Um ano havia se passado, o buquê de flores estava em seus braços cansados e repousados nos braços da doce jovem garota de cabelo cor-de-rosa. Lucy era guiada por sua filha mais nova, Nashi, tal garota que praticamente não soltava de Lucy, todo o tempo que ficavam juntas ou se viam sutilmente, ela pulava nos braços da mãe em busca de um abraço acolhedor que somente ela tinha.

Era um dia triste para as duas. Lucy já completaria seus belos trinta e nove anos dali há algumas semanas; acabou lembrando de seu segundo ano na Fairy Tail, quando Natsu a presenteou com lindos brincos de ouro, deixando belas dívidas pela cidade. A felicidade e a adrenalina que ambos sentiram naquele dia era sem igual. No final do dia, tivera que devolver.

Porém, como uma promessa feita por Natsu nunca poderia ser quebrada, um ano depois, ele deu os mesmos brincos de presente, só que dessa vez, foram pagos corretamente sem quaisquer tipos de encrenca. Algo tão memorável e feliz.

Lucy pegou o buquê e foi andando até o túmulo onde estava escrito em lindas palavras "Natsu Dragneel".

— Não podemos ficar tristes, Nashi. Ele não gostaria disso, não é? — ela concordou com a cabeça, observando a mãe abaixar e deixar as flores de frente com seu nome. — Sentirei sua falta, meu amor. Espero que esteja bem onde quer que você esteja agora. Fique sabendo que um dia nos encontraremos e eu não o deixarei pegar nenhuma missão perigosa novamente, entendeu?!

Os fios loiros se sacudiam com o vento fraco e quente daquela estação. Ela sabia que era a resposta de Natsu. E era um sim.

Nashi não fez questão de dizer nenhuma palavra, pois sabia que Lucy ora ou outra, desabaria assim como ela estava por dentro.

Além de envelhecer na cidade em que tudo começou, Lucy sabia que, pelo menos, viveria o resto de seus dias ao lado de alguém que amava, seus filhos. Daquele mesmo homem que amou sua minha vida toda, que lhe deu filhos, lembrado por muitas gerações. Tanto por sua bravura, por sua força, por sua coragem ou até mesmo por sua estupidez e empolgação, assim como seu seu filho mais velho havia herdado seu nome, acabara herdando tudo o que Natsu tinha de mais especial.

Ela teria que seguir em frente, e nunca esqueceria daquele homem — moleque — que a deixou há um ano morrendo de saudades.

Essa vida é jogo rápido
Para mim ou pra você
Mais um ano que se passa
Eu não sei o que fazer.