Reflection. escrita por Chanel 2


Capítulo 14
Halloween.


Notas iniciais do capítulo

To colocando todas as minhas expectativas nesse capítulo, gente, eu amei escrevê-lo.
Boa leitura, amores.
OBRIGADA PELAS DUAS RECOMENDAÇÕES, VOCÊS SÃO OS MELHORES.



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A sensação sinistra era persistente ao arar de outubro, a temperatura era cada vez menor e chegava a ser tempo de inverno. Eu tinha estado enrolada no meu edredom enquanto lia e desejei desesperadamente voltar para a cama. Mas já tinha prometido a Henrique que iria acompanhar até à feira hoje à noite, e tive de ficar pronta.

Era o festival de Halloween que se realizava todos os anos por esse mês. As atividades consistiam em concursos de fantasia, esculturas de abóboras, passeios de carnaval, florestas assombradas, e coisa desse tipo. Eu costumo encontrar uma alegria encantadora nestas festividades, já que outubro era o meu mês favorito. Neste mês, além do evento do meu aniversário e do evento do Dia das Bruxas, os respingos de cor em todas as árvores e o tempo de camisolas perfeitas juntamente com o cheiro de fogueiras noturnas feitas, e o frio raro na cidade de Rio de Janeiro, tornavam esta época maravilhosa.

Mas este ano, o Dia das Bruxas era muito menos importante, porque a minha vida parecia ter mais terror do que qualquer casa assombrada. Mas isto pode servir como uma boa pausa, por isso, decidi dar uma oportunidade. Podia ser divertido.

Tentei pensar sobre todos os aspectos positivos que poderiam vir desta noite, na esperança de reunir alguma emoção. Mas, em vez disso, a minha mente estava novamente cheia de diferentes e aleatórios pensamentos. Pensamentos sobre Cobra.

A minha mente guardava todos os seus atraentes atributos, que pareciam crescer mais e mais a cada minuto que passava com ele. É só de pensar na sua reação à barra de chocolate que lhe dei, o meu coração derretia com o seu sorriso fantástico e a sua risada contagiante. Ele tinha um poder sobre mim e eu não podia tirá-lo para fora do seu alcance. Eu sabia o que ele estava fazendo comigo, e senti que Cobra também o sabia. Podia ter sido por acaso, ou talvez intencional. Mas havia algo lá.

Eu o desejava e isso era evidente desde o início. As suas perfeitas mãos, os seus lábios carnudos, e a sua figura divina, isto para não falar da sua voz sexy e rouca. Era impossível não o desejar. Especialmente quando ele fazia os seus comentários sexuais e que acendiam rubor nas minhas bochechas, imensas vezes.

Mas isso não era tudo. Ele era inteligente, possivelmente até mais do que qualquer guarda ou enfermeiro. Ele nunca foi pego de surpresa, parecendo ter um saber clínico que lhe permitiu mais conhecimento do que era seguro para alguém como ele possuir. Ele estava também confiante, de tal forma que exigia atenção e submissão por parte dos outros com ele, sem ser arrogante.

Ao contrário do seu lado mais sombrio, aparentemente, havia certo charme quando ele realizava o seu sorriso que despertava algo mais profundo como fantasias sexuais. Cobra podia ser tão adorável e encantador, fazendo o meu afeto por ele crescer a cada segundo.

Mas um pensamento continua a manter um espinho na minha mente, Ele tinha feito ou falado alguma coisa para Henrique a temer ainda mais do que antes. Mesmo que eu tivesse tido a sorte de assistir a este seu lado mais leve, havia também outra parte que parecia ser mais dominante. O lado que chamou mais a atenção dele, era a sua escuridão, mais do que uma maldade do que as pessoas temiam. Era este o lado e esta inteligência que me levavam a acreditar que era capaz de ser o assassino. E não apenas o assassino que tinha sido enviado a esta instituição, mas sim, o assassino que esfolou pobres seres humanos e que os fechou no porão da instituição.

Se não foi Henrique, então quem poderia ter sido? Renê? Gael? Até mesmo Vicki? Karina?

Nenhuma dessas pessoas parecia ser a correta, ou o correto, mas tudo era possível neste ponto. Cobra apenas realizava a essência do problema, e ele já tinha sido acusado por um júri e um juiz daquele crime uma vez. Mais uma vez, porém, nessa opnião ainda havia uma dúvida. Eu não sabia como, mas havia. Porque se realmente acreditava que Cobreloa era o cuplado por que é que fiquei? Por que eu iria me sentar todos os dias com ele de boa vontade, durante duas horas, se eu achava que ele era um assassino frio e duro? Se eu tivesse a certeza que ele tinha esfolado pessoas inocnetes, eu teria continuado a jogar jogos de tabuleiros e cartas com ele, que eram esquecidos muitas vezes devido às nossas conversas? E eu tinha visto os olhares que os gurdas me davam. Eles desprovavam a minha aparente simpatia com Cobra, sabendo que era errado da minha parte estar gargalhando e me dando bem com alguém como ele. Mas apesar disos, eu continuava a voltar. Porque havia algo mechamando atenção em volta dele gritando sempre Jade venha aqui.

Antes que eu pudesse decifrar o que aquilo era exatamente, alguém bateu na porta de madeira do meu apartamento. Balancei a cabeça para eliminar os meus pensamentos anteriores, por agora, e abri a porta que revelou a única pessoa que pode tirar da minha mente as coisas.

– Henrique! – Cumprimentei-o, enquanto ele me engolia num abraço caloroso.

– Oi Jade. – Ele respondeu com um largo sorriso de cortar a respiração. – Está pronta?

Olhei para o meu vestido verde-água e meus cabelos morenos.

– Sim. – Assenti sorrindo. – Vou só buscar a minha bolsa e bom.. – Olhei para os meus pés. – Vestir um sapato, entre se quiser.

Assim que ele entrou, fui até o quarto do meu apartamento. Corri para o espelho, ajeitando o meu cabelo o mais rápido possível. Henrique chegava sempre cedo e nunca me dava tempo parar eu olhar para a minha aparência, pro meu reflexo. Peguei minha bolsa e caminhei de volta para a sala, onde encontrei Henrique pacientemente sentado no sofá.

Ele sorriu e segurou na minha cintura e fomos até o carro onde demorou trinta minutos para chegarmos à feira de Halloween.

– Bem vindos à estação de escultura de Halloween. Escolham apenas uma abóbora que gostem, e depois comecem a esculpir! Nós temos um livro de modelos se quiserem se inspirar. Apenas certifiquem-se que nenhuma das ferramentas para as esculturas saia da estação. – Uma pessoa pintada de caveira nos disse.

– Obrigado. – Assentiu Henrique.

Jogamos vários jogos com vídeo games que estavam lá, teve um que apenas eu e Henrique estávamos lá. Não parecia ser uma das atividades mais populares, mas garanto que era uma das mais legais.

Por fim, sentamos em uma poltrona laranja que estava suja com sangue falso.

– Obrigado por ter vindo esta noite. – Henrique disse, olhando para mim.

– Obrigada por você ter me convidado. – Respondi. – Estou tendo um ótimo momento, aqui é tão legal.

– Ótimo!

E depois, ali estava o silêncio. Na ausência de conversa eu sabia que era o momento para perguntar, mesmo sabendo que tinha medo da resposta. Não me importei e, num profundo suspiro e após me endireitar, forcei as palavras saírem da minha boca.

– Henrique, o Cobreloa te machucou no outro dia? Quer dizer, ele alguma vez te faz alguma coisa ou te ameaçou?

No inicio Henrique não respondeu, pensando na resposta antes de falar.

– Bem, ele me fez perceber claramente que me queria afastado de você. Mas isso é obviamente uma coisa que não vou fazer. – Henrique riu sarcástico.

– Sim... Ele é assim. – Ri.

– Mas eu não vou me afastar de você, eu gosto demais de você.

– Ele é apenas, um tipo de intimidade.

Já era de noite e a feira era em frente ao mar ao lado das florestas onde eu pude ver as árvores.

– Adoro outubro, a noite, as árvores são tão lindas. – Falei.

– Eu sei. – Henrique assentiu em concordância.

– Quer dizer, olha para esta vista. – Continuei. – É absolutamente linda.

– Você é linda. – Ele disse, praticamente sussurrando.

Assim que me virei para ele, um leve rubor era visível nas suas bochechas durante a noite. Eu senti um desejo irresistível de beijá-lo. Por isso, beijei.

Mas uma imagem de Cobra veio nos meus pensamentos.


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Notas finais do capítulo

Imagem de Cobra, Henrique, acho que a Jade está mais confusa do que vocês tentando descobrir o assassino, me mandem por mensagem privada a lista de provavéis assassinos que vocês acham.
Não me matem pelo beijo Jadique



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