As Relíquias do Tempo escrita por Bakurei


Capítulo 5
Capítulo 5 - Rose


Notas iniciais do capítulo

Rose e Scorpius começam a investigar o possível desaparecimento de Alvo e encontram algo que nenhum bruxo que mexeu com o assunto se deu bem.



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McGonagall chamou Rose e Scorpius na noite em que Alvo desapareceu. A diretora de Hogwarts parecia muito preocupada e quando a gritaria começou, mandou todos os alunos, exceto os dois, para os dormitórios. Rose queria acreditar que Alvo só estava escondido em algum lugar ou fora atingido por um feitiço simples.

–Fica tranquila. -Disse Scorpius, ao lado de Rose, em direção a Minerva.

–Você está tranquilo? -Perguntou Rose.

Malfoy hesitou em responder, mas quando pareceu criar coragem para uma resposta completa, a diretora tomou voz ao lado de todos os professores do colégio:

–Precisamos conversar. -Ela virou para trás, olhando para Horácio Slughorn e Luiz Mooney. Eles assentiram antes dela continuar. -Alvo Severo era amigo de vocês, certo?

Rose não sabia se Minerva estava brincando ou tinha esquecido que Alvo era filho de Harry Potter. Ela sempre encarava Alvo desde que ele entrou para Corvinal e perguntar se Rose era amiga dele era muito estranho. Scorpius pareceu não saber o que responder.

Rose Weasley balançou a cabeça, em afirmativo.

–Luiz. -Chamou Minerva. -Alvo é um aluno seu, certo?

Sr. Mooney levantou-se e assentiu novamente, ele parecia muito menos animado do que nas aulas de Poções. Horácio levantou, apoiando-se em Luiz, e sorriu para Rose e Scorpius.

–Meninos. -Disse o vice-diretor Slughorn. -Não se preocupem, vão para os dormitórios. Eu e a diretora vamos tomar as providências necessárias, Augusto estará de volta.

–Alvo. -Corrigiu Scorpius.

–Quem? -Perguntou Horácio, parecia realmente confuso.

–Alvo Potter. -Disse Rose, quase soletrando. -O menino que desapareceu.

Todos os professores, inclusive Minerva, encararam Rose e Scorpius como se fossem loucos.

–Vamos, ruiva. -Sussurrou Malfoy. -Não vamos achar ajuda aqui.

Quando Alvo desapareceu, foi totalmente desesperador. Sua imagem se alterava e os olhos de Potter se transformava, sumindo como um fantasma. Rose não conseguia dormir, criava muitas teorias, revendo feitiços e os livros da biblioteca. Minerva e todos os professores começaram a falar e estavam conscientes do problema, mas aos poucos pareciam esquecer do mesmo. Esquecer... Quando a teoria que fazia mais sentido surgiu em sua mente, Rose correu em direção à sala comunal da Sonserina.

Virou por algumas esquinas sem problemas, até encontrar Frank Abbott Longbottom. O menino era a mistura completa dos pais: O cabelo era a média entre o loiro dos cabelos de Hannah Abbott e o preto de Neville Longbottom. Na aula de poções conseguiu manchar o uniforme de metade da sala quando colocou o chaveiro que carregava, no caldeirão. Foi selecionado para Lufa-Lufa, a casa de sua mãe, e parecia muito feliz por estar lá.

–O que você está fazendo aqui, Longbottom? -Perguntou Rose, apressando-se para sair. -O salão comunal da Lufa-Lufa é no andar inferior.

–Me deram esse bilhete. -Disse Frank. -Disseram que era para te entregar.

Rose abriu o papel e viu que não era uma mensagem escrita, e sim um desenho: Um livro enrolado por correntes que ao contornar o livro, se transformavam em uma serpente.

Quando Rose olhou novamente para frente, Frank já havia sumido. A mensagem só podia vir de Scorpius, mas ela demorou um pouco para perceber o que ele queria dizer. Um livro trancado. Rose começou a pensar em sinônimos enquanto se aproximava da biblioteca: Trancado, fechado, cancelado, introvertido, reservado. A sessão reservada!

Scorpius parecia muito nervoso e sorriu ao ver Rose se aproximando. Não foi fácil passar pelos monitores das Casas que passavam de um lado para outro. Até o velho zelador Filch andava próximo a biblioteca. Desejou ter a capa de invisibilidade das histórias do pai.

–Você achou alguma coisa? -Perguntou Rose.

–Mais ou menos. -Respondeu Scorpius, enquanto tentava abrir a porta. -Alohomora!

A biblioteca à noite não era nem um pouco iluminada, a zona reservada não era diferente, mas o lampião que Scorpius carregava, dava um ar mais tenso para os grandes livros empoeirados. Malfoy caminhava aos poucos, passando pelas letras organizadas em pergaminhos em cada estante. Quando chegou na letra T, parou e sentou-se na mesa de madeira próxima.

–Eu estava pensando no modo em que Alvo sumiu e também na reação dos professores. -Disse Scorpius, posicionando a luz sobre a mesa. -Criei uma teoria olhando para a sopa de Rick e acho que Potter pode ter se movido no tempo com algum tipo de feitiço ou...

–O Vira-Tempo... -Disse Rose, correndo para a classificação V.

Scorpius parecia não entender nada que Weasley dizia, ou tentava dizer.

–Minha mãe disse que Minerva a deu um tipo de cordão que ajudou o pai de Alvo e ela. -Rose disse ao encontrar o livro intitulado “Vira-Tempo: A Consequência do Inconsequente”.

Quando as páginas empoeiradas se abriram, os olhos de Rose Weasley brilharam. Entender a lógica daquilo era impossível. Antes da Era de Voldemort, o Ministério da Magia possuía muitos desses objetos e com a possibilidade de Lorde das Trevas utilizar um deles, todos foram destruídos. Se encontravam nas páginas mais danificadas, as “regras” para o uso da relíquia. Basicamente, apenas alguém com a alma pura poderia utilizar a magia que emanava do objeto. Era muito provável que a mãe de Rose já utilizara de algum desses.

–E como Alvo poderia sumir usando isso? -Perguntou Scorpius.

–Ele não usou isso. -Disse Rose. -Alguém usou.

O nome de Alvo sumia da memória de todos os professores, amigos e até da diretora. Se Alvo fora afetado no passado, a versão dele no presente sumiria exatamente do jeito que ele sumira. O único modo para recuperar Alvo, era impedir a mudança no tempo. Impedir essa mudança seria criar o maior paradoxo jamais visto em todo o mundo bruxo.

–Não faz sentido. -Disse Scorpius. -Por que ninguém se lembra de Potter além de nós dois?

Rose pensou em tudo que Alvo Severo Potter representava e não achava uma razão para ambos se lembrarem dele. O que também não fazia sentido era achar alguma ameaça no filho de Harry Potter, talvez no próprio Harry, mas em Alvo não.

–Eu não tenho certeza. -Disse Rose, guardando o livro e correndo para longe.

–E onde você pensa que vai, ruiva?! -Gritou Scorpius, logo atrás.

–Vamos ao corujal! -Respondeu Rose Weasley. -Precisamos falar com os Potter.


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Notas finais do capítulo

Aeee
Desculpe-me pela pequena demora para postar, mas aqui está!
Gostou? Sim? Não? Deixe um review!
Adoraria saber sua opinião sobre o capítulo. ^^



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