Três. escrita por jubssanz


Capítulo 31
31. Amber Again


Notas iniciais do capítulo

Oie!
Desculpem se ficou uma porcaria, eu tô podre de gripe e tô mei deprimida, passei o dia numa terapia com uma maratona de Pretty Little Liars e bastante chá pra queimar minha garganta, e não queria deixar vocês sem nada por hoje... Enfim, agradeço aos reviews, vocês são lindas!
Espero que gostem. Boa leitura, beijos!



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Aurora.

Estávamos todos almoçando, comendo comida japonesa que Miles pedira sabe-se lá de onde. Travis havia sumido, eu não o vira desde manhã, quando Louis em contara sob Amber e não arriscaria perguntar onde ele estava. Todos ainda pareciam que ia chutar o balde a qualquer instante, por isso eu me mantinha em silêncio. Mas estava feliz. Pelo menos tinha os dedos de Louis entrelaçados aos meus, e aquilo era suficiente para fazer meu dia.

Meu celular vibrou, notificando que eu tinha uma nova mensagem e eu o peguei automaticamente, esperando qualquer mensagem da operadora. Ao ler, não pude me conter.

— Uau, eu consegui! – grite!

— Conseguiu o que? – Louis perguntou, me olhando.

— Lembram que eu fui fazer uma entrevista para ser recepcionista daquele consultório odontológico? Acabo de receber a resposta. Tenho meu primeiro emprego! – exclamei, empolgada e orgulhosa. Mal podia esperar para contar a minha mãe.

— Trabalhar de recepcionista? – Louis debochou. – Nossa, tá muito bem, hein, pequena.

— Deixe de ser ridículo, Louis! – Rebecca repreendeu, levantando-se da mesa.

— É, maninho. Nem todos conseguem um trabalho super honesto como modelo – Miles completou, levantando-se também.

E em cinco segundos minha felicidade estava acabada.

— Não ligue para eles – eu disse, vendo a expressão tristonha no rosto de Louis. – Eles só estão chateados porque não puderam participar com você das tais fotos.

— Ah, imaginei que fosse isso – ele respondeu, dado de ombros. – Não aguento mais comer.

— Eu também não – concordei, empurrando meu prato.

— Vem, vamos subir – Louis disse, puxando-me pela mão. Passamos por Travis na sala, mas ele nem ao menos nos olhou. Meu próximo alvo era ele. Eu precisava descobrir o que estava acontecendo com aquele garoto.

—Você está meio distante. Tenho sentido muito a sua falta. – Louis murmurou em meu ouvido assim que entrou no quarto, fechando a porta e me empurrando contra a mesma.

— Eu também senti sua falta – respondi, desconfortável. Louis apertava minha cintura de uma forma um tanto quanto agressiva, diferente de todas as outras vezes em que ele havia me tocado.

— E sabe, meu amor... Para compensar essa saudade, acho que preciso de um pouco mais de você – ele murmurou. Pela primeira vez, sentir os lábios frios de Louis contra minha pele não me causou nenhum tipo de arrepio. Pelo contrário, sua brutalidade combinada com suas palavras me davam vontade de empurrá-lo.

— Do que você está falando? – questionei, nervosa.

— Qual é, Aurora, não se faça de tonta. – ele respondeu, beijando meu pescoço. – Acho que já está na hora de avançarmos o sinal.

— Louis, você só pode estar brincando. – ralhei, brava, finalmente o empurrando. – Me responda uma coisa: o que nós somos?

— Ah não, Aurora, de novo não! – ele reclamou, fechando os olhos e passando a mão pelos cabelos. – Não acredito que você vai ter uma crise por causa disso de novo! Já disse que não me importo com esses status, e você também não deveria.

— Pois eu me importo. E quero saber, Louis. Quero me sentir segura a seu lado, e quero que você se sinta da mesma forma. Mas para isso, precisamos nos acertar. Não gosto dessa situação, parece algo tão vago!

— E o que você quer de mim, então? Quer sair de mãos dadas por aí? Quer que eu te compre presentes? Te chame de namorada para quem quiser ouvir? Pois eu não gosto disso. Não gosto nem da palavra namorada e prefiro não chamá-la assim.

— Tudo bem, Louis. – murmurei, chateada. – Do que você prefere me chamar, então? A garota com a qual você pretende avançar o sinal? Assim soa melhor para você? – dei as costas a ele, sentando na cama que ficava encostada na parede e que eu sabia ser de Miles.

— Certo. Desculpe. Peguei pesado e me expressei mal.

Nada respondi, apenas cruzei os braços e encarei a parede. Talvez porque aquela desculpa esfarrapada não havia me convencido em nada.

— Ei, olhe para mim. – Louis murmurou, sentando-se a meu lado na cama. Ele segurou meu queixo, obrigando-me a olhar para ele. – Desculpe.

— Você não admite para as pessoas que está com alguém, você não admite nem para você mesmo que está comigo, Louis! Por acaso você tem medo de se firmar em um compromisso com alguém?

— Não é isso. Eu simplesmente acho desnecessária toda essa formalidade. Eu já disse, sinto que me expresso muito melhor com as palavras.

— Não me adiantam palavras bonitas se suas atitudes anulam cada uma delas! – reclamei, me levantando. – Não me adiantam juras de amor se você foge de mim!

— Ok, agora acho que você está exagerando. Mas tudo bem, eu entendo seu lado. E prometo que vou tentar mudar, certo? – ele estava novamente a meu lado. – Vou mudar, porque estou cada vez mais apaixonado por você e não vou desistir.

Eu assenti, sorrindo, mas por dentro estava vazia. Eu estava cansada daquilo tudo. Louis pisava na bola comigo e achava que poderia resolver tudo me falando algumas palavrinhas bonitas. E sinceramente, aquilo não era o que eu merecia. Mas eu também, estava a cada dia mais apaixonada por ele, portanto, não iria desistir. De jeito nenhum. Sabem, ruim com ele, pior sem ele.

— Bom dia, flores do dia! – exclamei, entrando na cozinha na segunda-feira pela manhã.

Ferdinand já havia ido trabalhar, Marise terminava de se arrumar e os garotos terminavam seu café, em silêncio.

— Bom dia amor! – Louis respondeu, levantando-se e me dando um beijo. – Que animação toda é essa?

— Hoje é meu primeiro dia de trabalho, estou ansiosa! – respondi, rindo.

— Aproveita que você vai trabalhar em um consultório odontológico e leva uns folhetos sobre higiene bucal para nossos colegas, porque é bem difícil aguentar aqueles hálitos maravilhosos – Rebecca comentou, mordendo uma maçã.

— Você me acompanha até o consultório hoje? – perguntei a Louis, sorrindo.

— Não posso, tenho treino. – ele respondeu simplesmente, pegando a mochila e me dando as costas. Certo.

Ele, Miles e Travis saíram na frente, pois tinham que chegar mais cedo para resolver qualquer coisa do time de futebol.

Quando eu e Becky saímos, ela estava ainda mais animada que eu e eu simplesmente não sabia o por quê.

— Que animação toda é essa? Arrumou um emprego também, amiga? – questionei.

— Deixe de ser ridícula, Bela Adormecida. Você é lerda assim sempre ou se faz?

— Idiota. – resmunguei. – Conte logo o que está havendo.

— Está havendo simplesmente que esse sábado será o Baile de Máscaras do colégio e eu acho que Noah vai me convidar!

— Noah? Aquele gatinho de olhos azuis da turma do Miles? – questionei, batendo palminhas.

— Esse mesmo! – Becky exclamou e nós duas demos gritinhos aleatórios. Como de costume, algo naquela situação me incomodou.

— Louis nem sequer me disse que havia um baile – reclamei, desanimada.

— E nem vai comentar. Sabe, Louis é assim mesmo. Se você quiser mesmo ir ao baile com ele, deve convidá-lo.

Parei de caminhar e encarei Rebecca. Ela virou o rosto. Rebecca nunca me mandaria convidar um garoto para o Baile de Máscaras. E Rebecca nunca viraria o rosto para me esconder algo. Foi aí que eu soube que alguma coisa estava acontecendo.

— Você acha mesmo? – questionei, encarando-a.

— Sim. Acho. Convide-o. – ela respondeu sem me olhar assim que chegávamos em frente ao portão da escola. – Melanie está chamando, já volto. – e Rebecca saiu, me deixando sozinha. Virei-me de costas, encostando-me na parede e acenei para uma garota que me cumprimentava do outro lado da rua. Era... Melanie. Mas que diabos... ?

— Como todos vocês já sabem, no próximo sábado ocorrerá nosso Baile Anual de Máscaras – a professora Sophie, de Literatura, avisou animada, entrando na sala.

Pigarreei alto e Rebecca sorriu – de forma bem forçada. Louis e Travis viraram suas cadeiras, ficando de frente para nós, sendo que se sentavam à mesa à nossa frente.

— Então, Louis... – comecei, nervosa. Nunca havia convidado um garoto para o baile e não sabia como o fazê-lo. Sentia como se estivesse prestes a dar meu primeiro beijo. Tinha vontade de rir e chorar ao mesmo tempo e tremia de nervoso. – Então, huh... Nós... Você sabe... Nós vamos ao Baile?

— Na verdade, - Louis respondeu abrindo seu caderno. – eu já convidei a Amber.


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Notas finais do capítulo

Antes que vocês tentem me matar: eu e vocês (aqui de fora) sabemos o que o Louis fez/faz e conhecemos os sentimentos do Travis. A Aurora, não. Logo, ela não tem motivo pra desconfiar do Louis nem nada, e enquanto o Travis não tomar atitude nada vai mudar, então cobrem dele e não de mim!
hahahaha beijos



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