Stefan POV:

Ele podia sentir todo o sangue subindo pela sua cabeça fazendo seu corpo ferver de raiva assim que ouviu todas as atrocidades que Klaus planejava pra sua filha, obviamente que Stefan não permitiria nada daquilo, apenas passando poucos minutos perto daquela criança ele sentiu que deveria protegê-la e a amá-la com sua vida, e assim o faria. Logo Rebekah também atormentada com tudo que seu irmão disse segurou nossa filha em seus braços, eu voltei meu olhar coberto de raiva para Klaus e sem hesitar avancei sobre ele, prendendo seu corpo contra a parede, e o engraçado é que Klaus não tentou fugir, então Stefan explodiu em palavras.

– Ela é apenas uma criança! Pode ter mais de 90 anos, mas olha pra ela, não parece ter mais que 6, fomos amigos por muito tempo mas se você ousar repetir essas palavras novamente para minha filha, podem ser suas ultimas palavras Klaus, eu estou cansado de assistir todas suas crueldades e injustiça. Eu te mato, eu juro que eu acabo totalmente com você, deixe-nos em paz, é melhor você se acostumar que esse ser que eu e Rebekah geramos é também sua sobrinha, você não tem opção, você não encostar um dedo se quer nela, portanto, saia! –

Stefan não imaginava que era capaz de exercer tanta força sobre o tão poderoso hibrido Klaus, mas naquele momento só queria acabar com tudo aquilo, havia tanta coisa que ele queria descobrir sobre Clara, apenas uma noite seria pouco, mas ele tinha a certeza que não a abandonaria jamais, agora Elena foi deixada pra trás, ele estava completamente cativado por aquela garotinha que parece tão especial e de fato é. Por toda sua vida ele perdera a esperança de ser pai devido ao fato de ser um vampiro, mas Rebekah conseguiu realizar seu sonho mesmo em segredo, e agora os três estão finalmente juntos, como uma família.

Klaus POV:

Inacreditável, única palavra que consigo expressar no momento, meu amigo de anos e também um seguidor meu Stefan Salvatore está contra mim, minha própria irmã contra mim, tudo por causa daquele projeto de vampira bruxa ou seja lá o que é aquela menina, desde que eu a vi ainda bebê sabia que mais cedo ou mais tarde ela iria me causar problemas. Não queria proibir minha irmã de ser feliz, encontrar o amor e ter uma família, mas convenhamos, Rebekah é muito fraca quando se trata de sentimentos, ela conta os segredos da família para o primeiro que a chamar de ‘linda’, ela é muito vulnerável, e agora os dois estão planejando em me matar, eu não vou desistir de acabar com a vida daquela criança e já deixei bem claro quais os motivos que me levaram a isso, não existe lugar no mundo para nós dois. Não suportava mais aquele drama, e após ser solto por Stefan eu direcionei um olhar frio para os dois.

– A hora dela vai chegar. –

Deixei a casa assim que disse e fui em direção a floresta.

Rebekah POV:

Ela não conseguia pensar em mais nada a não ser querer passar o resto de seus dias com sua menininha, Rebekah conseguiu ignorar até a atitude ridícula de seu irmão enquanto acariciava uma das bochechas rosadas de Clara, no intuito de acalmá-la, como ela poderia amar tanto alguém que viu por algumas horas apenas? O amor que sentia por aquela criança não era desse mundo, e pela primeira vez na vida Rebekah sentia que também era amada pela filha, assim que seu irmão deixou sua casa a vampira Original olhou para Stefan que tentava se acalmar, ela se aproximou dele e fez um leve e calmo carinho sobre suas costas.

– Obrigada. –

Era tudo que conseguia dizer após vê-lo dizer que também protegeria Clara com toda sua força, talvez agora ele pare de colocar Elena acima de tudo e perceba o que realmente vale a pena. Depois que o agradeci recebi um sorriso vindo do mesmo.

Clara POV:

Ela não poderia negar que aquela situação a deixou espantada em todos os sentidos, havia alguém que aparentemente era também seu tio que planejava sua própria morte, Clara não sabia que era a criatura mais poderosa do mundo e também não sabia que tinha pais tão maravilhosos quanto aqueles, ela sentia que ali nos braços de Rebekah e de Stefan ela estava completamente segura e protegida de qualquer coisa, ela finalmente podia se sentir amada por completo, e não deixaria os dois por nada, estava disposta a lutar por isso também. Clara preferiu não dizer nada por enquanto, apenas gostaria de ficar ali nos braços de sua mãe e com seu pai ao lado, nunca soube o que era uma família e agora ela tinha uma de verdade, por mais que seu tio a queira morta foi bom saber que seus pais Rebekah e Stefan vão a proteger de tudo.

Stefan POV:

Ao ver minha filha aconchegada e mais calma nos braços de Rebekah eu automaticamente já me senti melhor, ela parecia tão indefesa, quase me esqueci de todo seu poder.

– Eu e Rebekah jamais deixaremos algo acontecer com você, não tem com que se preocupar, minha pequena. –

Aquelas palavras saíram naturalmente, ele pode notar um sorriso vindo de sua filha, Stefan também não conseguia tirar o sorriso do rosto, era um momento perfeito, ele tinha uma família de verdade, não hesito em envolver seus braços em volta do corpo de Rebekah e abraçar as duas que também retribuíram aquele abraço.

Rebekah POV:

Ela havia se esquecido de como era um abraço de verdade, aquele primeiro momento de família dos três proporcionou um sentimento maravilhoso dentro dela, por um momento Rebekah esqueceu de todas as vezes que Stefan a traiu e a machucou de alguma forma, mas agora ambos tinham um objetivo em comum: amar e proteger a pequena Clara.

– Tem tanta coisa que preciso sobre você, meu anjo. Não sei por onde começar...bom, agora você já sabe que não tem com se preocupar, eu e sei pai vamos estar aqui sempre para amar e proteger você e agora você será nossa para toda a eternidade, ninguém vai separar você de mim de novo. Mas eu quero saber...porque você ainda aparenta ser uma criança? –

Rebekah notou sua filha torcer os lábios e parecer pensativa, logo ela percebeu que Clara não era uma criança de muitas palavras, isso ela havia herdado de Stefan.

– É tão bom ouvir isso de vocês, após mais de 90 anos eu me sinto protegida e amada de verdade, podem ter certeza de que vou fazer o possível para retribuir esse amor. Eu cresci no orfanato Heaven, ele era comandado pela irmã Lucy, também uma bruxa da região, ela logo percebeu que eu conseguia fazer coisas que nenhuma criança ali fazia, e ela me ajudou a descobrir novos poderes e a controlá-los, certo dia decidi que não queria sair do orfanato e pra isso fiz um feitiço para permanecer com seis anos para o resto de minha vida, eu gostava de lá até receber a noticia de que irmã Lucy sabia quem eram meus pais de verdade, mas pra isso eu precisava tomar muito cuidado, pois o mundo é perigoso até mesmo pra mim, e hoje estou aqui... muito feliz por ter encontrado minha família novamente. –

Rebekah limpo uma pequena lágrima que escorreu pelo lado direito da criança, como ela uma vampira de mil anos, aparentemente fria e desmerecedora de qualquer tipo de amor foi capaz de ter uma filha tão maravilhosa e única como Clara. Rebekah também se controlou para não chorar diante daquelas palavras da menina e notou que até Stefan estava emocionado com tudo aquilo.

– Eu preciso saber de vocês também agora.. – Disse Clara.

– Eu sou Stefan Salvatore, fui transformado aos 18 anos em 1864 por uma mulher que eu achei que amava mas estava apenas me enganando, minha família é uma das fundadoras da cidade, estão eu nasci aqui mesmo em Mystic Falls, passei grande parte da minha vida procurando por Katherine, até que poucos anos atrás encontrei Elena, a copia fiel de Katherine mas eu não quero falar disso agora. Conheci sua mãe e seu tio Klaus em 1922, passamos por um romance incrível juntos e ela não me contou que estava grávida graças a um feitiço feito pela bruxa Glória, eu soube hoje que tive uma filha, e não tenha duvidas de que nenhuma noticia me deixaria mais feliz. –

Rebekah se impressionou o modo em que Stefan disse sobre o romance dos dois em 1922, ele disse como se lembrasse de todos os momentos dos dois juntos, agora parecia de que com Clara ali os dois teriam a chance de se aproximar novamente, ele negou de falar de Elena, Rebekah nunca o tinha visto ele deixar de falar nela, foi bom vê-lo daquele jeito, feliz de verdade com Clara, sabendo que nem Elena ou Katherine iam fazê-lo se sentir tão bem quanto a filha dele faz.

– Eu sou Rebekah Mikaelson, nasci a mais de mil anos e também fui transformada aos 18 anos, fui a primeira vampira de todo o mundo, fui transformada pelo meu pai juntamente com mais meus quatro irmãos, é claro que foi contra minha vontade, eu sempre quis ser humana e fazer coisas que humanos fazem, casar, ter filhos, envelhecer, nunca aceitei muito ser o que sou. Até que em 1922 conheci Stefan, e os dias que passei com ele foram mágicos, e o melhor foi o feitiço de uma bruxa amiga nossa que ia me permitir engravidar de Stefan, você foi o resultado, seu tio me escondeu durante toda a gravidez e eu tive você sozinha em uma casa, poucas horas depois você foi levada de mim por Klaus, mas agora aqui está você, minha preciosa. –

Rebekah beijou a testa da criança e sentiu Stefan abraçar as duas com um pouco mais de força, era impossível aquele ser um momento mais especial, os três ali juntos para Rebekah e Stefan parecia que nunca ia acontecer, e havia sim muito mais coisas para se dizer, mas a vampira Original não pode deixar de notar que Clara parecia cansada.

– Você está com sono? Quer descansar? – Pediu Rebekah, a criança assentiu com a cabeça enquanto esfregava os olhos parecendo sonolenta, ninguém diz que aquela pequena menina meiga e aparentemente comum seria capaz de tanta coisa.

– Eu vou levá-la para a cama. – Disse Stefan e entreguei nossa filha para os braços dele, Clara deitou sua cabeça no ombro de seu pai e olhou pra mim, de fato ela não era de dizer muita coisa, e naquele momento apenas pelos três estarem juntos novamente não havia mais nada para se dizer, eles iam se conhecendo no decorrer dos dias, com o passar do tempo, já estavam felizes demais por apenas estarem dormindo sob o mesmo teto.

Eu subi juntamente com Stefan até um quarto que não era usado na casa, futuramente será o quarto de Clara, Stefan a deitou sobre a cama e eu e ele ficamos ali observando-a se aninhar sob os cobertores e fixar seus pequenos olhos na gente, ela parecia seria, mas por dentro sabia que ela sentia o mesmo que eu e Stefan, uma felicidade completa, eu beijei seu rosto sem dizer uma palavra e em seguida Stefan fez o mesmo.

– Vocês vão estar por perto? Não me deixem sozinha, por favor... –

– Nós jamais vamos deixar você novamente, vamos estar no quarto ao lado, não precisa ter medo, assim que quiser pode bater na porta, amanha vai ser um dia longo minha princesa, então descanse, estaremos ao lado. - Disse Stefan em seu tom calmo e reconfortante, fazendo Clara sorrir delicadamente exibindo seu pequenos dentes de leite, ela concordou com a cabeça e fechou os olhos.

– Eu te amo. – Sussurei antes de fechar a porta e me direcionar ao meu quarto logo ao lado, tirei minha jaqueta parecendo exausta e de fato estava, aquele dia foi cheio, e apesar de tudo foi o dia mais feliz de sua vida, mais feliz até de quando Clara nasceu, eu tirei minha bota e me sentei na beira da cama, respirei fundo e olhei para Stefan que estava com seu típico sorriso tranqüilo nos lábios, era incrível como ele conseguia me acalmar apenas com aquele sorriso.

– Ela é incrível de todas as maneiras, e além disso é a sua cara. – Stefan disse terminando a frase com uma rápida risada enquanto sentava ao meu lado na cama e segurava minha mão direita. – Obrigada, de verdade, você realizou um grande sonho meu, um sonho que pensei que jamais iria realizar, eu te admiro por ter conseguido esconder isso por tanto tempo, e eu traindo-a e machucando-a diversas vezes enquanto isso, só quero que me perdoe, estou profundamente arrependido de tê-la feito passar por isso, você merece ser feliz. -