.

— Não será a mesma coisa se elas não estiverem aqui – Becky murmurou, abraçando Marise.

— Eu vou busca-las. Não levo muito tempo até Salem. Posso ir pega-las lá pelas sete horas, assim que terminar com o pessoal da decoração. Chegarão um pouco atrasadas, mas pelo menos estarão aqui. – Mark respondeu prontamente.

— Mas você não iria buscar meus pais no aeroporto? – Miles questionou.

— Eu e Ferdinand podemos buscar Annie e Michael – Marise respondeu, sorrindo.

— Mas tia, - Travis comentou, coçando a cabeça – papai e mamãe vão chegar no último voo, o das nove horas. Se vocês forem busca-los, quem é que vai ficar recepcionando a festa?

— Nós podemos ficar! – Peter exclamou, dando um pulo no sofá.

— Nós? – Rebecca questionou.

— Sim! – o garoto respondeu. – Eu, você e Aurora.

— Por mim tudo bem. – respondi. – Desde que as dondocas não demorem muito para se arrumar. Não pretendo ficar fazendo sala para convidados que nem são meus. – brinquei.

— Prometemos não demorar! – Miles e Travis gritaram ao mesmo tempo, rindo.

— Belos casais. – Marise riu, levantando-se. – Vocês tem sorte, meus amores.

Casais...?




Naquele mesmo dia, horas mais tarde, eu e Travis estávamos na cozinha terminando a louça do almoço.

Marise e Rebecca haviam saído para procurar uma fantasia, Miles e Mark estavam no local da festa – que aliás, nenhum de nós havia tido autorização para visitar – Peter estava no treino – que Travis havia matado – e eu havia pedido folga do trabalho. Graças aos céus, nem sinal de Louis e Claire.

Eu lavava a louça enquanto Travis secava, cantarolando. Ele estava realmente feliz. Mais feliz do que eu jamais havia visto desde que o conhecera, cinco meses atrás.

— Então... – comentei – 18 aninhos amanhã, hein? O que vai querer de presente?

— Você está falando sério? – Travis indagou, enquanto me abraçava por trás. Senti todo meu corpo se arrepiar ao sentir seus lábios e sua respiração quente em meu pescoço. – Você já me deu o melhor presente que eu poderia pedir.

— É mesmo? E qual é? – indaguei, virando-me de frente para ele, ainda encostada na pia, e jogando meus braços em seu pescoço, tomando cuidado para não encostar minhas mãos cheias de sabão em sua roupa.

— Você – Travis respondeu dando o sorriso mais lindo do mundo, antes de me beijar.


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo é o especial então agora é DEFINITIVAMENTE a última chance para os pedidos/sugestões.
Já sabem, próximo capítulo com pelo menos cinco reviews.
Espero que gostem!
Beijokass