Três. escrita por jubssanz


Capítulo 24
24. De volta!


Notas iniciais do capítulo

OIES, adivinhem quem (euzinhaaAaAaA) voltei!
Peço desculpas por não ter postado, gente, é que sério, estou deprimidamente deprimida. Reprovei em Matemática, vocês acreditam? Enfim.
Gente, queria pedir uma coisa. Quem ler, por favor, COMENTE! Mesmo que seja só um "oi", é só pra eu saber que tem alguém aí... Ter apenas uma leitora é triste - mesmo que ela seja maravilinda. Enfim, espero que gostem. (eu sei que o cap tá chatinho, é só pra "retomar".) BEIJOS AMORECOS



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— Aurora, precisamos conversar – mamãe me disse enquanto estávamos todos sentados a mesa comendo bolo de chocolate com cereja, mousse de maracujá e torta de maçã.

— Agora? – questionei, arqueando a sobrancelha. Louis segurava firmemente minha mão por baixo da mesa.

— Sim, meu amor, agora – ela respondeu. Mark e Rebecca soltaram os potes de sobremesa e me encararam, sorrindo. Marise e Ferdinand me olhavam como se eu tivesse perdido alguma piada interna, Travis e Miles piscavam para mim a cada cinco segundos, Lucy dormia no colo de vovó e ela e meu avô me encaravam ansiosamente. O único que parecia não esboçar nenhuma reação – assim como eu – era Louis.

— Certo – murmurei.

— Você gostaria de voltar para Canby? – minha mãe questionou, direta.

— Mas é claro! – gritei, sem me conter, acordando Lucy e fazendo todos na mesa rirem. – Nós vamos voltar?

— Na verdade, você vai voltar – Marise respondeu.

— O quê? Eu? Porque? – questionei, confusa.

— Vai morar conosco! – Becky exclamou. – Não é ótimo, amiga?

— Não – murmurei, sem entender. – Quer dizer, é ótimo voltar e morar com vocês, mas... e minha mãe? E Lucy? E porque eu vou voltar?

— Porque eu percebi que esse é o melhor para você, filha – mamãe respondeu.

— O melhor para mim é estar com vocês – rebati, seca. É claro que eu adorava a ideia de voltar para minha cidade querida, com meus amigos queridos e meu Louis querido, mas... Não sabia se era certo.

— Assim que possível, nós voltaremos também – mamãe respondeu, dando de ombros.

— Já não estou entendendo mais nada – resmunguei. – Viemos para cá porque o dinheiro era pouco e não conseguiríamos nos manter, não é? E como assim vamos voltar assim de uma hora para outra?

­ — Como você é complicada, querida – Ferdinand respondeu, rindo. – Seguinte, já que todo mundo aqui é meio enrolado, vou tomar partido nessa história, levando em consideração que também estou envolvido. Sua mãe mentiu para vocês. A renda de vocês é boa o suficiente para manter todos nós aqui nessa mesa.

— Não acredito. – murmurei, encarando minha mãe. – Mas que diabos...? Porque é que estamos aqui, afinal? – questionei, coçando a cabeça.

— Seu pai está morando em Canby. – vovó me respondeu. – Com a nova namorada.

— Ah. – respondi.

Então era isso. A nova namoradinha do papai que provavelmente teria idade para ser minha irmã estava no pedaço. Ótimo. Senti uma onde imensa de carinho por minha mãe, percebendo que ela havia feito aquilo para nos proteger de uma suposta dor. Mas eu sabia que eu não sentiria nada. Em relação a meu pai, eu simplesmente... não sentia.

— Então, você quer voltar? – Travis questionou, me encarando, e seus olhos brilhavam.

— Querer eu quero – exclamei feliz, rindo. – Mas não sei se devo.

— Porque não? – Mark questionou, suplicante.

— Minha mãe e Lucy vão ficar para trás e... – comecei, mas meu avô me interrompeu.

— Pelo amor de Deus, Aurora! – ele exclamou. – Deixe de ser chata! Sua mãe já não disse que em breve voltarão para Canby? Qual o problema então?

Tirei alguns segundos para rir, surpresa pela explosão de meu avô.

— Só estou tentando entender toda a situação. – expliquei. – Se minha mãe e Lucy vão voltar, porque eu deveria morar com os Carter?

— Se você não quer morar conosco é só avisar – Miles respondeu, ácido, me mostrando a língua.

— Ora, ora... Vejo que seu amor por mim não dura muito tempo – respondi rindo, e ele me atirou um beijo.

— Certo, voltemos a parte burocrática da coisa – mamãe disse, rindo. – Você vai morar com os Carter porque você vai voltar agora e nós não. Eu e Lucy ficaremos aqui até o final do semestre, porque eu acho que seria prejudicial para ela fazê-la mudar de escola novamente. Acho difícil eu conseguir uma vaga na mesma escola que ela estava frequentando em Canby.

Assenti, entendendo a situação, mas outro pensamento me incomodou.

— Bom, esse é outro problema – comentei. – Duvido que eu também consiga minha vaga na Canby High School, e a diretora vai querer me matar, afinal, que tipo de aluno tranca a matrícula e volta uma semana depois?

— Querida Aurora, faço minhas as palavras de seu avô. Você é mesmo uma chata – Ferdinand disse rindo e eu corei. – Imagino que nunca tenha percebido que a diretora da escola se chama Theresa Carter, não é?

— Carter? – questionei.

— Sim, Theresa Carter, irmã de Ferdinand Carter. Imagino que ela não vai se importar em renovar sua matrícula.

— Oh. – murmurei simplesmente. Eu não sabia o que falar. Estava feliz demais por saber que poderia voltar a cidade a qual eu havia me habituado de forma tão rápida.

— Acho que agora acabamos a discussão. – Louis falou, pela primeira vez. – Agora é hora da decisão. Você vai voltar conosco? – ele questionou, enquanto estendia a mão para afastar uma mecha de cabelo que caía por sob minha face. – Você vai voltar para mim? – sussurrou em meu ouvido, fazendo todo meu corpo se arrepiar e cada terminação nervosa de meu corpo se manifestar.

— Você tem certeza, mamãe? – questionei, entrando em seu quarto. Ela e Marise estavam sentadas na cama enquanto Ferdinand e os garotos haviam ido abastecer o carro. Já passava das duas da manhã e eles estavam se preparando para ir embora. Travis e Miles iriam com eles, e Mark, Rebecca e Louis ficariam comigo até o outro dia, então nós cinco voltaríamos juntos. Eu queria passar aquela noite com Miles e Travis também, mas infelizmente, não caberíamos todos no carro de Mark, e como bom estudante de Direito – e gay implicante – ele não aceitaria o excesso de passageiros em seu carro. Embora eu tivesse certeza de que ele estava gostando demais da companhia de Miles.

— Tenho, meu bem. Certeza absoluta. Na verdade, acho até que não deveríamos nem ter saído de lá. – ela disse e eu assenti, sorrindo. Conversei por mais alguns instantes com elas e subi para meu quarto, onde Rebecca me esperava.

— Oi, Becky – murmurei, abrindo a porta.

— Olá! – ela exclamou. – Senti tanto a sua falta, Aurora!

— Eu também. Mas agora não precisamos mais sentir saudades de ninguém! – ri, pulando na cama.

— Então... Você vai querer dormir no meu quarto ou no dos garotos? – ela questionou, sorrindo de forma debochada. – Tenho certeza de que Louis adoraria dividir a cama dele com você.

— Rebecca! – exclamei, rindo. – Na verdade, Louis está estranho. Ele ficou quieto demais, a noite inteira. Quase não ouvi a voz dele.

— É claro, você estavam praticamente dentro das bocas um do outro, como esperava ouvir a voz dele?

­ — Idiota! – ralhei, rindo. – Estou falando sério.

— Eu sei. Também notei isso. Mas ele só deve estar se acostumando com a situação, dê um tempo a ele. Ele também não sabia que você iria voltar. Foi surpresa para os dois.

— Ah. Entendi. – comentei e me levantei da cama, abrindo o guarda-roupas. Eu queria menos palavras e mais ação, pois só assim saberia que o que estava acontecendo era mesmo verdade. Eu estava com Louis. E estava voltando para Canby com Louis.

Entrei na cozinha em silêncio e acendi a luz. Olhei direto para o relógio e constatei que eram quatro e trinta e sete da madrugada. Todos dormiam. Rebecca estava no meu quarto comigo e Lucy e Louis e Mark estavam no quarto que costumava ser de meu tio Ed. Eu não havia conseguido pregar os olhos durante duas horas. Algo me incomodava, mas eu não sabia o que. Percebi que estava parada encarando o relógio a tempo demais, por isso, ri, me virando lentamente. No mesmo instante, levei as duas mãos a boca para conter o grito que por pouco escapara. Havia um criatura loura sentada no banco da cozinha, me encarando. Seus olhos azuis me enfeitiçavam e de longe eu podia sentir seu cheiro inebriante de morango.

— Oi – murmurei, e Louis me encarava intensamente. Senti todo meu corpo se arrepiar apenas com aquele olhar.

— Venha cá – ele murmurou, estendendo os braços. Deduzi que ele havia dormido, pois sua voz estava extremamente rouca, e aquilo provocou uma reação muito engraçada em mim.

Caminhei quase que automaticamente até ele e sentei em seu colo. Louis segurou minhas duas mãos enquanto apoiava seus lábios frios em meu pescoço descoberto. Me contorci, fazendo-o rir.

— Você não gosta? – ele sussurrou em meu ouvido, mordendo o lóbulo de minha orelha.

— Gosto mais do que deveria – respondi, corando no mesmo instante. Porra, Aurora!

— Acho que nós dois gostamos o suficiente. – tive que me controlar para não dar um pulo ao sentir seu hálito fresco ainda em meu pescoço, resultado de sua risada. Era tão confortável estar e ficar com Louis. Era maravilhoso.

— Nem acredito que vou ter você para mim, comigo, todas as horas do dia – ele murmurou e eu senti meu coração esquentar. Eu não saberia o que responder, então apenas virei a cabeça e encostei meus lábios nos dele, suspirando. Eu me sentia... faminta. Louis apoiou uma mão em minha cintura e desenhou o contorno de meus lábios com o polegar, fazendo um gemido baixo escapar por entre meus lábios. Eu estava encantada demais para me preocupar em sentir vergonha.

— Você... você me encanta, Aurora – Louis murmurou, ainda com voz rouca, e eu senti que poderia dançar La Bamba, de tão feliz que estava.

— Não mais do que você me encanta, Louis. – eu respondi, dando-lhe um selinho e me levantando de seu colo. Peguei sua mão e corri para a sala enquanto ele protestava. Eu ri e me deitei no sofá, fazendo-o deitar-se a meu lado. Louis me abraçou e encaixou perfeitamente suas mãos em minha cintura, enquanto minha mão repousava em sua face. Eu senti que naquele momento sim, conseguiria dormir profundamente.

Adormeci pensando no que dona Sophie acharia ao acordar no outro dia e encontrar sua filha dormindo abraçada com o... Amigo no sofá. Bom, poderia ter sido pior. Eu poderia tê-lo levado para minha cama, o que também não seria má ideia...

Para bailar la bamba...


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Notas finais do capítulo

Por favor, não me matem! Eu sei que tá um saquinho essa coisa da Aurora ir e voltar, mas juro que isso é importante! Beijocasss



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