Três. escrita por jubssanz


Capítulo 30
30. Conhecendo Travis.


Notas iniciais do capítulo

OI, TO AQUI DE NOVO PQ TO SUPER DE BOM HUMOR, MEU CANTOR FAVORITO VAI ESTAR NO ROCK IN RIO, morri.
ENFIM, depois do sucesso do "Conhecendo Miles" (risos), lhes apresento o Conhecendo Travis! Espero que gostem!
Boa leitura, beijos



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Travis.

Se eu falasse que havia me interessado por ela desde o momento em que a vira, seria mentira. Eu havia sim, a achado bonita e muito, muito gostosa, tanto que, me lembrava de ter falado qualquer besteira para ela dentro do supermercado, mas não passara disso. Quando a vi novamente, apenas alguns dias depois, parada em minha porta e acompanhada por uma ruiva gostosa e um cara que se achava o fodão, eu juro que senti meu coração palpitar. Mas, me convenci de que aquilo era apenas porque ela estava extremamente gostosa. Naquela mesma noite, sonhei com ela. Infelizmente, no dia seguinte, descobri que Louis estava interessado por uma garota. Alguns dias depois, ao chegarmos à turma nova... Senti meu coração dar um pulo. Eu não acreditava no que estava vendo. Eu já nem acreditava mais que me interessava apenas por aquelas lindas pernas, eu queria conhecer e me interessar por tudo, exatamente tudo que envolvia aquela garota. Mas, é como dizem por aí. Tudo que vem fácil vai fácil. Eu descobri também que aquela era a bendita garota pela qual Louis estava interessado. Eu juro que tentei ignorar isso, afinal, ele não sabia de nada, mas, aquilo estava me corroendo. Aurora era simpática comigo mesmo sem me conhecer. Eu havia sido um idiota com ela, também sem conhecê-la, tratando-a como uma qualquer dentro do mercado, mesmo que tivesse sido só uma piadinha. Aurora não era garota para aquilo.

Aurora era doce, era incrível. Eu estava me apaixonando pelo movimento que os cabelos escuros dela faziam cada vez que aquela balançava a cabeça para me cumprimentar. Apaixonava-me pelo coque frouxo e sexy que ela fazia no cabelo durante as aulas, me encantava pela forma como ela bufava e amassava folhas quando se irritava com alguma matéria que ela julgava ser difícil. Eu me encantava pelas caretas fofas e irritadas que ela fazia cada vez que Miles a provocava. Pela expressão sonhadora que aparecia em seu rosto cada vez que ela falava na irmã e na mãe. Sentia vontade de abraça-la cada vez que a via se retrair por ouvir alguém falar de ‘pais’ na sala de aula. Porém, infelizmente, à medida que meus sentimentos por Aurora floresciam, em silêncio, eu não podia evitar a raiva que também crescia dentro de mim. Era uma raiva involuntária, sim, mas existia. Porque aquela garota não podia gostar de mim? Porque ela tinha de olhar para Louis como se a vida dela dependesse daquilo? Porque ela tinha que achar que ele a merecia?

Pra falar a verdade, eu não sabia que merda estava se passando na cabeça de Louis. Eu só sabia que estava com raiva de Aurora, com ou sem motivo. Foi aí que Miles apareceu querendo armar contra ela. Lembro-me de ter recusado no começo, com medo do que poderia acontecer, mas a cada segundo eu imaginava como seria a sensação de ter os lábios de Aurora nos meus, e acabei não resistindo. Arrependi-me, é claro. Foi a pior sensação do mundo saber que aquela garota estava em meus braços, sim, mas contra sua vontade. Doeu-me ver Aurora chorando por Louis, e me doeu mais ainda saber que também era por minha causa. Eu só queria que ela fosse feliz. E eu achei realmente que Louis poderia fazê-la feliz, afinal, qualquer um poderia notar que ele estava sim se interessando por ela. Quando eu finalmente resolvi apoiar meu irmão e a garota que eu gostava, foi quando a situação começou a ficar mais difícil de lidar. Ter que dormir e acordar na mesma casa que Aurora todos os dias não seria nada fácil, mas eu estava fazendo o possível para ignorar meus sentimentos, simplesmente porque podia ver que ela estava feliz com meu irmão. Por isso havia me irritado tanto com o que havia acontecido.

Eu cerrava os punhos só de lembrar daquilo, involuntariamente.

Quinta feira.

(n/a: no caso, tudo isso que aconteceu foi no sábado, essa foi a quinta feira que antecedeu o sábado, e ACHO que agora as coisas vão começar a se encaixar e vocês vão descobrir porque o Louis e o Travis mudaram)

"— Eu não vou dizer a ela, muito menos a ele. Não é necessário. – eu disse.

— Cara, você precisa fazer alguma coisa. – Miles me respondeu olhando-me de forma solidária. – Isso já está fazendo mal a você.

— Prefiro que faça mal a mim do que a ela. Ela está feliz, e não pretendo estragar isso.

— Travis, você é um idiota. Louis já está se cansando dela, abra o jogo!

— Miles, pense bem no que está dizendo! Aurora não é um objeto que pode passar de irmão para irmão quando algum deles se cansar dela! – exclamei, irritado.

— Ora. ora... – Louis murmurou, abrindo a porta e entrando no quarto de repente. Senti minha respiração falhar e encarei Miles. Se minha cara estivesse tão branca quanto à dele, eu estava me ‘autodeclarando’ culpado. – Então o pequeno Travis se apaixonou pela garota do irmão? – Louis riu e eu senti vontade de quebrar a cara dele.

— Deixe de ser ridículo, Louis – Miles ralhou. – Isso não é engraçado.

— Pode ficar tranquilo, irmãozinho – Louis disse, jogando-se em sua cama. – Já estou cansado mesmo. Assim que conseguir o que quero, pode pegar Aurora para você.

— O que está dizendo? – questionei, incrédulo.

— Você deveria ficar feliz! Estou a dando para você como um prêmio!

— Eu... Eu pensei que você gostasse dela – murmurei, incapaz de pensar em outra coisa.

— Na verdade, até gostei, no começo, mas ela já me cansou. Cheguei à conclusão de que eu não nasci para ter algo sério com uma garota. Aurora já está me dando nos nervos.

— Você é nojento, Louis – Miles sussurrou. Eu pensava o mesmo.

— Não sou obrigado a ouvir as baboseiras de vocês. Está avisado, Travis. Em breve, Aurora precisará de consolo, e você estará à disposição.

E assim saiu do quarto."

— Será que alguém pode me explicar o que está acontecendo? – Aurora questionou com voz rouca, mais uma vez, arrancando-me de meus pensamentos.

— Oi! – Louis exclamou, pulando da cadeira e se dirigindo até ela. Filho da puta! E não vou me desculpar, mãe. A culpa é sua, quem fez e pariu esse idiota foi você.

— Oi – Aurora murmurou, emburrada. Menos mal. Pelo menos não estava caída aos pés de Louis novamente. – O que é que eu não posso saber?

— Você não prefere se sentar, meu amor? – Louis questionou, repousando a mão na cintura de Aurora. Aquilo me enojou. A mim e a todos que ali estavam, pois todos perceberam o sorriso bobo no rosto dela ao ser chamada de “amor”.

— Você está me assustando, Louis. – ela murmurou, sentando, e eu senti uma imensa vontade de abraçá-la.

— Eu fiz uma besteira ontem à noite, Aurora, e estou muito arrependido. – Louis murmurou, sentando-se a seu lado, de costas para todos nós. Eu senti vontade de socar a cara dele, e tive certeza que, se Miles e Mark fossem um pouquinho mais machos, eles mesmos o fariam.

— O que você fez? – ela questionou e eu pude ver a decepção em seus olhos.

— Eu fui para um barzinho com Alicia e Claire, você sabe, eu estava chateado... E, bem, eu acabei ficando com uma garota. – ele murmurou, passando a mão pelo cabelo. Estava chateado? Oras! Será que eu deveria contar a Aurora que ele não tinha motivos para estar chateado, afinal, ele sabia que Alicia nos convidaria para as tais fotos? Oh, sim, porque ele sabia. Aquilo era apenas um combinado dele com a vaca ruiva, que sabia da paixão dele por essa coisa ridícula de modelos e usou essa fraqueza para se aproximar dele novamente. Claire contou a Louis que tinha sugerido a Alicia que nos procurasse, mas ele escondeu isso de nós, pois sabia que não aceitaríamos.

— A tal de Amber? – Aurora questionou.

— Sim. – ele murmurou, fechando os olhos. Deveríamos também contar a Aurora que eu e Mark havíamos arrancado toda a história dele momentos antes? Devíamos contar que ele não havia ficado com Amber no bar, e sim estava ficando com ela há dias no colégio?

— E que fotos são essas? – ela indagou. Ótimo, pelo menos ela não havia o perdoado na primeira.

— Algum idiota tirou fotos nossas enquanto Amber me agarrava e espalhou para todos do colégio.

O silêncio reinou na cozinha por alguns minutos. Eu não entendia porque ninguém falava nada, porque EU não falava nada. Eu sabia que Louis estava fazendo Aurora de idiota, e, simplesmente não conseguia fazer nada a respeito. Talvez porque eu soubesse que ela nunca gostaria de mim como gostava dele e não queria tirar isso dela.

— Tudo bem. – Aurora murmurou, de repente, tocando a mão de Louis. – Você estava bêbado, eu vi seu estado. As pessoas fazem esse tipo de coisa quando bebem. Não importa mais, já passou. – meu coração se apertou ao vê-la passar a mão pelos cabelos dele e dar um selinho em seus lábios.

Os gays eram Mark e Miles, mas fui eu quem senti as pernas bambearem e tive que segurar as lágrimas.


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Notas finais do capítulo

Se ficou confuso... Essa é a intenção, dã. o Travis está confuso em relação a tudo isso. beijokas lindonasss



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