E-mail. escrita por Ritsu Maru


Capítulo 8
De Fabray para Lopez


Notas iniciais do capítulo

Hey, voltei.
Como eu acho este capítulo quase perfeito, e eu amei escrever ele, queria dedicar a uma leitora, a QEF Winchester/Lucy Quinn E Fabray.



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De: Quinn_Fabray@email.com

Para: Santana-P-Lopez@email.com

Assunto: Beth, Lima e Rachel.

.

Lopez.

.

Nossa amizade nunca foi tranquila e continua assim mesmo depois de quase onze anos de amizade. Ao 27 anos, minha vida esta tomando um rumo cheio de armadilhas, surpresas e isto tornar tudo mais interessante, mas tenho medo.

O medo é bom? Sim, ele é bom.

Me falaram uma vez, não tenha medo de sentir medo. Ele é seu amigo, ele é a chave para superar os obstáculos e nos tornar mais forte.

Meus medos são/eram: Rachel Berry e Beth.

Rachel ainda é meu medo. Mas, graça a Beth, não muito.

Você, em outras ocasiões, me pediu para contar onde estou, onde cheguei, porque sumir, e aqui esta meu relado, Lopez. (E por motivos obvio eu resolvi ignorar seus xingamentos e ofensas.)

Demorei mais tempo para escrever este e-mail do que os e-mail de Rachel, porque sei se começasse a escrever a ele acabaria lhe contando um fato.

E este fato é: Eu amo a Rachel. Ou, um dia, já amei. Já não sei mais.

Você ainda me odeia, e com razão. E não peço seu perdão, por causa do meu medo tem fiz coisas imperdoáveis — com o enterro de Finn — e não tem um dia que eu não me arrependa.

E ultimo més foi complicado para mim, Santana. Para falar a verdade, todo este ano foi complicado e, no minimo, difícil para mim.

Tudo começou no dia do seu casamento.

Eu sou uma covarde, tentei fugir de Rachel Berry, mas percebi — infelizmente tarde mais — que fugir dela, eu não estaria fugido do amor que sinto para ela. Estaria afastando todos de mim, especialmente dela. Menos o meu amor, que ficou e me torturou ao longo dos anos.

Seu ultimo e-mail, do convide do casamento, me atingiu de uma forma surpreendente, mas não o bastante, mas o bastante para eu voltar a Lima. O que me atingiu foi ver Rachel, no seu casamento. Ela merecia saber a verdade. Todos vocês.

E agora sabem.

Após seu casamento, logo depois do grupo que o Artie criou, pude percebe que ela me odiava, mas que, principalmente — graça a B. — percebi que ela também esta machucada e que a culpa era inteiramente minha.

Mandei um e-mail, pela primeira vez, sincero, eu já amei e ela merecia saber, por mais que seja humilhante. Sua resposta veio rápida e, para me desespero, simples. Apenas um ‘tudo bem’, nada mais, nada menos.

Claro que alguns meses depois veio outro e-mail dela escrito que não conseguia me odiar e queria ser minha amiga. Eu, novamente, por medo, não sabia o que responder, fiquei dia-a-dia olhando aquela tela branca do e-mail pedido a Deus uma ajuda.

Um dia, após chegar do trabalho, liguei o notebook e deixei em cima do sofá, fui preparar meu jantar. Um jantar especial, afinal aquela era a primeira noite com 27 anos, Santana. Era meu aniversário e, sem pena, já estava acostumada a passar sozinha.

Meu jantar especial era apenas um bolo de caneca feito no micro-ondas, quando deu o tempo do micro-ondas, peguei a caneca e coloquei na mesa, resolvi pegar o notebook e, com de costume, olhar minha caixa de e-mail pessoal. Antes de chegar ate o mesmo ouvi um baralho avisando que tinha um novo e-mail e logo em seguida a campainha tocou. Deveria ter ignorado a campainha e der corrido ler aquele e-mail, iria explicar muita coisa, por exemplo…

Abri a porta e vi uma garotinha olhando para mim, ela tinha o cabelo loiro e trazia uma mochila cheia na costa. Seus olhos eram avelãs, me lembra minha irmã mais velha, a Frannie.

“Pois não?”, falei hesistanto.

“Olá.”, disse a garota animada. “Você é Lucy Fabray?”

“Quinn.”, a corregi. “Sou eu.”, respondi sua pergunta. “Posso ajudar em alguma coisa?”

A garota sorriu e estendeu a mão.

“Sou Elizabeth Corcoran.”, disse ela. “Sou sua filha.”

Não entendi a mão, Beth estava ali, na minha frente. Céus, por que diabos eu não abri aquele e-mail?

“Eu não tenho filho.”, disse atônita, primeiro passo a negação. Depois de anos, eu, também, não tinha mais este direito.

Ela pareceu ignorar meu comentário e, em vez de responder, passou por mim, olhando para cozinha. Estava chocada demais para fazer qualquer coisa.

“Dez ano atrás.”, comentou a garota observando tudo ao seu redor, depois voltando para mim. “, você deu um bebê para adoção?”

Não respondi, não era bem assim a historia. Me senti um lixo ouvindo esta palavras.

“Pois então, eu sou esse bebê. Você vai comer o bolo?”

“E-eu...”

“Não fique assim, Lu- Quinn. Você me entregou a mãe da tia Rach. Foi para meu bem, afinal das contas o que uma líder de torcida aos 16 anos e maloqueiro com badboy iriam fazer com uma criança?”, disse naturalmente se sentando na frente do bolo de caneca, apontou para ele. “Posso?”

“Sim...”

Caminhei até o banheiro ainda atonita, era uma brincadeira, certo? Daqui a pouco a turma do Glee entraria e gritaria ‘’Quinn! Feliz aniversário! Ah, você é uma vadia sem coração, tchau!”, era mais provável e aceitável.

“Recomponha-se, Fabray.”, falei alto para mim mesma.

Voltei a cozinha.

Ela estava sentada, comendo o bolo, ela me olhou. Droga, pensei, aquele olhos, Santana! Aquele olhos.

“E aí?”, ela disse.

“Oi.”, respondi, me aproximei dela. “Eu… então, eu gostaria de lhe fazer algumas perguntas.”

“Tudo bem.”, concordou. “Manda.”

“Como… Como me encontrou?”

“Sou uma garota de muitos taletos.”, respondeu fazendo pouco caso e entediada, como se fosse simples encontrar a mãe biológica no USA, atitude, particularmente, dos Fabray — com um pouco igual ao Berry, tenho que confessar, afinal Rachel era para ser uma Corcoran. — ‘Oh! Quinn como conseguiu fazer aquela performance? Parecia tão difícil.’, ‘Sou uma garota de muitos taletos.’, mas verdade foi muito, muito, difícil, você quase se matou. Afinal aquela garota era uma Fabray, de qualquer jeito.

“Mas as coisas não estão saindo do jeito que pensei...”

“Que coisas? Esta conversa?”, perguntei verdadeiramente curiosa.

“Sei lá, como nos programas da Ophah, entendeu? Com choradeiras, abraços...”

“Bem, eu não sou do tipo chorona, garota.”

“É, já percebi.”, disse concordando. Ela estava zombando de mim. Acho.

“Bem, devemos ir andando.”, acrescentou.

“Desculpe-me, mas não sabia que íamos sair.”, respondi um pouco seca. “Você estava de saída, eu estava indo para cama. E ambos estamos prestes a nunca mais nos ver de novo.”

“Mas nós vamos sair, sim.”, disse, assentindo com cabeça. “Você tem que voltar para casa comigo. Tem de me dar uma carona, pelo menos.”

“E onde é essa casa?”, para que eu fui perguntar mesmo?

“Lima,”, sorriu, merda. “Ohio.”

“Lima?”, perguntei pasma. “Esta brincando comigo?”

“Não, porquê?”, perguntou inocentemente. “Este é o nome do lugar-”

“Tudo bem, garota. Agora escuta aqui.”, falei firme. “Foi tudo muito divertido, mas em primeiro, você vai voltar para sua mãe. Em segundo lugar, estou chamando a polícia agora mesmo. Não tenho tempo para isto. A She-She… She alguma coisa-”

“Shelby.”

“Isto! Enfim, a Shelby sabe onde você esta?”

Fui ate o telefone.

“Não, não vai.”

Olhei para ela, já com o telefone na mão.

“O que disse?”

“Disse que não vai chamar a polícia.”, respondeu, dando outra mordida no bolo. “Porque se fizer isto, eu direi a eles que você me sequestrou.”

Eu estava sumida de Lima ou qualquer tipo de lugar relacionada a Lima, Glee e Rachel Berry, para uma não-quase-Fabray o plano era bom. Os polícias suspeitaria que eu tivesse em motivo para sequestra minha filha biológica e, no minimo, ficaria presa na burocracia por dias, dias. Chamar a polícia não era algo lucrativo no momento para mim.

Beth engoliu o ultimo pedaço de bolo.

“Por favor, não chame a polícia.”, pediu.

Respirei fundo.

Voltar para Lima? Parecia um sacrifico grande. Meu plano? Deixar Beth no inicio da cidade e dar meio volta sem olhar para trás, sem olhar para menina que eu dia eu tive escolha de chamar de filha.

“Para Lima.”, falei. O que mais eu poderia fazer? Não poderia deixar ela sozinha em New Haven. “Você precisa de uma carona para casa, para Lima? Isto é o que está pedindo. Um pedido simples, não é?”

“A-hã.”

Suspirei. Não havia com brigar com ela.

“Okey, então. Vamos para Lima.”

Eu quase não acreditei no tamanho do sorriso dela.

.

As estradas estavam tranquilas, viajar de New Haven ate Lima não era fácil. Certamente não. Fiquei quieta na maioria das vezes e Beth também.

“Então.”, tentei começar.

“O quê?”

“Você conhece Puck?”

“A-hã.”, olhou para fora da janela. “Ele sempre esta em casa. Ele e sua noiva.”

“Oh, Deus, Puck esta noivo?”, perguntei surpresa.

“A-hã.”

Suspirei, ela era difícil.

“Porque sumiu?”, sua pergunta veio rápido, em um folego só.

“Coisas.”

“Coisas?”, olhei para ela rapidamente. “Sério?”

“Você é uma garota de 10 anos. Sim, é sério.”

“Você é uma idiota, Quinn.”

“Ei!”, protestei. “Você não pode me xingar de idiota.”

“Simples.”, respondeu me encarando. “Pare de agir com uma.”

Eu quase mandei ela ir a merda, mas não queria apropriado.

“Todos falaram coisas horrível de você, Quinn. E-”

“Eu sei. Podemos parar com isto?”, pedi. “Estamos quase chegando. Vou te deixar no começo da cidade, você pega um ônibus e, sei lá.”

Ela parecia entediada.

“Você, realmente, vai deixar uma criança de dez anos sozinha nas ruas de Lima?”, perguntou fazendo drama.

“Beth?”, chamei. “É Lima. Não tem perigo.”, eu acho.

Ela revirou os olhos.

“Estou com fome.”, avisou. Olhei para ela em protesto. “É sério.”

“Não vamos entrar em uma lanchonete esperando que alguém me veja.”

“Passe no drive-thru de alguma coisa, então.”

“Para o banco de trás, garotinha.”

Passei no primeiro drive-thru, na hora de pegar o lanche.

“Quinn?”, droga.

Era uma garota, deve ter seus 17 anos.

“Oh, meu Deus do céu, Quinn Fabray!”, olhei assustada para garota. Quem era ela? “Oh, mil desculpa, eu sou Rydel Beanne, eu sou líder de torcida no McKinley, A Sue Sylvester fala demais de você. Você ganhou o mundo.”, sorri, uma pena ser mentira. “Sinto muito com o que aconteceu. Toda cidade sabe, é uma dó.”

“Do que você esta falando?”, por favor, pedi para a Deus, não seja mais uma morte.

“O desaparecimento da sua filha, a Beth.”, oi? “Por isto você esta aqui, certo?”

Não me atrevi olhar para trás.

Sorri.

“Sim.”, respondi fazendo a melhor cara de triste. “Por isto. Beanne?”

“Uh?”

“Eu tenho que ir.”, avisei, ela notou que estava com o lanche.

Ate a casa da Shelby eu não abri a boca, Beth sabia que eu iria explodir, ela apenas me falou o endereço de sua casa.

“Chegamos.”, avisei ela. “Ótimo.”

Ela desceu do carro.

“Minha mochila esta lá trás, então...”

“Oh. Certo.”, desci do carro, fui ate o porta-malas.

“Beth? Beth!”, ouvi alguém gritando o nome dela. “Oh, meu Deus, por diabos, onde a senhorita estava? Graças a Deus! Você esta bem? Esta machucada? Por onde onde andou?”

“Estou bem, estou bem...”, resmungou Beth. “Encontrei minha mãe.”

Fechei o porta-malas. A voz era de Shelby, com já desconfiava.

Shelby ainda tinha o cabelo escuro, bem-vestida. Ela congelou quando ouviu e me encarrou, dei o melhor sorriso amarelo no estilo Fabray.

“Oh… Quinn?”

“Aparentemente.”, não soube interpretar o olhar de Shelby me lançou em seguida.

Por fim ela me disse.

“Bem… entendo. Não gostaria de entrar e tomar uma taça de vinho?”

Beth me olhou, esperançosa.

Respondi:

“Você tem alguma coisa mais forte?”

.

“Você sumiu, Quinn.”, não respondi. “Beth foi até você?”

“Sim, ela simplesmente tocou minha campainha.”

“Sinto muito que ela tenha arrastado você para fora de sua vida. Seja lá o que anda fazendo.”

“Isto foi rude, Srta. Corcoran.”

“Beth esta desaparecida a quase um mês, Quinn!”

“E você esta me culpando por isto? Por sua falha materna?”

“Minha?”, ela riu falso. “Talvez se você não tivesse cometido sua falha materna isto não teria acontecido.”, não respondi. “Onde esteve nos ultimo anos? Puck sempre esteve presente.”

“Coisa, Shelby. Coisas nas coisas você não vai saber, pelo menos por mim.”

Ela colocou o copo na minha frente.

“Eu sei, Fabray. Eu sei o que você fez com a minha filha.”

“Beth? O que eu fiz para ela? Eu queria dar a ele algo-”

“Estou falando de Rachel.”, falou me cortando.

Olhei para ela atonica.

“Já estou saindo de Lima, Shelby. Não achei certo deixa Beth sozinha New Haven.”

“Creio que seja o local de sua residencia.”

“E do meu trabalho também, a proposito.”

Olhei pro copo, o que ela aquilo?

“Bem, sabe de uma coisa?”, iria fazer o que fiz de melhor nos últimos anos. “Melhor eu voltar para New Haven. Estou, de alguma forma, atrapalhando você com suas coisas. Fico contente por ela estar segura de novo.”

Shelby se pôs de pé assim que eu me levantei.

“Eu também.”, outra pobre alma que me odeia? “E aprecio muito o que você fez, de verdade. Estou feliz que ela esteja de volta em casa e em segurança. Obrigada.”, fui até a porta, mas antes Shelby me parou. “Você recebeu meu e-mail?”

“E-mail?”

“A-hã.”, que raio de e-mail? Oh, aquele que não li. “Acho que não, estava falando sobre o desaparecimento de Beth. Fico feliz, de verdade, que ela esteja bem. Obrigada Quinn, por isto.”

Ela sorriu para mim, retribui, estava quase virando para porta, quando meu coração parou quando vi uma mulher descendo as escadas.

“Mãe, eu estou sonhando, eu acho que vi a Beth no quarto dela e...”

Ela me viu.

“Rachel.”, Shelby disse. “Fico feliz por te acordado. Sim, era Beth.”, sorriu.

Rachel estava pasma.

“Oh.”, chamei a atenção de Shelby. “É melhor eu indo, sabe, tranquito e… Outras coisas.”, menti na maior cara dura, estava nervosa.

“Claro, Quinn. E novamente, obrigada.”

Estava/estou seriamente pensando na possibilidade de Shelby ser bipolar.

Me virei.

“Quinn?”, ouvi Rachel me chamar baixinho.

“Quinn.”, era Beth, ela veio ao meu encontro. “A onde vai?”

Droga.

“Vai voltar para New Haven?”, assenti. “Você não pode!”

“Mas que diabos-”, comecei.

"Você não pode.", ela começou a fazer birra. "Você não entende."

“Você não entendo, o quê?”

“Você é uma idiota, Quinn!”, ela saiu correndo.

Agora eu estava sem entender nada.

“Acho que seria melhor você ficar mais um tempo em-”, Shelby tentou me pedir.

“Não.”, falei seca. “Digo, meu trabalho.”

“Quinn!”, Shelby falou alto. “Ela é sua filha!”

“Não, não é. Ela é sua, eu a dei. É tudo, Shelby, certifique que ela não vai mais fugir.”, sai dali, sem olhar para Rachel.

Cheguei no carro, eu não consegui dirigir, para quem eu iria ligar? Precisava sair o mais rápido da aquele lugar, mas não conseguia, tremia demais, estava nervosa demais. Parecia com a vez que eu descobri que estava gravida de Beth no colegial, Santana. Pedir o tempo, só voltei a realidade quando ouvi o barulho da porta do carro, do passageiro, abriu e entrar duas figuras, um na frente e outra atrás.

Fiquei encarando.

“Tia Rach falou que você estava nos esperando para me levar ao McDonald’s me comprar um McLanche Feliz.

Eu encarei Rachel pela primeira vez melhor. Ela estava tão linda quando em seu casamento, Santana.

“Céus, sério?”

“Sério, Q., agora dirije.”, ela falou calmamente. “No McDonald’s tem uma área para criança. Precisamos conversar.”

Eu estava morta.

“Uh, Quinn?”, Beth chamou, olhei para atrás. “Melhor você ligar para seu trabalho, sabe.”

Assenti, e assim fiz.

“Quinnie?”, uma voz doce perguntou pelo telefone, que ecoava por todo carro, infelizmente. “Graça a Deus, onde você se meteu, mulher?”

“Er, calma, Hazel. Sim, sou eu. Só… cancele meus compromisso até o dia-”

“Por duas semanas!”, Beth gritou.

“Quem esta aí, Q.?”

“A filha dela! Beth”

Hazel não respondeu logo.

“Sim, Hazel, eu tenho uma filha.”, falei calmante. Nada de Hazel.

Hazel McCurdy é uma ótima amiga, Santana. Melhor dizendo, amigas com benefícios.

“Hazel?”

“Onde você esta?”

“Esta tudo bem?”

“Você não respondeu minha pergunta.”

“Você não vai pegar o primeiro avião, algo que não tem, para cá, Hazel.”, a informei.

“Claro que não, querida. Onde. Você. Esta?”

Me recusei a olhar para Rachel, ou Beth.

“Só desmarque, okey?”

“Você é uma vadia, Quinn!”, Hazel gritou, olhei para o MyLink completamente indignada por ter uma criança no carro.

“Hazel!”, adverti-la.

“Vá a merda, Quinn.”

“Ótimo...”, resmunguei procurando desligar o telefone.

“Eu não sou um das suas vadias e-”, desliguei a merda do MyLink.

Até chegar no McDonald’s foi silencio total, eu agradeci por isto, quando estava quase chegando, meu celular apitou, pedi gentilmente para Beth vê-lo para mim.

“É da mamãe.”, ela avisou.

“O que fala?”, perguntei.

“Nossa! Ela mandou para Lima inteira praticamente, para o Tio Porcelana, a Tia Santy, a Tia B.-”

“Beth.”

Tia Santy? Que fofo, Santy.

“Oh, certo. Aqui vá, assunto: Desaparecida. É sobre mim.”

“Espera.”, chegamos ao estacionamento. “De quando é este e-mail?”

“Você não costumar olhar muito sua caixa de e-mail, não é mesmo?”, Rachel falou pela primeira vez. Olhei para ela, era uma armadinha, Fabray.

“Tanto faz.”, falei desligando o carro.

.

Beth pegou o brinquedo e foi para área para criança, sem comer o lanche, eu sentei na mesa e Rachel na minha frente.

“Quando tempo, Quinn.”

Engoli seco, Santana.

Eu queria sair correndo daqui.

“Parece assustada.”

“O que você quer, Rachel?”

“A 6 anos? Queria minha amiga do meu lado. A 3 anos? Queria você morta. A 3 meses? Queria minha amiga de volta. Agora? Agora eu não sei, porque você não me diz.”, falou totalmente seca, acho que ela quer o mesmo de trés anos atrás.

Mordei o lábio em sinal de nervosismo. Isto causou impacto nela, um impacto que eu não sabia que causava. Eu causava impacto em Rachel Berry? Ganhei meu dia!

Ela se revirou incomodada.

“Esta tudo bem?”

“Só… Só pare de morder o lábio, Fabray.”

Fiquei atônica.

“Oh...”, eu não tinha palavras, Santana. “Eu sinto muito, eu não quis fazer você desconfortável, eu realmente sint-”

“Okey, Quinn. Chega, já entendi.”, falou levando o copo de refrigerante de Beth a boca.

“Perfeitamente.”, me calei.

Não sabia o que falar, ou que fazer, como reagir.

Ela me encarrava, eu só desviava o olhar, ela sempre tentando encontrar.

Era um jogo de tortura, na qual eu estava perdendo feio.

“O que esta acontecendo, Quinn?”, perguntou por fim.

“Não faço ideia.”, respondei sinceramente.

Ela continuou a me olhar, ela estava me analisando?

“Você não parece confortável na minha presença.”

“Na ultima vez que eu te vi faz mais de anos, deve fazer uns-”

“6 anos, faz sete daqui dois meses.”

Incrível. Eu ainda me lembro, você estava lá, Santana. No casamento do Mr.Shue.

“É melhor eu ir embora...”, falei me levantando e pegando minha bolsa.

“Você é boa em fugir mesmo, Quinn.”, de pé, eu olhei para ela, a encarrando. “Porque não me contou?”

“Do que você esta falando?”

“Sente, Quinn.”, pediu educadamente apontando para o lugar na qual eu ocupava a segundos a trás. “De você, Quinn. E de mim. Agora, por favor.”

Me senti devagar a olhando com se a espereça olhar algo ao redor dela para mim fugir. Atitude infantil? Meu relacionamento com Rachel desse que eu ‘aceitei’ este sentimento por ela se resume nisso: Atitudes infantis.

“Então, sobre o que quer conversar, Rachel?”, perguntei, tomando cuidado com as minhas palavras.

Ela me encarrou, falando sério, nessa conversa com Rachel, Santana, o que ela me fez foi me encarrar.

“Vou ser rápida: Quando você começou a gostar de mim?”

“Isto faz...”, fiz as contas mentalmente. “9 anos, Rachel. A gente era jovem. Tão jovem. Não sabíamos o que queríamos da vida.”

“Então você nunca me amou.”, falou se levantando.

Droga, porque Rachel Berry tinha que ser tão dramática?

Fui atrás dela, ela só parou quando peguei seu braço, já no estacionamento.

“Okey, Berry, sem drama, pode ser?”, falei firme e logo continuei, sem deixar ela abrir a boca.; “Olha, eu sei, okey? Eu sei tudo que fiz. Sério, e me arrependo muito de não ter feito alguma coisa e-”

“Tipo, o quê? Me beijar engando eu estava namorando o Finn?”, soltei o braço dela assim que a palavra Finn se pronunciada. Era errado isto, meus sentimentos por ela. Era errado com Finn.

Dei um passo para trás, tudo estava de volta, aquele sentimento de errado, traição.

“Quinn… Eu… sinto muito… eu realmente não quis dizer disse isto-”

“Você quis, sim!”, ela tentou vir ate mim. “Não venha.”, ela parou.

Mil coisas me passaram pela cabeça e, posso afirmar, nenhuma era agradável,suicídio era uma delas.

Eu não vi Rachel se aproximar, ela estava bem na minha frente, eu olhava para baixo, para o chão, minha cabeça estava a mil.

Ela colocou as mãos no meu rosto, eu fechei os olhos. Ainda consigo sentir a mesma sensação daquela noite, das mãos de Rachel Berry no meu rosto.

“Quinn...”, me chamou. “Por favor, Quinn, abra os olhos.”

Eu abrir, estávamos tão perto e tão longe.

“Desculpa.”, pediu gentilmente. “Ter você aqui realmente não estava nos meus planos. Eu não sei com agir depois de tudo, agir depois do seu e-mail, eu-”, eu fechei os olhos. “Quinn? Abra.”

“Você não tem ideia com é difícil para mim, Rachel. Você não tem ideia.”, abrir os olhos e supliquei a ela. “Por favor, isto é tortura.”

E, sem avisar, ela me beijou. Santana, ela me beijou!

Não falamos nada, porque se falássemos iriamos quebrar tudo, aquele nosso tudo naquele momento.

Nos beijamos até Rachel lembrar que Beth estava dentro do McDonald’s e, provavelmente, nos procurando.

“Você acha?”, beijo.

“Quinn!”, ela sorriu quando fui ate seu pescoço. “É sério! Minha mãe vai me matar se eu chegar muito tarde com Beth, precisamos ir. Sério.”, ela me olhou.

Minhas mãos, em algum momento, foram parar na cintura de Rachel, suas mãos ainda estavam no meu rosto.

“Sim.”, lambi meus lábios rapidamente. “Não me provoque, Fabray.”

Sorri, era logico que iria provocar ela.

“Se não…?”

Ela mordeu seu lábio inferior antes de levar sua mão atras do meu cabelo e me puxar para outro beijo. E que beijo, Santana!

“Rachel?”, murmurei entre o beijo. “O nome Beth te lembra alguma coisa?”

“Oh, merda.”, ela se afastou de mim, não gostei disso, pegou minha mão e, novamente, mordeu o lábio, ela queria me deixar louca, certo? “Isto é culpa sua!”

“Minha?”, sorri com o sorriso que ela me deu.

“Vamos Q., Beth nos espera.”

Como não segui esta mulher?

Agora eu entendo como a grande vadia do Colégio McKinley e a perigosa de Lima Heights Adjacent ficou quieta com a doce e inocente Brittany.

Ainda estou em Lima, Santana. Mas sinto que irei acorda e vê que isto é somente um sonho. Porque antes da tempestade vem o calmo. Eu e Rachel ainda não falamos nada, apenas estamos nos curtido, mas vai chegar a hora que teremos que falar e é esta hora que eu tenho medo.

.

Quinn Fabray.


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Notas finais do capítulo

Esclarecimento básico:
— A parte do medo que Quinn fala, eu tirei do mangá/anime Fairy Tail (que sou fã.)
— Sim, o encontro da Quinn com a Beth foi baseado no encontro da Henry com a Emma, do seriado Once Upon a Time.
— O e-mail que chegou para Quinn, segundos antes da Beth tocar a campainha, era o e-mail da Shelby avisando sobre o desaparecimento de Beth.
— Acho que só.
Xoxo, RITSU Maru.