Take My Hand - o depois do para Sempre escrita por AliceCriis


Capítulo 5
5 – Faz algum tempo...




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5 – Faz algum tempo...

Quatro meses... longos quatro meses. Dolorosos dias e semanas agonizantes. Foram assim pra mim depois de perder Billy. Agora eu respirava livre, e calmo. Mesmo ainda não ter encontrado o que ou quem fez aquilo com Billy.
Carlisle continuou procurando com a ajuda dos filhos postiços;
Eu tentara seguir a vida que Billy deixara pra mim... mas ainda era ruim. Comecei a trabalhar na oficina, onde ele trabalhara por anos – mesmo estando triste e de luto, eu não deveria morrer de fome. Seria mais que horrível da minha parte, deixar que as coisas fugissem do meu controle de uma vez por todas. Mesmo com Edward e Alice sabendo meu reconhecimento por Nessie, eu continuei a não me dar bem com a idéia de ter que cuidá-la acima de tudo.
Leah não fazia idéia disso... e andara muito estranha. Nos falemos por apenas três vezes durante este tempo. Sue e Charlie imploraram para que eu descobrisse o que andava de errado com sua filha – e eu ainda queria saber. Ela parecia não ser a mesma. Mas eu ainda sentia proteção e alento por ela. Estranho – eu sei. Ela desapareceu por diversas vezes. Dando desculpas bobas e inúteis, e as vezes nem respondia nada.
Renesmee a os Cullen tinha de admitir que mal viam o rosto de Seth; Ele e Renesmee não estavam mais juntos obviamente. Alice me contou, que ele sente-se o pior garoto do mundo. E não existe algo que o possa fazer sentir-se livre de culpa.
Senti muita pena do garoto – mas ainda não pude perdoá-lo.
A matilha estava dando tudo de si, para me animar: e estavam conseguindo, admito.
Fui nomeado o próximo ancião dos Black – e deve confessar que Rachel e Rebecca fizeram cara feia quando souberam.
Ao menos me mantinha ocupado com o trabalho durante toda a noite, e ao dia eu esforçava-me ao trabalho na praia de La Push.
Dormir não era uma boa coisa pra mim... Sonhos e visões estranhas apareciam. Billy sempre estava lá. E eu não estava sonhando. Ele redigia poucas palavras como: Cuide-se; Vá em frente; Não olhe para trás; Não preocupe-se comigo, filho. Estou bem;
Ele estava dizendo-me alguma coisa. Eu tinha certeza. Mas não contei isto a ninguém. Eu já não estava tão bem mentalmente. Seria intitulado como louco.
Bem... o que pensariam os outros ou dizer que eu estava tendo visões e alucinações se nem mesmo eu acreditava em mim.
E eu estava indo naquele momento... no meio da noite para a mansão dos Cullen.
Havia algo de errado comigo. Uma dor e uma marca se formavam cada vez mais em meio á meu peito. Uma cor azul safira, intensa. Cada dia mais. Um formato conhecido – para ser mais exato, um par de asas.
Estava escondendo-o dez da morte de meu pai. Aos poucos eu sentia uma dor pontiaguda em minhas costas. Eu achava que não passava de uma mancha de tinta de camisa, que estava me dando alergia. Mas a coisa piorava. Minha cabeça as vezes parecia estar cercada por velas, e a luz se tornava ofuscante á meus olhos. Depois minhas costas pareciam ser perfuradas por espinhos... Eu apenas achei que com a freqüência de minhas rotas noturnas como lobo, estavam provocando algum tipo de atrofia em meus ossos.
Não falei com Carlisle... eu achei que era temporário. Mas depois que a marca passou a se tornar um problema doloroso, minha mente mudou bruscamente de direção. Eu tinha que estar bem para proteger quem eu tinha agora. Meu peito e minha mente, divididos ao meio por dois imprintig´s. e duas vidas, precisavam da minha. Eu deveria me manter saudável.
“Você deve protegê-las...” – a voz de meu pai mais uma vez inundava minha cabeça;
Eu já estava com o carro ligado, e próximo á propriedade dos Cullen.
Eu sentia meu peito inflando cada vez, em que eu ouvia a voz de meu pai. Tudo mudou tão bruscamente. Sua presença sólida, passou a ser um, fantasma de sua presença e seu sorriso amigo e companheiro.
Minutos se passaram, e a insistência da presença de meu pai começou a se tornar irritante. Lego cheguei á casa dos Cullen.
Saí do carro, e um vulto me cercou.
- Como vai você, Seth? – perguntei com um sorriso no canto dos lábios.
O lobo, abaixou a cabeça em respeito.
- Pare de frescura, garoto... – o lobo pareceu rir em resposta, e a mata voltou a cobrir seu vulto.
Caminhei para a casa branca, e bati na porta, que foi propositalmente aberta por Rosalie.
- Entra logo, cachorro. – cuspiu ela de mau humor.
- Boa noite para a senhora também... – disse trancando a respiração ao entrar na casa fedorenta.
Ao entrar, deparei-me com uma situação pouco confortável. Alice – a vidente – estava sentada no sofá com os olhos escuros – mais que o normal – e a atenção de todos – todos mesmo, estava voltada á ela.
- ... ela sumiu do nada! E depois me cegou! – Alice contava indignada – Você! – disse ela enfeando a cara, e apontando pra mim. – Pra onde Leah foi?
- Eu não falo com Leah á um mês! – levantei minhas mãos em defesa.
- Mas ela não é seu imprinting? – perguntou Renesmee, sentada com os pés para cima.
- Ela anda estranha dês de que Billy morreu! – informei de mau humor.
- Há algo de errado... – disse Alice olhando para a parede sem foco algum.
- O que foi a ultima coisa a ver Alice? – perguntou Jasper cuidadoso.
- Leah sumia numa escuridão impenetrável... uma fumaça horrenda. E depois... uma garota. – seus olhos foram para Edward que fitava a janela de maneira tensa – Ela aparentava ter mais ou menos 15 anos, tinha a pele pálida como alabastro e os olhos... – ela perdeu o foco – eram violetas. E uma áurea de puro medo e obscuridade. Foi sombrio! – acusou ela afagando os próprios braços.
Os demais na sala se aquietaram pensativos. E meu olhar disparou para Alice e Edward. Ambos pareciam tensos demais – furiosos consigo mesmos. Algo que apenas eles sabiam. Apenas notei, que ninguém mais notara os dois se entreolhando – apenas a mim.
- E então Jacob... – Carlisle tirou de meus devaneios – o que o trouxe aqui á esse horário?
- Isto... – puxei a gola de minha camisa para baixo, e demonstrei uma tatuagem em forma de duas assas de azul vívido.
- Ahn... uma tatuagem? – perguntou Bella, me olhando torto, com um sorriso amarelo.
- Veio ao meio da noite para mostrar-se que fez uma tatuagem, vira lata? – ironizou Rosalie.
- Não é uma tatuagem. – concluiu Edward olhando fixo para mim – É uma marca. Apareceu do nada, não é? – perguntou em seu tom severo e chato de sempre.
Sempre odiei o fato de ele intrometer-se em minha mente e relatar todos os fatos.
-Exato… - concordei de má vontade.
- Então... quer ver o que esse símbolo representa? – perguntou Carlisle curioso.
- Na verdade... preferia uma consulta. Um exame... algo que realmente me desse alguma explicação do que está acontecendo comigo... – expliquei.
- Algum outro sintoma? – perguntou o doutor vampiro, me guiando para sua sala.
- Minhas costas parecem estar sendo perfuradas com pregos flamejantes... – ri sarcasticamente.
Carlisle abriu a porta e me fez sentar em uma maca, na sala branca – a sala que foi a primeira coisa que vi, quando acordei daquele terrível esquecimento. Naquele lugar onde eu poderia enlouquecer com toda a brancura.
- Deite-se. – pediu o doutor colocando luvas. – Vamos fazer um raio-x, ok?

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