Here I Am

– Mas eu juro que não fui eu! – Gritava, esperniava e batia com seu pé direito no chão repetida vezes enquanto ao seu lado havia uma bola e logo acima uma janela quebrada, o qual Clara jurava pela própria morte que não fora a autora daquele acidente. – Irmã Elizabeth você precisa acreditar em mim! Olhe! – Apontou para um grupo de garotos maiores que ela que estavam rindo da situação não muito longe de onde estavam. – Agora olhe pra mim, eu sou bem mais nova, mais pequena e mais fraca, quem tem chances maiores de ter feito isso? Eu apenas estava no lugar errado e na hora errada. – Teimou com a superiora e terminou seu discurso com uma forte suspirada enquanto a mulher de meia idade, com os braços cruzados encarava e menina com um tom autoritário. – Chega menina, você pode manipular todos por aqui, menos a mim! Você vai para a diretoria agora mesmo! – Disse em um tom elevado de voz e também impaciente, logo ela a segurou pelo braço e a arrastou até o local onde ficava a diretoria, sentou a menina a força em um banco velho de madeira, a qual cruzou os braços e bufou, em uma típica cena de birra infantil. Logo a diretoria Lucy surgiu e foi conversar com irmã Elizabeth sobre o ocorrido com a janela quebrada, Clara observava a conversa das duas, e obviamente com sua audição de vampira pode ouvir tudo com clareza, como sempre irmã Elizabeth julgando a menina por ser a autora de toda as travessuras do orfanato e irmã Lucy tentando acalmá-la, com seu ar de leveza e serenidade de sempre, irmã Lucy era a diretoria do orfanato Heaven, onde Clara esteve desce que nasceu em 1922, seis anos depois logo após descobrir que ela era uma brecha da natureza e possuía poderes extremamente fortes ela conseguiu se ‘’congelar’’ no tempo e permanece com essa aparência de seis anos até hoje, e a irmã Lucy a ajudou muito nisso, visto que ela era uma bruxa bastante poderosa e ajuda Clara a descobrir e controlar seus poderes até hoje. – Clara, venha. – Disse Lucy abrindo a porta de seu escritório e dando passagem para a menina, que, logo que entrou caminhou rapidamente até a poltrona mais próxima e afundou seu corpo na mesma. – Eu não agüento mais, eu preciso sair daqui irmã Lucy, eu estou pronta, eu já cansei de ficar tendo que hipnotizar as crianças e as outras irmãs para ainda acreditarem que eu sou uma criança comum, quando não sou! Preciso saber de onde eu venho, eu preciso saber quem é minha família... - Clara disse em um tom impaciente, mas apesar de toda essa ‘’pressa’’ ela olhava para irmã Lucy com profunda melancolia em seus pequenos olhos azuis, a mulher puxou um banco e sentou-se se frente para a criança, segurou uma das pequenas mãos de Clara e puxou um suspiro calmo. – O mundo lá fora é perigoso minha pequena, mesmo pra você, você precisa estar ciente de que por um momento vai estar sozinha e vai ter que se defender, existe muita crueldade e injustiça, e eu sei que te criei pra ser uma boa menina e saber controlar seu poderes, mas não é só por isso que te chamei aqui, Clara. – Imediatamente a menina se levantou e expressava uma feição curiosa e um tanto espantada. – Então o que foi? – Lucy sorriu de um modo calmo e sereno, se levantou e pegou um pequeno colar na cor prata com um pingente pendurado nele. – Eu tenho uma grande amiga minha, também uma bruxa, que vive em Chicago, ela se chama Glória, no ano de 1922 ela concedeu um feitiço extremamente perigoso e poderoso que permitiu a vampira Original engravidar de outro vampiro, naquela época foi um total sigilo, eu soube que o pai da criança Stefan Salvatore nunca soube que Rebekah esteve grávida, e também consegui entrar em contato com o irmão dela Niklaus, um híbrido que na época era também meu amigo, ele isolou Rebekah até ela dar a luz a uma menina chamada Clara, que foi retirada dela e levada pra esse orfanato e um pouco antes meu bar foi atacado e essa vampira perdeu este colar, eu disse à Glória sobre você, sobre seus poderes e suas capacidades, e agora você também pode saber quem são seus pais Stefan Salvatore e Rebekah Mikaelson. – A criança exibia uma expressão de total espanto, e também parecia que seu pequeno rosto estava congelado, ela balançou a cabeça várias vezes como se estivesse negando algo, rapidamente ela tirou o colar das mãos de Irmã Lucy e sentiu o objeto tremer sobre sua mão como se Clara tivesse algum tipo de controle sobre ele. – Eu preciso saber onde eles estão irmã Lucy. – A mulher olhou pela grande janela que havia em seu escritório, permitindo a visão de uma extensa floresta logo após a região do orfanato. – Eles estão em Mystic Falls na Virgínia, não muito longe daqui, mas...Clara, eu não sei se ainda estão vivos, você precisa estar ciente de que existe essa possibilidade e eu... – Logo que se virou para olhar a criança não havia mais sinal dela, rapidamente Lucy olhou pela janela e viu Clara correndo com sua mochila nas costas e logo desaparecendo na floresta para enfim poder assumir sua velocidade rápida de vampira. – Boa sorte pequenina. -