Diário de Uma Bruxa - 3° Temporada escrita por Unseen
Notas iniciais do capítulo
GENTE, DESCULPA A DEMORA
Minhas aulas começaram dia 9 e eu ainda não me acostumei a acordar cedo – então eu dormia de tarde ;3; e de noite
Mas então, eu resolvi escrever na semana de Carnaval e adivinha? TODOS OS MEUS COMPUTADORES BUGARAM E SÓ O WORD FUNCIONA DIREITO
E então, aqui estou eu com um capítulo bosta e retardado, postando pela internet da escola. Agradeçam ao meu pendrive u..u
Boa leitura! ^^
PS: A doce Elizabeth me lembrou que a Narcissa é uma Black então eu fiquei me sentindo muito burra :v ahqgeuhaue e já consertei o capítulo passado. Obrecada.
P.O.V. Harry
A neve caía sem parar no Beco Diagonal, e a única loja que parecia ainda ter vida era a “Genialidades Weasley”.
– Por que não entramos um pouco? – perguntei, sorrindo. Hermione e Rony sorriram junto, mas Louise continuava olhando para o chão com uma expressão estranha. Essa expressão já estava ali desde os três dias anteriores, e sempre que eu perguntava o que tinha acontecido, ela me lançava um sorriso desanimado e respondia um “nada”.
– Hm, Louise? – Rony chamou.
– O quê? – ela olhou pra cima, de olhos arregalados – Ah, sim, claro, parece ótimo.
– ...o que parece ótimo? – desafiei
– ...hm...o que você disse,eu acho...
– O que eu disse?
Ela continuou me encarando, e eu suspirei.
– Tudo bem. Vamos logo.
Entramos na loja, e – eu estava certo – ela estava muito viva. Clientes pulavam pra lá e pra cá enquanto bonecos de Dolores Umbrige rolavam por aí, gritando “eu exijo ordem”. Sorri. Aquele lugar era necessário em meio a tanta coisa acontecendo.
Louise esboçou um sorriso quando os gêmeos apareceram.
– Credo, Louise, você está parecendo um cadáver! – Fred riu.
– Obrigada. – ela revirou os olhos – Tais palavras gentis vão me fazer corar.
Jorge a cutucou, estendendo um frasco cor-de-rosa.
– Olhe só isso.
Ela pegou o frasco e o examinou. Era em forma de coração e um líquido estranho borbulhava por dentro. Ela franziu o nariz.
– E o que deveria ser isso?
– Amortentia. – os dois disseram em uníssono, sorrindo como idiotas.
– E por que estão me dando Amortentia? – ela levantou uma sobrancelha, desconfiada.
– Nós não estamos te dando. – disse um.
– São três galeões. – o outro assentiu – Mas achamos que pudesse estar interessada.
– Não que Malfoy precise se apaixonar por você, ele já se apaixonou. – os dois riram – Mas nunca se sabe.
Ela deu um sorriso triste e soltou uma risada que não parecia bem humorada pra mim.
– Não, obrigada. – ela devolveu o frasco e abaixou os olhos de novo, indo rapidamente para o fundo da loja. Fred e Jorge olharam pra mim com um ar interrogativo, como se perguntassem o que tinham falado de errado. Balancei os ombros.
Dei um passo à frente, pensando em ir atrás dela quando Hermione segurou meu braço.
– Eu vou. – ela disse, decidida.
– Você? – franzi a testa. Hermione e Louise nunca tinham sido muito próximas. Na verdade, nunca tinham trocado meia dúzia de palavras sem uma briga.
– Sim, eu. – ela bufou – Pode fingir que não está tão surpreso?
Balancei os ombros.
– Tudo bem.
Ela respirou fundo e foi atrás de Louise.
– Prevejo mortes. – Rony sorriu.
– Sim. – concordei.
P.O.V. Louise
Os gêmeos não sabiam o quanto aquela brincadeira iria me machucar.
Não era culpa deles. Eu não tinha tido coragem para contar nem mesmo à Harry sobre o que tinha acontecido. Mas eu tinha de contar. Aquilo era importante, eu não poderia esconder por mais tempo.
Me sentei em uma caixa, no fundo da loja, suspirando. Coloquei o rosto em minhas mãos e pensei no que teria de fazer, qual seria a reação de Harry.
– Louise? – uma voz feminina me chamou, e por um instante, achei que fosse Ellen. Levantei os olhos, esperançosa, mas vi...
– Hermione? – franzi a testa.
Ela revirou os olhos, parecendo cansada.
– Você e Harry adoram me subestimar. – ela se sentou ao meu lado, meio constrangida, e ficamos em silêncio, olhando para frente.
O silêncio se estendeu.
– Sabe, alguma hora você vai ter de contar para o Harry.
Olhei pra ela, sentindo minha alma gelar. Do quanto ela sabia? Do que ela estava falando? Estava falando de Malfoy ou do que aconteceu no Ministério?
– O quê...
Ela riu.
– Não, eu não sei. – ufa - Só deduzi pelo jeito que você está agindo que algo aconteceu e você precisa contar à Harry.
Olhei para a parede, meio aliviada.
– E se eu fosse dar algum palpite, tem algo à ver com Malfoy.
Olhei pra ela, com um ponto de interrogação flutuando pela minha mente. Ela sorriu e balançou os ombros.
– Eu sou ótima em deduções.
– Eu percebi. – suspirei – Mas...isso não é algo simples, Hermione.
– Me chame de Mione. – ela olhou para a loja, na direção em que Rony estava – E eu sei que não é simples. Nada é simples com você e Harry, é?
Assenti, e o silêncio voltou.
– Hm...Hermione...
– Mione. – ela corrigiu.
– Tá. Mione. – suspirei – Posso te perguntar uma coisa de garota pra garota?
– É sobre garotos, não é? – ela viu minha cara de “pare de deduzir e me ouça” – Tudo bem. Desculpe.
– Hm. – resmuguei – De qualquer jeito...você já... – hesitei, tentando achar uma palavra decente - ...”gostou” de alguém? Alguém que você não pudesse gostar?
Vi que ela corou, e voltou à olhar para Rony. Ao lado dele, Lilá Brown dava risinhos e encostava em seu braço.
– Acho que sim.
Assenti.
– Hm. – resmunguei novamente, meio constrangida. Depois de outro longo silêncio, ela se levantou e estendeu a mão para que eu me levantasse também.
– Vamos, você tem que contar para Harry... – ela hesitou – ...o que quer que seja.
Aceitei sua mão e levantei.
...
Rony tinha comprado um monte de tralha, o que fez Hermione revirar os olhos e sorrir. Harry comprou um doce de morango e um pacote de varinhas de alcaçuz. Saímos da loja, e vi...
– Ellen? – chamei. Ela se virou para trás, seus olhos cor de chocolate me encarando.
– Hm...olá. – ela sorriu, nervosa. Percebi que ela estava de mãos dadas com...Neville.
– Louise? – ele se virou, corado. Duvidei que fosse do frio.
Fiz uma clássica cara de “já entendi” e sorri.
– Eeeentão... – olhei para Ellen e trocamos um olhar cúmplice – ...é o senhor e a senhora Longbottom que eu estou vendo?
Neville corou ainda mais e encarou o chão. Ellen balançou a cabeça e revirou os olhos.
– Cale a boca, Louise.
Naturalmente, Harry, Hermione e Ronald zoaram Neville por alguns minutos (os dois meninos recebendo vários socos de Ellen) e eu não consegui deixar de sorrir. Assim que as brincadeiras acabaram, Ellen fungou, cheirando o ar e olhando para a sacola marrom de Harry.
– Isso é cheiro de...varinhas de alcaçuz?
...
Nós nos sentamos no degrau de uma loja abandonada e Harry provocou Neville e Ellen um pouco mais, logo se arrependendo. Ela jogou um pedaço de alcaçuz no seu olho.
[N/A: A Ellen da vida real ama jogar comida no meu olho ;3; ela já jogou pizza, Doritos, pipoca e até um nugget, cara. Eu me sinto um prato]
Mas então, todos os pensamentos voltaram à minha cabeça, e eu suspirei, sabendo que fazer.
– Harry...podemos conversar?
Ele balançou os ombros e vi Hermione sorrir pra mim. Puxei Harry até o canto de outra loja, um pouco longe dos demais e comecei.
– Hm...Harry...tem uma coisa que eu queria te contar desde alguns dias, mas...
– Malfoy. – ele sussurrou.
– O quê? Como...? – bufei – Você e Hermione tem um sexto sentido ou o quê?
– Não, não é isso. É Malfoy. Ele está ali. – ele cutucou meu ombro e apontou para um beco escuro, onde vi Draco. Ele não tinha percebido nossa presença, apesar de olhar furtivamente para todo lado.
Ah, merda, ele estava indo para a reunião. Ele seria efetivado.
– Harry, nós deveríamos ir. – puxei seu ombro, mas ele se desvencilhou.
– Não, nós temos de ir atrás dele.
– Não temos não. Vamos logo.
– Louise! – ele me olhou com censura – O quê aconteceu com você? Por que está protegendo ele?
– Eu não estou! – mentira.
Ele balançou a cabeça.
– Você deveria ir.
– O quê? Você está...
– Mandando você embora? Sim. Está na cara que você precisa de um descanso.
Fiquei boquiaberta, olhando ele ir em direção ao grupo. Ele estava me esnobando?
– Você não pode simplesmente me mandar embora! – gritei, furiosa.
– Foi o que eu acabei de fazer, não foi?
Então ele saiu andando junto com Rony e Hermione, na direção em que vimos Malfoy. Ellen e Neville tinham ido embora.
Agarrei seu ombro, apertando com as minhas unhas e olhei no fundo dos seus olhos.
– Eu vou me lembrar disso. – disse, friamente, e saí andando.
Eu me sentia quase como a velha Louise.
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Tchauzinhoney