A Rainha Regente escrita por Odd Ellie, Odd Ellie2
O castelo podia ser visto no horizonte bem antes deles chegarem a ilha, era uma das construções mais impressionantes dos sete reinos, as esculturas de dragões gigantescas em cima das torres, todas as linhas da sua arquitetura indicando algo afiado, letal e negro. Tudo negro, o castelo certamente era majestoso mas de um jeito que parecia o lugar que os monstros de uma canção gostariam de viver, de se esconder. Se ela tivesse sido traga para a Pedra do Dragão quando menina apenas um olhar para aquele lugar a teria assustado e provavelmente ela teria se agarrado nas saias de sua mãe e pedido para não ir para lá, mas agora era apenas segurança, de todos os lugares que ela ansiou por estar ao longo do último ano a primeira sede da casa Targaryen só perdia para Dorne.
Rainha Rhaella e o príncipe Viserys estavam esperando por eles nas docas. A rainha parecia bem melhor do que a última vez, mas isso não era difícil. No Porto Real os aposentos delas ficavam relativamente longe, mas não longe o suficiente para que ela conseguisse evitar ouvir os ecos dos gritos de Rhaella quando Aerys ia para o seu quarto, o dia antes da partida dela foi um desses, e na despedida ela pode ver os machucados e hematomas que a noite anterior tinha lhe deixado. Apenas em comparação com Aerys, Rhaegar poderia parecer um bom marido, afinal Rhaegar nunca bateu nela, ele nunca deixou hematomas e cortes em sua pele ou quebrou os seus ossos. Ele apenas feriu o seu orgulho, o seu senso de valor próprio, ele apenas partiu o seu coração metafórico.
Agora a pele de Rhaella estava perfeita, embora ainda houvesse um vestígio dos eventos daquele dia, o bebê que Rhaella carregava em seu ventre. Elia sempre achou que a crença que o modo de concepção determinava a natureza da pessoa era bizarra e retrograda, mas ainda assim olhando para a barriga ela sentiu um frio correr por sua espinha, e se houvesse alguma verdade naquela crença estranha, eles diziam que bastardos nasciam luxuriosos e sem caráter por terem sido feitos fora da cama matrimonial, como seria a natureza de uma criança feita na cama matrimonial mas em estupro, em ódio e em violência numa das formas mais cruéis que existe ? Elia disse para si mesma para parar de pensar nessas coisas.
Viserys correu na direção deles e abraçou Rhaenys, o menino nunca simpatizara muito com Elia mas ele claramente adorava a sua pequena sobrinha e para Elia isso era mais do que o suficiente. Elia sorriu olhando para a cena, a Rainha Rhaella sorriu também, mas havia uma certa tristeza nesse sorriso, o protocolo para essas situações era dizer que ela sentia muito pelas suas perdas, mas a Rhaella provavelmente saberia que eram palavras hipócritas, então ela se contentou em dizer :
“É bom vê-la, eu passei os últimos meses temendo que não fosse acontecer de novo”
“Todos nós tememos”
“Como vai a gravidez ?”
“Melhor do que as últimas, talvez esse aqui chegue a respirar”
“Eu vou rezar para a Mãe para que esse seja o caso”
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