Take My Hand - o depois do para Sempre escrita por AliceCriis


Capítulo 4
4 – Velório – uma ultima despedida.




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4 – Velório – uma ultima despedida. Bella fora embora com Edward, a filha estranha e o lobo isolado. Eu sei lá o que ela queria dizer com o abraço? Mais nada do que acontecesse a minha volta seria capaz de tirar meu coração aflito do desespero. Ainda estava na sala de espera. Em silêncio, sentado sem assunto algum – e de fato – ainda nada conformado com a situação sugeri: - Charlie...Acho que gostaria de ir embora daqui. – murmurei desolado. - Um minuto... Posso falar com Jacob? – a voz de Carlisle, fez-me levantar o rosto para encará-lo. - Eis-me aqui... – levantei apático - Preciso que assine alguns papeis... E... venha. – sugeriu Carlisle, que obviamente queria falar algo que os humanos não ouvissem. Segui Carlisle em silêncio até sua sala, e sentei-me. - Pode falar, estou a todo ouvidos. – cruzei os braços. Ele recostou-se em sua mesa e me fitou por um longo tempo. - Tem... que assinar isto: - Carlisle entregou-me um papel com informações da morte como: horário e demais testes para descobrir o que poderia levar Billy a repentina morte. - Só isso? – perguntei duvidoso. - Não... Hm. Preciso que me permita fazer exames que não sejam típicos, se é que me entende. – deu de ombros o doutor. - Onde é que eu assino? [...] Assinei os papeis que Carlisle me propôs a assinar, e segui para a casa de Charlie no banco de trás da minha caminhonete. – Leah estava dirigindo. Ela preferia não falar nada – assim como eu. Apenas esconder qualquer resquício de ciúmes que aparentara no momento em que a meia vampira entrara em cena. Eu queria fechar os olhos e a dor desaparecesse de uma vez por todas. Queria poder dormir,e ouvir a velha canção de ninar que meus pais cantavam pra mim quando criança, e que me marcara de maneira imprescindível. Carry on my wayward son, There'll be peace when you are done Lay your weary head to rest Don't you cry no more ** Continue adiante meu filho desobediente Haverá paz quando você tiver terminado Coloque sua cabeça cansada para descansar Não chore mais Cada vez mais, minha vida sendo marcada por trágicos acidentes e perdas. Onde e quando isso iria parar? Eu era algum tipo de amaldiçoado? Tinha alguma sina que me seguiria para onde eu iria de qualquer forma? Once I rose above the noise and confusion Just to get a glimpse beyond this illusion I was soaring ever higher, but I flew too high Though my eyes could see I still was a blind man Though my mind could think I still was a mad man I hear the voices when I'm dreaming', I can hear them say ** Uma vez eu me ergui acima do ruído e da confusão Para dar uma olhada além desta ilusão Eu estava voando cada vez mais alto, mas voei alto demais Embora meus olhos pudessem ver eu era ainda um homem cego Embora minha mente pudesse pensar eu era ainda um homem louco Eu ouço as vozes quando estou sonhando, eu posso ouvi-las dizer... Era algum tipo de marca em mim? Era puro destino? Ou o acaso encontrava-me freqüentemente? Talvez eu devesse apenas alegrar aos outros... e Não a mim mesmo. Carry on my wayward son, there'll be peace when you are done Lay your weary head to rest don't you cry no more ** Continue adiante meu filho desobediente Haverá paz quando você tiver terminado Coloque sua cabeça cansada para descansar Não chore mais. Ser forte? Forte diante de que? Um buraco negro e infinito para dentro de mim, e agir em frente para quê? Masquerading as a man with a reason My charade is the event of the season And if I claim to be a wise man, It surely means that I don't know On a stormy sea of moving emotion Tossed about I'm like a ship on the ocean I set a course for winds of fortune, But I hear the voices say ** Mascarado como um homem com um motivo A minha charada é o evento da estação E se eu afirmar ser um homem sábio, Certamente quer dizer que eu não sei Em um mar em tempestade de emoção que se move Lançado sou como um navio no oceano Eu ajustei um curso para ventos da fortuna Mas eu ouço as vozes dizerem A única coisa que eu poderia classificar de forma mais racional, era uma pergunta: Por quê? Porque com Billy? Porque comigo? Carry on my wayward son, there'll be peace when you are done Lay your weary head to rest don't you cry no more ** Continue adiante meu filho desobediente Haverá paz quando você tiver terminado Coloque sua cabeça cansada para descansar Não chore mais Vagando a quilômetros de distância com minha desprezível mente, relembrando os pequenos traços da face de minha mãe. Sarah Black. Lembrando-me de como seu rosto ficava cada vez mais angelical e calmante. Suas palavras doces, recitavam freqüentemente as seguintes palavras: “Se você acredita que devemos viver a vida rumo ao alvo, sem nos abater com os obstáculos, com o pensamento daquelas pessoas que se dedicam em lhe tirar algo do que propriamente acrescentar-lhe um valor importante... Se você não liga para o que pensam de você, e segue seu caminho sempre adiante.” Carry on, you will always remember Carry on, nothing equals the splendor Now your life's no longer empty Surely heaven waits for you Carry on my wayward son, there'll be peace when you are done Lay your weary head to rest don't you cry no more No more ** Continue, você se recordará sempre Continue, nada se iguala ao esplendor Agora sua vida não está mais vazia Certamente o céu espera por você Continue adiante meu filho desobediente Haverá paz quando você tiver terminado Coloque sua cabeça cansada para descansar Não chore mais Mais... - Jacob? – Leah me chamou no banco da frente. – Tudo bem contigo? Não preciso comentar que a pergunta foi uma das coisas mais imbecis que eu já ouvira na vida, mais assenti duas vezes e saí do carro a acompanhando-a até a casa. Ela olhava fixamente ao chão. Sem emoção. Apenas com o rosto borrado por lágrimas secas e grudando pouca poeira em seu rosto. Ela abriu a casa, e me guiou para a cozinha. - Deve estar com fome... as coisas não foram fáceis hoje. – ela comentou. Seria o dia de Leah dizer idiotices? Ou era apenas a mim que estava extremamente nervoso e prestes a estourar em um lobo castanho avermelhado? - Não estou com fome. – me acomodei em um banquinho, que estava ao lado da mesa. E no mesmo instante, uma bola de pelos, muito gorda voou a meu colo. - Evil... – afaguei seu pelo, macio e cinzento. O gato era sinistro. Odiava quase todos que se aproximavam de Leah, mais aparentemente o gato gostava de mim. - Omeletes? – sugeriu Leah, de forma oca. - Não obrigada... – recusei. - Ora vamos, Jacob... Parar de comer não vai ajudar você a superar a dor. – ela pausou – Eu sei como se sente... Ela sabia mesmo; Harry Clearwather morrera á quase 11 anos atrás. E ela tivera de adotar Charlie como pai. Leah virou-se para a geladeira, e pegou dois copos rasos e uma cartela de gelo, por ultimo, retirou uma garrafa de whisky e serviu nos dois copos, abarrotados de gelo. - Sei que não vai adiantar embebedar-se pra afastar a realidade. Mas a bebida vira uma ótima anestesia por algum tempo. – empurrou a bebida para meu lado, e apanhou um copo. – Á Billy. - Á Billy. – concordei e tomei o conteúdo do copo, com um gole apenas. A bebida gelada, desceu como o fogo esparramando-se por meu corpo. Tornando-se ardido, e desaparecendo, e de repente anestesiando. - Acho melhor você tomar um banho... – sugeriu Leah – Precisa descansar um pouco, e depois esquecer da loucura de hoje. Billy iria gostar se fizesse isso por ele. - Tem razão. - Vou pegar algumas roupas que ficavam grandes pro Seth. Deverão servir. – comentou ela. - Não quero incomodar... – disse levantando rápido. - Cala a boca, Jake. Esse papo ta me dando nos nervos. Pode simplesmente colaborar com minha rara hospitalidade? – brigou ela. - Ok... sem mais comentários adjacentes. – suspirei e segui-a pela enorme sala. Subi as escadas em sua companhia e não trocamos mais palavras. - Bom... você pode ficar nesse quarto. Tem toalhas e um hobbie. Quando for sair do banho, vou ter trazido suas roupas e as deixado em cima desta cama. Se precisar de mim. Estarei em meu quarto. – explicou Leah, e logo saíra do quarto. Caminhei direto para o banheiro. Olhei-me no espelho por um longo tempo. Reconhecendo-me de novo. E tirei minha camisa. Olhei vagamente a espelho e quase morri de susto. Uma figura de cabelos compridos e negros, um chapéu de cowboy e o rosto franzido com um sorriso. Billy estava atrás de mim. Ao menos seu reflexo parecia estar. Olhei novamente para minhas costas mais nada. Meus olhos vidraram-se no espelho; - Sempre vou estar com você filho. Não se preocupe. Apenas seja justo... – a imagem soou e o som espalhou-se pelo banheiro. Engoli seco, e minha face morena, transformara-se em branco papel. - P-Pa-P-Pai? – minha voz saiu esganiçada e tremida. A imagem desapareceu ainda sorrindo. E meu rosto, manteve-se estático. Eu bebi – pensei na tentativa de me acalmar um pouco. – Foi a bebida, é. – concordei. Minha cabeça gorava a mil km por hora. Senti um aperto mais fundo no peito. E percebi enfim, que a bebida não adiantara o quanto Leah achou que adiantaria. Tomei um banho longo, tentando me desvanecer do pensamento de á pouco. Sequei meu corpo, e puis o hobbie que contou Leah. Segui para a cama, e minha roupa estava lá. O tamanho ficou bom. Não tanto quanto as minhas roupas. Mais foi confortável. Deitei na cama, cansado e pronto para dormir. E de repente meu celular chamou. “Carlisle ligando” - Alô? – atendi prontamente. - Jacob. Tenho notícias da possível causa da morte de seu pai. – ele anunciou e eu fiquei estático. - Comece. – mandei. - O corpo tem resíduos de enxofre nos órgãos internos... – comentou ele, mais atrapalhei. - Enxofre?! – exasperei – O que isso quer dizer? – perguntei atônito. - Ainda não quero alarmá-lo. Na verdade Emmett e Edward estão a me ajudar. Não quero que envolva-se ainda. Pode ser apenas algum produto que não deveria ser consumido... não podemos nos precipitar. Achei que precisava saber. – suspirou o doutor. - Obrigada, por favor – implorei – me mantenha informado. – engoli seco. - Ok... e... se por acaso. Ver Renesmee, mande-a pra casa. Ela não pode correr por aí, nas circunstâncias dela. Até. – ele desligou. Respirei fundo, e fechei meus olhos. Queria acordar logo desse pesadelo. Acordar e ver meu pai do meu lado – sorrindo e cantarolando suas musicas chatas e velhas. Era pedir de mais? Um batuque da janela, e de repente ela se abrira sozinha... Agora não era a bebida. Era uma garota de estatura média, entrando pela janela de meu quarto; - O que está fazendo aqui? – perguntei zangado, lembrando-me de seu nome. - Ah Jacob... – ela finalmente entrara, e me olhava de forma melancólica. - O que faz aqui? – perguntei cético. Ela caminhou passo a passo, fitando-me com os olhos esperançosos, mais num lapso de consciência,ela abaixou a mão que direcionara em minha direção; E a depositou em cima de sua barriga. - Queria tanto que as coisas não fossem assim. Que eu nunca tivesse me deixado levar. – ela recitou com calma e melancolia – Queria não ter quase matado você. Queria não ter me envolvido com outra pessoa...Queria que não houvesse se envolvido. - Não sei do que está falando... – comentei com a voz dura e fria. - É claro que não sabe. Está assim por minha causa... – ela comentou com tristeza, e afagou mais uma vez seu ventre – foi culpa minha Jacob. Foi pura culpa minha. Eu deixei você, quando não poderia ter deixado... – um grito meu interrompeu seu discurso. - CHEGA! EU JÁ DISSE QUE NÃO SEI DO QUE ESTÁ FALANDO! EU NÃO CONHEÇO VOCÊ! NUNCA TIVE RELAÇÃO ALGUMA CONTIGO! SERÁ QUE PODE PARAR DE FALAR LOUCURAS E VOLTAR DE ONDE VEIO? – perguntei agitado. - Perdoe-me. – ela suspirou – por favor... - O que quer aqui? – perguntei enquanto vi uma lágrima escorrendo de seu rosto pele marfim. - Billy era como um avô para mim... posso provar isso á você. Estou muito triste com o que houve com ele. E estou tão indignada quanto qualquer amigo dele estaria. Só quero que me deixe ir ao velório. Apenas isso, Jacob. Eu suplico. Ele se lembraria de mim... - Como pode me provar? – perguntei sem humor. - Meu dom... – ela tirou a mão de seu ventre e a indicou para mim segurava. – Pegue minha mão... Essa ultima noite, Jacob. É apenas isso que eu o peço. Sua expressão pobre, e morta, me implorava por aquilo, e de alguma forma, meus instintos me levavam em direção á ela. Uma espécie de magnetismo, que eu não entendi. Não haverá mais cheiro ruim, eu não sentia mais medo, eu me sentia apenas hipnotizado. E de maneira involuntária, toquei minha mão na dela. Como se um choque chegasse a minha mente, cegando tudo o que eu sabia. Eu lembrei. Coisas se moviam em ritmo acelerado demais, todas as horas e momentos com Renesmee Carlie Cullen iluminando-se em minha cabeça, como se um lanterna encontrasse um arquivo perdido a muito tempo. O primeiro beijo, minha proteção. E agora... solidificava-se outro centro. Cordas e cabos de aço, me suspendendo entre dois centros. Dois objetivos indefinidos e completamente opostos. - Nessie... – minha voz rouca, arranhou mais uma vez. Conhecendo aquele lindo rosto, aquela voz fina, e apreciando seu cheiro. Mas algo não estava correto. Sua barriga com uma longa elevação infelizmente, magoava a visão; - Você lembrou... – um sorriso tímido de criança. O sorriso de emoção pura e serena brotou nos lábios de MINHA Nessie. Seus braços rodearam-me e sorriu. Enterrei minha face em seus cabelos, e afoguei-me em seu aroma inebriante. – Não sabe como senti sua falta... - Eu senti falta de lembrar-se de você, minha Nessie... – comentei com lágrima nos olhos. E vi o que eu fazia. Eu não poderia ter dois imprintings ou menos tempo...Poderia? - Tenho que ir... – ela desvencilhou-se de mim – todos os Cullen devem estar enfartando por não saber onde me meti... - Adeus... – soprei um beijo em sua testa, e a figura pequena e de cabelos cor de cobre, desaparecera pela janela. O que dera em mim? Me perguntei. Nada mais faria sentido. E a única solução plausível pra mim, foi fechar os olhos, e deixar minha mente instável descansar. [...] - Jacob? – chamou a voz de Sue – Jacob? Está acordado, querido? - Agora estou... – comentei sentando-me na cama. - Apresse-se filho. Precisa ir á procissão, tem de carregar o caixão. – comentou ela, enquanto colocava um conjunto de roupas pretas em cima de uma escrivaninha. - Obrigada Sue. Desço em cinco minutos. – tranqüilizei-a. - O seu café está servido. Sue saiu do quarto, e Jacob se trocou. Lembrou-se da imagem de seu pai, que vidrara-se no espelho ontem a noite. E lembrou-se de Renesmee – lembrou de recordar-se dela, e de tudo o que importava pra ele. Um problema a mais estava em destaque agora: Jacob teria que fazer um discurso sobre a vida de Billy e afins. Mais nada tinha planejado. - Bom dia... – sussurrou Charlie amuado, em seu lugar á mesa. - Melhor? – perguntou Leah de boca cheia. Apenas assenti e sentei-me no lugar vazio. Comi ovos e bacon. Tomei uma grande xícara de café, e terminei meu café. Aguardei que todos terminassem de comer, para falar algo. Sue me dera para vestir, uma camiseta e um jeans preto. Uma longa fite negra no braço, representava o luto familiar. E logo, eu teria que ver a cara de Rachel e Rebecca de novo. Espantei a memória. - Bom...Acho melhor irmos agora. – sugeriu Charlie em sua voz confusa. Assentimos em silêncio. Caminhei para minha caminhonete e me coloquei como piloto. - Quer mesmo dirigir? – perguntou Leah sentando-se ao meu lado. - Estou triste, não deficiente... – fiz bico. E ela riu sem humor. Liguei minha caminhonete, e dirigi até minha nova casa em LaPush. - Carlisle teve alguma resposta para a morte...? – perguntou Leah de maneira vaga. - Ele encontrou enxofre... – pausei e respirei fundo – enxofre nos órgãos internos. Seja lá o que isso signifique. - Enxofre... – comentou Leah pensativa. – Isso te influências más, não é? - Sempre dizem que enxofre é um péssimo agouro... mas não que isso seja basicamente real. – suspirei – espero que tenhamos mais respostas sobre isso hoje. - Espero... – comentou ela enquanto descíamos do carro. Caminhei pela porta da frente e vi a matilha unida em volta do caixão. - Estávamos esperando por você... – comentou Paul – Por que se fosse pelas suas irmãs, Billy não teria mérito algum... - Vamos lá, e façam questão de esquecê-las. – bufei. Eu não poderia por anda em minha mente agora, a não ser o que Billy significara para mim a vida toda. Olhei para um canto da sala, e vi um vulto escuro e sorridente, de cabelos compridos e chapéu de Cowboy. Ele de novo... Billy. E agora eu não bebera. - Vá em frente... – sibilou ele. Um arrepio tomou conta de mim... - Jacob? Está tudo bem? – perguntou Quil, olhando inquisitivo para mim. - Sim... estou bem; poderíamos começar? – perguntei engolindo o nó que se depositara no começo de minha garganta. - Podemos... – concordaram todos. O caixão era suspenso por madeiras sagradas e com sinais divinos para os Quileutes. Um manto forrado de louros, cobria a superfície do caixão, purificando o espírito. Me posicionei em primeiro plano, o filho mais velho – e quase único – devia estar lá. Honrando e despedindo-se da alma do pai. Leah segurou a aba do outro lado, ao meu lado, com um sorriso amargo e tentando ser confortante. O resto da matilha se dirigiu ao resto das colocações, e com nobreza, seguimos para fora da casa e seguimos pela praia coberta de penas cerimoniais. Enquanto nosso caminho percorria até o topo do penhasco, juntava-se gente de todos os cantos. O coral, as visinhos, amigos próximos, os Cullen, e o resto dos anciões. Foi uma escalada dolorida e complicada, sem saber quando você conseguiria pisar em chão firme novamente – sem saber quando a dor se tornaria mais insuportável do que já era. Enfim... Chegamos. Cadeiras pitorescas, e um palco cerimonial estava lá. O velho Quil Ateara, seguiu para cima do palco, e pediu que depositássemos o caixão de Billy em cima de um longo suporte. O coral se acomodou na primeira fila, junto de Sua e Charlie arrasados, Rachel e Rebecca olhavam tediosas para o altar. Amigos, primos, e conhecidos sentaram-se em seguinte e a matilha foi obrigada a sentar-se perto dos Cullen. Cadeiras fora reservadas ao meio da primeira fila, por Charlie e Sue. O velho Quil jogou água benta no corpo de Billy, e sibilou unções Quileutes. O gesto da água benta, levou á alguns garotos da matilha, rirem ironicamente com a presença dos Cullen. Estes simplesmente ignoraram. Quil conduziu a celebração com palavras Quileutes e rezas cristãs. Quil fez um discurso sobre a importância de Billy para LaPush, espirituosamente e socialmente. Logo me chamara para o discurso. Leah apertou minha mão, encorajando-me. Levantei e segui para o topo do palco. Tendo uma visão privilegiada de toda a platéia do funeral. Minhas mãos suaram, minha boca secou. Minha garganta travou, e meu corpo ficou inerte. Algumas pessoas me lançaram olhares inquisitivos, e perguntas silenciosas. Mas eu não saberia o que dizer, quando um bom agouro tornou a mim. - Eu estou na frente de todos vocês...Aqui e agora. Num silêncio que nem eu posso realmente relatar. Tantas duvidas e insegurança me cercando, e me lembrando dos velhos conselhos de Billy. Par isto que ele sempre vivera. Ajudar e aconselhar-me. E o que Billy diria a mim agora, eu me pergunto... Ele sem duvida diria, que devo ouvir o que clama em meu peito, e deixar a harmonia de meu coração relaxar... e pra final, que eu deveria fazer isto por que Billy Black, não cria filhos fracassados... – ri em conjunto com burburinhos. – E o que meu coração diz, me pergunto de novo... – respirei fundo. “ eu diria que meu maior orgulho, sempre foi ser filho de Billy Black. Não dando valores extremos a dinheiro e bens materiais, sobrevivendo de maneira honesta justa e caridosa. Por mais que por anos, suas duas filhas desapareceram ao mundo, ele jamais deixou de ajudá-las como podia. E posso afirmar a vocês, que Billy não fora bom unicamente á sua família... Billy com toda a certeza, ajudou a todos que conseguiu. A praia de La Push foi um de seus maiores feitos bons e caridosos. Ensinamentos, apoio, conselhos, amizade enfim... Billy sempre seria o melhor que pudesse, e continuaria vencendo seus limites físicos e mentais para ajudar á quem precisasse. Há quase 20 anos, minha mãe viera a falecer em um acidente de carro, o qual tirara as pernas de Billy. Ele esforçara-se para suprir minha necessidade de uma mãe, e seus feitos. Ele nunca pode realmente suprir a falta dela mas a amenizou com sua frase freqüente: O tempo não cura tudo, aliás, o tempo não cura nada, o tempo apenas desloca o incurável do centro das atenções. “ E sempre fora útil. Acalmando meu peito que clamava pelo carinho materno na infância; E nada que exista é capaz de decifrar sua verdadeira personalidade. Tantas coisas eu posso dizer que... já perdoei, erros quase imperdoáveis, tentei substituir pessoas insubstituíveis e esquecer pessoas inesquecíveis. já fiz coisas por impulso, já me decepcionei com pessoas que eu nunca pensei que iriam me decepcionar, mas também já decepcionei alguém. já abracei pra proteger, já dei risada quando não podia, fiz amigos eternos, e amigos que eu nunca mais vi. amei e fui amado, mas também já fui rejeitado, fui amado e não amei. já gritei e pulei de tanta felicidade, já vivi de amor e fiz juras eternas, e quebrei a cara muitas vezes! já chorei ouvindo música e vendo fotos, já liguei só para escutar uma voz, me apaixonei por um sorriso, já pensei que fosse morrer de tanta saudade e tive medo de perder alguém especial, e acabei perdendo... – enfim terminei meu discurso com a voz emaranhada, e lágrimas nos olhos. Toda a platéia se levantou e me aplaudiu, lágrimas caindo e sorrisos emocionantes. E um rosto pequeno e cabelos dourados, me chamou atenção no fundo da platéia. Chorando quase maniacamente, aplaudia em silêncio... Néss. - Seu pai certamente estaria muito orgulhoso de você... – cumprimentou o velho Ateara. A água benta, era misturada á álcool e gasolina. E assim, acenderam a vela purificada, e deram á mim. - Que seja conduzido aos céus pelos anjos mais puros, pai. – As lágrimas não cessaram-se até a chama da vela, suspender-se ao corpo de meu pai. E assim, seu corpo perdia a forma pouco a pouco, e enfim. Ele se foi de corpo e alma.


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Notas finais do capítulo

desculpem a demora pliiis não me abandoooonem... e só pra constar: NYAH! EU ODIEI A REFORMA :@

e também sei que é muito chato ficar, pedindo... mais quem gosta de Alice e Jasper, leia minha nova fic: Complicada & Perfeitinha

é uma hitória divertida, e um romance d colegial.

E... mandem seus reviews X)



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