A Rainha Regente escrita por Odd Ellie, Odd Ellie2


Capítulo 2
Capítulo 2




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Elia tinha passado a noite inteira em claro, primeiro se reunindo com o conselho e depois escrevendo diversas cartas, então pela manhã após eles embarcarem no navio rumo a Pedra do Dragão ela se trancou em uma cabine com seus filhos e dormiu até o entardecer. Jaime não dormiu nem um pouco pelas horas que seguiram , ele teve oportunidade mas duvidou que seria capaz, seu corpo estava cansado mas sua mente ainda estava acelerada com os eventos dos últimos dias.

Elia o havia ajudado como ela havia dito que faria, mas ainda assim Jaime não tinha idéia do que realmente estava se passando na cabeça dela. Foi Elia que informou a todos sobre a morte do Rei, contando como enquanto a sua audiência com Aerys o Piromancer roubou a espada de Jaime e matou o Rei, e depois foi morto por Sor Jaime. E eles acreditaram nela, Jaime imaginava se a história viesse dos seus lábios todos o olhariam com suspeita, mas ninguém podia imaginar a princesa Elia que era conhecida por ser tão gentil e frágil mentindo tão descaradamente.

O corpo do Rei foi queimado duas horas depois, Elia justificou a pressa nos rituais funerários porque ela teria que embarcar em um navio antes da manhã, e em seguida disse para Jaime que ela requereria a presença dele na viagem para protege-la. Isso chocou Jaime bastante, os outros podiam vê-lo agora como um cavaleiro jovem que se distraiu e cometeu um erro, mas Elia sabia o que ele era : um homem que tinha quebrado os seus votos, alguém indigno de confiança.

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“Vossa Graça eu ouvi que a Senhora requere a minha presença”

“Vou ouviu certo, feche a porta eu tenho que te pedir uma coisa”

“O que a Senhora comandar”

“Não é um comando é um pedido”

Jaime fechou a porta.

“Certo. O que é ?”

“Eu gostaria que você provasse a comida para ver se está envenenada antes de eu e meus filhos jantarmos”

Jaime riu.

“Qual é a graça ?”

“Do jeito que minha rainha falou eu supus que seria algo grande que você me pediria pra fazer”

“Possivelmente ser envenenado do jeito que eu vejo é um grande pedido”

“Todos os membros da tripulação são juramentados a senhora, ninguém te envenenaria”

“Aerys estava em uma sala só com pessoas que eram juramentadas a ele quando ele morreu”

Com esse comentário Jaime se calou, primeiro ele tomou um gole do vinho depois um pouco do arroz, da carne e do frango, e de um bolinho estranho cheio de ervas típico de Dorne que pelo que ele já observara Elia adorava.

“Tudo parece estar bem Vossa Graça, venenos colocados na comida tendem a agir rápido, você e seus filhos podem comer em paz”

“Certo. Eu sinto muito pelo que eu disse antes”

“Porque ? Você só falou a verdade”

“Isso não justifica a minha falta de tato. Talvez eu esteja me tornando paranoica. Mas nós estamos em um momento delicado e eu não sei em quem confiar, seria bem conveniente para muitos se algo acontecesse com meus filhos”

“E você confia em mim ?”

Elia o olhou por um longo tempo antes de responder, e quando ela falou o que saiu dos seus lábios não foi uma afirmação ou uma negação.

“Sabe eu nunca pensei muito a respeito dos juramentos da guarda real antes de ontem, eles são um tanto peculiares quando você analisa. Eu cresci vendo cavaleiros jurando lealdade a minha mãe depois ao meu irmão após o falecimento dela, e a cerimonia é tanto diferente lá, e pelo que eu já observei na maioria das outras casas, o cavaleiro se ajoelha e jura lealdade e serviço, o senhor ou senhora se mantém de pé mas ele jura também, que o cavaleiro em questão sempre terá um lugar para comer em sua mesa, que não pedira nada dele que poderia lhe trazer desonra, e outras coisas variando da situação. Mas não com a guarda real, nesse caso vocês apenas se ajoelham, juram e juram e o Rei permanece em silêncio. Isso parece justo para você ?”

“A vida não é justa Vossa Graça”

“Eu já estou ciente disso há um bom tempo Sor Jaime. Mas finalmente respondendo a sua pergunta : eu não sei se eu confio em você, suas ações mostraram uma falta de honra a suas palavras, mas não falta de honra ao reino, não a sua família e não como pessoa, o que é mais do que eu posso dizer da maioria das pessoas no Porto Real. Eu quero confiar em você, e eu quero que você continue se provando digno disso”


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Notas finais do capítulo

Obrigada por ler, comentários são sempre apreciados.



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