Três. escrita por jubssanz


Capítulo 21
21. Um "não convite".


Notas iniciais do capítulo

Oie amores da tia Jubs! Como vocês estão? Eu estou FUCKING VERY HAPPY (oi?) pq meus amores arrasaram no Brit hahahaha alguém aí gosta de One Direction, Sam Smith ou George Ezra?
Enfim, desculpem pelo capítulo sem sal, isso aqui é só pra não esquecerem da Aurora, pq ela não é muito lá importante nesse ponto da história... hahaha
Boa leitura, beijos!



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Quinta-feira.

— Vamos, conte! – Theodore me dizia.

— Nah, você não quer saber – resmunguei.

— Babe, se estou perguntando... É porque quero saber.

— Tudo bem. Talvez eu quem não queira falar.

— Oh, certo. Perdoe-me pela invasão domiciliar, senhorita Aurora.

— Theo, seu idiota, você não está tentando invadir minha casa, e sim meus assuntos pessoais! – ralhei, rindo.

— Oh, você está certa. Desculpe. – Theo me encarou, sorrindo.

Era quinta-feira, meu terceiro dia de aula. Nós havíamos saído do colégio e ele havia se oferecido para me acompanhar até a casa de meus avós.

Vacilei. Theo mesmo sendo brincalhão, era muito sério e passava a maior parte da manhã de cara fechada. Isso me lembrava de Miles. Theo fazia as piadas mais idiotas e ria de si mesmo, como se houvesse aprendido com Travis. Pude perceber que ele era irônico, ácido e fazia careta quando não gostava de algo, da mesma maneira que Rebecca fazia. E... Bem... Theo havia me tratado muito bem, havia me feito rir e agia como se nos conhecêssemos desde sempre, mas não era a mesma coisa. Não chegava aos pés de Louis. Eu ainda sentia um vazio enorme cada vez que pensava nele.

— Terra chamando Aurora! Você está bem? – Theo me chamou, do nada.

— Ah, sim, desculpe. Só estava pensando na vida. – tentei sorrir.

— Na vida ou no namorado que a senhorita provavelmente deixou para trás na outra cidade? Pode ser sincera.

— Não tenho namorado – resmunguei. Porra, Theo! Deixei um garoto para trás sim, mas ele não é meu namorado e você não precisa me jogar isso na cara, ridículo!

— Não acredito! – ele gritou no meio da rua, forçando uma cara de surpresa. Fui obrigada a rir.

— Cale a boca, seu idiota! – ralhei, mas também ria. – Bem, meus avôs moram ali. – comentei, apontando o sobrado verde logo a frente.

— Ah, tudo bem. Gostei muito de te conhecer, Aurora! – ele me disse sorrindo.

— Também gostei, Theo, você é muito simpático. – murmurei, corando.

— Que bom. Vejo você amanhã?

— Claro, até amanhã! – e entrei correndo “em casa”, envergonhada.

— George ligou mais cedo. – meu avô murmurou durante o almoço, e, inevitavelmente, o silêncio reinou na mesa.

— O que ele queria, pai? – mamãe questionou.

— Saber das meninas. Eu respondi àquele imbecil que vocês nunca estiveram melhor. – meu vô respondeu indignado, me fazendo rir.

— Ah! – minha mãe exclamou dando um salto na cadeira. – Lembrei-me de algo! Aurora, neste sábado, vou precisar que você leve Lucy para passear.

— Sábado? Mas sábado é meu aniversário, mãe! – protestei.

— Eu sei, minha filha, mas não temos outra opção. Preciso levar sua avó ao médico e não posso levar Lucy conosco.

— Mãe! Meu aniversário!

— Aurora, basta. Você vai fazer o que estou pedindo e fim de conversa. Você sabe que, de qualquer forma, não poderíamos fazer nada para comemorar. Você bem sabe que estamos sem dinheiro.

— Certo. Mas temos dinheiro para levar Lucy para passear. Ótimo. – retruquei.

— Aurora, já chega!

— Não chega não, porque isso é muito injusto! A senhora só pensa na Lucy e...

— Suba. – minha mãe me disse entredentes, me interrompendo. – Agora.

— Que seja – resmunguei, dando de ombros, chateada. Levantei-me da mesa sem mais uma palavra e subi. Ao entrar no quarto, jurei ter escutado risadas vindas da cozinha. Bando de loucos.

Loucos. Loucos... Mark! Rebecca! Meu aniversário não precisaria ser tão terrível, afinal.

Corri até meu celular e rapidamente disquei o número de Mark. Meu viadinho favorito atendeu no primeiro toque.

Alô?

— Oi, meu amor! – berrei, fazendo-o rir.

Bela Adormecida! Que saudade! Como você está? – ele questionou.

— Irritada, e você?

Com saudades! – eu jurei ter escutado uma voz conhecida – ou melhor dizendo, três vozes conhecidas, mas afastei esse pensamento. Eu estava tão cismada com os garotos que estava até ouvindo coisas.

— Também estou morta de saudades. Escute, liguei para perguntar uma coisa. Será que você é Rebecca conseguirão vir esse fim de semana? Sábado é meu aniversário!

Oh, meu amor... – Mark murmurou e eu soube que a resposta seria... não. – Eu tenho uma prova importantíssima na faculdade semana que vem, preciso estudar! E Marise provavelmente não vai deixar Rebecca ir de ônibus... Eu lamento tanto, Aurora!

— Tudo bem – resmunguei, desanimada. Prova na faculdade? Quem é que tem prova na primeira semana de aulas?

— Mas eu prometo que na outra semana nós aparecemos aí na sexta e ficamos até o domingo!

— Não precisa, Mark... Relaxa, eu tô tranquila. – resmunguei. – Minha mãe tá me chamando, vou desligar. Boa prova para você, até mais. – e desliguei o celular antes que ele falasse mais alguma coisa. Droga. Esfreguei a bochecha furiosamente, querendo acabar com as lágrimas chatas que mais uma vez escorriam.

Sexta-feira.

­— Meu bem, acorde, você vai se atrasar – minha mãe murmurava, me cutucando.

— Oi – resmunguei, abrindo os olhos.

— Desculpe por ontem – dona Sophie disse, sentando-se em minha cama.

— Tudo bem, passou. Me desculpe também – eu realmente não queria falar sobre a discussão do dia anterior. Falar sobre aquilo me lembraria mais uma vez o quanto eu estava chateada com toda aquela situação.

Dona Sophie deu um beijo em minha testa e se levantou. Eu fiz o mesmo, e fui – tediosamente – me arrumar para ir ao colégio.

Caminhei lentamente até o mesmo, lembrando, que, há algumas semanas atrás, eu também estaria caminhando até o colégio, mas muito mais animada e acompanhada de meus amigos.

— Ei, Aurora! – ouvi uma voz feminina chamar e me deparei com Clarice e Samuel. Me forcei a sorrir e parei para os esperar.

— Bom dia – eu disse, quando os dois me alcançaram.

— Como vai? – Sam questionou.

— Bem, e vocês? – respondi.

— Também – Clarice respondeu sorrindo. Sorri, de volta. Nem tudo estava perdido, afinal. Pelo menos eles eram legais. Nessa hora, tive uma ideia.

— Ei, amanhã é meu aniversário, mas como boa irmã mais velha chamada babá, eu preciso levar minha irmãzinha ao parque. Vocês gostariam de ir conosco? Poderíamos comer alguma coisa e jogar conversa fora – convidei, esperançosa.

— Oh, Aurora, sinto muito, mas não podemos! – Clarice respondeu, sorrindo tristemente. – Sam tem jogo e eu sempre o acompanho. Lamento muito!

— Tudo bem – murmurei, forçando para conseguir disfarçar a decepção na voz.

— Mas você pode convidar Theo para ir com você, ele adoraria. – Sam comentou de forma presunçosa e eu cheguei a me engasgar.

— É verdade, Aurora, ele gostou de você!

— Ah, é? – questionei.

— Sim! Ontem ele passou o dia me atormentando para falar de você – Sam comentou, rindo, e eu corei.

— Aliás, ele vem vindo aí – Clarice cantarolou.

Oh, merda.

— Bom dia! – a voz de Theo cantou.

— Bom dia – eu, Clarice e Sam respondemos. Será que seria muito difícil para aqueles dois tirarem aqueles sorrisos irritantemente presunçosos da cara?

— Como vocês estão? – Theo perguntou educadamente no instante me que entrávamos no colégio.

— Estamos todos bem e Aurora quer te convidar para um passeio. – Sam disse descaradamente eu arquejei.

— É mesmo, Aurora? – Theo me perguntou, sorrindo. – E porque não me disse antes? Aliás, onde vamos?

Certo. Eu mereço. Theo era legal, mas... Não fazia meu tipo. Aliás, eu estava começando a achar que meu tipo era único. Mas o dito cujo estava bem longe de mim e namorando uma vaca ruiva, então...

— Nós vamos ao parque amanhã, Theo. Espero que seja divertido – comentei de forma sincera, sorrindo para Theo.

Eu me revirava na cama, sem conseguir dormir. Ainda estava sim com saudade dos meus amigos, chateada com minha mãe por não se importar com meu aniversário e irritada porque teria que aguentar um colega chato que só sabia falar do Capitão América, mas... algo maior estava me incomodando. E eu sabia bem o que era. Eu fechava os olhos e via Louis. Eu estava ficando louca, não havia outra explicação. Uma paixonite não podia durar e incomodar tanto assim. Tentava me distrair de todas as formas, assim comecei a pensar em músicas aleatórias. Cheguei a um ponto em que só conseguia pensar em músicas depressivas, e aquilo me irritou mais ainda. Sem querer, senti as lágrimas escorrerem por minha face. Eu já não aguentava mais chorar. Por fim, uma música que eu conhecia mas nem lembrava da existência invadiu minha mente. Eu conhecia bem a melodia, mas me lembrava muito vagamente da letra.

"And being here without you (Estar aqui sem você)

It's like I'm waking up to (É como se eu acordasse e)

Only half a blue sky (Há apenas metade do céu)

Kinda there but not quite (Como se estivesse lá, mas não completamente)"

Era tudo que eu conseguia me lembrar da letra da música. Calculei que já devia passar da meia noite, logo, eu já tinha dezoito anos. Peguei meu celular para conferir o horário, e no instante em que toquei o celular, ele vibrou em minha mão. Meu coração vibrou junto. Era uma mensagem. De Louis. Cliquei no ícone da mensagem com os dedos trêmulos.

"Feliz aniversário, pequena."

Era o que dizia.

"I'm walking round with just one shoe (Estou andando por aí com um só sapato)

I'm a half a heart without you (Meu coração está pela metade sem você)"

Finalmente, havia me lembrado do resto da música.


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Notas finais do capítulo

Eu dei uma lida nessa bagaça e estou com medo de que vocês se percam um pouco no tempo, então, vamos lá: a Aurora passou exatamente um mês morando em Canby, sendo que na primeira semana ela conheceu as pessoas, segunda semana ela passou com a Becky e o Louis e nas terceira e quarta semanas ela "se enfiou num casulo", segundo nosso amigo Mark. Daí, na segunda feira ela se mudou pra Salem. Segunda, terça e quarta não tiveram nada muito interessante, por isso pulei esses dias, certo? Eu sempre vou dar um jeito de dizer em que dia da semana se passa, mas qualquer dúvida, me perguntem, sério! Beijos



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