Três. escrita por jubssanz


Capítulo 25
25. Conhecendo Miles III


Notas iniciais do capítulo

Gurias, não quero ser chata, mas, se continuar assim, vou ter que entrar naquelas de "só posto com reviews", sério. =(
Enfim, eu tentei, mas não ficou bom como eu queria. Quem não for a favor do casalzinho gay da história (Milark, diga-se de passagem) não leia este capítulo.
Latch - Sam Smith (é acústica, só com o Sam e eu prefiro essa, mas procurem a original por aí https://www.youtube.com/watch?v=ME3LqHxa8Ds)
Boa leitura, espero que gostem!



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Miles.

Eu caminhava despreocupado, admirando a beleza daquele dia e sorrindo para todos que passavam por mim na rua. Eu estava feliz. Já se passava uma semana desde que havíamos ido a Salem para... Ora, resgatar Aurora. Há uma semana ela e meu irmão estavam se entendendo perfeitamente, há uma semana eu e ela nos dávamos muito bem – eu havia contado a ela sobre, er, sobre ser gay, e para minha surpresa, Aurora dera pulinhos pelo quarto inteiro perguntando se eu gostava de Mark. Me lembro de ter corado. E melhor ainda, há uma semana, eu e Mark nos falávamos. Nos tornávamos cada vez mais amigos, cada vez mais próximos e nos víamos todos os dias. Meu carinho por ele crescia diariamente e eu arriscava dizer que o sentimento era recíproco. Era sábado de manhã e eu caminhava alegremente até sua casa, pois ele me convidara para o almoço.

Apertei a campainha e dona Celine, avó de Mark abriu a porta imediatamente, sorrindo.

— Bom dia, querido Miles! – a vozinha me disse.

— Bom dia, vó! – respondi enquanto ela me dava um beijo no rosto e abria passagem.

— Mark está lá em cima. Pode subir, já estou terminando o almoço – ela disse e eu assenti, corando. Eu sabia que vó Celine achava que eu estava lá... daquela maneira, e isso era bem estranho. Mas mais estranho ainda era saber que eu... Bem, eu queria estar lá daquela maneira.

Subi rapidamente as escadas e me dirigi ao quarto de Mark, batendo na porta. Quando ele a abriu, eu senti que havia morrido.

Olhei-o atenta e vagarosamente. Mark estava com os cabelos molhados e despenteados. Seus olhos brilhavam. Seus lábios estavam avermelhados, como se ele tivesse passado muito tempo os mordendo. Estavam deliciosos. Desci o olhar até seu pescoço descoberto, onde várias gotinhas de água repousavam. Imaginei qual seria a sensação de tirá-las dali... Com a língua. Desci ainda mais o olhar e tive que segurar o impulso de tocá-lo. Mark estava sem camisa e seu peito nu praticamente gritava meu nome. Senti vontade de deslizar meus dedos por tudo aquilo. Mark não fazia o estilo bombadão, mas também não era magrelo. Seu tórax era liso e definido, com belos quadradinhos salientes. Ele usava uma bermuda jeans larga, que deixava bem a vista o lindo – e delicioso, e maravilhoso, e desejável – rastro de pelinhos que ia de seu umbigo até onde minha imaginação podia me levar. (n/a: queridas, sei que tem gente que acha isso nojento, mas a Julinha Maravilha aqui acha esses pelinhos divinamente deliciosos, então, não deem bola! Hahahaha)

— Entre – Mark sussurrou. Acho que mordi o lábio involuntariamente.

— Oi – sussurrei, dando um passo para dentro do quarto.

— Eu já estava com saudades! – Mark exclamou, estendendo seus braços e me abraçando. Se aquele boy soubesse o efeito que aquilo causava em mim, não o faria. Oh, Jesus.

Estávamos ambos na cama de Mark, em silêncio. Nós dois estávamos deitados de barriga para cima, admirando o teto do quarto, e ambas as mãos que estavam sob a cama repousavam uma em cima da outra, de forma um tanto quanto tímida. A situação se tornava cada vez mais estranha e... Gostosa entre nós. Quando digo gostosa, não quero dizer ‘hot’, quero dizer simplesmente bom. Era bom estar perto de Mark. Ele já não me provocava nem mesmo me colocava na parede como fazia antes, afinal, acho que ele se tornara tão tímido em relação a mim quanto eu era com ele. Eu só sentia que queria e precisava ficar perto dele, e arriscaria dizer que ele sentia o mesmo. Mas, nos últimos dois dias, aquilo não estava sendo o suficiente para mim. Eu queria mais de Mark, queria Mark para mim. Mas eu não via como aquilo poderia acontecer, afinal, eu era apenas um garotinho bonitinho de dezessete anos que ainda cursava o colégio, e Mark já era um homem lindo e divo, no auge dos seus vinte e um anos que arrasava no basquete e na faculdade de Direito.

— Argh, chega. Não aguento mais. – Mark resmungou repentinamente, me tirando de meus pensamentos deprimentes.

— O que foi? – questionei.

— Eu já disse, não aguento mais. – respondeu-me, fechando os olhos.

— Isso eu entendi, meu bem. Mas não aguenta mais o que? – questionei sem olhá-lo.

— Isso é pouco para mim. Eu preciso de mais. – ele disse, finalmente se virando. Mark me encarou nos olhos e eu senti meu corpo arrepiar. Também me virei, ficando de frente para ele e apoiando a cabeça em meu cotovelo.

— Mais... ? – questionei, sentindo um leve temor na voz.

— Sim, Miles, preciso de mais de você.

Sorri, involuntariamente e senti meu coração saltitar. Mas a minha insegurança de adolescente idiota foi maior e eu simplesmente não consegui segurar as benditas palavras.

— Eu não sei se isso é certo – murmurei, e me arrependi no mesmo instante, vendo a a expressão de Mark mudar.

— Você... você não me quer, Miles? – ele questionou tristemente e eu senti vontade de... Oh céus, como eu senti vontade de beijá-lo!

— É claro que eu quero, Mark – respondi, corando e ele voltou a sorrir.

— Então qual é o problema?

— Eu acho que somos tão diferentes, sabe? Você já é um homem, conhece tanta coisa, eu sou apenas um garotinho e...

— O que você está dizendo? – Mark me interrompeu. Sua expressão era divertida, quase incrédula. Mark sentou-se na cama, sem tirar os olhos de mim. Fiz o mesmo, sentando-me também de frente para ele. Nossa conexão visual era muito mais que intensa.

— Estou dizendo que não tenho para para lhe oferecer. – respondi, tristemente. – Sinto muito, Mark.

Ele sorriu no mesmo instante, me confundindo, e fechou os olhos. Mark estendeu sua mão e pegou a minha. Eu prendi a respiração. Ele levou minha mão até seu peito.

— Você sente isso, Miles? – ele questionou ainda de olhos fechados.

— Sim. – eu murmurei. Sim, eu sentia. Sentia seu coração acelerado, da mesma forma em que o meu se encontrava.

— É isso que você causa em mim cada vez que diz meu nome. – ele disse suavemente e eu suspirei, sem me conter. – E você está dizendo que não tem nada para me oferecer.

Mark abriu seus olhos e me encarou intensamente. Senti vergonha por ser tão tolo e quase estragar aquele momento. Criei coragem e deslizei minha mão sob seu pescoço, chegando até seu rosto, e ali repousei a mão delicadamente.

— Eu poderia fazer uma lista de todas as reações que eu tenho a você, sabia? – Mark indagou, sorrindo. Ele fez o mesmo que eu, levando sua mão até meu rosto. Senti minha face esquentar. – Mas, sinceramente, ao invés de perder tempo falando, eu prefiro mostrar a você.

You lift my heart up (Você levanta o meu coração)

When the rest of me is down (Quando o resto de mim está pra baixo)

You, you enchant me, even when you’re not around (Você, você me encanta, mesmo quando não está por perto)

If there are boundaries, I will try to knock them down (Se houver barreiras, vou tentar derrubá-las)

I’m latching on, babe, now I know what I have found (Estou me prendendo a você, querido, agora sei o que encontrei)

Mark tirou sua mão de meu rosto e tocou meu ombro. Eu entendi o que ele queria. Ele esticou as pernas e foi se deitando na cama, lentamente. Deitei-me a seu lado, sem quebrar nosso contato visual.

Quando nossas cabeças dividiam o mesmo travesseiro, Mark estendeu sua mão mais uma vez.

— Você me quer, Miles? – Mark questionou, tocando meu rosto. Eu podia sentir sua respiração, podia ver exatamente o brilho de seus olhos e o contorno de seus lábios, seu nariz quase roçava no meu. E eu simplesmente não consegui responder. Então, decidi fazer outra coisa.

I feel we’re close enough (Sinto que somos próximos o bastante)

I want to lock in your love (Quero me prender no seu amor)

I think we’re close enough (Acho que somos próximos o bastante)

Could I lock in your love, baby (Poderei me prender no seu amor, querido)

Reuni toda a coragem que havia dentro de mim, misturei-a com todo o carinho e desejo que eu sentia por Mark e fechei meus olhos. Eu não sabia se ele havia fechado os dele também, não sabia se estava me encarando, não sabia se me rejeitaria ou se queria aquilo tanto quanto eu. Mas eu precisava daquilo. E foi com esse pensamento que eu acabei com a distância e encostei meus lábios nos de Mark. Senti todo meu corpo reagir, e de repente, eu explodi. Me distanciei imediatamente, envergonhado e abri os olhos. Mark sorria. Antes que eu pudesse me explicar ou me desculpar, no entanto, as posições já haviam mudado. Mark tinha mais uma vez me prensado. Acho que ele deduziu que minha coragem se esvaíra por completo e resolvera tomar conta da situação. Eu estava deitado na cama, de barriga para cima, e Mark estava sob mim, com as mãos apoiadas ao lado de minha cabeça. Era incrível vê-lo daquela forma. Tão distante e tão perto. Eu sorri e Mark baixou seu rosto, lentamente. Quando meu nariz roçava o dele, ele se afastou, rindo. Suspirei. Ele continuou acima de mim, me encarando atentamente e sorrindo. Mais uma vez, ele baixou o rosto. Roçou seu nariz no meu e finalmente, graças aos céus, Mark selou seus lábios nos meus. Seus lábios eram macios como eu imaginei que fossem, e, para minha surpresa, eram quentes. Mark entreabriu os lábios e passou sua língua por meu lábio inferior. Eu poderia gritar de alegria. Ele então afastou sua boca, mas continuou com o rosto perto do meu. Mark roçava seu nariz e boca por meu rosto, meu pescoço e por fim minha orelha. Eu suspirava, sem conseguir me conter. Mark depositou um beijo demorado em meu pescoço e mordeu o lóbulo de minha orelha, e eu não consegui mais me conter. Eu sabia que me envergonharia daquilo mais tarde, mas naquele momento, eu precisava o fazer. Levei minha mão até seu cabelo macio e entrelacei meus dedos nele. Pude sentir Mark sorrir. Então, com força, o segurei e puxei seu rosto até o meu. Mark me encarou atentamente, sorrindo, e eu senti meu corpo se arrepiar.

— É assim que eu gosto – ele murmurou antes de me beijar.

Aquela era a melhor sensação do mundo, porque é que eu não havia experimentado antes? Os lábios de Mark eram macios, seu toque ora em meu rosto ora em meu cabelo era delicado e sua língua era curiosa. Meus dedos desobedientes insistiam em puxar os cabelos de sua nuca, e eu sentia Mark suspirar cada vez que eu o fazia. Estremeci quando sua mão apertou minha cintura e me deliciei quando seus pés afastaram minhas pernas e ele se posicionou entre elas. Antes que eu pudesse me conter, minhas mão arranhavam suas costas e Mark mordia meu lábio inferior.

— Meninos, o almoço está pronto! – a vó exclamou, batendo na porta, e eu ofeguei. Mark riu, ainda me beijando e, infelizmente, afastou-se de mim. Quando ele me olhou e sorriu, ofegante, corado e com os lábios deliciosamente vermelhos, eu senti que não precisava de mais nada no mundo.

Now I’ve got you in my space (Agora que eu tenho você no meu espaço)

I won’t let go of you (Não vou te libertar)

Got you shackled in my embrace (Tenho você algemado em meus braços)

I’m latching onto you (Estou me prendendo em você)


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Notas finais do capítulo

Migas, desculpem mas não sei fazer isso de forma fofinha lindinha mimimi nhenhenhe simplesmente pq: o Mark não é assim. em certos momentos será, claro, mas em geral... não.
Por favor, comentem!



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