Reflection. escrita por Chanel 2


Capítulo 7
Vicki e Jade são espertas.




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Vicki estava na minha casa, estávamos falando sobre Cobreloa.

– Confinamento solitário? ESTÁ BRINCANDO COMIGO! – Gritei muito mais alto do que eu pensei. A Vicki respondeu balançando a cabeça positivamente, bebendo um copo de Coca-Cola. – Isso não é justo! Quanto tempo ele vai ficar lá? – Gritei mais uma vez.

– Não é justo? Jade, o Cobra fugiu da sela dele e arrumou uma briga com um paciente. – Vicki olhou pra mim.

– Sim! Mas ele me salvou de ser violada. – Insisti.

– Ok, mas primeiro diminui o tom da sua voz, por que tá todo mundo olhando, e agora por que está defendendo ele? Pelo menos ele não vai ser chicoteado e nem eletrocutado, ele vai ficar bem, é só uma semana. – Vicki me falava tentando me convencer.

Suspirei e bebi meu chá quente, eu acho que ela estava certa, confinamento solitário era uma das torturas mais agradáveis.

– Mas.. O Que ele fez foi incrível, independente de ele ser um paciente perturbado ou não. – Insisti mais uma vez.

– Bom, ainda sobre isso, talvez ele não seja tão psicopata como pensamos. – Vicki falou.

– O Que quer dizer? – Perguntei, franzindo as testas.

– Você sabia que o Cobreloa também foi no porão? E Encontrou dois cadáveres! – Ela afirmou com toda certeza.

Meu queixo caiu sem saber o que falar.

– Ok, mas qual o sentido? – Perguntei novamente.

– Isso significa que alguém de fora que tem conexão com o Muller, ainda está matando essas pessoas, e quem colocou esses corpos lá em baixo foi o assassino o tempo todo, talvez, Cobra seja inocente. – Vicki me explicou, sussurrando.

– Exato, e talvez essa pessoa esteja sempre seguindo os passos de Cobreloa pra ele sempre sair como culpado. – Sussurrei.

Vicki e eu demos pulinhos de alegria por criarmos essa teoria.

– Jade, eu acho que está fazendo uma coisa. – Ela falou parando de brincar.

– O Que? – Fiz uma cara de assustada.

– Os corpos foram encontrados no porão do Muller.. – Ela falava.

– Sim, mas e dai? – Perguntei.

– Isso significa que a pessoa que matou esses corpos, provavelmente tem as chaves da instituição! E as únicas pessoas com as chaves são as enfermeiras, as coordenadoras, empregados, e outros funcionários. Jade acorda. O Assassino é alguém que trabalhamos! – Ela falou em voz alta segurando minha mão.

Droga! O Jantar tornou-se quente demais, deixei 15 minutos no micro-ondas enquanto conversava com Vicki, o prato estava quase explodindo de tão quente, e daqui a 12 horas eu deveria voltar ao meu trabalho, hoje foi meu dia de folga por conta do carnaval, mas eu ia voltar pro Muller, onde o assassino poderia me atacar a qualquer momento.

– Não é legal? – Perguntou Vicki, com um sorriso genuíno.

– Legal? Vicki, é horrível! Não está assustada? – Perguntei, tirando o prato do micro-ondas com uma luva.

– Não seja por isso, eles não iriam escolher um funcionário pra matar. É muito arriscado, além disso, a polícia está atrás desse assassino agora, por isso, agora ele pode fazer vitimas, mas fora do Muller e dentro do Muller, pra confundir todos. – Vicki afirmou, eu não sabia como ela encaixava tanta informação em só uma cabeça.

Balancei a cabeça, tudo o que ela estava falando, fazia sentido.

– E O assassino pode ser alguém da Ala C, ou da sala S.O.S, ele pode saber quem é nós. – Eu afirmei.

– Exatamente, é por isso que eu não me preocupo. – Disse Vicki abrindo a geladeira e tirando o suco de limão de dentro do frízer.

Eu suspirei tentando deixar minhas preocupações para o lado, jantamos e Vicki disse que já ia embora, deixei ela em casa, e voltei para a minha casa, tomei um banho, e fui até minha cama, capotei em um sono.

–X-

Acordei de seis horas da manhã pra ir pro Muller, passei por várias salas, pensando em Cobreloa, ele me salvou, e eu percebi que eu não odeio ele, encontrei Henrique sentado em um sofá, cumprimentei ele, e ele chegou do meu lado, passei em frente na sala do Sr. Gael e eu pude ouvir ele falar.

Agora, Ricardo Cobreloa, vamos decidir seu castigo

Eu acho que uma semana de confinamento solitário não era tão ruim assim, ser chicoteado e eletrocutado é mil vezes pior, tal como disse Vicki e em apenas uma hora com minha melhor amiga descobri que eu estava trabalhando com um assassino, entretanto Vicki estava certa eu não deveria me preocupar, se o assassino tivesse alvo algum funcionário do Muller, eu ficaria bem, certo?

Cobra foi passar um mês em uma fazenda para doentes mentais, e cada dia que eu passava no Muller eu sentia a falta dele, as vezes me dava vontade de chorar.

E Esses dias passaram, eu observava o carro onde ele estava vindo pela janela, quando ele saiu do carro não consegui explicar o alívio que eu senti, simplesmente olhei pra ele e desci as escadas correndo, gritando o nome dele, pulei em cima dele envolvendo as minhas pernas em volta da cintura dela e meus braços em volta ao seu pescoço, ele ficou surpreendido por que ambos caímos no chão, ele olhou pra mim com um sorriso agradável e soltou uma gargalhada.

– Eu senti tanto sua falta, Jade. – Ele sussurrou no meu ouvido enquanto cheirava meu pescoço e acariciava meus cabelos.

A sua mão quente encostou na minha bochecha e ele me segurou por um segundo, ficou em cima de mim e encostou nos meus lábios, ele me beijou, foi a melhor sensação que eu tive, nossos lábios ficaram vermelhos de tanto nos beijar.

– Vem aqui – Ele sussurrou segurando na minha mão e me levando pra uma garagem.

O Seu sorriso era tonto e seus olhos brilhavam.

Pegou uma faca cheia de sangue e enfiou no meu pescoço.

– Surpresa. – Um sorriso aterrorizante.

–X-

Acordei desse sonho bom, e ao mesmo tempo ruim, encharcada de suor e tremendo de frio de uma só vez. Os meus olhos dispararam no meu celular já eram cinco horas da manhã, todas as minhas esperanças de voltar a dormir foram perdidas, eu já estava acordada, e depois desse sonho eu não conseguiria dormir.

Levantei então e fui até o banheiro, liguei a torneira da banheira, joguei o objeto que faz espuma na piscina e tirei meu sutiã e minha calcinha me coloquei dentro da banheira e relaxei.

Depois de um banho, vesti uma blusa preta, uma saia vermelha xadrez um sapato de couro e um colar dourado, penteei meu cabelo, chamei um táxi e fui até o Muller, subi e desci escadas como de costume.

Olhei pacientes, dei almoço a alguns pacientes, uma chatice, senti falta de Cobra, principalmente na hora do almoço, na hora que jogamos cartas, brigamos, conversamos.

– Hey. – Uma voz falou ao meu lado atrapalhando meus pensamentos.

Virei a cabeça e encontrei Henrique.

– Oi. – Respondi, sorrindo.

– Parecia aborrecida, resolvi falar com você. – Ele falou colocando a mão nos meu ombro esquerdo.

– Isso é chato. – Afirmei, olhando pros pacientes.

– Eu sei, as vezes tenho vontade de ver alguém morrendo, pra pelo menos ter o que olhar. – Ele olhou pra mim, rindo.

– Não vai fazer falta, tem um assassino aqui, qualquer um pode morrer. – Deixei escapar.

– O Que? – Ele me perguntou.

Suspirei.

– Lembra dos corpos que o Ricardo Cobreloa encontrou no porão? – Perguntei, Henrique assentiu.

– Sim, todos ouviram sobre isso. – Ele sacaneou.

Henrique estava certo, Muller é um lugar entediado, por isso as notícias se espalham de pressa, continuei a contar o que Vicki me explicou no jantar e como havia um assassino entre os funcionários daqui.

– Oh, meu Deus! Isso é coisa de louco. – Henrique disse quando eu acabei.

A Sua expressão era de preocupação, de medo mesmo.

– Fique tranquilo, Muller é um lugar enorme, com mais de cem funcionários, o assassino não iria procurar a gente pra matar. – O tranquilizei.

A Conversa acabou sentamos em uma mesa e esperamos o sinal tocar pra cada um voltar as suas funções.

– Jade? – Perguntou ele, quebrando o silêncio.

– Oi. – Falei.

– Você tem planos pra sexta feira? – Ele perguntou.

Pensei por um minuto se eu tinha algo a fazer, e nada veio na minha mente.

– Não, não tenho nada na sexta feira. – Respondi.

– Gostaria de jantar? Ir ao cinema? – Ele perguntou novamente.

– Eu adoraria. – Sorri.

– Ótimo. – Ele sorriu, e eu sorri de volta.

– Hum, me dá licença tenho que ir no banheiro. – Eu falei pra ele me levantando e passando pelo corredor, e lá estava um paciente, Alan, matou a própria vó, ele era uma boa pessoa, porém criminoso, ele estava ao lado de um homem que eu nunca vi na história do Muller e ele levava Alan até uma sala de cirugia, mas pra que vão cirugiar Alan? Sem permissão? Resolvi seguir o homem e entrei dentro da sala onde estava a sós com Alan.

– Minha querida, você não deveria está aqui! – Ele falou alto e grosso comigo.

Olhei para os lados e não encontrei Alan.

– Desculpe, eu estava a procura do paciente Alan, você o viu?

– Você tem que sair daqui menina, por favor pare de me perturbar e perturbar os pacientes. – Ele bateu a porta na minha cara.

Eu ainda estava curiosa pra saber o que estavam fazendo com Alan, espero que Henrique não se incomode em esperar, depois daquilo usei ao banheiro, o que aquele homem queria fazer com Alan? Ele é o criminoso?


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Notas finais do capítulo

Ai gente eu amo essa amizade de Vicki e Jade, vocês gostam?
Iai? O Que vocês acham, vocês acham que Cobra é inocente ou é assassino?



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