Reflection. escrita por Chanel 2


Capítulo 6
Luzes apagadas.


Notas iniciais do capítulo

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COBRA POV;

Que alívio estar de volta. Lar doce Lar, certo? Apenas tenho que me acostumar com o cheiro de vômito e de mofado, sendo capaz de sentar nessa cama que range toda vez que toco nela. E Neste colchão que é infestado de poeira, sem nada pra fazer, Adorei.

Ou não.

Ouvi alguém conversando, as vozes vinham do salão, eu sempre curioso resolvi ouvir.

– Devemos dizer as enfermeiras? A Karina? – Perguntava uma voz, uma voz feminina.

– Não. Eu não vou fazer isso. – Outra voz.

Conclui que duas mulheres estavam conversando.

– Temos que falar a alguém! Um dos guardas talvez?

– Faça o quiser mas eu não vou me envolver. O Que vimos foi... – Eu ouvia a voz da pessoa tremer. – Aquilo foi absolutamente horrível. Quero esquecer isso.

Podia ouvir as vozes se aproximarem enquanto eu segurava as barras de ferro da minha sela.

– Então não vamos falar a ninguém.

– Certo!

A Conversa finalizou.

Eu não podia saber o que era, mas me pergunto o que raios estava acontecendo aqui no Muller que essas mulheres estavam com medo? O Que elas viram que eu não vi? Esse lugar está cheio de segredos.

– Hey! – Sussurrei alto e elas me ignoraram.

Eu devia ter desconfiado que pra elas os pacientes sempre estavam doidos ou falando besteiras, eu precisava chamar a atenção das duas, bingo! Eu vi no pescoço delas o nome das mesmas, então resolvi falar o nome delas.

– Bianca e Bárbara! – Falei alto pra que elas me vissem, e as duas olharam para trás.

Uma delas era bastante rude, vulgo emo e gótica, a Bárbara.

E A outra era bem doce, delicada e caprichosas, a Bianca.

– O que é que quer? – Perguntou a Bárbara de uma forma bem grosseira.

– O Que é que você viu? – Perguntei.

– Volte pra sua cela, Ricardo Cobreloa. – Pediu Bianca.

Tente saber de onde elas sabiam meu nome, mas lembrei que os funcionários deviam saber a qualquer custo o nome dos pacientes.

– Eu estou na minha sela. – Afirmei.

– Vamos Bianca, vamos. – Bárbara me ignorou enquanto puxava Bianca pelo braço e se virando para o lado oposto.

Droga. Eu precisava saber. A Curiosidade estava me comendo.

– Eu digo para a Karina que vocês estavam lá embaixo conversando misteriosamente. – Afirmei, as desafiando.

– Ah é? E Quem vai acreditar em você? Quem vai acreditar em um assassino? – Bárbara me perguntou, me provocando.

– Olha se quer saber eu sigo todas as regras, nunca tive um surto, sou obediente, sou amigo dos funcionários, por que ela não acreditaria? – Perguntei.

Bárbara e Bianca trocaram olhares incertos.

– Pense nisso desta maneira. Você me diz o que viu, e eu guardo tudo para mim, você não arranja problemas com a Karina. E Eu deixo vocês em paz, ninguém vai saber o que aconteceu, exceto eu e vocês duas, e se eu contar pra alguém, ninguém vai acreditar em mim, até por que vocês mesmo disseram que eu sou um louco. – Convenci elas.

– Ok tudo bem. – Bianca suspirou.

– Nós estávamos no porão e vimos dois corpos. – Falou Bárbara.

– Cadáveres? – Perguntei.

Os seus olhos medrosos e seu aceno tremulo eram a confirmação que eu precisava.

– Sim. Mas eles não estavam apenas mortos e sim esfolados. – Disse Bianca.

JADE POV;

Duas rondas de trovões soaram enquanto eu ia até o escritório de Karina, abri a porta e da janela dela dava pra ver os relâmpagos que não paravam de cair.

– Oi K. – Cumprimentei.

– Olá querida. – Respondeu ela sem olhar pra cima, checando alguns papéis.

– Não. – Disse ela enquanto trocava a cor da caneta.

– Bom, parece que não vamos ficar ocupadas por um bom tempo, os funcionários reforços estão cuidando dos pacientes, vamos torcer pra eles não entrarem em pânico por causa dos trovões. – Sorri.

Deu três relâmpagos e dois raios, um leve trovão, foi no momento que um dos pacientes gritaram. As luzes piscaram três vezes e em seguida ficou tudo preto. Voltou a acender e ficou tudo preto de novo. Olhei pra Karina com meus olhos arregalados e ela ficou quieta. Nesse momento ouve um som, ou um barulho, Como se alguém estivesse abrindo as portas, e como se estivessem puxando algo, surgiu gritos no fundo do corredor, acabei derrubando toda uma papelada que eu segurava no chão, e fui correndo pra trancar a porta do escritório, coloquei cadeiras, objetos e sofás atrás da porta, suspirei quando terminei.

– Jade? – Perguntou Karina.

Olhei pra ela intensa.

– Acho que temos um problema. – Karina respondeu e eu assenti com a cabeça.

COBRA POV;

Eu estava na minha cama que não parava de gemer um segundo, e eu estava com meus cotovelos apoiados na parede, a chuva não parava de cair, ouvi o som de um raio, trovões e vi relâmpagos caírem, corri para a porta da minha sela, e a minha porta estava aberta, pulei de felicidade, dei um chute na porta pra abri-la de vez e abriu, corri pelo corredor torci que não tivesse nenhum funcionário, empregado, segurança, enfermeira, seja o que for, mas ninguém podia me ver, estava tudo escuro, só tinha uma luz mínima que vinha da lua, meu objetivo era ir até o porão para encontrar os corpos que Bárbara e Bianca me falaram sem ser pegado pelos guardas, bom, eu já enfrentei coisa pior antes.

JADE POV;

– Vou lá fora pra ver o que está acontecendo. – Avisei a Karina enquanto puxava uma cadeira de trás da porta.

– Não. – Karina protestou. – Não é seguro. – Finalizou.

– Eu tenho que encontrar a Vicki, o Henrique, não podemos ficar paradas! – Afirmei.

– Podemos sim, é só esperar, se a gente esperar tudo vai voltar ao normal, fique calma Jade. – Karina me pediu.

– Karina você pode esperar, mas eu vou lá fora. – Disse, enquanto tirei tudo do meio e abri a porta.

COBRA POV;

Encontrar o caminho para o porão foi mais fácil do que eu pensava, ficava do lado de onde as coordenadoras ficavam, abri as portas e desci as escadas, o chão era de mármore, e o ar tinha cheiro de mofo, estava muito escuro, eu precisava achar esses malditos corpos.

Ouvi vozes passando pela portinha do porão, foi mega assustador, mas eu não podia pensar nisso agora eu estava numa missão e tinha que fazer sucesso, do lado do ármario encontrei dois cadáveres, eles pareciam um animal mascarado, sem um pedaço de pele.

– Eca. – Murmurei.

JADE POV;

Andei pelos corredores da instituição a caminho do escritório principal onde Vicki estaria certamente. Queria lhe perguntar o que teríamos que fazer para estarmos todos em segurança.

Lá em cima um flash de alguém correndo. Assustei-me ao vê-los e o meu primeiro pensamento foi correr, mas eu ficaria firme ali, e a pessoa passou correndo de novo, de novo e de novo, até que apareceu na minha frente, era Duca.

– Olá. – Ele sorriu.

– Oi Duca vamos leva-lo novamente para sua cela. – Disse, enquanto segurei o braço musculoso dele.

– Não tão rápido. – Disse ele com uma voz tensa.

Me assustou.

– Pare, Duca. – Eu pedi.

– Não. – Respondeu ele.

Sem aviso me beijou, passou a mão pelo meu corpo. Gritei de surpresa e de desconforto com aquela situação.

– Eu tenho vontade de fazer isso desde o primeiro dia que eu te vi. – Continuava ele.

– Por favor. – Eu implorei.

– Eu faço o que eu quero. – Ele respondeu pegando nos meus seios.

Peguei ele pelo braço e joguei na parede, abri os olhos e vi a cabeça dele ser jogada contra parede e o seu corpo cair sobre a lata de lixo que estava apoiada na parede, olhei para o lado esquerdo e vi Cobra.

– Jade? Está bem? Esse babaca te machucou? – Perguntou ele com a preocupação evidente nos seus olhos.

Eu enterrei minha face no tecido da roupa de Cobra, e solucei com as lágrimas que desciam do meu rosto, Cobra me deixou chorar ali por momentos.

– Ei, está tudo bem! Você tá segura agora. – Ele sussurrava no meu ouvido.

Abracei ele, e vi três seguranças chegarem.

– Larguem a moça! – Os seguranças falaram em coro apontando uma arma para Cobra, cada um.

Duca saiu correndo de volta para a sua cela.

– Ora, ora, o que temos aqui? – Perguntou o Sr. Gael, a pessoa mais fria e bruta do universo.


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Notas finais do capítulo

Uh, chegou o Mestre Gael que agora vai ser Sr. Gael pra infernizar um pouco a vida de Cobra.



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